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Geologia Sedimentar Geologia Geral Geógrafo/Doutor em Geologia: Fábio Henrique Cortes Faria (UFRJ) Profº Wellington Santos Universidade do Estado do Rio de Janeiro – Faculdade de Educação da Baixada Fluminense – UERJ-FEBF Sumário Sedimentologia e estratigrafia; Propriedades de sedimentos e rochas sedimentares; Classificação de sedimentos e rochas sedimentares; Processos sedimentares hidrodinâmicos e gravitacionais; Fácies sedimentares; Ambientes deposicionais. Sedimentos sedimento = coleção de partículas agrupadas ou segregadas por processos físicos, químicos ou biológicos ALÓCTONES: sedimentos derivados de áreas fora do local de deposição e que foram transportados até este como sólidos terrígenos (ou clásticos ou detríticos ou siliciclásticos) piroclásticos (ou vulcanoclásticos) aloquímicos AUTÓCTONES: sedimentos formados dentro do ambiente em que são depositados ortoquímicos orgânicos residuais (?)// ROCHAS SEDIMENTARES sedimento diagênese rocha sedimentar matriz cimento poro grão arcabouço matriz cimento PROPRIEDADES DE SEDIMENTOS E ROCHAS SEDIMENTARES textura (granulometria, seleção, forma, arredondamento, esfericidade, textura superficial); maturidade textural fábrica (ou trama) composição mineralógica; maturidade composicional estruturas cor sedimentos clásticos composição mineralógica estruturas fósseis sedimentos ortoquímicos/ bioquímicos PROPRIEDADES DE SEDIMENTOS E ROCHAS SEDIMENTARES granulometria (tamanho) PROPRIEDADES DE SEDIMENTOS E ROCHAS SEDIMENTARES granulometria energia do transporte disponibilidade na área-fonte redução ao longo do transporte; seleção PROPRIEDADES DE SEDIMENTOS E ROCHAS SEDIMENTARES forma (achatamento/alongamento; esfericidade; arredondamento) energia do transporte propriedades físicas dos clastos achatamento/alongamento; esfericidade: propriedades herdadas f (hábito, clivagem, fissilidade, foliação...) arredondamento: f (tempo, distância, energia de transporte) PROPRIEDADES DE SEDIMENTOS E ROCHAS SEDIMENTARES maturidade textural PROPRIEDADES DE SEDIMENTOS E ROCHAS SEDIMENTARES fábrica (ou trama) arranjo dos componentes de um sedimento empacotamento f (tamanho e forma dos grãos; processos pós-deposicionais) orientação f (processos físicos deposicionais) PROPRIEDADES DE SEDIMENTOS E ROCHAS SEDIMENTARES composição mineralógica detríticos: disponibilidade na área-fonte resistência mecânica estabilidade química autigênicos PROPRIEDADES DE SEDIMENTOS E ROCHAS SEDIMENTARES terrígenos: quartzo (35-50%) argilo-minerais (25-35%) feldspatos (5-15%) micas (0,1-0,4%) acessórios (zircão, turmalina, granada...) (0,1-10%) carbonatos (~1%) fragmentos de rocha (5-15%) químicos: carbonatos sílica sulfatos sais maturidade mineralógica: relação QUARTZO/FELDSPATO > 2 - elevada 0,5 - 2 - média < 0,5 - baixa PROPRIEDADES DE SEDIMENTOS E ROCHAS SEDIMENTARES composição mineralógica associação de minerais pesados e proveniência apatita, biotita, brookita, hornblenda, monazita, muscovita, rutilo, titanita, turmalina rosa, zircão cassiterita, dumortierita, fluorita, granada, monazita, muscovita, topázio, turmalina azul, wolframita, xenotímio augita, cromita, diopsídio, hiperstênio, ilmenita, magnetita, olivina andalusita, córindon, granada, flogopita, estaurolita, topázio, vesuvianita, wollastonita, zoisita andalusita, cloritóide, epidoto, granada, glaucofana, cianita, sillimanita, estaurolita, titanita, zoisita-clinozoisita barita, minérios de ferro, leucoxênio, rutilo, turmalina (grãos arredondados), zircão (grãos arredondados) rochas ígneas ácidas pegmatitos graníticos rochas ígneas básicas rochas metamórficas (de contato) rochas metamórficas (regional) sedimentos retrabalhados PROPRIEDADES DE SEDIMENTOS E ROCHAS SEDIMENTARES estruturas sedimentares = feições megascópicas produzidas por processos físicos, químicos ou biológicos primárias: formadas durante os processos de sedimentação - inorgânicas: químicas físicas (erosivas, hidrodinâmicas) - orgânicas penecontemporâneas: formadas logo após a sedimentação, mas antes da litificação (deformacionais e outras) secundárias: formadas durante o processo de litificação PROPRIEDADES DE SEDIMENTOS E ROCHAS SEDIMENTARES estruturas sedimentares primárias imbricação laminação PROPRIEDADES DE SEDIMENTOS E ROCHAS SEDIMENTARES estruturas sedimentares primárias marca de onda gradação estratificação cruzada PROPRIEDADES DE SEDIMENTOS E ROCHAS SEDIMENTARES estruturas sedimentares primárias estratificação cruzada PROPRIEDADES DE SEDIMENTOS E ROCHAS SEDIMENTARES estruturas sedimentares primárias PROPRIEDADES DE SEDIMENTOS E ROCHAS SEDIMENTARES estruturas sedimentares primárias laminação cruzada cavalgante (climbing-ripples) PROPRIEDADES DE SEDIMENTOS E ROCHAS SEDIMENTARES estruturas sedimentares primárias “fácies heterolíticas” wavy flaser linsen PROPRIEDADES DE SEDIMENTOS E ROCHAS SEDIMENTARES estruturas sedimentares primárias turboglifos e estrias turboglifos rill marks PROPRIEDADES DE SEDIMENTOS E ROCHAS SEDIMENTARES estruturas sedimentares penecontemporâneas dobras por escorregamento vulcão de areia dobras convolutas PROPRIEDADES DE SEDIMENTOS E ROCHAS SEDIMENTARES gretas de ressecação e pingos de chuva estruturas sedimentares penecontemporâneas marca de carga PROPRIEDADES DE SEDIMENTOS E ROCHAS SEDIMENTARES estruturas sedimentares secundárias septária PROPRIEDADES DE SEDIMENTOS E ROCHAS SEDIMENTARES estruturas sedimentares secundárias concreção estilólito PROPRIEDADES DE SEDIMENTOS E ROCHAS SEDIMENTARES estruturas sedimentares biogênicas pegadas escape de organismo estromatólitos CLASSIFICAÇÃO DE SEDIMENTOS E ROCHAS SEDIMENTARES CLASSIFICAÇÃO DE SEDIMENTOS E ROCHAS SEDIMENTARES ARENITOS quanto à composição petrográfica quanto à percentagem de matriz CLASSIFICAÇÃO DE SEDIMENTOS E ROCHAS SEDIMENTARES quanto à relação matriz/arcabouço SUSTENTADOS PELOS CLASTOS SUSTENTADOS PELA MATRIZ (DIAMICTITOS) quanto à composição petrográfica OLIGOMÍTICOS POLIMÍTICOS quanto à angulosidade dos clastos CONGLOMERADOS BRECHAS RUDITOS CLASSIFICAÇÃO DE SEDIMENTOS E ROCHAS SEDIMENTARES LUTITOS siltitos argilitos lamitos folhelhosc/ fissilidade CLASSIFICAÇÃO DE SEDIMENTOS E ROCHAS SEDIMENTARES CARBONATOS TIPOS DE GRÃOS: Ooides Pelotas Intraclastos Bioclastos MATRIZ: Micrita CIMENTO: Esparita (Calcita espática) CLASSIFICAÇÃO DE SEDIMENTOS E ROCHAS SEDIMENTARES CARBONATOS (tipos de grãos): anéis carbonáticos concêntricos núcleo carbonático ou terrígeno processos inorgânicos ambiente raso agitado (mar e lagos) tamanho de máx. 2mm (areia muito grossa) Oólitos: CLASSIFICAÇÃO DE SEDIMENTOS E ROCHAS SEDIMENTARES CARBONATOS (tipos de grãos): estromatólitos esféricos superfície muito irregular qualquer tamanho Oncólitos: Pisólitos: parecem oólitos (solos ou cavernas) pérolas de caverna CLASSIFICAÇÃO DE SEDIMENTOS E ROCHAS SEDIMENTARES Conchas de bivalves, carapaças de foraminíferos, etc. Bioclastos: Peloides: fezes de animais CARBONATOS (tipos de grãos): CLASSIFICAÇÃO DE SEDIMENTOS E ROCHAS SEDIMENTARES EVAPORITOS - são rochas originadas pela precipitação em superfícies ou subsuperfícies hidrologicamente saturadas em sais, dirigida pela evaporação solar. a precipitação se dá do mais insolúvel para o menos insolúvel Composição Minerais Ordem de formação CaCO3 CaSO4 NaCl Calcita/aragonita Anidrita Halita Carbonatos Sulfatos Cloretos Categoria/ Nome Brilho/fratura Cor Compactação CLASSIFICAÇÃO DE SEDIMENTOS E ROCHAS SEDIMENTARES ROCHAS CARBONOSAS Baixo Turfa Opaco/friável Marrom Linhito Opaco/friável Marrom Carvão sub-betuminoso Opaco/friável Marrom Carvão betuminoso Brilhante/blocoso Negro Alto Carvão antracito Vítreo/conchoidal Negro Diâmetro Piroclasto AgregadoRocha (mm) individual inconsolidado piroclástica CLASSIFICAÇÃO DE SEDIMENTOS E ROCHAS SEDIMENTARES ROCHAS PIROCLÁSTICAS > 64 Blocos e Agregado de blocos Aglomerado bombas e bombas vulcânico 2 a 64 Lapilli Agregado de lapilli Lapillito 0,062 a 2 Cinza Cinza grossa Tufito grosso < 0,062 Pó Cinza fina Tufito fino sedimentos clásticos transporte e deposição sob o controle de leis da Física (hidráulica; dinâmica dos fluidos) propriedades dos fluidos (densidade, viscosidade, velocidade) (água, ar, gelo) X propriedades das partículas sedimentares (tamanho, forma, densidade) trama e estruturas sedimentares PROCESSOS SEDIMENTARES HIDRODINÂMICOS E GRAVITACIONAIS PROCESSOS SEDIMENTARES HIDRODINÂMICOS E GRAVITACIONAIS PROCESSOS SEDIMENTARES HIDRODINÂMICOS leis básicas Lei de Stokes: ω = [(ρ1 – ρ) . g / μ] . d2 ω= velocidade de sedimentação ρ= densidade g= gravidade μ= viscosidade d= diâmetro PROCESSOS SEDIMENTARES HIDRODINÂMICOS entrada de partículas em movimento (efeito Hjulström) PROCESSOS SEDIMENTARES HIDRODINÂMICOS leis básicas Número de Reynolds (Re): Re = v . d . ρ / μ v= velocidade d= diâmetro ρ= densidade μ= viscosidade turbulência = mecanismo crucial para transporte em suspensão norma sob condições naturais envolvendo água ou ar limite ~ 2000 PROCESSOS SEDIMENTARES HIDRODINÂMICOS modos de transporte PROCESSOS SEDIMENTARES HIDRODINÂMICOS leis básicas Número de Froude (Fr): Fr = v / (g.L)½ v= velocidade g= gravidade L= profundidade do fluxo regime de fluxo Fr < 1 – inferior (fluxo tranquilo) Fr > 1 – superior (fluxo rápido) formas de leito PROCESSOS SEDIMENTARES HIDRODINÂMICOS formas de leito f (velocidade, granulometria, profundidade do fluxo) relação com estruturas sedimentares primárias PROCESSOS SEDIMENTARES HIDRODINÂMICOS formas de leito estruturas sedimentares primárias PROCESSOS SEDIMENTARES HIDRODINÂMICOS formas de leito marca de onda laminação cruzada cavalgante (climbing-ripples) estratificações cruzadas estruturas sedimentares primárias PROCESSOS SEDIMENTARES HIDRODINÂMICOS formas de leito “fácies heterolíticas” flaser linsen wavy estruturas sedimentares primárias PROCESSOS SEDIMENTARES HIDRODINÂMICOS formas de leito ondas PROCESSOS SEDIMENTARES HIDRODINÂMICOS PROCESSOS SEDIMENTARES HIDRODINÂMICOS ondas PROCESSOS SEDIMENTARES GRAVITACIONAIS avalanches slides e slumps mass-flows turbiditos distinção com base nos mecanismos de sustentação das partículas nos fluxos fluxos de sedimentos + água através da ação da gravidade PROCESSOS SEDIMENTARES GRAVITACIONAIS fluxo de grãos PROCESSOS SEDIMENTARES GRAVITACIONAIS fluxo de detritos MASSA DE SEDIMENTOS OU DE ROCHAS SEDIMENTARES COM CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS QUE AS DISTINGUEM DAS DEMAIS litologia textura estruturas sedimentares composição FÁCIES SEDIMENTAR = sedimento ou rocha sedimentar formada sob certas condições de sedimentação FÁCIES SEDIMENTAR PROCESSO geometria padrão de paleocorrentes cor conteúdo fossilífero características ou elementos que diagnosticam uma fácies: FÁCIES SEDIMENTARES DESIGNAÇÃO: código que identifica a fácies DIAGNOSE: lista de atributos diagnósticos da fácies INTERPRETAÇÃO: caráter genético (processos) DESCRIÇÃO: exposição detalhada das características da fácies FÁCIES SEDIMENTARES Sucessão de fácies - relação unidimensional entre fácies, ou seja, uma relação específica de sequenciamento linear das fácies no espaço, usualmente expressa por um perfil vertical sucessões coarsening up /fining up; thinning up /thickening up sucessões shoaling up /deepening up sucessão horizontal de fácies: fácies derivadas geneticamente por transformação de fluxo (“trato de fácies” - Mutti, 1992) FÁCIES SEDIMENTARES - relação tridimensional de fácies; ou seja, uma relação espacial expressa, por exemplo, por correlações entre perfis ou por seções Associação de fácies FÁCIES SEDIMENTARES - síntese das relações entre fácies sínteses universais, despidas de toda e qualquer fácies ou relação entre fácies particulares: são modelos didáticos sínteses locais (= caso-de-estudo) - finalidade dos modelos de fácies (Walker, 1984): norma para propostas de comparação guia para outras observações previsor de novas situações base integrada para a interpretação paleoambiental Modelo de fácies AMBIENTE DEPOSICIONAL FÁCIES SEDIMENTARES MODELOS DE FÁCIES UNIDADE GEOMÓRFICA (LUGAR) CARACTERIZADA POR UM CONJUNTO DE PROCESSOS FÍSICOS, QUÍMICOS E BIOLÓGICOS ATUANDO A TAXAS E INTENSIDADES ESPECÍFICAS, DE MODO QUE DEPÓSITOS CARACTERÍSTICOS SÃO PRODUZIDOS Continentais Transicionais Marinhos Leques aluviais Fluviais Glacial Lacustre Eólico Cárstico Deltaico Estuarino Lagunar Praial Planície de maré Marinho raso Marinho profundo AMBIENTE DEPOSICIONAL AMBIENTES DEPOSICIONAIS AMBIENTE FLUVIAL ATIVIDADE DE RIOS – altamente variável em muitos aspectos, não podendo ser caracterizada por qualquer modelo de fácies único f (diferentes tipos de rios que ocorrem na natureza: 04 tipos básicos em um espectro contínuo) meandrante entrelaçado retilíneo anastomosado CANAIS FLUVIAIS Meandrante – sinuosos, relativamente estreitos e profundos Retilíneos com barras marginais – canal único, bem definido, com margens estáveis Anastomosado – vários canais sinuosos correndo em volta de ilhas fluviais estáveis, com vegetação Entrelaçado – mosaico de barras e canais rasos, não coesos, em uma calha única, com grande suprimento de material grosso; descargas ocorrem com flutuações bruscas padrões de canais = f (gradiente dos vales; flutuações na descarga; taxa de suprimento sedimentar; vegetação e/ou material que compõem as margens) Fluxo em canais sinuosos Transbordamento/inundações periódicas Abandono de canais CANAIS FLUVIAIS processos fácies fluvial meandrante barra em pontal meandro abandonado CANAIS FLUVIAIS processos fácies fluvial meandrante leque de arrombamento de dique marginal meandro abandonado CANAIS FLUVIAIS – processos fácies fluvial meandrante “Cordões” de areia Camadas tabulares e extensas de pelitos Alta relação pelito/arenito Sucessão fining up Canais preenchidos por lama Superfícies de acreção lateral, internas aos corpos arenosos fluvial entrelaçado Fluxos torrenciais Fluxos em canais Carga de fundo elevada barras de canal CANAIS FLUVIAIS – processos fácies “Lençóis” de areias ou conglomerados Camadas pouco persistentes de pelitos Alta relação arenito/pelito Sucessão em “caixote” CANAIS FLUVIAIS – processos fácies fluvial entrelaçado CANAIS FLUVIAIS – processos fácies fluvial entrelaçado CANAIS FLUVIAIS – processos fácies fluvial anastomosado FÁCIES FLUVIAIS Miall (1996) Rudáceas FÁCIES FLUVIAIS Miall (1996) Arenáceas FÁCIES FLUVIAIS Miall (1996) Lutáceas LEQUES ALUVIAIS ACUMULAÇÕES SEDIMENTARES EM FORMA DE UM SEGMENTO DE CONE, CONSTRUÍDAS NA BASE DE ÁREAS ELEVADAS, PELO ABUNDANTE SUPRIMENTO DE SEDIMENTOS TRAZIDOS POR CORRENTES tectônica clima topografia (relevo pronunciado) fatores condicionantes: LEQUES ALUVIAIS Cones aluviais: mais íngremes, gradam a depósitos de tálus; processos gravitacionais (movimentos de massa) são mais efetivos do que ação de correntes Fan deltas: leques aluviais depositados em corpos dágua Fluxos torrenciais confinados Fluxos torrenciais não confinados Fluxos de detritos (geram os depósitos mais diagnósticos de leques aluviais) LEQUES ALUVIAIS – processos deposicionais 1. LEQUE PROXIMAL 2. LEQUE MEDIANO 3. LEQUE DISTAL 1 2 3 LEQUES ALUVIAIS – fácies sedimentares 1. LEQUE PROXIMAL: conglomerados, arenitos, diamictitos 2. LEQUE MEDIANO: conglomerados, arenitos 3. LEQUE DISTAL: arenitos, lamitos LEQUESALUVIAIS - fácies sedimentares LEQUES ALUVIAIS - fácies sedimentares Suguio, 2003 LAGOS – corpos continentais de água não-marinha permanentes ou de curta duração águas frescas (periglaciais) águas hipersalinas (regiões áridas) origem: intracratônicos (subsidência tectônica); falhamentos (rift valleys); lagos glaciais AMBIENTE LACUSTRE LAGOS Rifte do leste africano LAGOS LAGOS Barbosa & Kohler (1981) médio vale do rio Doce (MG) LAGOS processos fácies - sedimentação controlada por: CLIMA APORTE SEDIMENTAR PROFUNDIDADE grau de aridez química da água temperatura da água produtividade orgânica controlado pelo clima, tectônica, relevo,... - clásticos - químicos estratificação das águas eficácia das correntes LAGOS processos fácies LAGOS processos fácies LAGOS processos fácies Delta LAGOS processos fácies AMBIENTE EÓLICO acumulações sedimentares pela ação dos ventos regiões áridas (não necessariamente, mas principalmente, desertos quentes): balanço alta evaporação X baixa precipitação latitudes 20-30o (circulação atmosférica) distância dos oceanos relevo correntes marinhas frias abundante suprimento de areia AMBIENTE EÓLICO processos fácies bed load: areias (0,1 – 1,0mm) suspended load: sedimentos mais finos lags: sedimentos mais grossos AMBIENTE EÓLICO processos fácies ventifacto AMBIENTE EÓLICO processos fácies AMBIENTE EÓLICO processos fácies areias finas a médias, com maturidades textural e composicional elevadas, boa seleção; estratificações cruzadas de alto ângulo e grande porte, tangenciais à base; areias com gradação inversa (fluxos de grãos) areias com laminações cruzadas cavalgantes (ripples transladantes) AMBIENTE EÓLICO processos fácies tipos de dunas: regime de ventos AMBIENTE EÓLICO processos fácies tipos de interdunas Seca – áreas de deflação ou arenosas; ripples granulosos; laminação plana descontínua Úmida – corpo d’água originado pela flutuação do nível freático; silte/argila pode ser trapeado; preservação de matéria vegetal e animal; bioturbação; estruturas de deformação/carga Evaporítica – precipitação de sais solúveis (sulfatos, carbonatos); ambiente de playa ou sabkha AMBIENTE GLACIAL GELEIRA – massa compacta de gelo acumulado (acumulação e recristalização de neve) precipitação > degelo baixas temperaturas e alta precipitação altas latitudes; altitudes elevadas tipos de geleiras AMBIENTE GLACIAL AMBIENTE GLACIAL AMBIENTE GLACIAL AMBIENTE GLACIAL fácies principais: TILITOS seixos facetados e estriados AMBIENTE GLACIAL fácies principais: VARVITOS clastos caídos AMBIENTES COSTEIROS ENERGIA ONDAS MARÉS VENTOS FALÉSIAS E PLATAFORMAS DE ABRASÃO RECIFES DE CORAL PRAIAS PLANÍCIES DE LAMA DUNAS COSTEIRAS GEOMORFOLOGIA COSTEIRA ESTRUTURA GEOLÓGICA MATERIAIS MARINHO TERRESTRE GROSSO FINO AMBIENTES COSTEIROS MARÉS correntes ONDAS deriva litorânea AMBIENTES COSTEIROS Ilhas Barreiras Estuários M ic ro -m a ré 6 4 2 0 A m p lit u d e d e m ar é (m ) Planícies de Maré Canais de Maré Marismas e Mangues M e s o -m ar é M a c ro -m a ré Cristas Arenosas Associadas a Maré Deltas de Maré AMBIENTES COSTEIROS costas dominadas por ondas AMBIENTES COSTEIROS costas dominadas por ondas (ambientes de micromarés, em geral) • origem: - crescimento vertical de barras submarinas; - crescimento lateral de pontais arenosos; - afogamentos de praias • isolam lagunas costeiras, segmentadas ou não por canais (associados a marés) Canal de Maré Canal de Maré Interior da Baía De se m bo ca du ra da B aí a Baía EsporâoArenoso Ilha BarreiraCordão Arenoso Costeiro cordão arenoso costeiro esporão arenoso ilha barreira AMBIENTES COSTEIROS costas dominadas por ondas AMBIENTES COSTEIROS costas dominadas por ondas emersosubmerso backshore (pós-praia) foreshore (face de praia) shoreface (ante-praia) AMBIENTES COSTEIROS costas dominadas por ondas backshore (pós-praia): laminação plano-paralela, inclinada para o continente foreshore (face de praia): areias com laminação plano-paralela, levemente inclinada para o mar; estratificações cruzadas de baixo ângulo; bioturbação fraca a ausente shoreface (ante-praia): alta razão arenito/folhelho; bioturbação intensa; ripples/megaripples AMBIENTES COSTEIROS costas dominadas por marés planície de maré AMBIENTES COSTEIROS costas dominadas por marés 3 setores: supramaré intermaré inframaré AMBIENTE DELTAICO DELTAS: construções progradantes à foz de um rio em um corpo d’água de menor energia gerados pela expansão e desaceleração do fluxo fluvial, ao se misturar com as águas do corpo receptor, levando à deposição da maioria da carga sedimentar junto à foz. f (carga sedimentar fluvial significativa; espaço de acomodação no corpo aquoso receptor) interação de processos fluviais e marinhos (ou lacustres) AMBIENTE DELTAICO sub-ambientes AMBIENTE DELTAICO sub-ambientes planície deltaica – área subaérea do delta; ação de canais distributários, planície de inundação com crevasse splays, planície de maré, pântanos, baías interdistributárias frente deltaica – parte subaquosa, mais inclinada do delta; construção de rios distributários contra a ação do mar; sedimentos arenosos a siltosos prodelta – parte subaquosa mais distal; franca ação marinha; sedimentos lamosos e bioturbados AMBIENTE DELTAICO processos fácies AMBIENTE DELTAICO processos fácies AMBIENTE DELTAICO processos fácies AMBIENTE DELTAICO processos fácies deltas dominados por rios: ocorrem em contextos de micromarés e limitada energia de ação das ondas, onde a progradação dos lobos deltaicos é significativa e a redistribuição das barras nas desembocaduras é limitada (são principalmente lacustres) delta do Mississipi (exemplo raro de delta dominado por rio em mar aberto, o que é devido ao alto suprimento sedimentar e baixa energia do corpo receptor – golfo do México) AMBIENTE DELTAICO processos fácies deltas dominados por ondas: são caracterizados pelo retrabalhamento das barras em corpos ou cordões arenosos paralelos à costa e praias delta do São Francisco AMBIENTE DELTAICO processos fácies AMBIENTE DELTAICO processos fácies deltas dominados por marés: exibem planícies de marés lamosas e barras retrabalhadas em corpos arenosos alongados perpendiculares à linha de costa delta do Ganges-Brahmaputra AMBIENTE DELTAICO processos fácies deltas mistos: deltas onde ocorre a concorrência de processos fluviais, de ondas ou de marés; apresentam morfologias intermediárias ou um mosaico de características de outros tipos de deltas delta do Indus AMBIENTES MARINHOS morfologia do fundo marinho marinho raso marinho profundo AMBIENTES MARINHOS (1:1000); até a profundidade (média nos oceanos mundiais) de 150m largura de poucos quilômetros até 400km pequena variação de relevo plataforma interna (até 30 m de profundidade) plataforma externa (até o limite com o talude) sedimentação reflete a natureza dos componentes (terrígena ou carbonática); atividade de ondas, marés e correntes plataforma continental ambiente marinho raso AMBIENTES MARINHOS plataforma continental ambiente marinho raso Plataforma (shelf) rampa margem banco PLATAFORMAS CARBONÁTICAS AMBIENTES MARINHOS ambiente marinho profundo talude continental: - (> 1:40) - profundidade (média nos oceanos mundiais) entre 150m e 1500/3500m - largura de 10 a 200km - transição crosta continental/crosta oceânica - espessuras de sedimentos > 10km - gradienteselevados instabilidade cânions AMBIENTES MARINHOS ambiente marinho profundo sopé continental (entre o talude e a bacia oceânica) - (< 1:1000) - profundidade (média nos oceanos mundiais) entre 3000 e 4000m - largura de 100 a 1000km - acumulações de sedimentos depositados na base do talude ambiente marinho profundo bacia oceânica (planícies abissais) - relevo plano, com presença de cadeias de colinas abissais, entre as margens continentais e as cordilheiras mesoceânicas - profundidade (média nos oceanos mundiais) entre 3000 e 6000m - acumulações de sedimentos pelágicos (vasas silicosas ou carbonáticas); sedimentos vulcânicos (proximidades das cadeias oceânicas) AMBIENTES MARINHOS AMBIENTES MARINHOS ambiente marinho profundo AMBIENTES MARINHOS ambiente marinho profundo leques submarinos ressedimentação; circulação de fundo (correntes de contorno); deposição pelágica/hemipelágica Referências bibliográficas GIANNINI, P.C.F.; MELO, M.S. Do grão à rocha sedimentar: erosão, deposição e diagênese. In: TEIXEIRA, W.; TOLEDO, M. C. M.; FAIRCHILD, T. M.; TAIOLI, F. (Orgs). Decifrando a Terra. São Paulo: Oficina de Textos, pp 240-277. 2009; RICCOMINI, C.; ALMEIDA, R.P; GIANNINI, P.C.F.; MANCINI, F. Processos fluviais e lacustres e seus registros. In: TEIXEIRA, W.; TOLEDO, M. C. M.; FAIRCHILD, T. M.; TAIOLI, F. (Orgs). Decifrando a Terra. São Paulo: Oficina de Textos, pp 306-333. 2009; ROCHA-CAMPOS, A.C.; SANTOS, P.R. Gelo sobre a Terra: processos e produtos. In: TEIXEIRA, W.; TOLEDO, M. C. M.; FAIRCHILD, T. M.; TAIOLI, F. (Orgs). Decifrando a Terra. São Paulo: Oficina de Textos, pp 348-375. 2009; SÍGOLO, J.B. Processos eólicos e produtos sedimentares. In: TEIXEIRA, W.; TOLEDO, M. C. M.; FAIRCHILD, T. M.; TAIOLI, F. (Orgs). Decifrando a Terra. São Paulo: Oficina de Textos, pp 334-347. 2009; TESSLER, M.G.; MAHIQUES, M.M. Processos oceânicos e produtos sedimentares. In: TEIXEIRA, W.; TOLEDO, M. C. M.; FAIRCHILD, T. M.; TAIOLI, F. (Orgs). Decifrando a Terra. São Paulo: Oficina de Textos, pp 376-399. 2009;
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