Buscar

Aula 9_Geologia sedimentar

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 149 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 149 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 149 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Geologia Sedimentar
Geologia Geral
 Geógrafo/Doutor em Geologia: Fábio Henrique Cortes Faria (UFRJ)
 Profº Wellington Santos
Universidade do Estado do Rio de Janeiro – Faculdade
de Educação da Baixada Fluminense – UERJ-FEBF
Sumário
 Sedimentologia e estratigrafia;
 Propriedades de sedimentos e rochas sedimentares;
 Classificação de sedimentos e rochas sedimentares;
 Processos sedimentares hidrodinâmicos e gravitacionais; 
 Fácies sedimentares;
 Ambientes deposicionais. 
Sedimentos
sedimento = coleção de partículas agrupadas ou segregadas por processos
físicos, químicos ou biológicos
ALÓCTONES: sedimentos derivados de áreas fora do local de
deposição e que foram transportados até este
como sólidos
terrígenos (ou clásticos ou detríticos ou siliciclásticos)
piroclásticos (ou vulcanoclásticos)
aloquímicos
AUTÓCTONES: sedimentos formados dentro do ambiente em
que são depositados
ortoquímicos
orgânicos
residuais (?)//
ROCHAS SEDIMENTARES
sedimento diagênese rocha sedimentar 
matriz
cimento
poro
grão
 arcabouço
 matriz
 cimento
PROPRIEDADES DE SEDIMENTOS E ROCHAS SEDIMENTARES
 textura (granulometria, seleção, forma, 
arredondamento, esfericidade, textura superficial); 
maturidade textural
 fábrica (ou trama)
 composição mineralógica; maturidade composicional
 estruturas
 cor
sedimentos 
clásticos
 composição mineralógica
 estruturas
 fósseis
sedimentos 
ortoquímicos/
bioquímicos
PROPRIEDADES DE SEDIMENTOS E ROCHAS SEDIMENTARES
granulometria
(tamanho)
PROPRIEDADES DE SEDIMENTOS E ROCHAS SEDIMENTARES
granulometria energia do transporte
disponibilidade na área-fonte
 redução ao longo do transporte; 
 seleção
PROPRIEDADES DE SEDIMENTOS E ROCHAS SEDIMENTARES
forma
(achatamento/alongamento;
esfericidade; arredondamento)
energia do transporte
propriedades físicas dos clastos
achatamento/alongamento; esfericidade: propriedades herdadas
f (hábito, clivagem, fissilidade,
foliação...)
arredondamento: f (tempo, distância, energia de transporte)
PROPRIEDADES DE SEDIMENTOS E ROCHAS SEDIMENTARES
maturidade textural
PROPRIEDADES DE SEDIMENTOS E ROCHAS SEDIMENTARES
fábrica 
(ou trama)
arranjo dos componentes 
de um sedimento
 empacotamento
f (tamanho e forma dos grãos;
processos pós-deposicionais)
 orientação
f (processos físicos deposicionais)
PROPRIEDADES DE SEDIMENTOS E ROCHAS SEDIMENTARES
composição
mineralógica 
detríticos:
disponibilidade na área-fonte
resistência mecânica
estabilidade química
autigênicos
PROPRIEDADES DE SEDIMENTOS E ROCHAS SEDIMENTARES
terrígenos:
quartzo (35-50%) 
argilo-minerais (25-35%)
feldspatos (5-15%)
micas (0,1-0,4%)
acessórios (zircão, turmalina, granada...) (0,1-10%)
carbonatos (~1%)
fragmentos de rocha (5-15%)
químicos:
carbonatos 
sílica
sulfatos
sais
maturidade mineralógica:
relação QUARTZO/FELDSPATO 
> 2 - elevada
0,5 - 2 - média
< 0,5 - baixa
PROPRIEDADES DE SEDIMENTOS E ROCHAS SEDIMENTARES
composição mineralógica 
 associação de minerais pesados e proveniência
apatita, biotita, brookita, hornblenda, monazita, muscovita, 
rutilo, titanita, turmalina rosa, zircão
cassiterita, dumortierita, fluorita, granada, monazita, 
muscovita, topázio, turmalina azul, wolframita, xenotímio
augita, cromita, diopsídio, hiperstênio, ilmenita, magnetita, 
olivina
andalusita, córindon, granada, flogopita, estaurolita, topázio, 
vesuvianita, wollastonita, zoisita
andalusita, cloritóide, epidoto, granada, glaucofana, cianita, 
sillimanita, estaurolita, titanita, zoisita-clinozoisita
barita, minérios de ferro, leucoxênio, rutilo, turmalina (grãos 
arredondados), zircão (grãos arredondados)
rochas ígneas ácidas
pegmatitos graníticos
rochas ígneas básicas
rochas metamórficas 
(de contato)
rochas metamórficas 
(regional)
sedimentos retrabalhados
PROPRIEDADES DE SEDIMENTOS E ROCHAS SEDIMENTARES
estruturas sedimentares = feições megascópicas produzidas por processos
físicos, químicos ou biológicos
primárias: formadas durante os processos de sedimentação
- inorgânicas: químicas
físicas (erosivas, hidrodinâmicas)
- orgânicas
penecontemporâneas: formadas logo após a sedimentação, mas
antes da litificação (deformacionais e outras)
secundárias: formadas durante o processo de litificação
PROPRIEDADES DE SEDIMENTOS E ROCHAS SEDIMENTARES
estruturas sedimentares primárias
imbricação
laminação
PROPRIEDADES DE SEDIMENTOS E ROCHAS SEDIMENTARES
estruturas sedimentares 
primárias
marca de onda
gradação
estratificação 
cruzada
PROPRIEDADES DE SEDIMENTOS E ROCHAS SEDIMENTARES
estruturas sedimentares primárias
estratificação cruzada
PROPRIEDADES DE SEDIMENTOS E ROCHAS SEDIMENTARES
estruturas sedimentares 
primárias
PROPRIEDADES DE SEDIMENTOS E ROCHAS SEDIMENTARES
estruturas sedimentares primárias
laminação cruzada cavalgante
(climbing-ripples)
PROPRIEDADES DE SEDIMENTOS E ROCHAS SEDIMENTARES
estruturas sedimentares primárias “fácies heterolíticas”
wavy
flaser
linsen
PROPRIEDADES DE SEDIMENTOS E ROCHAS SEDIMENTARES
estruturas sedimentares primárias
turboglifos e estrias
turboglifos
rill marks
PROPRIEDADES DE SEDIMENTOS E ROCHAS SEDIMENTARES
estruturas sedimentares penecontemporâneas
dobras por escorregamento
vulcão de areia
dobras convolutas
PROPRIEDADES DE SEDIMENTOS E ROCHAS SEDIMENTARES
gretas de ressecação e pingos de chuva
estruturas sedimentares penecontemporâneas
marca de carga
PROPRIEDADES DE SEDIMENTOS E ROCHAS SEDIMENTARES
estruturas sedimentares secundárias
septária
PROPRIEDADES DE SEDIMENTOS E ROCHAS SEDIMENTARES
estruturas sedimentares secundárias
concreção
estilólito
PROPRIEDADES DE SEDIMENTOS E ROCHAS SEDIMENTARES
estruturas sedimentares biogênicas
pegadas
escape de 
organismo
estromatólitos
CLASSIFICAÇÃO DE SEDIMENTOS E ROCHAS SEDIMENTARES
CLASSIFICAÇÃO DE SEDIMENTOS E ROCHAS SEDIMENTARES
ARENITOS  quanto à composição petrográfica
 quanto à percentagem de matriz
CLASSIFICAÇÃO DE SEDIMENTOS E ROCHAS SEDIMENTARES
 quanto à relação matriz/arcabouço
SUSTENTADOS PELOS CLASTOS 
SUSTENTADOS PELA MATRIZ (DIAMICTITOS)
 quanto à composição petrográfica
OLIGOMÍTICOS
POLIMÍTICOS
 quanto à angulosidade dos clastos
CONGLOMERADOS
BRECHAS
RUDITOS
CLASSIFICAÇÃO DE SEDIMENTOS E ROCHAS SEDIMENTARES
LUTITOS
 siltitos
 argilitos
 lamitos
 folhelhosc/ fissilidade
CLASSIFICAÇÃO DE SEDIMENTOS E ROCHAS SEDIMENTARES
CARBONATOS
TIPOS DE GRÃOS:
Ooides
Pelotas
Intraclastos
Bioclastos
MATRIZ:
Micrita
CIMENTO:
Esparita (Calcita espática)
CLASSIFICAÇÃO DE SEDIMENTOS E ROCHAS SEDIMENTARES
CARBONATOS (tipos de grãos):
 anéis carbonáticos concêntricos
 núcleo carbonático ou terrígeno
 processos inorgânicos
 ambiente raso agitado (mar e lagos)
 tamanho de máx. 2mm (areia muito grossa)
Oólitos:
CLASSIFICAÇÃO DE SEDIMENTOS E ROCHAS SEDIMENTARES
CARBONATOS (tipos de grãos):
 estromatólitos esféricos
 superfície muito irregular
 qualquer tamanho 
Oncólitos:
Pisólitos:
 parecem oólitos (solos ou cavernas)
 pérolas de caverna
CLASSIFICAÇÃO DE SEDIMENTOS E ROCHAS SEDIMENTARES
 Conchas de bivalves, carapaças de foraminíferos, etc.
Bioclastos:
Peloides:
 fezes de animais
CARBONATOS (tipos de grãos):
CLASSIFICAÇÃO DE SEDIMENTOS E ROCHAS SEDIMENTARES
EVAPORITOS
- são rochas originadas pela precipitação em superfícies ou
subsuperfícies hidrologicamente saturadas em sais, dirigida pela
evaporação solar.
a precipitação se dá do mais insolúvel para o menos insolúvel
Composição Minerais Ordem de formação
CaCO3
CaSO4
NaCl
Calcita/aragonita 
Anidrita
Halita 
Carbonatos
Sulfatos
Cloretos
Categoria/ Nome Brilho/fratura Cor
Compactação
CLASSIFICAÇÃO DE SEDIMENTOS E ROCHAS SEDIMENTARES
ROCHAS CARBONOSAS
Baixo Turfa Opaco/friável Marrom
Linhito Opaco/friável Marrom
Carvão sub-betuminoso Opaco/friável Marrom
Carvão betuminoso Brilhante/blocoso Negro
Alto Carvão antracito Vítreo/conchoidal Negro
Diâmetro Piroclasto AgregadoRocha
(mm) individual inconsolidado piroclástica
CLASSIFICAÇÃO DE SEDIMENTOS E ROCHAS SEDIMENTARES
ROCHAS PIROCLÁSTICAS
> 64 Blocos e Agregado de blocos Aglomerado
bombas e bombas vulcânico
2 a 64 Lapilli Agregado de lapilli Lapillito
0,062 a 2 Cinza Cinza grossa Tufito grosso
< 0,062 Pó Cinza fina Tufito fino
sedimentos clásticos
 transporte e deposição sob o controle de leis da Física (hidráulica;
dinâmica dos fluidos)
 propriedades dos fluidos (densidade, viscosidade, velocidade)
(água, ar, gelo)
X
 propriedades das partículas sedimentares
(tamanho, forma, densidade)
trama e estruturas sedimentares
PROCESSOS SEDIMENTARES 
HIDRODINÂMICOS E GRAVITACIONAIS
PROCESSOS SEDIMENTARES 
HIDRODINÂMICOS E GRAVITACIONAIS
PROCESSOS SEDIMENTARES HIDRODINÂMICOS
leis básicas
 Lei de Stokes:
ω = [(ρ1 – ρ) . g / μ] . d2
ω= velocidade de sedimentação
ρ= densidade
g= gravidade
μ= viscosidade
d= diâmetro
PROCESSOS SEDIMENTARES HIDRODINÂMICOS
entrada de partículas em movimento (efeito Hjulström)
PROCESSOS SEDIMENTARES HIDRODINÂMICOS
leis básicas
 Número de Reynolds (Re):
Re = v . d . ρ / μ
v= velocidade
d= diâmetro
ρ= densidade
μ= viscosidade
turbulência = mecanismo crucial para transporte em suspensão
norma sob condições naturais envolvendo água ou ar
limite ~ 2000
PROCESSOS SEDIMENTARES HIDRODINÂMICOS
modos de transporte
PROCESSOS SEDIMENTARES HIDRODINÂMICOS
leis básicas
 Número de Froude (Fr):
Fr = v / (g.L)½
v= velocidade
g= gravidade
L= profundidade do fluxo
regime de fluxo
Fr < 1 – inferior 
(fluxo tranquilo)
Fr > 1 – superior 
(fluxo rápido)
formas de leito
PROCESSOS SEDIMENTARES HIDRODINÂMICOS
formas de leito
f (velocidade, granulometria, profundidade do fluxo)
relação com estruturas sedimentares primárias
PROCESSOS SEDIMENTARES HIDRODINÂMICOS
formas de leito
estruturas sedimentares primárias
PROCESSOS SEDIMENTARES HIDRODINÂMICOS
formas de leito
marca de onda
laminação cruzada cavalgante
(climbing-ripples)
estratificações cruzadas
estruturas sedimentares primárias
PROCESSOS SEDIMENTARES HIDRODINÂMICOS
formas de leito
“fácies heterolíticas”
flaser
linsen
wavy
estruturas sedimentares primárias
PROCESSOS SEDIMENTARES HIDRODINÂMICOS
formas de leito
ondas
PROCESSOS SEDIMENTARES HIDRODINÂMICOS
PROCESSOS SEDIMENTARES HIDRODINÂMICOS
ondas
PROCESSOS SEDIMENTARES GRAVITACIONAIS
 avalanches
 slides e slumps
 mass-flows
 turbiditos
distinção com base 
nos mecanismos 
de sustentação das 
partículas nos 
fluxos
 fluxos de
sedimentos + água 
através da ação da 
gravidade 
PROCESSOS SEDIMENTARES GRAVITACIONAIS
fluxo de grãos
PROCESSOS SEDIMENTARES GRAVITACIONAIS
fluxo de detritos
 MASSA DE SEDIMENTOS OU DE ROCHAS SEDIMENTARES COM
CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS QUE AS DISTINGUEM DAS DEMAIS
 litologia
 textura
 estruturas sedimentares
 composição
FÁCIES SEDIMENTAR = sedimento ou rocha sedimentar formada sob
certas condições de sedimentação
FÁCIES SEDIMENTAR PROCESSO
 geometria
 padrão de paleocorrentes
 cor
 conteúdo fossilífero
características ou elementos que diagnosticam uma fácies:
FÁCIES SEDIMENTARES
 DESIGNAÇÃO: código que identifica a fácies
 DIAGNOSE: lista de atributos diagnósticos da fácies
 INTERPRETAÇÃO: caráter genético (processos)
 DESCRIÇÃO: exposição detalhada das características da fácies
FÁCIES SEDIMENTARES
 Sucessão de fácies
- relação unidimensional entre fácies, ou seja, uma relação
específica de sequenciamento linear das fácies no espaço,
usualmente expressa por um perfil vertical
 sucessões coarsening up /fining up; thinning up /thickening up
 sucessões shoaling up /deepening up
 sucessão horizontal de fácies: fácies derivadas geneticamente
por transformação de fluxo (“trato de fácies” - Mutti, 1992)
FÁCIES SEDIMENTARES
- relação tridimensional de fácies; ou seja, uma relação espacial
expressa, por exemplo, por correlações entre perfis ou por seções
 Associação de fácies
FÁCIES SEDIMENTARES
- síntese das relações entre fácies
 sínteses universais, despidas de toda e qualquer fácies ou 
relação entre fácies particulares: são modelos didáticos
 sínteses locais (= caso-de-estudo)
- finalidade dos modelos de fácies (Walker, 1984):
 norma para propostas de comparação
 guia para outras observações
 previsor de novas situações
 base integrada para a interpretação paleoambiental
 Modelo de fácies AMBIENTE DEPOSICIONAL
FÁCIES SEDIMENTARES
MODELOS DE FÁCIES
 UNIDADE GEOMÓRFICA (LUGAR) CARACTERIZADA POR UM
CONJUNTO DE PROCESSOS FÍSICOS, QUÍMICOS E BIOLÓGICOS
ATUANDO A TAXAS E INTENSIDADES ESPECÍFICAS, DE MODO QUE
DEPÓSITOS CARACTERÍSTICOS SÃO PRODUZIDOS
 Continentais  Transicionais  Marinhos
 Leques aluviais
 Fluviais
 Glacial
 Lacustre
 Eólico
 Cárstico
 Deltaico
 Estuarino
 Lagunar
 Praial
 Planície de maré
 Marinho raso
 Marinho profundo
AMBIENTE DEPOSICIONAL
AMBIENTES DEPOSICIONAIS
AMBIENTE FLUVIAL
 ATIVIDADE DE RIOS – altamente variável em muitos aspectos, não
podendo ser caracterizada por qualquer modelo de fácies único
f (diferentes tipos de rios que ocorrem na natureza: 04 tipos básicos
em um espectro contínuo)
meandrante
entrelaçado
retilíneo
anastomosado
CANAIS FLUVIAIS
 Meandrante – sinuosos, relativamente estreitos e profundos
 Retilíneos com barras marginais – canal único, bem definido, com 
margens estáveis
 Anastomosado – vários canais sinuosos correndo em volta de ilhas 
fluviais estáveis, com vegetação
 Entrelaçado – mosaico de barras e canais rasos, não coesos, em 
uma calha única, com grande suprimento de material grosso; 
descargas ocorrem com flutuações bruscas
padrões de canais = f (gradiente dos vales; flutuações na descarga;
taxa de suprimento sedimentar; vegetação e/ou material que
compõem as margens)
 Fluxo em canais sinuosos
 Transbordamento/inundações periódicas
 Abandono de canais
CANAIS FLUVIAIS processos fácies
fluvial meandrante
 barra em pontal
 meandro abandonado
CANAIS FLUVIAIS processos fácies
fluvial meandrante
 leque de arrombamento de 
dique marginal
 meandro abandonado
CANAIS FLUVIAIS – processos fácies
fluvial meandrante
 “Cordões” de areia
 Camadas tabulares e extensas de pelitos
 Alta relação pelito/arenito
 Sucessão fining up
 Canais preenchidos por lama
 Superfícies de acreção lateral, internas aos corpos arenosos
fluvial entrelaçado
 Fluxos torrenciais
 Fluxos em canais
 Carga de fundo elevada
 barras de canal
CANAIS FLUVIAIS – processos fácies
 “Lençóis” de areias ou conglomerados
 Camadas pouco persistentes de pelitos
 Alta relação arenito/pelito
 Sucessão em “caixote”
CANAIS FLUVIAIS – processos fácies
fluvial entrelaçado
CANAIS FLUVIAIS – processos fácies
fluvial entrelaçado
CANAIS FLUVIAIS – processos fácies
fluvial anastomosado
FÁCIES FLUVIAIS
Miall (1996)
Rudáceas
FÁCIES FLUVIAIS
Miall (1996)
Arenáceas
FÁCIES FLUVIAIS
Miall (1996)
Lutáceas
LEQUES ALUVIAIS
 ACUMULAÇÕES SEDIMENTARES EM FORMA DE UM SEGMENTO DE
CONE, CONSTRUÍDAS NA BASE DE ÁREAS ELEVADAS, PELO
ABUNDANTE SUPRIMENTO DE SEDIMENTOS TRAZIDOS POR
CORRENTES
 tectônica
 clima
 topografia (relevo pronunciado)
fatores condicionantes:
LEQUES ALUVIAIS
 Cones aluviais: mais íngremes, gradam a depósitos de tálus;
processos gravitacionais (movimentos de massa) são mais efetivos do
que ação de correntes
 Fan deltas: leques aluviais depositados em corpos dágua
 Fluxos torrenciais confinados
 Fluxos torrenciais não confinados
 Fluxos de detritos 
(geram os depósitos mais diagnósticos de leques aluviais)
LEQUES ALUVIAIS – processos deposicionais
1. LEQUE PROXIMAL
2. LEQUE MEDIANO
3. LEQUE DISTAL
1
2
3
LEQUES ALUVIAIS – fácies sedimentares
1. LEQUE PROXIMAL: conglomerados, arenitos, diamictitos
2. LEQUE MEDIANO: conglomerados, arenitos
3. LEQUE DISTAL: arenitos, lamitos
LEQUESALUVIAIS - fácies sedimentares
LEQUES ALUVIAIS - fácies sedimentares
Suguio, 2003
 LAGOS – corpos continentais de água não-marinha
 permanentes ou de curta duração
 águas frescas (periglaciais) águas hipersalinas (regiões áridas)
 origem: intracratônicos (subsidência tectônica); falhamentos (rift
valleys); lagos glaciais
AMBIENTE LACUSTRE
LAGOS
Rifte do leste africano
LAGOS
LAGOS
Barbosa & Kohler (1981)
médio vale do rio Doce (MG)
LAGOS processos fácies
- sedimentação controlada por:
CLIMA APORTE SEDIMENTAR PROFUNDIDADE
grau de aridez 
química da água
temperatura da água
produtividade orgânica
controlado pelo 
clima, tectônica, 
relevo,...
- clásticos
- químicos
estratificação das águas
eficácia das correntes
LAGOS processos fácies
LAGOS processos fácies
LAGOS processos fácies
Delta
LAGOS processos fácies
AMBIENTE EÓLICO
 acumulações sedimentares pela ação dos ventos
 regiões áridas (não necessariamente, mas principalmente, desertos
quentes):
balanço alta evaporação X baixa precipitação
latitudes 20-30o
(circulação atmosférica)
distância dos oceanos
relevo
correntes marinhas frias
abundante suprimento de areia
AMBIENTE EÓLICO processos fácies
 bed load: areias (0,1 – 1,0mm)
 suspended load: sedimentos
mais finos
 lags: sedimentos mais grossos
AMBIENTE EÓLICO processos fácies
ventifacto
AMBIENTE EÓLICO processos fácies
AMBIENTE EÓLICO processos fácies
 areias finas a médias, com maturidades textural e composicional
elevadas, boa seleção;
 estratificações cruzadas de alto ângulo e grande porte, tangenciais à
base;
 areias com gradação inversa (fluxos de grãos)
 areias com laminações cruzadas cavalgantes (ripples transladantes)
AMBIENTE EÓLICO processos fácies
tipos de dunas: regime de ventos
AMBIENTE EÓLICO processos fácies
tipos de interdunas
 Seca – áreas de deflação ou arenosas; ripples granulosos; laminação
plana descontínua
 Úmida – corpo d’água originado pela flutuação do nível freático;
silte/argila pode ser trapeado; preservação de matéria vegetal e
animal; bioturbação; estruturas de deformação/carga
 Evaporítica – precipitação de sais solúveis (sulfatos, carbonatos);
ambiente de playa ou sabkha
AMBIENTE GLACIAL
 GELEIRA – massa compacta de gelo acumulado (acumulação e
recristalização de neve)
 precipitação > degelo
 baixas temperaturas e alta precipitação
 altas latitudes; altitudes elevadas
tipos de geleiras
AMBIENTE GLACIAL
AMBIENTE GLACIAL
AMBIENTE GLACIAL
AMBIENTE GLACIAL
 fácies principais: TILITOS
seixos facetados e estriados
AMBIENTE GLACIAL
 fácies principais: VARVITOS
clastos caídos
AMBIENTES COSTEIROS
ENERGIA
ONDAS MARÉS VENTOS
FALÉSIAS E
PLATAFORMAS DE
ABRASÃO
RECIFES DE 
CORAL
PRAIAS PLANÍCIES DE
LAMA
DUNAS COSTEIRAS
GEOMORFOLOGIA COSTEIRA
ESTRUTURA GEOLÓGICA
MATERIAIS
MARINHO TERRESTRE
GROSSO FINO
AMBIENTES COSTEIROS
MARÉS
correntes
ONDAS
deriva litorânea
AMBIENTES COSTEIROS
Ilhas
Barreiras Estuários
M
ic
ro
-m
a
ré
6
4
2
0
A
m
p
lit
u
d
e 
d
e 
m
ar
é 
(m
)
Planícies
de Maré
Canais
de Maré
Marismas e
Mangues
M
e
s
o
-m
ar
é
M
a
c
ro
-m
a
ré
Cristas
Arenosas
Associadas
 a Maré
Deltas
de Maré
AMBIENTES COSTEIROS costas dominadas por ondas
AMBIENTES COSTEIROS
costas dominadas 
por ondas
(ambientes de 
micromarés, em geral)
• origem: 
- crescimento vertical de barras submarinas;
- crescimento lateral de pontais arenosos;
- afogamentos de praias
• isolam lagunas costeiras, segmentadas ou não 
por canais (associados a marés)
Canal
de 
Maré
Canal
de 
Maré
Interior 
da Baía
De
se
m
bo
ca
du
ra
 
da
 B
aí
a
 Baía
EsporâoArenoso Ilha BarreiraCordão Arenoso Costeiro
cordão arenoso costeiro esporão arenoso ilha barreira
AMBIENTES COSTEIROS costas dominadas por ondas
AMBIENTES COSTEIROS costas dominadas por ondas
emersosubmerso
backshore
(pós-praia)
foreshore (face de praia)
shoreface
(ante-praia)
AMBIENTES COSTEIROS costas dominadas por ondas
 backshore (pós-praia): laminação plano-paralela, inclinada para o continente
 foreshore (face de praia): areias com laminação plano-paralela, levemente
inclinada para o mar; estratificações cruzadas de baixo ângulo; bioturbação
fraca a ausente
 shoreface (ante-praia): alta razão arenito/folhelho; bioturbação intensa; 
ripples/megaripples
AMBIENTES COSTEIROS costas dominadas por marés
planície de maré
AMBIENTES COSTEIROS costas dominadas por marés
 3 setores:
 supramaré
 intermaré
 inframaré
AMBIENTE DELTAICO
 DELTAS: construções progradantes à foz de um rio em um corpo
d’água de menor energia
gerados pela expansão e desaceleração do fluxo fluvial,
ao se misturar com as águas do corpo receptor, levando
à deposição da maioria da carga sedimentar junto à foz.
f (carga sedimentar fluvial significativa; espaço de acomodação 
no corpo aquoso receptor)
interação de processos fluviais e marinhos (ou lacustres)
AMBIENTE DELTAICO sub-ambientes
AMBIENTE DELTAICO sub-ambientes
 planície deltaica – área subaérea do delta; ação de canais distributários,
planície de inundação com crevasse splays, planície de maré, pântanos,
baías interdistributárias
 frente deltaica – parte subaquosa, mais inclinada do delta; construção de
rios distributários contra a ação do mar; sedimentos arenosos a siltosos
 prodelta – parte subaquosa mais distal; franca ação marinha; sedimentos
lamosos e bioturbados
AMBIENTE DELTAICO processos fácies
AMBIENTE DELTAICO processos fácies
AMBIENTE DELTAICO processos fácies
AMBIENTE DELTAICO processos fácies
 deltas dominados por rios:
ocorrem em contextos de
micromarés e limitada
energia de ação das ondas,
onde a progradação dos
lobos deltaicos é significativa
e a redistribuição das barras
nas desembocaduras é
limitada (são principalmente
lacustres)
delta do Mississipi (exemplo
raro de delta dominado por
rio em mar aberto, o que é
devido ao alto suprimento
sedimentar e baixa energia
do corpo receptor – golfo do
México)
AMBIENTE DELTAICO processos fácies
 deltas dominados por
ondas: são caracterizados
pelo retrabalhamento das
barras em corpos ou cordões
arenosos paralelos à costa e
praias
delta do São Francisco
AMBIENTE DELTAICO processos fácies
AMBIENTE DELTAICO processos fácies
 deltas dominados por marés: exibem planícies de marés lamosas e barras
retrabalhadas em corpos arenosos alongados perpendiculares à linha de costa
delta do Ganges-Brahmaputra
AMBIENTE DELTAICO processos fácies
 deltas mistos: deltas
onde ocorre a concorrência
de processos fluviais, de
ondas ou de marés;
apresentam morfologias
intermediárias ou um
mosaico de características
de outros tipos de deltas
delta do Indus
AMBIENTES MARINHOS
morfologia do fundo marinho
marinho raso marinho profundo
AMBIENTES MARINHOS
 (1:1000); até a profundidade (média nos oceanos mundiais) de 150m
 largura de poucos quilômetros até 400km
 pequena variação de relevo
 plataforma interna (até 30 m de profundidade)
 plataforma externa (até o limite com o talude)
 sedimentação reflete a natureza dos componentes (terrígena ou 
carbonática); atividade de ondas, marés e correntes
plataforma continental
ambiente marinho raso
AMBIENTES MARINHOS
plataforma continental ambiente marinho raso
 Plataforma (shelf) 
rampa
margem
banco
PLATAFORMAS CARBONÁTICAS
AMBIENTES MARINHOS
ambiente marinho profundo
 talude continental:
- (> 1:40)
- profundidade (média nos oceanos mundiais) entre 150m e 1500/3500m
- largura de 10 a 200km
- transição crosta continental/crosta oceânica
- espessuras de sedimentos > 10km
- gradienteselevados  instabilidade  cânions
AMBIENTES MARINHOS
ambiente marinho profundo
 sopé continental (entre o talude e a bacia oceânica)
- (< 1:1000)
- profundidade (média nos oceanos mundiais) entre 3000 e 4000m
- largura de 100 a 1000km
- acumulações de sedimentos depositados na base do talude
ambiente marinho profundo
 bacia oceânica (planícies abissais)
- relevo plano, com presença de cadeias de colinas abissais, entre as 
margens continentais e as cordilheiras mesoceânicas
- profundidade (média nos oceanos mundiais) entre 3000 e 6000m
- acumulações de sedimentos pelágicos (vasas silicosas ou carbonáticas); 
sedimentos vulcânicos (proximidades das cadeias oceânicas)
AMBIENTES MARINHOS
AMBIENTES MARINHOS
ambiente marinho profundo
AMBIENTES MARINHOS
ambiente marinho profundo
leques submarinos
ressedimentação; circulação de fundo (correntes de contorno); 
deposição pelágica/hemipelágica
Referências bibliográficas
 GIANNINI, P.C.F.; MELO, M.S. Do grão à rocha sedimentar: erosão, deposição e diagênese. In: TEIXEIRA, 
W.; TOLEDO, M. C. M.; FAIRCHILD, T. M.; TAIOLI, F. (Orgs). Decifrando a Terra. São Paulo: Oficina de 
Textos, pp 240-277. 2009; 
 RICCOMINI, C.; ALMEIDA, R.P; GIANNINI, P.C.F.; MANCINI, F. Processos fluviais e lacustres e seus 
registros. In: TEIXEIRA, W.; TOLEDO, M. C. M.; FAIRCHILD, T. M.; TAIOLI, F. (Orgs). Decifrando a Terra. 
São Paulo: Oficina de Textos, pp 306-333. 2009; 
 ROCHA-CAMPOS, A.C.; SANTOS, P.R. Gelo sobre a Terra: processos e produtos. In: TEIXEIRA, W.; 
TOLEDO, M. C. M.; FAIRCHILD, T. M.; TAIOLI, F. (Orgs). Decifrando a Terra. São Paulo: Oficina de Textos, 
pp 348-375. 2009; 
 SÍGOLO, J.B. Processos eólicos e produtos sedimentares. In: TEIXEIRA, W.; TOLEDO, M. C. M.; 
FAIRCHILD, T. M.; TAIOLI, F. (Orgs). Decifrando a Terra. São Paulo: Oficina de Textos, pp 334-347. 2009; 
 TESSLER, M.G.; MAHIQUES, M.M. Processos oceânicos e produtos sedimentares. In: TEIXEIRA, W.; 
TOLEDO, M. C. M.; FAIRCHILD, T. M.; TAIOLI, F. (Orgs). Decifrando a Terra. São Paulo: Oficina de Textos, 
pp 376-399. 2009;

Outros materiais