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Métodos, Técnicas e Meios de Ensino

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1 
MÉTODOS, TÉCNICAS E MEIOS DE ENSINO (2) 
Texto elaborado para aula por Maria Angélica Cardoso. 
2 As Técnicas de Ensino na Educação 
A técnica sugere os procedimentos que tornam mais eficaz o alcance de determinado 
objetivo de aprendizagem. Mas a técnica não basta por si só, é necessário que o professor a 
torne efetiva. Não há dúvida de que o professor trabalha sempre melhor quando domina boas 
técnicas de ensino. 
É possível agrupar as técnicas de ensino em função de certas características comuns. 
Por exemplo: 
 TÉCNICAS DE ENSINO 
 
 individuais grupais mistas diretas indiretas semidiretas 
 
As técnicas de ensino individuais se fundamentam na necessidade de atender às 
diferenças individuais. Enquanto as grupais, ao implicarem a realização de atividades em 
conjunto, se fundamentam na necessidade de interação social. As técnicas de ensino mistas, 
consequentemente, atendem às necessidades tanto no aspecto individual como social. 
As técnicas de ensino diretas são realizadas diretamente pelo professor. As indiretas 
ocorrem sem a interferência direta do professor (ou outras pessoas). As técnicas de ensino 
semidiretas são executadas tanto com a intervenção direta do professor como sem ela. 
O número de técnicas de ensino é variado e se avoluma a cada dia. Aqui destacaremos 
algumas delas, caberá ao educador selecionar aquela(s) que proporcione melhor a efetivação 
do seu método e consequentemente seja a facilitadora de uma aprendizagem efetiva e de 
qualidade. 
2.1 A Aula Expositiva 
A exposição é uma técnica clássica que foi absorvida pela Escola Moderna 
adequando-se aos atuais sistemas de ensino. Ela pode ser utilizada tanto na fase inicial da 
aprendizagem – definição de objetivos, introdução do tema, orientação de conceitos básicos – 
como no desenvolvimento do conteúdo – desenvolvimento de aspectos básicos do conteúdo, 
tendo um caráter inicialmente analítico. Ou ainda na conclusão do conteúdo - arremate 
sintético, visando “fechar estruturas”. Contudo, o professor deve tomar alguns cuidados: 
 2 
* Ter consciência da validade e eficiência de uma exposição oral. Sua adequação a 
determinados conteúdos e objetivos da matéria a ser dada. 
* Cuidar em relação ao tempo de exposição, adequando-o segundo as peculiaridades da 
turma, idade dos alunos, conteúdo a ser comunicado. 
* Planejar a exposição preocupando-se em transmitir o conteúdo de forma dinâmica, clara, 
estimulante e objetiva, evitando o “saber enciclopédico”. 
* Esclarecer sobre a relevância da matéria, de forma a situar o aluno incentivando sua 
participação. 
* Estabelecer um contato afetivo com os alunos, que possibilite a percepção de certas reações 
(gestos, olhares, sorrisos...) 
Se por um lado esta técnica permite a organização do campo de estudo dos alunos e 
possibilita ao professor disciplinar a condução do raciocínio e a linguagem dos alunos, por 
outro, tem a desvantagem de levar o professor a pensar que o nível de absorção não varia 
conforme o desenvolvimento mental e promove a passividade dos alunos. 
Lopes (2013)1, ao abordar a aula expositiva como técnica de ensino, problematiza o 
fato de que esta técnica tenha uso exclusivo na pedagogia tradicional e que esteja 
impossibilitada de produzir uma aprendizagem duradoura. Para esta autora, a aula expositiva, 
numa perspectiva crítica, 
[...] pode se transformar numa técnica que estimula a atividade e a iniciativa 
dos alunos sem prescindir da iniciativa do professor; favorece o diálogo 
entre professor e alunos, e dos alunos entre si, sem cair numa prática 
permissiva; e considera os interesses e experiências dos alunos sem desviar-
se da sistematização lógica dos conteúdos previstos nos programas de ensino 
(LOPES, 2013, p. 49). 
Na perspectiva crítica, esta técnica deixa de ter sua centralidade na ação docente e o 
diálogo passaria a ser sua característica principal. Portanto, cabe a defesa de sua utilização sob 
uma perspectiva crítica, caracterizada em uma aula expositiva dialógica. Segundo Lopes 
(2013) a aula expositiva pode contribuir para a aquisição, a reelaboração e a construção dos 
saberes pelos estudantes. 
2.2 O Interrogatório 
A viabilidade e as vantagens da exposição associam-se fundamentalmente à 
participação ativa do aluno. É neste sentido que o interrogatório (técnica clássica da 
 
1 LOPES, Antônia Osima. Aula Expositiva: superando o tradicional. In: VEIGA, Ilma Passos Alencastro. (Org.). 
Técnicas de Ensino: por que não? 21 ed. Campinas, SP: Editora Papirus, 2013. p. 37-50. 
 3 
concepção tradicional) incorpora-se a exposição dando-lhe um caráter dinâmico. 
O interrogatório pode ser usado para incentivar a aprendizagem, sondagem de 
conhecimentos, avaliação (visando a reorientação do processo), integração e na fixação de 
conteúdo. 
Tal como a exposição didática, ele exige certos “cuidados” por parte do professor: 
perguntas interessantes, distribuição de perguntas pelo maior número possível de alunos, 
utilização do sistema de voluntariado, incentivo a reflexão, reforço positivo a respostas certas, 
incentivo ao esforço daqueles que ainda não conseguem se expressar satisfatoriamente, criar 
um clima de espontaneidade. 
2.3 Interpretação de Texto 
Neste tipo de aula o professor orienta os alunos para realizarem, em sala, a leitura de 
um texto. Após essa leitura deve ser solicitada uma tarefa que permita uma interpretação 
crítica por parte dos alunos. Neste tipo de trabalho pode-se trabalhar o texto como fonte 
histórica, inclusive utilizando documentos de época. 
Esta técnica, além de estimular a capacidade crítica, estimula a capacidade de síntese e 
a criatividade, proporcionando um aumento no vocabulário e o contato com outras épocas e 
outras culturas. 
Procedimentos: 
1. Efetuar uma leitura rápida, procurando, neste primeiro contato, obter uma visão 
global do texto. 
2. Realizar uma nova leitura, com maior atenção, reflexão e postura crítica, 
sublinhando as idéias principais. 
3. Reler o que foi sublinhado, fazendo anotações no texto ou à parte, visando organizar 
a leitura. 
4. Assinalar, com ponto de interrogação o que não entendeu, o que discorda, o que não 
sabe, dúvidas de vocabulário ou incoerências do texto. 
5. Procurar respostas às questões assinaladas, anotando-as à margem, próxima ao 
ponto de interrogação. 
6. Reunir as anotações relacionando-as entre si. 
7. Propor roteiros, esquemas, debates sobre o texto. 
Estes procedimentos deverão ser adotados com a necessária flexibilidade e coerência, 
de acordo com o trabalho que se deseja desenvolver. 
 4 
2.4 Estudo de Texto 
Conforme Azambuja e Souza (2013)2, esta técnica de ensino consiste em trabalhar o 
texto de modo analítico e crítico, desvendando-lhe sua estrutura. Para as autoras: 
Para realizar-se com plenitude, além do desenvolvimento das habilidades de 
compreensão, análise, síntese, julgamento, inferência etc, é necessário que 
haja, também, uma etapa final, em que os alunos exteriorizem, pela produção 
própria, algo que adquiriram com o Estudo do Texto (AZAMBUJA, 
SOUZA, 2013, p. 51). 
Azambuja e Souza (2013) afirmam que antes do Estudo de Textos é preciso preparar o 
aluno para a leitura, despertando nele o interesse. É interessante abordar algumas questões 
sobre o texto antes de entregá-lo às mãos dos alunos. Uma rápida pesquisa sobre autor e a 
obra devem aguçar a curiosidade dos alunos e desafiá-los a ler o texto. 
Na atividade de leitura, o professor tem a sua disposição algumas maneiras de 
trabalhar o texto: individual ou coletivamente, oral ou silenciosamente. No estudo 
propriamente dito novas leituras podem acontecer até que todos tenham compreendido bem o 
texto. A análise por partes é outra forma de estudar o texto. 
O Estudo de Texto pode culminar com a geração de outro texto que pode ser tanto 
verbal quanto escrito. 
Para as autoras, o Estudo de Texto não pode oferecer roteirorígidos pois, cada texto 
poderá ter um tipo de abordagem; cada turma poderá determinar uma forma de abordagem do 
texto; cada professor, de acordo com sua sensibilidade e criatividade criará condições 
diferentes para a abordagem do texto. 
2.5 Resolução de Problemas 
A resolução de problemas varia de acordo com o método pedagógico, podendo ser 
tanto uma técnica quanto a base do próprio método. Em ambos os casos leva à descoberta e 
pode coincidir com o método de investigação científica. 
A resolução de problemas como método de ensino não constitui idéia nova, já estava 
presente no final do século XIX, como uma consequência da posição filosófica de Dewey em 
relação ao pensamento reflexivo. 
No método de problemas, a situação-problema parte dos alunos. A função do professor 
é induzir a um estado de dúvida levando o aluno a querer resolver algo que é belo para si. 
 
2 AZAMBUJA, Jorcelina Queiroz; SOUZA, Maria Leticia Rocha. O Estudo de Texto como Técnica de Ensino. 
In: VEIGA, Ilma Passos Alencastro. (Org.). Técnicas de Ensino: por que não? 21 ed. Campinas, SP: Editora 
Papirus, 2013. p. 51-67. 
 5 
Para Gagni a resolução de problemas é o tipo mais complexo de aprendizagem, é um 
processo psicológico composto das seguintes etapas: 
I- Fase inicial. 
- proposição do problema 
- compreensão do problema 
 
II- Fase intermediária. 
- construção da solução (hipotese) 
- testagem da solução 
 
III- Fase final 
- aceitação ou rejeição da solução 
 
Todas essas etapas devem ser realizadas pelo aluno. A realização do plano 
estabelecido e a sua testagem final também lhe cabem, pois com isso, é exigido do aluno uma 
participação ativa que não se resume ao instante da descoberta, mas abarca um conjunto de 
processos que levam à descoberta e suas consequências. 
Ao professor caberá o papel de orientador, incentivando o aluno a não desistir diante 
de um fracasso e orientando a testagem da solução, indicando as possibilidades de pesquisa 
experimental, bibliográfica ou ambas. 
2.6 Música 
A música, como produto cultural de uma determinada época, contribui para a 
identificação da realidade histórica em que está inserida e pode ser utilizada como fonte 
histórica de determinada época. Além disso, esta técnica contribui para a integração dos 
alunos em torno de uma atividade agradável. 
Pode utilizada tanto na apresentação quanto no desenvolvimento e na fixação de uma 
unidade. Para tanto há que se estabelecer os objetivos e o tema da unidade para que a escolha 
da música seja adequada ao tema; preparar cópias da música, para, através do texto, facilitar a 
compreensão; levar para a sala de aula, a gravação musical. 
Se bem utilizada, a música propicia um ambiente descontraído e atraente facilitando a 
aprendizagem. Contudo, se mal utilizada pode dispersar os alunos. A utilização da música por 
si pode ser somente um elemento de descontração e não de estímulo ao espírito crítico. 
2.7 Dramatização 
A dramatização é de grande interesse para o estudo de qualquer disciplina. Ela pode 
ser teatral, radiofônica, cinematográfica ou televisionada. 
Tecnicamente é uma forma particular de estudo de casos. O exemplo específico da 
 6 
teatralização, equivale a apresentar aos alunos um problema, um caso de relações humanas, 
por exemplo. Pode ser planejada ou espontânea. No primeiro caso, o professor escolhe o 
assunto e os papéis e o distribui entre os alunos, instruindo-os como atuar. Também o 
planejamento pode ser deixado inteiramente por conta dos alunos, o que dá mais autenticidade 
ao exercício. A dramatização espontânea pode ser decidida a qualquer momento, a partir de 
uma situação em sala de aula. 
Além de desenvolver a empatia ou a capacidade de desempenhar os papéis de outros e 
analisar situações de conflito, a dramatização também proporciona: 
* melhora na relação professor-aluno e dos últimos entre si; 
* estímulo à imaginação; 
* criação de espírito de cooperação; 
* desenvolvimento da capacidade de análise; 
* aprimoramento da dicção e correção de linguagem; 
* além de eliminar inibições; 
Com objetivos informativos, pode-se usá-la para destacar pontos importantes de uma 
unidade de estudo, criar noção de espaço; levar ao conhecimento de características peculiares 
a cada período histórico. 
O aluno deve participar ativamente de todas as etapas da dramatização e não apenas na 
concretização da técnica em si, ou seja, no momento da representação. 
2.8 Estudo Dirigido 
Objetiva orientar e estimular o aluno nos métodos de estudo e pensamento. Pode ser 
realizado tanto individualmente quanto socializado. 
Esta técnica exige dos alunos alguns comportamentos indispensáveis para consecução 
dos objetivos estabelecidos. São eles: 
1. Concentração – para tanto a tarefa deve ser significativa para o aluno. 
2. Estudar escrevendo – fazendo anotações, esquemas, etc. 
3. Estudar sublinhando – marcando, assinalando as idéias, etc. 
4. Prever o tempo de estudo – usar racionalmente o período de que se dispõe. 
5. Selecionar e preparar o material necessário à realização do Estudo Dirigido. 
6. Escolher local apropriado – que seja calmo, arejado 
7. Estudar procurando estabelecer relações – fazendo comparações, estabelecendo diferenças. 
8. Organizar ficha de resumo ao final do estudo – que contenha os dados essenciais do tema. 
 7 
Fases do Estudo Dirigido: 
1. Professor apresenta o tema e fornece as instruções gerais; 
2. Distribui um roteiro; 
3. Os alunos iniciam o estudo, individualmente ou em grupo: sublinhar as ideias mais 
importantes; destacar as partes que compoem o texto, dando-lhes titulos; esquematizar o 
texto; registrar notas e observações; procurar conceitos, características e outros elementos 
necessários à compreensão; consultar o dicionário; formular conceitos; ilustrar aspectos 
importantes. 
4.O professor atende às dúvidas; 
5. Cada aluno (ou grupos) apresenta o trabalho realizado; 
6.Devem ser elaboradas perguntas de tipo memorização, relação, conclusão; 
7. Discussão das conclusões; 
8. Avaliação final. 
É essencial que o professor esclareça sobre o tema tratado no estudo para o 
acompanhamento geral da turma, e a partir de então podem ser aplicados os exercícios. 
Na discussão, tudo deve ser discutido questionando a linha de raciocínio e recursos 
que foram utilizados pelos alunos para obter as respostas. Assim, o debate se torna a parte 
mais importante, em que o aluno poderá avaliar por si se seu raciocínio esteve correto ou não. 
É importante que o aluno tenha ferramentas de pesquisa, sejam livros, computadores 
conectados a internet, anotações, considerações do professor. A comunicação entre professor 
e aluno deve ser aberta e participativa, de modo que durante a realização do estudo ou debate 
o aluno possa questionar métodos e considerações, para um melhor entendimento. 
Promover o debate também desperta novos horizontes de raciocínio, já que cada aluno 
vai explicitar como chegou a determinadas respostas, além do que o professor pode solicitar o 
esclarecimento do assunto. A avaliação ocorrerá conforme o desempenho de cada aluno na 
realização do debate. 
2.9 Projeção (filmes e vídeo) 
A projeção de filmes e vídeo são técnicas/recursos didáticos utilizados com o objetivo 
de tornar mais familiares ao aluno os assuntos abordados em sala de aula. De trazer para perto 
do aluno uma realidade que lhe era distante. 
O filme e o vídeo são instrumentos que só devem ser usados se trouxerem uma 
contribuição efetiva à aula. Não é aconselhável que sejam encarados como uma atividade 
extraclasse, com sabor de festa; ou como uma forma do professor preencher lacunas, 
 8 
programar um dia fácil. É importante que o professor saiba o momento propício para sua 
utilização. Eles devem estar intimamente relacionados à unidade que será ou que foi 
trabalhada. 
O professor deve ver o filme ou o vídeo antes da exibição para os alunos, a fim de 
fazer um levantamento do vocabulário,da forma de narração e de tudo mais que possa ser 
esclarecido à turma com antecedência. Deve-se também evitar filmes e vídeos muito longos; 
ou filmes e vídeos não adequados à faixa etária da turma. Devem ser exibidos na sala de aula, 
ou em sala apropriada na escola, e não em auditórios ou cinemas. Isto evita a dispersão dos 
alunos. Interromper a projeção nos pontos necessários, voltar o filme, repetir algumas cenas, 
desligar o som; são alguns recursos oferecidos pelos projetores de filme que os professores 
podem aproveitar. Um filme ou um vídeo que desempenham um papel educativo não 
precisam ser projetados à maneira dos filmes recreativos. Cabe ao professor tirar vantagem do 
material para levar o aluno a desenvolver sua capacidade de observação, a descobrir as 
relações existentes entre os fenômenos apresentados, adotar uma atitude crítica frente à 
imagem e apurar o gosto pelo contato com o real. 
Exibido o filme ou o vídeo, continua-se o aproveitamento do material projetado. 
Desde o simples interrogatório até as técnicas mais dinâmicas de ensino devem ser usadas. O 
trabalho em grupo para analisar o conteúdo do filme; o estudo dirigido para verificar a 
compreensão e reforçar pontos importantes, projetos, pesquisas, leituras adicionais; enfim, 
uma infinidade de técnicas podem ser usadas para fixar, desenvolver e ampliar as informações 
trazidas pelo filme. 
2.10 Ensino por Fichas 
Ensino individualizado. É desenvolvido, basicamente, dividindo o conteúdo a ser 
trabalhado em fichas, as quais servirão par direcionar o aluno durante o seu estudo. O ideal é 
que cada ficha contenha apenas uma ideia principal. 
As fichas são organizadas com o objetivo de apresentar informações que pretendam 
levar o aluno a realizar operações mentais baseada nos diversos níveis do domínio cognitivo: 
informação, compreensão, aplicação, análise, síntese e variação de conhecimentos. Existem 
sete tipos de fichas: 
• Instruções: apresenta orientações sobre a maneira de utilizar o conjunto de fichas 
de autoestudo. 
• Objetivos: contém os objetivos propostos para o conjunto de fichas. 
 9 
• Informação: apresenta informações novas para o aluno ou informações que 
complementam a aula. Podem ser ilustradas com gráficos e desenhos que 
facilitem seu estudo 
• Atividades: propõe atividades de aplicação, análise e síntese do conteúdo 
estudado nas fichas de informação. Este tipo de ficha visa a produção do aluno, a 
formação de hábitos de estudo e o desenvolvimento do pensamento reflexivo. 
• Avaliação: contém a correção das atividades e possibilita a verificação do alcance 
e não dos objetivos. 
• Atividades alternativas (ou de recuperação): proporcionam novas formas de 
aprendizagem ao aluno que não atingiu os objetivos propostos. 
• Desenvolvimento: Fichas destinadas ao aluno que atingiu os objetivos do 
conjunto de fichas. Possibilita a ampliação do conhecimento adquirido. 
Depende do nível da turma, pode-se pedir que os próprios alunos preparem as fichas 
de informação. O papel do professor aí é de orientador e supervisor. O aluno vai escolher todo 
o material disponível sobre o assunto, logo a seguir seleciona o que vai ser utilizado, copia ou 
tira cópia e cola nas fichas. 
Esta técnica será eficaz se a turma onde for aplicada for pequena (média de 15 alunos) 
o que permite ao professor acompanhar aluno por aluno. A técnica depende também da 
maturidade dos alunos, ou seja, se os alunos estão abertos a um procedimento didático que vai 
exigir muito mais deles do que do professor que será um orientador da aprendizagem. 
2.11 Jogos 
A técnica de jogos, bem como as demais técnicas visam a tornar mais receptivo o 
assunto apresentado a uma turma, possibilitando maior fixação do que foi estudado e 
despertando maior interesse por parte dos alunos. 
A princípio, quando pensamos em jogos, parece-nos estranha a sua utilização na 
escola, a não ser na hora do recreio, pois este tipo de atividade não teria lugar no espaço da 
sala de aula. Contudo, essa técnica é muito importante para o processo de aprendizagem, uma 
vez que mexe com diversos fatores que dinamizam e tornam atraente o conteúdo, levando o 
aluno a raciocinar de modo descontraído e a desenvolver iniciativas. 
Objetivos do jogo: 
• Canalizar o impulso competitivo para atividades construtivas e integradoras; 
• Estimular o estudo, através de atividades dramáticas e lúdicas; 
• Valorizar a relação professor-aluno e destes entre si; 
 10 
• Relacionar o conteúdo a ser transmitido à realidade do aluno, ajudando-o a compreendê-la, 
para que possa avaliá-la e transformá-la; 
• Desenvolver habilidades para solução de problemas; 
• Estimular a coordenação e o controle de impulsos face a uma situação de tensão; 
• Oportunizar o raciocínio rápido. 
Os jogos podem ser usados tanto na apresentação e no desenvolvimento das unidades 
quanto na fixação e verificação da aprendizagem. Eles podem ser adquiridos prontos ou 
construído pela turma, o que é mais interessante. 
2.12 Seminário 
Trata-se de um estudo por um grupo de pessoas sob a orientação do professor, criando 
questões para discussão aberta a todo o grupo de alunos. Ele pode tratar de um ou mais temas 
dentro de uma unidade, ou de uma ou mais unidade dentro da disciplina. 
Existem diversos tipos de seminários. Ele pode ser liderado pelo professor que 
previamente indica o tema, a bibliografia, ou trabalho de pesquisa básica para 
acompanhamento do seminário pelos alunos. O fundamental do tema é exposto pelo professor 
e logo a seguir inicia-se o debate com a contribuição dos alunos. Ao final do seminário, o 
professor coordena as conclusões. 
No Seminário Relâmpago a exposição é feita por um grupo de alunos, seguindo a 
discussão informal liderada pelo professor. 
No Seminário Global o professor reparte a apresentação de uma ou mais unidades 
entre os grupos que são formados com a participação de toda a turma. Nas datas marcadas os 
representantes dos grupos expõem respectivamente suas partes se seguindo discussão e o 
debate, cabendo ao professor o papel de moderador. 
A principal finalidade do Seminário é habituar o aluno à prática científica e o 
raciocínio objetivo ao analisar um determinado assunto. 
O Seminário desenvolve no aluno a capacidade de pensar por si e cria o hábito 
científico da pesquisa. Habilita o aluno a receber críticas e sugestões dos companheiros e do 
professor educando-o na prática do trabalho coletivo. 
Portanto, esta técnica, se bem utilizada pelo professor, leva os alunos ao 
amadurecimento pedagógico na medida em que se familiarizam com o uso dos instrumentos 
de trabalho intelectual, com a prática da reflexão e do pensamento original. 
 
 11 
2.13 Discussão 6/6 ou Phillips 6/6 
Processo utilizado pela primeira vez por V. Donald Phillips, em Michigan, também 
conhecido como método de fracionamento, porque o grupo é subdivido em seis subgrupos 
que discutem um assunto durante seis minutos (discussão 6/6). 
Descrição da técnica: dividir o grupo em seis subgrupos de seis pessoas que discutiram 
o tema durante seis minutos. O professor além de avisar quando o tempo estiver para se 
esgotar, deve atender aos subgrupos que apresentarem dúvidas durante o desenvolvimento do 
trabalho. Cada membro do grupo fará suas anotações, podendo utilizar fichas. 
Processamento de técnica: a) exposição do assunto; b) divisão da classe em subgrupos 
e numeração de cada componente – de 1 a 6 – em cada grupo; c) entrega do texto e das fichas 
para as anotações; d) estudo do assunto pelos subgrupos. 
Para o relato dos textos, novos grupos são formados, agora pelo número recebido por 
cada componente, que deverá apresentar o assunto estudado no primeiro grupo ao grupo atual. 
A principal característica desta técnica é que permite a participação de todos os 
presentes; encoraja a divisão do trabalho e dá responsabilidade, incrementando a participação. 
A precaução que deve ser tomada é quea técnica tem pouco valor na difusão de 
muitas informações ao mesmo tempo, portanto o texto não deve conter uma variedade grande 
de informações. 
2.14 Discussão Circular 
Apresenta-se aos participantes uma só pergunta clara e condensada e geralmente 
estabelece-se um minuto para cada resposta. Cada um dos participantes expõe, na sua vez, até 
que todos tenham falado, sem que haja interrupção na sequência pré-estabelecida. O debate se 
estabelece após a fala de todos os participantes. 
2.15 Grupo de Cochicho 
Técnica de fracionamento em que o grupo de discussão é constituído por duas pessoas 
que discutem, entre si, o assunto. Seu objetivo é criar o máximo de oportunidades para a 
participação individual num ambiente informal. O debate pode ser estabelecido com toda a 
turma, cada dupla apresentando seu ponto de vista ou sob a coordenação do professor, cada 
dupla expondo suas conclusões. 
2.16 Audiência de Comissão 
É o interrogatório feito a um especialista. Importa que o assunto seja do interesse de 
todos os participantes. O interrogatório não deve ser muito prolongado. O perito no assunto 
 12 
deve reunir-se com a comissão antes da reunião. A comissão deve redigir perguntas 
antecipadamente para abranger o maior número de aspectos do assunto em pauta. 
Na escola, o professor pede que estudem determinado assunto e escolhe, na sala de 
aula, um ou dois “peritos” e os arguidores que comporão a Comissao Interrogadora. O 
trabalho motivará os alunos, predispondo-os a refletir sobre o assunto. 
Esta técnica aproveita muito mais a variedade de conhecimento, opiniões e capacidade 
dos que interrogam. Acaberá à Comissão Interrogadora formular as perguntas. O professor 
fará o papel de mediador. 
2.17 Entrevista 
A técnica de ensino consiste numa série de perguntas feitas por um entrevistador, que 
representa o grupo, a um especialista em determinado assunto. 
Escolhido o tema, convidar um especialista e informar-lhe sobre o tema da entrevista. 
Previamente o professor, organiza e elabora, com sua turma, as questões de interesse. Para o 
momento da entrevista pode-se indicar um ou mais entrevistadores ou organizar a turma em 
duplas ou trios. Esta técnica além de obter informações, fatos ou opiniões sobre assuntos de 
importância para o grupo, estimula o interesse dos alunos por um tema. 
2.18 Tempestade Cerebral (Brainstorming) ou Explosão de Ideias 
É uma técnica de produção de ideias ou de soluções de problemas em grupo. 
Possibilita o surgimento de aspectos ou ideias que não seriam, normalmente, levantadas. Na 
prática não deve ser estabelecida nenhuma regra ou limite, eliminando assim todos os 
prováveis bloqueios ao “insight”. 
É útil para desenvolver a criatividade; liberar bloqueios de personalidade; vencer a 
cegueira intelectual que nos impede de ver as mil e uma soluções de cada problema; criar um 
clima de otimismo; e desenvolver a capacidade de iniciativa e liderança. 
Descrição: disponha os alunos como for possível, de preferência em círculo; crie um 
clima informal e descontraído; proíba mesmo críticas, julgamentos, explicações. Só vale 
expor ideias; incentive a todos e peça que exponham o que lhe vier a cabeça, em frases breves 
e que falem alto, um de cada vez; proíba cochichos, risinhos e conversas paralelas. 
2.19 Diário Pessoal, Portfolio e Diário de Campo 
A escrita é um dos exercícios mais eficaz na aprendizagem. Os diários são uma forma 
de registro bastante antiga. 
Eles não são um fenômeno isolado e, embora escrito por uma pessoa, refletem 
 13 
questões sociais, crenças e valores. Os diários foram bastante utilizados para documentar 
ideias, sonhos, sentimentos. Com o passar do tempo passaram a ser utilizados no meio 
acadêmico como estratégia para a aprendizagem, desenvolvimento do pensamento crítico e 
estratégia para desenvolver a escrita. Na escola podem ser usados para incentivar a escrita, 
pedindo que o aluno anote suas atividades, aprendizagens e dificuldades diárias. 
Já o portfolio é um conjunto organizado de trabalhos produzidos pelo aluno ao longo 
de determinado período. Essa coletânea se transforma em um excelente instrumento de 
avaliação. Ela deve reunir as atividades que o estudante realizou em determinado período ou 
aquelas que ele considera relevantes, escolhidas depois de uma análise. O importante é que o 
portfolio demonstre a trajetória da aprendizagem. 
O ideal é que o portfolio tenha a seguinte estrutura: introdução (apresentação do 
conteúdo), uma breve descrição ou comentários de cada trabalho, as datas em que eles foram 
feitos, uma seção de revisão com reflexões da criança, uma autoavaliação e uma parte 
reservada aos comentários do professor. 
O diário de campo é um instrumento utilizado pelos investigadores para registar/anotar 
os dados recolhidos susceptíveis de serem interpretados. Neste sentido, o diário de campo é 
uma ferramenta que permite sistematizar as experiências para posteriormente analisar os 
resultados. No ensino, o diário de campo pode ser usado nos estágios por ser considerado um 
meio de ativar o pensamento, gerando e relacionando ideias, provocando questionamentos, 
afirmando posições. Com as crianças pode ser utilizado nos passeios, visitas e atividades 
extra-escolares realizadas. 
2.20 Narrativas 
Ler histórias, contos ou poemas são provocativos e podem auxiliar a introduzir temas 
tais como: comportamentos, ética, saúde, meio ambiente, orientação sexual, pluralidade 
cultural, além dos conteúdos de ensino. 
O texto narrativo caracteriza-se pelo relato de fatos retratados por uma sequência de 
ações, relacionadas a um determinado acontecimento, podendo ser estes fatos reais ou 
fictícios. A narrativa descreve experiências de forma singular; ela expande significados, 
humaniza experiências, fatos ou eventos que, às vezes, tornam-se situações despersonalizadas, 
puramente técnicas. 
Para que este relato seja algo dotado de sentido, deve conter alguns elementos que 
desempenham funções primordiais. São eles: os personagens, peças fundamentais para a 
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composição da história, narrador, espaço, tempo e o enredo propriamente dito, ou seja, o 
assunto sobre o qual se trata. 
Para Fonseca (2006, p. 151)3 o trabalho com narrativas faz-nos lembrar “a importância 
da história na vida dos sujeitos, na luta de um povo, como algo vivo que ilumina, abre novos 
espaços, trilhas inventa outras tramas”. Nesse sentido, a autora propõe o trabalho com 
histórias de vida que, no campo da prática educativa, leva a um diálogo entre aluno-professor 
que cria novos espaços de conhecimento, novos significados, novas redes de comunicação, 
potencializando o desenvolvimento. 
A poesia, por exemplo, pode ser utilizada para relaxar, introduzir um novo conteúdo, 
transmitir um ponto de vista, abrir uma discussão ou mesmo para colher informações acerca 
dos sentimentos e percepções dos alunos. A poesia comove, sensibiliza, desperta sentimentos, 
inspira e encanta. 
Além da história de vida e da poesia, outros textos caracterizados como narrativos – 
contos, novelas, romances, algumas crônicas, histórias em quadrinhos, piadas, letras musicais, 
entre outros – podem e devem ser usados na sala de aula tanto para introduzir conteúdos 
novos quanto para desenvolver atividades intermediárias ou concluir um tema, além das 
atividades em si que eles permitem. 
* * * 
Mas quais os gêneros textuais podem ser usados no Ensino Fundamental? 
O bilhete, a carta, o telegrama, o conto, a lenda, a receita, a fábula, o editorial, a carta 
aberta, a carta argumentativa de reclamação, a carta argumentativa de solicitação, a entrevista, 
o texto argumentativo, a carta do leitor, o texto teatral, a anedota, a crônica argumentativa, o 
texto publicitário, o editorial, o conto de mistério, a bula, o texto de opinião, o texto científico, 
regras de jogos, o diário, o poema, a crônica de humor, a notícia, a reportagem, o roteiro de 
vídeo, o conto fantástico,o texto dissertativo... Não se esquecendo nunca de adequá-los à 
faixa etária, respeitando as fases do desenvolvimento cognitivo dos alunos. 
3 Os Recursos de Ensino 
Por recursos de ensino entendemos todos os recursos materiais e humanos que, 
associados às técnicas, tornam a aprendizagem efetiva. São utilizados pelo professor e pelos 
alunos para organizar e conduzir metodicamente o processo de ensino e de aprendizagem. 
 
3 AZAMBUJA, Jorcelina Queiroz; SOUZA, Maria Leticia Rocha. O Estudo de Texto como Técnica de Ensino. 
In: VEIGA, Ilma Passos Alencastro. (Org.). Técnicas de Ensino: por que não? 21 ed. Campinas, SP: Editora 
Papirus, 2013. p. 51-67. 
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As pessoas responsáveis pela tarefa de ensinar – professor, aluno, colega, monitor, 
palestrante, profissional convidado – compõem os recursos humanos. 
Os recursos materiais se constituem num conjunto de dispositivos que auxiliarão o 
processo ensino-aprendizagem e podem ser naturais, pedagógicos, tecnológicos ou culturais. 
Se não foram construídos especificamente para o ensino são classificados como 
recursos naturais tais como água, areia, folhas, amostras de minerais, animais, dentre uma 
infinidade de coisas. 
Além dos recursos naturais, temos aqueles construídos especificamente para ensinar, 
os recursos pedagógicos, dentre os quais listamos alguns: livros didáticos, módulos de ensino, 
cartazes, álbuns seriados, varal didático, maquetes, lousas, blocos lógicos, material dourado, 
jogos diversos, esqueletos, microscópios, flanelógrafo, ilustrações, gravuras, mapas, globo 
terrestre, livros, enciclopédias, dicionários, etc, etc. A lista é enorme. 
As escolas dispõem, também dos recursos tecnológicos: internet e seus dispositivos, 
projetor multimídia, gravador, aparelhos de som, televisão, vídeos, filmes, discos, fitas. E os 
recursos culturais: museus, exposições, bibliotecas, feiras. 
* * * 
A melhoria da aprendizagem nas escolas envolve, dentre outros fatores, métodos, 
técnicas de ensino e recursos didáticos adequados a cada faixa etária, não esquecendo as 
concepções pedagógicas que permeiam o processo ensino-aprendizagem. Para Araújo (2013, 
p. 23)4 não podemos esquecer que a razão de ser e a significação das técnicas de ensino 
“devem ser correlatas ao aluno, ao professor, ao conteúdo, ao ensino, à aprendizagem, à 
educação, à situação sociocultural dos alunos e afins.” Portanto, os professores devem munir-
se de ferramentas teóricas e práticas para estabelecer pontos de referência a fim de alcançarem 
os objetivos propostos em sua atuação pedagógica. Neste mesmo sentido o professor deve 
analisar as informações e teorias para construir conhecimentos sólidos que venham 
fundamentar suas práticas pedagógicas. Ou, conforme Saviani (1983, p. 35-36) é preciso que 
os educadores tenham nas mãos uma arma de luta capaz de permitir-lhes o exercício de um 
poder real, ainda que limitado, ou seja, é preciso que os educadores tenham sólida 
fundamentação teórica e ampla reflexão filosófica, cabendo-lhes munir-se de aprofundados 
conhecimentos que lhes permitam tomar a educação como fundamento para compreender a 
realidade humana. 
 
4 ARAUJO, José Carlos S. Para uma análise das representações sobre as técnicas de ensino. In: VEIGA, Ilma 
Passos Alencastro. (Org.). Técnicas de Ensino: por que não? 21 ed. Campinas, SP: Editora Papirus, 2013. p. 11-
34.

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