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AULA 06 - PONTUAÇÃO

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Prof. José Maria 
 Aula 06 
 
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Língua Portuguesa para Auditor do TCDF/DF 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 06 – Pontuação 
Língua Portuguesa p/ Auditor do TCDF/DF 
Prof. José Maria C. Torres 
Prof. José Maria 
 Aula 06 
 
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Língua Portuguesa para Auditor do TCDF/DF 
Sumário 
PONTUAÇÃO ............................................................................................................................................ 3 
A ORDEM DIRETA .................................................................................................................................................. 4 
PONTO FINAL ....................................................................................................................................................... 7 
Frases Fragmentadas ....................................................................................................................................... 7 
Frases Siamesas .............................................................................................................................................. 8 
Frases Centopeicas .......................................................................................................................................... 9 
VÍRGULA ............................................................................................................................................................ 11 
Período Simples ............................................................................................................................................. 11 
Período Composto ......................................................................................................................................... 21 
PONTO E VÍRGULA ............................................................................................................................................... 31 
DOIS PONTOS ..................................................................................................................................................... 32 
OUTROS SINAIS DE PONTUAÇÃO ............................................................................................................................ 33 
Usa-se o travessão ... ..................................................................................................................................... 33 
Usam-se os parênteses ... ............................................................................................................................... 34 
Usam-se as aspas ... ...................................................................................................................................... 34 
QUESTÕES COMENTADAS PELO PROFESSOR ......................................................................................... 35 
LISTA DE QUESTÕES............................................................................................................................... 85 
GABARITO ............................................................................................................................................ 119 
RESUMO DIRECIONADO ....................................................................................................................... 120 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. José Maria 
 Aula 06 
 
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Língua Portuguesa para Auditor do TCDF/DF 
Olá, meus amigos! 
Depois de uma verdadeira batalha na análise sintática, é chegada a hora de pôr todo o conhecimento 
aprendido em prática. A pontuação, assunto desta aula, é a aplicação mais direta que podemos dar à Sintaxe. 
O emprego dos sinais de pontuação, em especial o uso da vírgula, é assunto presente em qualquer prova, 
tenham certeza disso! 
Portanto, mantenhamo-nos firmes porque vem muita informação importante nas próximas páginas. 
Uma excelente aula a todos! Bom proveito! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. José Maria 
 Aula 06 
 
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Língua Portuguesa para Auditor do TCDF/DF 
Pontuação 
Queridos alunos, estudamos de ponta a ponta o período simples e o composto, esmiuçando cada uma 
das funções sintáticas, cada uma das orações subordinadas, cada uma das orações coordenadas. Tudo foi visto 
passo a passo. Tenho certeza de que vocês se tornaram ninjas na análise sintática, certo? Não exagera, 
professor! 
Moçada, brincadeiras à parte, todo o esforço da análise sintática não é em vão. Além de muitas questões 
demandarem diretamente a identificação das funções sintáticas, o conhecimento destas é essencialíssimo para 
que saibamos corretamente pontuar um texto! É isso mesmo, moçada! Para dominar pontuação, o pré-
requisito é a Sintaxe! 
Antes de partir para a teoria, lembra a primeira aula que você teve na vida sobre vírgula? Naquela época, 
a tia ou tio pedia para você ler o texto em voz alta e, ao perceber uma pausa na respiração, você deveria fazer 
uso da vírgula. E se eu disser que essa foi uma das maiores mentiras já contadas para vocês? Calma! Não estou 
chamando a saudosa tia ou o saudoso tio que nos dava aula na alfabetização de mentiroso! Quer dizer, estou 
sim, mas, nesse caso, trata-se de uma mentira no bom sentido. Não havia como nossos queridos 
alfabetizadores recorrerem à análise sintática para nos explicar, na nossa plena infância, todas as artimanhas 
sintáticas que justificavam o emprego da vírgula. Dessa forma, eles recorriam a essa simplificação, fazendo isso 
de caso pensado. Portanto, não fique com raiva do tio ou da tia que teve a nobilíssima missão de alfabetizá-lo. 
Toda essa viagem eu fiz, moçada, para dizer uma coisa bem simples: NUNCA, eu disse NUNCA, utilize o 
critério da pausa oral para justificar o emprego de uma vírgula. JAMAIS! A pausa oral, entenda, é 
completamente distinta da pausa escrita. A primeira é regida pela entonação que queremos dar a nossa voz; já 
a segunda é regida pela... SINTAXE. 
 
A Ordem Direta 
Como já afirmamos, o que rege a pontuação de um texto é a Sintaxe. Toda e qualquer justificativa para 
inserir pausas num texto deve ter sustentação sintática, portanto. Entenda por pausa tudo aquilo que 
representa uma obstrução ao fluxo natural de termos numa frase. Essa pausa pode ser representada pelo ponto 
final, pela vírgula, pelo ponto e vírgula, pelos dois-pontos, etc. 
Tudo bem, professor, mas o que seria esse fluxo natural de termos numa frase? É isso, moçada, que define 
o conceito da ORDEM DIRETA. Vamos pensar da seguinte forma: a você foi dada a tarefa de construir uma 
frase, ok? Qual seria o 1º termo em que você pensaria? E o 2º? E depois? 
Intuitivamente, é o SUJEITO o primeiro termo que imaginamos numa frase. Imediatamente após o 
sujeito, inserimos o VERBO. Se este solicitar, não há motivos para postergar a entrada do COMPLEMENTO 
VERBAL (OBJETO DIRETO OU INDIRETO). Dessa forma, podemos definir o fluxo natural de termos numa 
frase, ou, em outras palavras, a ordem direta, da seguinte forma: 
OD = S + V + CV + ... 
OD = Ordem Direta; S = Sujeito; V = Verbo; CV = Complemento Verbal 
Prof. José Maria 
 Aula 06 
 
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O que vem após o complemento verbal, vamos definir como “resto”, ok? Não que não seja importante, 
mas a frase já se farta com a presença dos três elementos sintáticos acima citados: sujeito, verbo e 
complemento. Uma frase já se satisfaz se dermos a ela u sujeito, um verbo e um complemento. 
Tá, professor! Mas o que isso tem a ver com pontuação? 
Galerinha, tem tudo a ver! Observe as seguintes frases: 
 O petróleo vem subindo de preço devido à sua escassez. 
 O professor conversou com seus alunos durante toda a aula. 
 Entregue este recado ao gerenteo quanto antes possível. 
 
Identifiquemos os termos sintáticos nessas construções frasais. 
 
Observe que, em todas as frases, a sequência natural dos termos (S + V + CV + ...) é obedecida. Na última 
frase, o sujeito não se apresenta de forma explícita, mas é possível identificá-lo por meio da forma verbal de 
Imperativo “Entregue” (Sujeito = TT). Temos, portanto, três frases na ordem direta. 
O que implica uma frase ser construída na ordem direta? Como a sequência S + V + CV é própria e natural 
numa frase, não faria o menor sentido inserir uma pausa (uma vírgula, por exemplo) entre S e V, ou entre V e 
CV. De forma facultativa (opcional), até podemos inserir uma pausa isolando o adjunto adverbial, dando 
destaque a esse termo. 
 
 
 
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 Em suma, não há necessidade de pausa quando a oração estiver em sua ORDEM DIRETA. 
E o que acontece quando quebramos a ordem direta? Dentre os vários termos que podem ser deslocados 
dentro de nossas construções frasais, podemos citar o adjunto adverbial. Veremos, ao longo da teoria, todos 
os termos que podem quebrar a ordem direta, mas, por enquanto, concentremo-nos nos adjuntos adverbais. 
Vejamos outras possibilidades de construção para as frases anteriores: 
 
Observe que, ao deslocar ou intercalar o adjunto adverbial na frase, surgem as necessidades de pausa. Na 
primeira frase, por exemplo, a sequência natural S+V+CV é quebrada pela inserção do adjunto adverbial de 
causa “devido à sua escassez” entre sujeito e verbo. Já na segunda frase, há a quebra da ordem direta com a 
inserção do adjunto adverbial “o quanto antes possível” entre verbo e complementos. Por fim, na terceira frase, 
quebra-se a sequência natural, ao iniciar a frase não por sujeito, mas sim por um adjunto adverbial de tempo. 
Todas essas “quebras” da ordem direta exigirão vírgulas. 
 Em suma, haverá necessidade de pausa quando ocorrer a quebra da ORDEM DIRETA em uma oração. 
Moçada, esse é o princípio básico da pontuação. Se eu tivesse cinco minutos para explicar para um 
candidato como se empregam as vírgulas, diria exatamente isto: Meus queridos alunos, empreguem vírgulas 
para demarcar a quebra da ordem direta, ok? Boa prova! 
O que farei na sequência é desdobrar esse princípio geral, detalhando minuciosamente as justificativas 
para emprego dos sinais de pontuação: o ponto final, a vírgula, o ponto e vírgula, os dois-pontos, o ponto de 
interrogação, o de exclamação, os parênteses, as reticências, as aspas e o travessão. 
O ponto de exclamação e o de interrogação são de uso subjetivo. O primeiro indica uma reação, enquanto 
que o segundo está presente nas interrogativas diretas. O uso desses sinais fica a cargo do autor do texto, 
conforme sua intenção de comunicação. 
Os demais sinais são de emprego técnico, regidos por regras específicas. A seguir, detalharemos o 
emprego dos sinais de pontuação, dando destaque ao uso da vírgula. 
 
 
 
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Ponto Final 
É um dos sinais que marcam fim de período e o que assinala a pausa de máxima duração. É muito 
importante que saibamos demarcar o final de uma frase. 
A incapacidade de reconhecer o que seja uma frase leva à produção de frases fragmentadas, siamesas e 
“centopeicas”. 
Conhecer esses problemas de redação pode ajudá-los a identificar incorreções gramaticais ou 
problemas relacionados à clareza nas famosas questões de reescrita de frases. 
Frases Fragmentadas 
Este erro de escrita - um dos mais primários - consiste em pontuar uma oração subordinada ou uma 
simples locução como se fosse uma frase completa. 
Observe as construções a seguir: 
 Eu estava tentando arranjar disposição para estudar. Quando percebi que minha prova já estava próxima. 
 O professor ficou chocado com a resposta do aluno. Com a fisionomia bem assustada. 
A primeira frase de ambas as construções é completa, pois se trata de um enunciado completo, com 
sujeito e predicado. Já a segunda parte de ambas as construções não se constitui como frase, pois representa 
termos subordinados, sem os respectivos termos principais. Trata-se de um “pedaço” de frase, ou seja, uma 
frase fragmentada. 
Para que evitemos esse tipo de erro, devemos observar as seguintes condições: 
� No caso de um período simples, é necessário haver um sujeito e um predicado. Nas orações sem 
sujeito (com verbos impessoais), há somente predicado. 
� A frase não deve iniciar com um pronome relativo (que, qual, onde, cujo, onde, quando, quanto), uma 
vez que esses pronomes sempre retomam um termo antecedente. 
� Se a frase for introduzida por uma conjunção subordinativa (embora, porque, já que, visto que, se, 
quando, enquanto, conforme etc.) deve haver, no período, uma oração principal à qual esteja 
subordinada a primeira oração. 
� Se o verbo iniciar por uma das formas nominais (infinitivo, gerúndio ou particípio), também deve haver, 
no período, uma oração principal que complete o sentido da oração subordinada reduzida. 
Vamos corrigir as frases? 
 Eu estava tentando arranjar disposição para estudar, quando percebi que minha prova já estava próxima. 
 O professor, com a fisionomia bem assustada, ficou chocado com a resposta do aluno. 
 
 
 
 
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Frases Siamesas 
Outro erro primário são as frases siamesas – duas frases completas, escritas como se fossem uma só. Esse 
erro nasce, como o anterior, da incapacidade de determinar o que seja exatamente uma frase completa. 
Enquanto as frases fragmentadas separam o que não deveria ser separado, as frases siamesas (assim 
denominadas por sua analogia com irmãos xifópagos) unem o que não deveria ser unido. Ou seja, frases 
distintas, que possuem enunciado completo, são apresentadas como se fossem uma só, por não haver 
elemento de ligação entre elas, como sinais de pontuação ou conectivos. 
Na sua forma mais grosseira, as duas frases simples são reunidas sem nenhum sinal entre elas: 
 ERRADO: O engenheiro ficou desanimado teria de refazer todos os cálculos da obra. 
 ERRADO: Gostou bastante de ler o PDF havia muitas questões comentadas detalhadamente. 
 
Se colocarmos uma vírgula entre as frases, apenas atenuamos a gravidade do erro: 
 ERRADO: O engenheiro ficou desanimado, teria de refazer todos os cálculos da obra. 
 ERRADO: Gostou bastante de ler o PDF, havia muitas questões comentadas detalhadamente. 
 
Há diversas maneiras de corrigir esse problema: 
� Separar as frases por ponto ou ponto-e-vírgula: 
 CORRETO: O engenheiro ficou desanimado; teria de refazer todos os cálculos da obra. 
 CORRETO: O engenheiro ficou desanimado. Teria de refazer todos os cálculos da obra. 
 CORRETO: Gostou bastante de ler o PDF. Havia muitas questões comentadas detalhadamente. 
 
� Ligar as frases com uma conjunção coordenativa: 
 CORRETO: O engenheiro ficou desanimado, pois teria de refazer todos os cálculos da obra. 
 CORRETO: O engenheiro teria de refazer todos os cálculos da obra, por isso ficou desanimado. 
 CORRETO: Gostou bastante de ler o PDF, pois havia muitas questões comentadas detalhadamente. 
 
 
 
 
 
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� Transformar uma das frases em oração subordinada: 
 CORRETO: Como teria de refazer todos os cálculos da obra, o engenheiro ficou desanimado. 
 CORRETO: Gostou bastante de ler o PDF, na medida em que havia muitas questões comentadas 
detalhadamente. 
 
Frases Centopeicas 
Assim como a centopeia tem muitas patas, a frase centopeica apresenta muitas orações, resultando num 
período longo demais, cansativo, confuso. Uma só oração principal apresenta inúmerasorações subordinadas, 
o que torna difícil a leitura do texto, que se torna mais suscetível a falhas. 
Mas professor, o que seriam períodos curtos? Não há uma regra, moçada, mas o fato é que o período deve 
ser desmembrado em outros mais curtos, dando um melhor entendimento à informação. Sugere-se que um 
período seja composto por no máximo 3 ou 4 orações. Veja bem, é só uma sugestão, não se trata de uma regra. 
Vejamos um exemplo: 
Contrariando a ideia de que adolescente só pensa em “rock”, é rebelde por índole, desconhece a realidade 
socioeconômica de seu país e só dá seu voto de confiança aos modismos internacionais, a nova Constituição 
Brasileira resolve apostar, ainda que de forma inibida, na capacidade da juventude e no seu potencial de 
discernimento, dando-lhe o direito de votar, o que, para uns, é um passo precipitado dos constituintes, pois, aos 
dezesseis anos, nenhum jovem possui senso político à altura de opinar sobre questões que afligem o seu país, e, 
para outros (talvez para a maioria), a decisão demonstra a valorização de ideias novas, de credibilidade a um 
público que, apesar da pouca idade, tem visão crítica das mazelas mais graves da sociedade em que vive. 
Veja o tamanho dessa frase! Trata-se de um período gigantesco, composto por 15 orações (observe as 
formas verbais destacadas)! Se analisarmos bem, está tudo correto do ponto de vista gramatical, mas a redação 
poderia ser mais clara, com frases menores, de mais fácil leitura. 
Observe como a “quebra” da frase centopeica em menores torna a leitura mais agradável. 
Contrariando a ideia de que adolescente só pensa em “rock”, é rebelde por índole, desconhece a realidade 
socioeconômica de seu país e só dá seu voto de confiança aos modismos internacionais, a nova Constituição 
Brasileira resolve apostar, ainda que de forma inibida, na capacidade da juventude e no seu potencial de 
discernimento, dando-lhe o direito de votar. Para uns, é um passo precipitado dos constituintes, pois, aos dezesseis 
anos, nenhum jovem possui senso político à altura de opinar sobre questões que afligem o seu país. Já para outros 
(talvez para a maioria), a decisão demonstra a valorização de ideias novas, de credibilidade a um público que, 
apesar da pouca idade, tem visão crítica das mazelas mais graves da sociedade em que vive. 
 Frases de tamanho menor tornam a redação menos suscetível a erros. 
 
 
Caiu em prova! 
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Texto 
O Brasil, durante a maior parte da sua história, manteve uma cultura familista e pró-natalista. Por cerca de 450 
anos, o incentivo à fecundidade elevada era justificado em função da prevalência de altas taxas de mortalidade, 
dos interesses da colonização portuguesa, da expansão da ocupação territorial e do crescimento do mercado 
interno. 
Com relação a aspectos linguísticos do texto, julgue o item seguinte. 
A substituição do ponto empregado logo após “pró-natalista” por vírgula, com a devida alteração da letra inicial 
maiúscula para minúscula, manteria a correção do texto. 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
RESOLUÇÃO: 
Ao substituirmos o ponto final pela vírgula, teremos como resultado a produção de uma frase siamesa: duas 
construções frasais inadvertidamente unidas numa única frase. 
É necessário o ponto final para isolar cada uma das frases produzidas. 
Resposta: ERRADO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Vírgula 
 A vírgula é o sinal que indica uma pequena pausa na leitura. É o sinal de pontuação que mais gera dúvida 
entre os alunos e o alvo preferencial de 99,7% das questões. Seu uso não pode, de forma alguma, ser pautado 
pela pausa oral. Por favor, gente, não adotem esse critério de pontuar com base nas pausas da respiração. Se 
assim fosse, cada um pontuaria de um jeito, não havendo um padrão único. 
Mais uma vez repito: o critério deve ser sintático! 
 Vamos esmiuçar detalhadamente o emprego da vírgula, aproveitando a oportunidade para revisar 
análise sintática, ok? 
Período Simples 
 Quando estudamos Sintaxe, iniciamos pela Sintaxe do Período Simples (Oração), lembra? Adotemos essa 
mesma sequência no estudo das vírgulas: comecemos mapeando o emprego desse sinal na oração e, 
posteriormente, avancemos rumo ao período composto, pode ser? 
Quando NÃO SE EMPREGA vírgula? 
 Já na largada, digo para vocês que, mais importante do que empregar as vírgulas, é saber quando NÃO 
USAR! 
 Fique atento quando enunciados pedem para você assinalar a opção em que a vírgula foi empregada 
incorretamente ou quando enunciados de CERTO ou ERRADO afirmam que houve erro no emprego da vírgula. 
Ora, quando surge esse papinho, é sinal de que separamos aquilo que não pode ser separado, resultando no 
erro de pontuação. 
 Há certos pares, moçada, que a Gramática uniu e o homem não há de separar! Rs. 
 Professor, e que pares seriam esses? 
1) Não se empregam vírgulas para isolar SUJEITO & VERBO 
 Queridos, sejamos bem enfáticos! NUNCA poderá haver vírgula entre sujeito e verbo! Esse é um dos 
maiores crimes cometidos contra a norma culta. Mesmo que a frase seja de grande extensão, não podemos 
separar o sujeito do seu respectivo verbo, sob hipótese alguma. Veja o exemplo a seguir 
 
Caiu em prova! 
Texto 1A1AAA 
O ano de 2017 foi o mais seguro da história da aviação comercial, de acordo com a organização holandesa 
Aviation Safety Network (ASN). 
A pontuação empregada no texto 1A1AAA permaneceria correta se fosse inserida vírgula logo após “2017”. 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
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RESOLUÇÃO: 
Marque ERRADO com força no gabarito! 
A vírgula proposta irá separar o sujeito “O ano de 2017” do respectivo verbo “foi”. IMPOSSÍVEL! NUNCA! 
Resposta: ERRADO 
 
Caiu em prova! 
Está plenamente correta a pontuação da seguinte frase: 
d) Existe realmente quem ache um privilégio frequentar os bares, cuja principal atração, é a música 
incrivelmente ruidosa? 
RESOLUÇÃO: 
Analisando apenas a letra D, percebemos o crime: há uma vírgula entre o sujeito “principal atração” e seu 
respectivo verbo “é”. IMPOSSÍVEL! NUNCA! 
 
IMPORTANTE 
� Mesmo se o sujeito estiver deslocado na oração, ele não será isolado por vírgula de seu predicado. 
Exemplos: 
Foi admitida pelo juiz a denúncia do Ministério Público contra o acusado. 
(Sem chance haver uma vírgula após “juiz”, pois esta separaria o predicado “Foi admitida pelo juiz” do sujeito 
“a denúncia do Ministério Público contra o acusado”.) 
� O fato de não haver vírgula entre sujeito e verbo se estende às orações substantivas SUBJETIVAS – os 
sujeitos oracionais -, que não podem ser isoladas da principal em hipótese alguma. 
Quem estuda, passa! (ERRADO) 
Quem estuda passa! (CERTO) 
Não separe o sujeito oracional “Quem estuda” do seu verbo “passa”. 
Aparentemente, o único gramático que abre uma concessão é Luiz Sacconi, que afirma ser facultativa a vírgula 
entre sujeitos oracionais iniciados por “Quem” e seus respetivos verbos. Na visão do nobre gramático, as duas 
construções anteriores estariam corretas. Não é essa, contudo, a visão que predomina nas bancas, ok? Saiba 
que existe uma concessão, mas continue batendo na tecla de que é crime isolar sujeito – oracional ou não 
– do verbo por vírgula. 
 
 
 
 
 
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2) Não se empregam vírgulas para isolar VERBO & COMPLEMENTOS 
 Não se separam por vírgulas verbo e complementos verbais – objeto direto ou indireto, oracionais ou não. 
Estende-se essa proibição de uso de vírgula entre verbo de ligação e predicativos do sujeito, assim como entre 
locução verbalna voz passiva e agentes da passiva. 
 
Caiu em prova! 
É plenamente adequada a pontuação da seguinte frase: 
b) O escritor Machado de Assis, notadamente um mestre da ironia, já comparou o fenômeno da traição 
amorosa, com a naturalidade de uma pedra que cai. 
RESOLUÇÃO: 
Analisando apenas a letra B, percebemos o crime: há uma vírgula isolando o verbo “comparou” do seu objeto 
indireto “com a naturalidade de uma pedra que cai”. IMPOSSÍVEL! NUNCA! 
 
Caiu em prova! 
O acréscimo de uma vírgula mantém a passagem do texto reescrita de acordo com a norma-padrão em: 
a) A história de Apolinária, nos ajuda a colocar problemas novos [...] 
c) [...] a olaria foi fechada para se transformar, em uma nova escola: os Educandos Artífices. 
RESOLUÇÃO: 
Analisando apenas as letras A e C, percebemos os crimes: na letra A, há uma vírgula isolando o sujeito “A 
história de Apolinária” do seu verbo “nos ajuda a colocar”. Já na letra C, há uma vírgula isolando o verbo de 
ligação “se transformar” do seu predicativo “em uma nova escola”. 
 
OBSERVAÇÃO 
Se o complemento verbal – objeto direto ou indireto – vier deslocado, é facultativo o emprego da vírgula. 
Exemplos: 
Muitos exercícios sobre o assunto os professores da disciplina resolveram. (CERTO) 
Muitos exercícios sobre o assunto, os professores da disciplina resolveram. (CERTO) 
 
 
 
 
 
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3) Não se empregam vírgulas para isolar NOME & ADJUNTOS ADNOMINAIS ou COMPEMENTOS NOMINAIS 
 
Caiu em prova! 
Está plenamente adequada a pontuação do seguinte período: 
a) Tivesse vivido muito menos Eric Hobsbawm, esse grande historiador moderno talvez não pudesse com a 
mesma autoridade dar seu testemunho, sobre esse período histórico que batizou como Era dos extremos. 
RESOLUÇÃO: 
Analisando apenas a letra A, percebemos o crime: a vírgula após “testemunho” separa o nome “testemunho” 
do seu complemento nominal “sobre esse período histórico...”. 
 
Caiu em prova! 
A frase que permanece correta com o acréscimo de uma vírgula após o termo sublinhado é: 
 
b) Todos os brasileiros devem se preocupar com o problema da fabricação de equipamentos para piratear 
sinal de TV por assinatura. 
c) Ninguém sabe quando os tais 'gatonets' deixarão de existir em nosso país nem mesmo se todos os 
responsáveis serão punidos. 
e) Autoridades poderão multar os responsáveis pela pirataria de sinal de TV e também colocá-los na prisão. 
RESOLUÇÃO: 
Analisando apenas as letras B, C e E, percebemos os crimes: na letra A, se pusermos uma vírgula após 
“brasileiros”, isolaremos o sujeito “Todos os brasileiros” da sua forma verbal “devem se preocupar”. Já na letra 
C, se pusermos uma vírgula após “sabe”, isolaremos o verbo “sabe” do objeto direto oracional “quando os tais 
‘gatonets’ deixarão...”. Por fim, na letra E, se pusermos uma vírgula após “sinal”, isolaremos o nome “sinal” do 
adjunto adnominal “de TV”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Quando SE EMPREGA vírgula? 
 Ah, professor! O senhor está mais preocupado em não usar vírgula! Eu quero saber quando se usa, ora? 
Calma, jovem! Eu te falei que tão importante quanto usar é quando não se deve usar. Mas atendendo ao seu 
pedido, vamos lá! 
 
1) Emprega-se vírgula para isolar VOCATIVOS. 
 Exemplos: 
 Professor, o senhor poderia nos tirar uma dúvida? 
 O senhor poderia nos tirar uma dúvida, professor? 
 O senhor, professor, poderia nos tirar uma dúvida? 
 
2) Emprega-se vírgula para isolar APOSTOS EXPLICATIVOS. 
 Exemplos: 
 O Brasil, uma das economias mais importantes da América do Sul, vive uma crise política sem 
precedentes. 
 O Direção Concursos – o melhor preparatório para concursos do Brasil – está de portas abertas! 
 A Língua Portuguesa, a mais fascinante das línguas, é crucial em qualquer prova de concurso. 
 
IMPORTANTE! 
O aposto de caráter explicativo pode ser isolado por vírgulas, travessões ou parênteses. São muito comuns 
questões perguntando se é possível substituir vírgulas por travessões. Tratando-se de apostos explicativos ou 
orações adjetivas explicativas – veremos adiante -, é possível sim fazer essa troca. 
 
Caiu em prova! 
Como se pode imaginar, não foi o latim clássico, dos grandes escritores romanos e latinos e falado pelas classes 
romanas mais abastadas, que penetrou na Península Ibérica e nos demais espaços conquistados pelo Império 
Romano. 
A correção do texto seria mantida se as vírgulas que isolam o trecho “dos grandes escritores romanos e latinos 
e falado pelas classes romanas mais abastadas” (R. 2 e 3) fossem substituídas por travessões. 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
RESOLUÇÃO: 
Observemos o seguinte trecho: 
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Como se pode imaginar, não foi o latim clássico, dos grandes escritores romanos e latinos e falado pelas classes 
romanas mais abastadas, que penetrou na Península Ibérica e nos demais espaços conquistados pelo Império 
Romano. 
O trecho isolado por vírgulas é sintaticamente um aposto explicativo, uma informação adicional referente 
associada expressão nominal “latim clássico”. 
O aposto explicativo pode ser isolado por vírgulas, travessões ou parênteses. 
O item está CERTO, portanto! 
 
3) Emprega-se vírgula para isolar PREDICATIVOS DESLOCADOS. 
 Exemplos: 
 Atordoado, o aluno saiu de sala. 
 O funcionário, emocionado, discursou na premiação de final de ano. 
 Indignado, o Ministro falou à imprensa e se disse alvo de perseguições. 
 
 IMPORTANTE! IMPORTANTE! IMPORTANTE! 
4) Emprega-se vírgula para isolar ADJUNTOS ADVERBIAIS DESLOCADOS. 
 Aqui vamos com muita calma! Esse emprego de vírgula é de longe o mais demandado. 
 Quando estava, no início da aula, explicando para você o significado da ordem direta, o que falei sobre os 
adjuntos adverbiais? Você lembra? 
 Falei, queridos, que a posição natural de um adjunto adverbial é no final da oração, após os 
complementos. Estando nessa posição, o emprego de vírgulas é facultativo (opcional). 
 
 
No entanto, se os adjuntos adverbiais estiverem deslocados da ordem direta, as vírgulas passam a ser 
obrigatórias. 
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Sumarizando: 
 Sempre é correto o emprego de vírgulas isolando adjuntos adverbiais. No entanto, se estes estiverem 
deslocados da ordem direta – no início ou no meio da oração -, as vírgulas deixam de ser apenas corretas e 
passam ser OBRIGATÓRIAS! 
 
IMPORTANTE! 
� É possível omitir as vírgulas de adjuntos adverbiais de pequena extensão, mesmo quando estes estão 
deslocados da ordem direta. 
Muita calma nessa hora! O que seriam adjuntos adverbiais de pequena extensão? Existe uma tendência entre 
os principais gramáticos de considerar de pequena extensão o adjunto adverbial formado por até 2(duas) 
palavras. Esse é o posicionamento adotado pelas bancas de uma forma geral! 
Exemplos: 
O professor respondeu o e-mail com rapidez. (CERTO) 
O professor respondeu o e-mail, com rapidez. (CERTO) 
O professor respondeu com rapidez o e-mail. (CERTO) 
O professor respondeu, com rapidez, o e-mail. (CERTO) 
Note que o adjunto adverbial “com rapidez” é de pequena extensão – formado por 2(duas) palavras. Dessa 
forma, são opcionais as vírgulas isolando o adjunto de pequena extensão, mesmo estando deslocado da 
ordem direta. 
 
 
 
Caiu em prova! 
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Saiu a mais nova lista de coisas que devem ou não ser feitas, moda que parece ter contagiado o planeta. Desta 
vez, Arthur Frommer e Holly Hugueselencam os 500 locais que precisamos visitar antes que desapareçam (500 
places to see before they disappear). 
Seria incorreta a eliminação da vírgula empregada logo após a expressão “Desta vez” (R.2), pois seu uso é 
obrigatório naquele contexto. 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
Resolução: 
Sabemos que adjuntos adverbiais deslocados da ordem direta são isolados por vírgula. 
Acontece que é possível omitir as vírgulas de adjuntos adverbias de pequena extensão, MESMO QUANDO 
DESLOCADOS DA ORDEM DIRETA. 
E o que faz um adjunto adverbial ser de pequena extensão? 
É consensual que adjuntos adverbiais formados por ATÉ DUAS PALAVRAS são considerados de pequena 
extensão. 
Há controvérsias quanto a adjuntos adverbiais formados por 3 palavras. Algumas gramáticas consideram de 
pequena extensão; outras, não! Em provas discursivas, recomenda-se o emprego das vírgulas, fugindo, assim, 
de polêmicas. Em provas objetivas, as bancas não costumam causar celeumas nesse sentido. 
Resumindo: até 2 termos, o adjunto adverbial é consensualmente de pequena extensão: formado por 3 termos, 
não há consenso; formado por 4 ou mais termos, consensualmente o adjunto adverbial NÃO é mais de pequena 
extensão. 
Analisemos o item: 
A expressão “Desta vez” tem valor temporal. É tempo é uma ideia adverbial, assim como lugar, causa, 
finalidade, condição, etc. Trata-se sintaticamente de um adjunto adverbial temporal deslocado. Como é de 
pequena extensão, a vírgula após “vezes” não é obrigatória. 
O item, portanto, está ERRADO! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBSERVAÇÕES: 
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Muitas questões perguntam acerca da possibilidade de substituição das vírgulas por travessões. Vimos que isso 
é possível quando se tem um aposto explicativo. Com adjuntos adverbiais, contudo, isso não é possível. 
Vejamos: 
I – O Brasil, a 8ª maior economia do mundo, vive uma crise sem precedentes. 
II – O Brasil, devido aos altos índices de criminalidade, afugenta turistas internacionais. 
Na frase I, as vírgulas isolam um aposto explicativo. Elas podem ser substituídas por duplo travessão, 
portanto, mantendo-se a correção gramatical e o sentido original. 
Já na frase II, as vírgulas isolam um adjunto adverbial de causa deslocado da ordem direta. Nesse caso, não 
é possível substituir as vírgulas por um duplo travessão. 
 
Caiu em prova! 
No fragmento “Em graus diferentes, todos fazemos parte dessa aventura, todos podemos compartilhar (...)” 
(R. 18 e 19) as vírgulas poderiam ser substituídas por travessões, sem prejuízo gramatical para o texto. 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
Resolução: 
A vírgula após “diferentes” isola adjunto adverbial deslocado da ordem direta. Não é possível o emprego de 
travessão, pois o sinal de pontuação utilizado para indicar esse deslocamento são as vírgulas. 
Já a vírgula após “aventura” isola as orações coordenadas assindéticas “todos fazemos parte dessa aventura” e 
“todos podemos compartilhar...”. Não é possível o emprego de travessão, pois o sinal de pontuação utilizado 
para indicar essa separação são as vírgulas. 
O item, portanto, está ERRADO! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5) Emprega-se vírgula para separar TERMOS EM ENUMERAÇÃO. 
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 Essa vírgula talvez tenha sido a primeira ensinada a vocês na época de colégio. 
 Muitas vezes, as questões sofisticam essa justificativa com os seguintes dizeres: “separam-se por vírgulas 
os termos coordenados entre si”, “separam-se por vírgulas os termos de mesma função morfossintática”, 
“separam-se por vírgulas termos em justaposição”, “separam-se por vírgulas termos em sequência 
enumerativa”, etc. 
 São várias maneiras de dizer a mesma coisa. Portanto, ao visualizar algumas dessas justificativas, associe-
as a frases do tipo: 
 Estudamos Português, Matemática, Constitucional, Administrativo e Penal. 
 Só não se põe vírgula antes do “e” final da enumeração. Caso a conjunção “e” seja omitida, emprega-se 
no seu lugar a vírgula: 
 Estudamos Português, Matemática, Constitucional, Administrativo, Penal. 
 
6) Emprega-se vírgula para sinalizar a ELIPSE de uma forma verbal anteriormente citada. 
A elipse é uma figura de construção que consiste na omissão de algum termo. 
Quando esse termo é um verbo anteriormente já citado, sua elipse tem que ser paga com uma vírgula. 
Observe as frases a seguir: 
O Brasil é um grande exportador de soja para todo o mundo. Já o Chile, de vinhos 
 (é um grande exportador). 
 
Adoro estudar Português por PDFs. Já minha irmã, por videoaulas. 
 (adora estudar Português). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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7) Emprega-se vírgula para separar PALAVRAS E EXPRESSÕES INTERPOSITIVAS de caráter explicativo, 
retificador, exemplificativo: isto é, ou seja, a saber, aliás, ou melhor, quer dizer, por exemplo, além disso, data 
vênia, assim, então, porém, etc. 
 Exemplos: 
 Elas gritavam. Eu, porém, nem me importava. 
 Eles gastaram R$ 500,00, isto é, tudo o que tinham. 
 Quer dizer que você, então, não foi mais à Eslováquia? 
 O ditador era muito respeitado, ou antes, muito temido. 
 Ficamos, assim, livres da vergonha de sermos chamados de trogloditas. 
Período Composto 
 Vimos os critérios para pontuar uma oração, correto? Vamos estender o raciocínio para o período 
composto, analisando as situações em que precisamos orações subordinadas e coordenadas por vírgulas. 
Período Composto por Subordinação 
1) Não se separa por meio de vírgula a oração principal da ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA. A 
exceção é a substantiva apositiva, que se separa da principal por vírgulas, dois pontos ou travessões. 
 Da mesma forma que não separamos sujeito e verbo, verbo e complementos, nome e complementos, 
não separamos as orações principais das subordinadas que desemprenham para estas a função de sujeito, 
complemento, predicativo, etc. 
 
 Exemplos: 
 
 Não se imaginava que a propaganda seria tão agressiva. 
 Or. Principal Or. Sub. Substantiva Subjetiva 
 
 É evidente que o culpado é o mordomo. 
 Or. Principal Or. Sub. Substantiva Subjetiva 
 
 Todos nós temos um grande sonho: que chegue o esperado dia do exame final. 
 Or. Principal Or. Sub. Substantiva Apositiva 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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OBSERVAÇÕES 
� Não se põe vírgula após a conjunção integrante, a não ser que haja algum termo intercalado posicionado 
após o conector. 
Exemplos: 
Comentaram com os alunos que, seria necessária uma nova data para realização da prova. (ERRADO) 
Comentaram com os alunos que, devido às fortes chuvas, seria necessária uma nova data para realização 
da prova. (CERTO) 
 
2) Emprega-se vírgula para isolar a oração principal da ORAÇÃO SUBORDINADA ADJETIVA EXPLICATIVA. 
Também é possível isolar a adjetiva explicativa por travessões ou por parênteses. As restritivas, por sua 
vez, não são isoladas por vírgulas da oração principal. 
É muito importante estar a par da mudança de sentido resultado da transformação de uma oração 
adjetiva restritiva em explciativa, por meio do acréscimo das vírgulas. 
Caiu em prova! 
Os sentidos originais do texto seriam preservados caso se inserisse uma vírgula imediatamente após “norte-
americanos” (R.9). 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
RESOLUÇÃO: 
Observemos o seguinte trecho: 
... um dos últimos estádiosnorte-americanos que mantêm sua construção original, diz o Atlanta Journal 
Constitution. 
A oração em destaque, introduzida pelo pronome relativo “que”, é adjetiva restritiva. Dá-se a entender, dessa 
forma, que apenas alguns estádios norte-americanos mantêm sua construção original. 
Se fizermos a alteração proposta, inserindo a vírgula após “norte-americanos”, teremos uma oração adjetiva 
explicativa. Dá-se a entender, dessa forma, que todos os estádios norte-americanos mantêm sua construção 
original. 
Ocorre, portanto, mudança de sentido com a alteração proposta. 
O item, portanto, está ERRADO. 
 
 
 
 
 
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Vírgulas Obrigatórias 
3) Emprega-se vírgula para isolar a oração principal da ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL. Se esta estiver 
deslocada – ou no início, ou no meio da frase -, a vírgula será OBRIGATÓRIA. 
 
Exemplos: 
O professor repetiu a explicação dada ( , ) porque muitos alunos tiveram de faltar à aula anterior. 
 
Tendo em vista que muitos alunos tiveram de faltar à aula anterior, o professor repetiu a explicação 
dada. 
 
 
IMPORTANTE! 
� CUIDADO! É possível omitir as vírgulas dos adjuntos adverbiais de pequena extensão, mesmo quando 
deslocados. ISSO NÃO VALE PARA ORAÇÕES ADVERBIAIS, OK? Isso significa que uma oração 
adverbial, independentemente de sua extensão, deve ser isolada por vírgulas quando deslocada da 
ordem direta. 
Exemplos: 
Para passar, é preciso estudar. 
Quando chegar, ligue-me imediatamente. 
� Para as subordinadas reduzidas, valem as mesmas normas das demais orações subordinadas. 
Exemplo: 
 Terminada a aula, compareça à coordenação, por favor! 
 Or. Sub. Adv. Temporal 
 Reduzida de Particípio 
 
Estudando dia e noite para o concurso, conquistou o 1º lugar. 
 Or. Sub. Adv. Causal 
 Reduzida de Gerúndio 
 
 
 
 
 
 
 
Vírgulas Obrigatórias 
Vírgula Facultativa 
Vírgula Obrigatória 
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Período Composto por Coordenação 
1) Empregam-se vírgulas para separar ORAÇÕES COORDENADAS ASSINDÉTICAS. 
Exemplos: 
Pegou o recado, leu-o, disparou para a rua. 
Chegou cedo, pegou o melhor lugar, divertiu-se com a apresentação. 
IMPORTANTE! 
As questões irão justificar as vírgulas acima das seguintes formas: “... as vírgulas empregadas isolam orações 
assindéticas”; “... as vírgulas empregadas isolam termos em enumeração”; “... as vírgulas empregadas 
isolam termos equivalentes do ponto de vista sintático”, etc. 
Trata-se de formas diferentes de dizer a mesma coisa, ok? 
 
 
2) Empregam-se vírgulas para separar ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS ADVERSATIVAS, 
EXPLICATIVAS e CONCLUSIVAS. 
Exemplos: 
A beleza empolga a vista, mas o mérito conquista a alma. 
 Or. Coordenada Sindética Adversativa 
 
 Não chore, que será pior. 
Or. Coordenada Sindética Explicativa 
 
O lago está na minha fazenda, portanto me pertence. 
 Or. Coordenada Sindética Conclusiva 
IMPORTANTE! 
� As conjunções adversativas e conclusivas serão isoladas por vírgulas quando deslocadas na oração. 
Vale ressaltar que a conjunção adversativa “mas” não pode ser deslocada. 
Exemplos: 
CORRETO: O funcionário era o profissional que mais dominava o assunto na repartição, porém cometeu 
um erro bobo. 
CORRETO: O funcionário era o profissional que mais dominava o assunto na repartição. Porém, cometeu 
um erro bobo. 
CORRETO: O funcionário era o profissional que mais dominava o assunto na repartição. Cometeu, porém, 
um erro bobo. 
 
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CORRETO: Eu e minha esposa vamos ter de mudar de cidade, portanto teremos que pedir demissão das 
empresas em que trabalhamos. 
CORRETO: Eu e minha esposa vamos ter de mudar de cidade. Portanto, teremos que pedir demissão das 
empresas em que trabalhamos. 
CORRETO: Eu e minha esposa vamos ter de mudar de cidade. Teremos, portanto, que pedir demissão das 
empresas em que trabalhamos. 
 
3) Empregam-se vírgulas para separar ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS ALTERNATIVAS introduzidas 
por OU...OU, ORA...ORA, QUER...QUER, SEJA...SEJA. 
Exemplos: 
Ele se mostra um viciado em trabalho. Em sua rotina diária, ou está no chão de fábrica inspecionando 
a operação, ou está em viagens fechando novos negócios. 
Ora ele reclama do excesso de trabalho, ora da falta de oportunidades. 
Seja por falta de vocação, seja por falta de iniciativa, o funcionário não se sentia à vontade com aquela 
função. 
OBSERVAÇÃO: 
Antes da conjunção OU, a vírgula é facultativa: 
Faremos uma minuciosa revisão nos termos de contrato ( , ) ou simplesmente procederemos à rescisão. 
 
 
 
 
4) Não se emprega vírgula para separar ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS ADITIVAS introduzidas pelas 
conjunções E e NEM. 
Exemplos: 
Ele não atendeu o telefone nem deixou qualquer recado com a secretária. 
Ele trabalha durante o dia e estuda para concursos à noite. 
 
 
 
 
 
Vírgula Facultativa 
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IMPORTANTE!!! 
� Grande parte dos gramáticos entende que é facultativa a vírgula antes do E aditivo quando conecta 
orações com diferentes sujeitos. Fique ligado! Essa concessão se dá apenas no caso de os sujeitos das 
orações conectadas por essa conjunção serem diferentes! Se os sujeitos forem os mesmos, não há 
desculpa para inserir vírgula – ela passa a ser proibitiva. 
Veja os exemplos a seguir: 
Quantas vezes uma vírgula modifica uma sentença (,) e uma palavra pode destruir uma grande e velha 
amizade! 
 
Note que o sujeito da primeira oração é “uma vírgula”. Já o sujeito da segunda oração é “uma palavra”. Como 
os sujeitos das orações ligadas pelo E aditivo são distintos, é facultativa a presença da vírgula antes dessa 
conjunção. 
 
O professor explicou toda a teoria no quadro e resolveu uma série de exercícios. 
 
 
Note que o sujeito da primeira e da segunda oração é o mesmo: “O professor”. Como os sujeitos das orações 
ligadas pelo E aditivo são iguais, não há desculpa para se empregar vírgula antes dessa conjunção. Ela é 
proibitiva! 
 
� Alguns gramáticos admitem o emprego da vírgula antes do E aditivo, quando se quer dar valor enfático 
(de destaque) à oração por ele introduzida. Não é uma necessidade sintática, mas sim um recurso de 
estilo. 
Veja o exemplo a seguir: 
Ele terminou a prova em menos de 1 hora, e saiu de sala sorrindo. 
Digo, e repito: não existe vitória sem dor. 
E qual postura adoto em prova, professor? Vejamos o direcionamento da questão: se ela disser que é obrigatória 
a vírgula antes do E aditivo, assinalemos ERRADO, pois o sujeito das duas orações é o mesmo; se ela disser 
que o emprego da vírgula se dá por razões de ênfase, assinalemos CERTO. 
 
 
 
 
 
Vírgula Facultativa 
Vírgula Proibitiva 
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� Emprega-se vírgula antes de E com valor adversativo, conclusivo ou consecutivo. Alguns gramáticos, 
no entanto, relativizam essa necessidade. As bancas, de uma forma geral, sinalizam que é obrigatória 
a vírgula antes de E adversativo. 
Jogou os noventa minutos, e não acertou um passe sequer. 
(Trata-se de um E com valor adversativo. De uma forma geral, as bancas consideram essa vírgula obrigatória, já 
que a oração introduzida é uma coordenada sindética adversativa.) 
Cometeu um crime grave, e foi severamente punido. 
(Trata-se de um E com valor conclusivo/consecutivo. É possível relativizar a necessidade dessa vírgula, pois a oração 
introduzida tem valor consecutivo.)� A vírgula é obrigatória quando há repetição da conjunção no início de cada oração (figura conhecida 
pelo nome de polissíndeto) e no início de cada um dos termos coordenados. 
Exemplos: 
Nem ele, nem você, nem eu seremos convocados para a seleção. 
E cantou, e dançou, e bebeu, e se divertiu de um jeito, que caiu tonto de cansado. 
 
� É muito importante entender que a vírgula requerida pelas conjunções é sempre antes. Havendo uma 
vírgula após, esta se deve sem dúvida a algum termo deslocado na oração introduzida pela conjunção. 
Como assim, professor? 
Observe a frase: 
A Prefeitura anunciou que não multaria motoristas que cometessem a infração nos primeiros meses de 
validade das novas regras, mas, a partir de janeiro, todos teriam que se adaptar às novas exigências. 
Note que a conjunção “mas” está entre vírgulas. Mas entenda que a vírgula requerida pelo “mas” é a que está 
posicionada antes. A vírgula que está posicionada após foi requerida não pelo “mas”, mas sim pelo adjunto 
adverbial deslocado da ordem direta na 2ª oração “a partir de janeiro”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Galera, chegamos ao final de um minucioso detalhamento do emprego da vírgula. Vamos pôr em prática 
todo esse conhecimento? Que tal pontuar de ponta a ponta o texto a seguir e justificar cada um dos usos? 
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Durante boa parte do século XX a mulher ocupou posições subalternas restritas basicamente a afazeres domésticos. 
Isso começou a mudar no período entre as duas grandes guerras quando ela passou a desempenhar funções até 
então exercidas pelos homens que se encontravam em campos de batalha. 
Diante desse contexto movimentos feministas ganharam bastante força principalmente na década de 60. O 
principal alvo a ser combatido era o machismo sentimento que ainda persiste quando de forma preconceituosa 
afirma-se que a mulher não tem habilidade para certas tarefas como gerir negócios e até mesmo conduzir veículos. 
Pensemos um pouquinho e analisemos período a período: 
1º período: Durante boa parte do século XX, a mulher ocupou posições subalternas, restritas (,) basicamente(,) a 
afazeres domésticos. 
� Emprega-se vírgula após “século XX”. Ela deve ser empregada para isolar um adjunto adverbial deslocado 
da ordem direta na 1ª oração - Durante boa parte do século XX. 
� Seria interessante uma vírgula após “subalternas”, haja vista que o termo “restritas basicamente a afazeres 
domésticos” tem valor explicativo. 
� São facultativas as vírgulas isolando o adjunto adverbial de pequena extensão “basicamente”. 
 
2º período: Isso começou a mudar (,) no período entre as duas grandes guerras (,) quando ela passou a desempenhar 
funções (,) até então (,) exercidas pelos homens que se encontravam em campos de batalha. 
� As vírgulas isolando “no período entre as duas grandes guerras” são facultativas, pois se trata de um adjunto 
adverbial posicionado no final da 1ª oração. 
� A vírgula antes de “quando” é facultativa, pois ela isola uma oração adverbial temporal posicionada no final 
do período. 
� São facultativas as vírgulas isolando o adjunto adverbial de pequena extensão “até então”. 
� Mantendo a coerência do discurso, não deveria haver vírgula após “homens”, pois faz mais sentido 
considerar restritiva a oração adjetiva “que se encontravam em campos de batalha”. 
3º período: Diante desse contexto, movimentos feministas ganharam bastante força (,) principalmente (,) na 
década de 60. 
� Emprega-se vírgula após “contexto”. Ela deve ser empregada para isolar um adjunto adverbial deslocado 
da ordem direta na 1ª oração – Diante desse contexto. 
� São facultativas as vírgulas após “força” e “principalmente”, haja vista que se trata de adjuntos adverbiais 
posicionados no final da oração, não deslocados. 
4º período: O principal alvo a ser combatido era o machismo, sentimento que ainda persiste quando, de forma 
preconceituosa, afirma-se que a mulher não tem habilidade para certas tarefas, como gerir negócios e (,) até 
mesmo(,) conduzir veículos. 
� Não pode haver vírgula após “combatido”, sob pena de se isolar sujeito – O principal alvo a ser combatido e 
verbo - era. 
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� Emprega-se vírgula após “machismo”, para isolar o aposto explicativo “sentimento que ainda persiste...”. 
� Empregam-se vírgulas para isolar o adjunto adverbial deslocado da ordem direta “de forma 
preconceituosa”. Emprega-se vírgula após “tarefas”, para separar a enumeração introduzida pelo “como”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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E
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NÃO SE 
EMPREGA 
VÍRGULA...
... PARA ISOLAR SUJEITO E VERBO
Exemplo: O principal objetivo, é a aprovação.
... PARA ISOLAR VERBO E COMPLEMENTOS
Exemplo: Vamos estudar, Português.
... PARA ISOLAR NOME E COMPLEMENTOS
Exemplo: Não havia dúvidas, sobre sua honestidade.
... PARA ISOLAR VERBO DE LIGAÇÃO E PREDICATIVOS.
Exemplo: Ele ficou, atordoado com a notícia.
... PARA SEPARAR LOCUÇÕES DE VOZ PASSIVA E AGENTE DA PASSIVA.
Exemplo: Foi aprovado, pela diretoria.
... PARA SEPARAR ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS DA PRINCIPAL 
(EXCETO AS APOSITIVAS)
Exemplo: Precisamos, que você nos apoie.
... PARA ISOLAR ORAÇÕES ADJETIVAS RESTRITIVAS.
... PARA SEPARAR ORAÇÕES COORDENADAS ADITIVAS 
INTRODUZIDAS POR "E" E "NEM"
Exemplo: Ele não estuda, nem trabalha.
EMPREGA-SE 
VÍRGULA...
... PARA SEPARAR VOCATIVOS
Exemplo: Paulo, atenda o telefone!
... PARA SEPARAR APOSTO EXPLICATIVO OU ORAÇÕES ADJETIVAS 
EXPLICATIVAS (ISOLADAS TAMBÉM POR TRAVESSÕES OU 
PARÊNTESES)
Exemplo: A Língua Portuguesa, a mais fascinante disciplina, é chave em muitos concursos.
... PARA SEPARAR ADJUNTOS ADVERBIAIS OU ORAÇÕES 
ADVERBIAIS DESLOCADAS DA ORDEM DIRETA
Exemplo: Durante esta semana, muitas reclamações houve.
... PARA ISOLAR ORAÇÕES COORDENADAS ASSINDÉTICAS
Exemplo: Fiz as contas, analisei os balanços, decidi pelo investimento.
... PARA SEPARAR ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS 
ADVERSATIVAS, EXPLICATIVAS OU CONCLUSIVAS
Exemplo: Tivemos várias crise, mas conseguimos superá-las.
... PARA SEPARAR COORDENADAS SINDÉTICAS ALERNATIVAS 
INTRODUZIDAS POR OU...OU, ORA... ORA, QUER.. QUER, 
SEJA...SEJA,...
Exemplo: Ora ele está bem, ora está mal-humorado.
... PARA SINALIZAR ELIPSE DE VERBO.
Exemplo: Ele gosta de futebol; ela, de vôlei.
... PARA SEPARAR TERMOS COORDENADOS ENTRE SI, EM 
ENUMERAÇÃO, DE MESMA FUNÇÃO.
Exemplo: Ele estudou Português, Matemática, Racicícnio Lógico e Estatística.
... PARA ISOLAR EXPRESSÕES INTERPOSITIVAS DE ENUMERAÇÃO, 
EXPLICAÇÃO, RETIFICAÇÃO, ETC.
Exemplo: Estude Português, ou melhor, estude muito Português.
A VÍRGULA É 
FACULTATIVA...
... ANTES DE ADJUNTOS ADVERBIAIS EM FINAL DE ORAÇÃO OU 
ORAÇÕES ADVERBIAIS EM FINAL DE PERÍODO.
Exemplo: Resolvi muitos exercícios (,) durante a preparação.
... ANTES DA CONJUNÇÃO "OU"
Exemplo: Eu estudarei Português (,) ou Matemática nesse feriado.
ANTES DE "E" ADITIVO QUANDO ESTE CONECTA ORAÇÕES DE 
DIFERENTES SUJEITOS.
Exemplo: João trabalha à tarde(,) e sua esposa fica em casa com os filhos.
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Ponto e Vírgula 
O sinal de ponto e vírgula consiste numa pausa maior do que a da vírgula e menor do que a do ponto final. 
Essa descrição, obviamente, não deixa claras as situações de uso de tal sinal de pontuação. Por isso, faz-se 
necessário enumerá-las. Vamos a elas? 
1) Emprega-se ponto e vírgula para separar TERMOS EM ENUMERAÇAO DE GRANDE EXTENSÃO, geralmente 
trechos oracionais com termos já isolados por vírgulas. 
Exemplo: 
Para termos um país melhor, é preciso investir em segurança pública,visando a combater o crime de forma 
mais preventiva do que repressiva; em saúde pública, dando à população um melhor bem-estar e contribuindo com 
sua produtividade; em educação de ponta, qualificando a mão de obra para o concorrido mercado de trabalho do 
século XXI; por fim, em mobilidade urbana, tornando mais confortável e prático o sagrado direito de ir e vir do 
cidadão. 
2) Emprega-se ponto e vírgula no lugar de CONJUNÇÕES COORDENATIVAS. 
Exemplo: 
Dormiu muito tarde ontem; chegou atrasado ao trabalho. 
(Dormiu muito tarde ontem, por isso chegou atrasado ao trabalho.) 
Dedicava-se bastante aos estudos; queria mudar de vida. 
(Dedicava-se bastante aos estudos, pois queria mudar de vida.) 
3) Emprega-se ponto e vírgula para separar ORAÇÕES COORDENADAS, quando se deseja ENFATIZAR UMA 
COMPARAÇÃO OU UM CONTRASTE. 
Exemplos: 
Vocês, sem exceção, basearam-se em hipóteses; eu, porém, apoiei-me em fatos. 
Os dois primeiros anos do seu rumoroso governo foram pautados pela exibição de suas façanhas atléticas e 
política; o terceiro (e último) foi consumido por denúncias e patifarias. 
 
 
 
 
 
 
 
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IMPORTANTE 
Seria equívoco empregar simplesmente uma vírgula no lugar do ponto e vírgula, pois a pausa maior não 
pode dar lugar a uma pausa menor. 
Algumas alternativas se apresentam ao uso do ponto-e-vírgula. Vejamos: 
Vocês, sem exceção, basearam-se em hipóteses. Eu, porém, apoiei-me em fatos. 
 
 
Os dois primeiros anos do seu rumoroso governo foram pautados pela exibição de suas façanhas atléticas e 
política. Já o terceiro (e último) foi consumido por denúncias e patifarias. 
 
 
A pausa menor pode dar espaço para uma pausa maior, com as devidas alterações. Isso significa que o 
ponto e vírgula pode ceder espaço para o ponto final. 
 
Dois Pontos 
1) Emprega-se o sinal de dois pontos antes ou depois de uma ENUMERAÇÃO. 
Exemplos: 
Neste clube pratica-se: futebol, natação, voleibol, tênis e basquetebol. 
Futebol, tênis, basquetebol, natação: são as modalidades praticadas no clube. 
2) Emprega-se o sinal de dois pontos para introduzir CITAÇÕES. 
Exemplo: 
 Perguntaram a um sábio: “A quem queres mais, a teu irmão ou a teu amigo?”. E o sábio respondeu: 
“Quero a meu irmão, quando é meu amigo”. 
3) Emprega-se o sinal de dois pontos para introduzir EXPLICAÇÕES. 
Exemplos: 
Fiquei curioso: circulara o boato da renúncia do presidente. 
= Fiquei curioso, pois circulara o boato da renúncia do presidente. 
 
Estava muito preocupado com seu filho: há dias não recebia notícias dele. 
= Estava muito preocupado com seu filho, pois há dias não recebia notícias dele. 
 
Ponto Final 
Ponto Final 
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4) Emprega-se o sinal de dois pontos para introduzir um APOSTO ou uma ORAÇÃO SUBORDINADA 
SUBSTANTIVA APOSITIVA. 
Exemplos: 
Só há um vencedor na política: aquele com mais dinheiro. 
O resultado esperado é um só: que todos estejam aptos ao fim do treinamento. 
5) Emprega-se o sinal de dois pontos para isolar VOCATIVOS em correspondências. 
Exemplos: 
Prezados Condôminos: 
Informo que a taxa de condomínio sofrerá reajustes. 
... 
Outros sinais de pontuação 
Usa-se o travessão ... 
...para introduzir a fala de um personagem. 
Exemplo: 
O filho perguntou: 
- Pai, quando começarão as aulas? 
... para isolar expressões de caráter explicativo, como o aposto explicativo e a oração adjetiva explicativa. 
Exemplo: 
O Curso Direção – a nova sensação na preparação para concursos – fará diversos eventos ao 
vivo gratuitos. 
IMPORTANTE! 
Após os travessões, é possível empregar vírgulas. Caso o trecho entrecortado pelos travessões exija 
vírgulas, elas podem ser empregadas normalmente. 
Exemplo: 
Estudei vorazmente Português – a disciplina-chave em concursos -, mas ainda sinto que devo aprimorar. 
 
 
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Usam-se os parênteses ... 
... para isolar comentários de caráter explicativo, reflexivo ou opinativo. 
Exemplo: 
Vivemos uma época de restrições às liberdades individuais (e, por acaso, já fomos livres um dia?) 
Usam-se as aspas ... 
... para isolar palavras ou expressões que fogem à norma culta, como gírias, estrangeirismos, palavrões, 
neologismos, arcaísmos e expressões populares. 
Exemplo: 
Conversando com meu superior, dei a ele um “feedback” do serviço a mim requerido. 
... para indicar uma citação textual. 
Exemplo: 
Houve um presidente que costumava falar frequentemente “Nunca antes na história deste 
país...”. 
... para indicar sentido irônico. 
Exemplo: 
Todas as mulheres adorariam ter a “feiura” da Gisele Bündchen. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Questões comentadas pelo professor 
1. CESPE – PRF – 2019 
Nos humanos, o excesso de luz urbana que se infiltra no ambiente no qual dormimos pode reduzir 
drasticamente os níveis de melatonina, que regula o nosso ciclo de sono-vigília. 
A correção gramatical do texto seria mantida, mas seu sentido seria alterado, caso o trecho “que se infiltra 
no ambiente no qual dormimos” fosse isolado por vírgulas. 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
RESOLUÇÃO: 
Observe o trecho “... excesso de luz urbana QUE SE INFILTRA. 
Note que a oração “QUE SE INFILTRA ...” é ADJETIVA RESTRITIVA! 
Verificamos que a oração é ADJETIVA, pois o QUE em destaque é PRONOME RELATIVO, sendo possível 
sua troca pela forma A QUAL. Além disso, a ADJETIVA é do tipo RESTRITIVA, pois não se encontra isolada por 
vírgulas! Isso posto, dá-se a entender que NÃO É TODA A LUZ QUE SE INFILTRA NO AMBIENTE. 
Fazendo a alteração proposta, transformaríamos esse trecho numa ORAÇÃO ADJETIVA EXPLICATIVA. 
Lembremo-nos de que a ADJETIVA EXPLICATIVA é isolada por vírgulas, travessões ou parênteses. Sendo 
explicativa, dá-se a entender que TODA A LUZ SE INFILTRA NO AMBIENTE. 
Dessa forma, a alteração proposta mantém a correção gramatical, mas altera o sentido original! 
O item está CERTO, portanto! 
Resposta: CERTO 
2. CESPE – PRF – 2019 
Nas sociedades tribais, o trabalho está em tudo, e praticamente todos trabalham. Sahlins propôs que tais 
sociedades fossem conhecidas como “sociedades de abundância” ou “sociedades do lazer”, pelo fato de que 
nelas a satisfação das necessidades básicas sociais e materiais se dá plenamente. 
Caso o advérbio “praticamente” fosse isolado por vírgulas, a correção gramatical do trecho seria alterada. 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
RESOLUÇÃO: 
É facultativo o emprego de vírgulas para isolar adjuntos adverbiais de pequena extensão, mesmo quando 
deslocados da ordem direta. Sendo assim, o isolamento de “praticamente” por vírgulas não compromete a 
correção gramatical. 
Resposta: ERRADO 
 
 
 
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3. CESPE – SEFAZ/RS – 2019 
O ICMS, adotado no país, é o único caso no mundo de imposto que, embora se pareça com o IVA, não é 
administrado pelo governo federal — o que dá aos estados total autonomia para administrar, cobrar e gastar 
os recursos dele originados. 
O emprego de vírgulas para isolar as expressões “adotado no país” e “embora se pareça com o IVA” é 
a) facultativo em ambas as expressões. 
b) obrigatório apenas na primeira expressão. 
c) apenas uma escolha estilística do autor. 
d) justificado por regras distintas de pontuação. 
e) necessário devido ao deslocamento dessas expressões dentro do período. 
RESOLUÇÃO 
As vírgulas que isolam “adotado no país” se justificam por se tratar de uma oração subordinada adjetiva 
explicativa reduzidade particípio. 
Já as vírgulas que isolam “embora se pareça com o IVA” se justificam por se tratar de uma oração 
subordinada adverbial concessiva deslocada da ordem direta. 
Trata-se, portanto, de justificativas distintas! 
Resposta: D 
4. CESPE - ACP (TCE-PB)/TCE-PB/2018 
Texto 
A história é uma disciplina definida por sua capacidade de lembrar. Poucos se lembram, porém, de como ela é 
capaz de esquecer. Há também(b) quem caracterize a história como uma ciência da mudança no tempo, e 
quase ninguém aponta sua genuína capacidade de reiteração. 
A história brasileira não escapa dessas ambiguidades fundamentais: ela é feita do encadeamento de eventos 
que se acumulam e evocam alterações substanciais, mas também anda repleta de lacunas, invisibilidades e 
esquecimentos. Além disso, se ao longo do tempo(c) se destacam as alterações cumulativas de fatos e 
ocorrências, não é difícil notar, também, a presença de problemas estruturais que permanecem como que 
inalterados e assim se repetem, vergonhosamente, na nossa história nacional. 
Nessa lista(d) seria possível mencionar os racismos, o feminicídio, a corrupção, a homofobia e o 
patrimonialismo. Mas destaco aqui um tema que, de alguma maneira, dá conta de todos os demais: a nossa 
tremenda e contínua desigualdade social. 
Desigualdade não é uma contingência nem um acidente qualquer, tampouco uma decorrência natural e 
mutável de um processo(e) que não nos diz respeito. Ela é consequência de nossas escolhas — sociais, 
educacionais, políticas, culturais e institucionais —, que têm resultado em uma clara e crescente concentração 
dos benefícios públicos nas mãos de poucos. (...) Quando se trata de enfrentar a desigualdade, não há saída 
fácil ou receita de bolo. Prefiro apostar nos alertas(a) que nós mesmos somos capazes de identificar. 
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Lilia Moritz Schwarcz. Desigualdade é teimosia. Internet: <www.nexojornal .com.br> (com adaptações). 
A correção gramatical e os sentidos do texto seriam mantidos caso se inserisse uma vírgula logo após 
a) “alertas”. 
b) “também”. 
c) “tempo”. 
d) “lista”. 
e) “processo”. 
RESOLUÇÃO: 
ALTERNATIVA A: Após “alertas”, a vírgula estaria gramaticalmente correta, mas alteraria o sentido da 
frase, pois a oração seguinte deixaria de ser adjetiva restritiva e passaria a ser adjetiva explicativa. Nesse caso, 
o pressuposto da frase muda. 
ALTERNATIVA B: Após “também”, a vírgula estaria errada, pois separaria o verbo transitivo do seu 
complemento. 
ALTERNATIVA C: O uso da vírgula após “tempo” seria gramaticalmente incorreto, pois estaria isolando 
os termos que diretamente se relacionam na oração condicional iniciada pelo conectivo “se”. 
ALTERNATIVA D: A correção gramatical e os sentidos do texto seriam mantidos caso se inserisse uma 
vírgula logo após “lista”. Nesse caso, a vírgula estaria separando corretamente um adjunto adverbial deslocado. 
ALTERNATIVA E: Após “processos”, a vírgula estaria gramaticalmente correta, mas alteraria o sentido 
da frase, pois a oração seguinte deixaria de ser adjetiva restritiva e passaria a ser adjetiva explicativa. Nesse 
caso, o pressuposto da frase muda. 
Resposta: D 
5. CESPE - Ag (TCE-PB)/TCE-PB/2018 
Texto 
O medo do esquecimento obcecou as sociedades europeias da primeira fase da modernidade. Para dominar 
sua inquietação, elas fixaram, por meio da escrita, os traços do passado, a lembrança dos mortos ou a glória 
dos vivos e todos os textos que não deveriam desaparecer. A pedra, a madeira, o tecido, o pergaminho e o papel 
forneceram os suportes nos quais podia ser inscrita a memória dos tempos e dos homens. 
No espaço aberto da cidade, no refúgio da biblioteca, na magnitude do livro e na humildade dos objetos mais 
simples, a escrita teve como missão(d) conjurar contra a fatalidade da perda. Em um mundo no qual as escritas 
podiam ser apagadas, os manuscritos podiam ser perdidos e os livros estavam sempre ameaçados de 
destruição, a tarefa não era fácil. Paradoxalmente, seu sucesso poderia criar, talvez, outro perigo: o de uma 
incontrolável proliferação textual de um discurso sem ordem nem limites. 
O excesso de escrita, que multiplica os textos inúteis(e) e abafa o pensamento sob o acúmulo de discursos, foi 
considerado um perigo tão grande(a) quanto seu contrário. 
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Embora fosse temido, o apagamento era necessário, assim como(b) o esquecimento também o é para a 
memória. Nem todos os escritos foram destinados a se tornar arquivos(c) cuja proteção os defenderia da 
imprevisibilidade da história. Alguns foram traçados sobre suportes que permitiam escrever, apagar e depois 
escrever de novo. 
Roger Chartier. Inscrever e apagar: cultura escrita e literatura (séculos XI-XVIII). Trad.: Luzmara Curcino 
Ferreira. São Paulo: UNESP, 2007, p. 9-10 (com adaptações). 
Seria mantida a correção gramatical do texto, embora com alteração do sentido original, caso se inserisse uma 
vírgula logo após a palavra 
a) “grande”. 
b) “como”. 
c) “arquivos”. 
d) “missão”. 
e) “inúteis”. 
RESOLUÇÃO: 
ALTERNATIVA A: Não há vírgula após a palavra “grande”. Nesse caso, os elementos da comparação 
(tão...quanto) estariam incorretamente isolados. 
ALTERNATIVA B: Não há uma regra que justifique o uso da vírgula após “como”. 
ALTERNATIVA C: Seria mantida a correção gramatical do texto, embora com alteração do sentido 
original, caso se inserisse uma vírgula logo após a palavra “arquivos”. Nesse caso, o pressuposto da oração 
adjetiva, iniciada pelo pronome relativo “cujo”, muda, visto que a oração subordinada deixa de ser restritiva e 
passa a ser explicativa. 
ALTERNATIVA D: Considerando que cada vírgula em um texto obedece a um critério sintático, não há 
uma regra que justifique o uso da vírgula após a palavra “missão”. 
ALTERNATIVA E: A vírgula após “abafa” não seria correta, por estaria isolando termos ligados pelo 
conectivo “e”. 
Resposta: C 
 
6. CESPE - 1º Ten (PM MA)/PM MA/Cirurgião-Dentista/2018 
Quando dizemos que uma pessoa é doce, fica bem claro que se trata de um elogio, e de um elogio emocionado, 
porque parte de remotas e ternas lembranças: o primeiro sabor que nos recebe no mundo é o gosto adocicado 
do leite materno, e dele nos lembraremos pelo resto de nossas vidas. A paixão pelo açúcar é uma constante em 
nossa cultura. O açúcar é fonte de energia, uma substância capaz de proporcionar um instantâneo “barato” que 
reconforta nervos abalados. É paradoxal, portanto, a existência de uma doença em que o açúcar está ali, em 
nossa corrente sanguínea, mas não pode ser utilizado pelo organismo por falta de insulina. As células imploram 
pelo açúcar que não conseguem receber, e que sai, literalmente, na urina. O diabetes é conhecido desde a 
Antiguidade, sobretudo porque é uma doença de fácil diagnóstico: as formigas se encarregam disso. Há 
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séculos, sabe-se que a urina do diabético é uma festa para o formigueiro. Também não escapou aos médicos 
de outrora o fato de que a pessoa diabética urina muito e emagrece. “As carnes se dissolvem na urina”, diziam 
os gregos. 
Moacyr Scliar. Doce problema. In: A face oculta — inusitadas e reveladoras histórias da medicina. Porto Alegre: 
Artes e Ofícios, 2001 (com adaptações). 
No que concerne às ideias e aos aspectos linguísticos do texto CG1A1BBB, julgue o item. 
As aspas foram empregadas em ‘barato’ e em ‘As carnes se dissolvem na urina’ por motivos distintos. 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
RESOLUÇÃO: 
As aspas em “barato” foram usadas por se tratar da ressignificação do termo. Evidencia-se, no contexto, 
que o autor não está referindo-se ao custo, ao valor financeiro do açúcar. Assim,as aspas podem estar 
marcando uma alteração de sentido do vocábulo, como uma ironia. No segundo caso, elas foram usadas porque 
houve uma citação direta, isto é, a inserção do discurso alheio no texto de Moacyr Scliar. 
Resposta: CERTO 
 
7. CESPE - SM (PM MA)/PM MA/Combatente/2018 
 
 
 
 
A respeito de aspectos linguísticos do texto CG2A1BBB, julgue o item. 
A vírgula logo após Prezado(a) Senhor(a) foi empregada para isolar um vocativo. 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
 
 
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RESOLUÇÃO 
O trecho “Prezado(a.) Senhor(a.)” é um vocativo. Na gramática normativa, é regra usar a vírgula nessa 
situação. 
Resposta: CERTO 
 
8. CESPE - Esc Pol (PC MA)/PC MA/2018 
Texto 1A1AAA 
O ano de 2017 foi o mais seguro da história da aviação comercial, de acordo com a organização holandesa 
Aviation Safety Network (ASN). Foram dez acidentes — nenhum deles envolvendo linhas comerciais regulares 
—, com 79 mortos, 44 entre passageiros e tripulantes e outras 35 pessoas que estavam em terra. 
Em 2016, foram registrados 16 acidentes, com 303 vítimas fatais, e o último episódio, com um avião de 
passageiros de maiores proporções: a queda do Avro RJ85, operado pela empresa LaMia, próximo de Medellín, 
na Colômbia. O desastre, que completou um ano no último dia 28 de novembro, matou 71 pessoas, em sua 
maior parte atletas do time brasileiro da Chapecoense. 
“Desde 1997 a média de acidentes tem caído de forma contínua e persistente”, disse o presidente da ASN, 
destacando os esforços da Organização Internacional da Aviação Civil e da Fundação de Segurança no Voo para 
melhorar os padrões de segurança da indústria de aviação. 
BBC. 2017, o ano mais seguro da história da aviação .Internet: <www.bbc.com> (com adaptações). 
A pontuação empregada no texto 1A1AAA permaneceria correta se, 
I. no primeiro parágrafo, o segundo travessão fosse eliminado. 
II. fosse inserida vírgula logo após “2017”. 
III. fosse inserida vírgula logo após ‘1997’. 
IV. a vírgula logo após ‘persistente’ fosse eliminada. 
Assinale a opção correta. 
a) Nenhum item está certo. 
b) Apenas o item III está certo. 
c) Apenas o item IV está certo. 
d) Apenas os itens I e II estão certos. 
e) Todos os itens estão certos. 
RESOLUÇÃO: 
Os itens I e II estão errados. Em I, os travessões foram usados com correção, portanto não devem ser 
suprimidos; em II, não poderia haver vírgula depois de “2017”, porque, nesse caso, o sujeito (O ano de 2017) 
seria isolado do predicado. 
O item III está correto. A vírgula deve ser usada para separar adjunto adverbial deslocado. 
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No item IV, a vírgula após “persistente” necessária, pois finaliza uma citação direta, iniciada pelo adjunto 
adverbial “Desde 1997”. Dessa forma, sua eliminação prejudicaria a correção gramatical. 
Resposta: B 
 
9. CESPE - AJ (STM)/STM/Apoio Especializado/Revisão de Texto/2018 
Texto 6A2BBB 
A obra de Maquiavel causou bastante polêmica por romper com a visão usual da atividade política. Na tradição 
cristã, a política era vista como uma forma de preparar a Cidade de Deus na terra. Na Antiguidade, era uma 
maneira de “promover o bem comum”. Havia sempre a referência a um objetivo transcendente, a um padrão 
implícito ou explícito de justiça. Para Maquiavel, o que importa, na política, é o poder real. Não é uma questão 
de justiça ou de princípios, mas de capacidade de impor-se aos outros. 
N’O Príncipe, Maquiavel ensina que a meta de toda ação política é ampliar o próprio poder em relação aos 
outros.É necessário reduzir o poder dos adversários: semear a discórdia nos territórios conquistados, 
enfraquecer os fortes e fortalecer os fracos; em suma, dividir para reinar. 
Os Discorsi são uma longa glosa dos dez primeiros livros da História de Roma, de Tito Lívio, vistos como um 
documento histórico incontestável, embora hoje se saiba que o autor não se furtava a alterar os fatos para 
robustecer seu caráter alegórico ou exemplar — procedimento, aliás, que Maquiavel também adotaria em suas 
Histórias Florentinas. Na obra, ele procura, nos costumes dos antigos, elementos que possam ser utilizados na 
superação dos problemas de sua época. 
Ao buscar as causas da grandeza da Roma antiga, Maquiavel acaba por encontrá-las na discórdia entre seus 
cidadãos, naquilo que tradicionalmente era estigmatizado como “tumultos”. Trata-se de uma visão 
revolucionária, já que o convencional era fazer o elogio da harmonia e da unidade. Até hoje, a busca do 
“consenso” e o sonho de uma sociedade harmônica, sem disputa de interesses, estão presentes no discurso 
político e, mais ainda, alimentam a desconfiança com que são vistas as lutas políticas. 
Para Maquiavel, porém, o conflito é sempre um sintoma de equilíbrio de poder. Na sociedade, uma parte 
sempre quer oprimir a outra — nobres e plebeus, ricos e pobres ou, na linguagem que ele prefere usar,o povo e 
os “grandes”. Se o conflito persiste, é porque nenhuma parte conseguiu atingir sua meta de dominar a outra. 
Portanto, permanece um espaço de liberdade para todos. 
L. F. Miguel. A moral e a política. In: L. F. Miguel.O nascimento da política moderna. De Maquiavel a Hobbes. 
Brasília: Editora da UnB, 2015, p. 21, 23-4 (com adaptações). 
Julgue o item, relativo às estruturas linguísticas do texto 6A2BBB. 
A retirada das vírgulas que isolam a expressão “mais ainda” não prejudicaria a correção gramatical do texto, 
mas alteraria os seus sentidos originais. 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
RESOLUÇÃO 
Como afirma o item, a retirada das vírgulas que isolam a expressão “mais ainda” não prejudicaria a 
correção gramatical do texto, mas alteraria os seus sentidos originais. Na reescrita do período, muda-se a 
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ênfase sobre a qual recai o termo. Da forma como está pontuada da frase, “mas ainda” se liga à oração anterior. 
Sem vírgula, “mais ainda” passa a servir como elemento enfático do termo posterior a ele, que é a forma verbal 
“alimentam”. 
Resposta: CERTO 
10. CESPE - TJ (STM)/STM/Administrativa/"Sem Especialidade"/2018 
Texto CB4A1BBB 
O Zoológico de Sapucaia do Sul abrigou um dia um macaco chamado Alemão. Em um domingo de Sol, Alemão 
conseguiu abrir o cadeado de sua jaula e escapou. O largo horizonte do mundo estava à sua espera. As árvores 
do bosque estavam ao alcance de seus dedos. Ele passara a vida tentando abrir aquele cadeado. Quando 
conseguiu, em vez de mergulhar na liberdade, desconhecida e sem garantias, Alemão caminhou até o 
restaurante lotado de visitantes. Pegou uma cerveja e ficou bebericando no balcão. 
Um zoológico serve para muitas coisas, algumas delas edificantes. Mas um zoológico serve, principalmente, 
para que o homem tenha a chance de, diante da jaula do outro, certificar-se de sua liberdade e da superioridade 
de sua espécie. Ele pode então voltar para o apartamento financiado em quinze anos satisfeito com sua vida. 
Pode abrir as grades da porta contente com seu molho de chaves e se aboletar no sofá em frente à TV; acordar 
na segunda-feira feliz para o batente. 
Há duas maneiras de se visitar um zoológico: com ou sem inocência. A primeira é a mais fácil e a única com 
satisfação garantida. A outra pode ser uma jornada sombria para dentro do espelho, sem glamour e também 
sem volta. 
Os tigres-de-bengala são reis de fantasia. Têm voz, possuem músculos, são magníficos. Mas, nascidos em 
cativeiro, já chegaram ao mundo sem essência. São um desejo que nunca se tornará realidade. Adivinham as 
selvas úmidas da Ásia, mas nem sequer reconhecem as estrelas. Quando o Sol escorrega sobre a região 
metropolitana, são trancafiados em furnas de pedra, claustrofóbicas. De nada servem as

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