Eficiente Simples (SEAL – Simple Eficient Adaptation Layer), a AAL 5 foi projetada para serviços que não requerem um processamento extensivo na AAL, como por exemplo o tráfego de dados IP (Internet Protocol). Assim, a AAL 5 executa um processamento mínimo no nível da camada de adaptação. Atualmente, a AAL 5 vem sendo a camada de adaptação mais implementada. Algumas das razões que levaram a tal popularidade são: • Proteção de erros e integridade de PDUs – A AAL ¾ executa a detecção e correcção de erros tanto na subcamada SAR como na CPCS. A AAL5 verifica e corrige erros apenas na subcamada CPCS. Ou seja, a AAL ¾ verifica a integridade de informações no nível de SAR-PDUs e de CPCS-PDUs, enquanto a AAL 5 verifica apenas no nível de CPCS-PDUs. Isto torna a AAL 5 mais “leve” e barata de ser implementada. • Campo de informações disponível – O campo de informações disponível na AAL 3/4 é de 44 bytes, enquanto na AAL 5 é de 48 bytes. Levando-se em conta que o tamanho da célula ATM é de 53 bytes, esta diferença é significativa em termos de eficiência de transmissão. Material disponibilizado por www.pgredes.hpg.com.br Redes ATM 15 • Processamento de cabeçalho – A ausência de cabeçalhos ou trailers na subcamada SAR reduz os recursos da AAL 5. Entretanto, mecanismos adequados de proteção de erro tornam a AAL 5 mais atrativa do que a AAL ¾. • Padronização – Grande parte das especificações produzidas pelo ATM Fórum estão fundamentadas no uso da AAL 5. AAL de Sinalização A AAL de sinalização fornece um meio estruturado e confiável para o transporte de tráfego de sinalização entre dois usuários finais ATM. Como integrante do plano de controle, a Signaling ATM Adaptation Layer – SAAL atua como interface entre as funções de controle das camadas superiores e as funções de sinalização ATM. A SAAL usa os serviços providos pelas subcamadas SAR e CPCS da AAL 5. A SAAL possui ainda a subcamada SSCS, que contém duas funções: • Função de Coordenação Específica de Serviço (SSCF – Service Specific Coordination Function) – Esta função é responsável pelo mapeamento dos aplicativos de camadas superiores para o protocolo SSCOP. • Protocolo Orientado a Conexão Específico de Serviço (SSCOP – Service Specific Connection Oriented Protocol) – O SSCOP é um protocolo orientado a conexão que atua no nível de enlace (segunda camada do Modelo OSI) e fornece um transporte confiável para as mensagens de sinalização. Suporta detecção e correção de erros, seqüenciamento e recuperação seletiva de PDUs. 2. ATM em Redes Locais As diferentes características entre ambientes locais e públicos refletem-se, principalmente, nas interfaces UNI privativas e públicas. As maiores diferenças são as seguintes: • Alguns tipos de enlace que podem ser especificados para a UNI privativa só permitem o enlace de curtas distâncias (como 100m, por exemplo). • Os formatos de endereçamento utilizados em redes públicas ATM deverão seguir a recomendação E.164 do ITU-T (semelhante ao código de numeração telefônica), enquanto que em redes privadas o formato do endereçamento poderá ser derivado de padrões para redes locais ou padrões da ISSO. As diferentes configurações permitem a utilização de redes locais com meio compartilhado ou com comutadores privativos. Material disponibilizado por www.pgredes.hpg.com.br Redes ATM 16 2.1 – Padronização para Redes ATM O processo de criação de normas para redes ATM apresenta muitas características semelhantes, mas também muitas diferenças do processo observado em redes de comunicação em geral. As semelhanças referem-se principalmente, à participação de órgãos internacionais como o ITU-T e a ISSO, credenciados na criação e promulgação de padrões. Com o crescente interesse pela tecnologia de transmissão de informação e, em particular, pelas novas tecnologias de redes que permitem a integração de serviços, uma aproximação entre as indústrias de telecomunicações e as de informática tornou-se inevitável. A concretização dessa aproximação em torno das novas tecnologias de redes de comunicação (como as redes ATM) pode ser observada em iniciativas como a criação do ATM Fórum. O ATM Fórum, fundado em 1991, como já mencionado, é um consórcio de empresas de informática e telecomunicações que tem como objetivo assegurar a interoperabilidade entre os equipamentos privativos e os equipamentos das redes públicas de comunicação, como a RDSI-FL, que estão em fase de desenvolvimento. Para atingir tais objetivos, o ATM Fórum trabalha em cooperação com o ITU-T, responável pelas recomendações relativas à RDSI-FL, de forma a tornarem mutuamente disponíveis as informações necessárias. Com a larga proliferação do acesso aos serviços da Internet observada nos últimos anos, um grande número de novas aplicações e protocolos foram desenvolvidos sobre esse tipo de plataforma. Ao pensar nas novas redes que deverão ser utilizadas nos próximos anos, não se poderia ignorar essa rede que representa, hoje, a maior infra- estrutura de comunicação para computadores. Nesse sentido, o IETF ( Internet Engineering Task Force), responsável pelo desenvolvimento da Internet, tem trabalhado para permitir a integração da tecnologia do ATM como suporte de transmissão às redes baseadas em TCP/IP. 2.2 – Arquiteturas de Redes ATM Arquiteturas de rede podem ser estruturadas a partir de modelos de referência. Um modelo de referência é composto por camadas sobrepostas, onde cada camada possui protocolos e funções específicas. Dois dos modelos de referência comumente utilizados são: Modelo OSI e Modelo SNA. O Modelo SNA – Systems Network Architecture foi desenvolvido como referência para uma arquitetura de rede proprietária da IBM. O Modelo OSI – Open Systems Interconnection foi desenvolvido nos anos 80 por várias organizações internacionais de padronização, entre elas a ISO – International Standards Organization e o ITU-T. O Modelo OSI é organizado em sete camadas: Camada Física, Camada de Enlace, Camada de Rede, Camada de Transporte, Camada de Sessão, Camada de Apresentação e Camada de Aplicação. Cada camada contém vários protocolos e é Material disponibilizado por www.pgredes.hpg.com.br Redes ATM 17 responsável por funções específicas que visam suportar aplicativos de usuários finais, que acessam a rede através da Camada de Aplicação. No Modelo OSI uma camada é considerada um provedor de serviços para a camada imediatamente superior e um usuário dos serviços das camadas inferiores. A arquitetura das redes ATM é baseada no Modelo de Referência de Protocolos da B-ISDN (B-ISDN PRM – B-ISDN Protocol Reference Model) que foi desenvolvido pelo ITU-T e documentado na Recomendação I.321. O Modelo da B-ISDN por sua vez se baseia no Modelo OSI e nas recomendações ISDN. Entretanto, existem algumas diferenças entre o Modelo OSI e o modelo adotado para B-ISDN. O Modelo da B-ISDN é um modelo tridimensional composto por três planos e três camadas: plano de usuário (User Plane), plano de controle (Control Plane) e plano de gerenciamento (Management Plane); camada física (Physical Layer), camada ATM (ATM Layer) e camada de adaptação ATM (AAL – ATM Adaptation Layer). O plano de usuário provê a transferência de informações do usuário. Ele contém uma camada física, uma camada ATM e várias AALs que suportam diferentes serviços, tal como voz e vídeo. O plano de usuário é responsável por prover transferência, controle de fluxo e recuperação de informações de usuários. O plano de controle fornece funções de sinalização e de controle necessárias ao estabelecimento, gerenciamento e finalização de conexões virtuais chaveadas. O plano de controle compartilha com o plano de usuário as camadas físicas e ATM e possui uma AAL específica de sinalização. O plano de controle não é necessário quando se utilizam apenas conexões virtuais permanentes (PVCs). O plano de gerenciamento habilita o trabalho conjunto dos planos de usuário e de controle e fornece dois tipos de funções: gerenciamento de planos e gerenciamento de camadas. O gerenciamento de planos não possui estrutura em