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ANALISE DE SISTEMA ESTRUTURAL EM MADEIRA: PROJETO NEST WE GROW Disciplina: Sistemas Estruturais – Madeira e Aço Professor: Márcio Nascimento Turma: 018206A08 Alunos: Alessiany Moreira RA: 5842696 Diely Alves RA: 3224143 Gustavo Bergamin RA: 1475425 José Augusto Benigno RA: 1792545 Larissa Cardenas RA: 3501697 Paloma Lima RA: 1487896 Wesley Silva RA: 3078966 São Paulo, 09 de Junho de 2021 Ficha Técnica.........................................................................01 Vantagens e Desvantagens do Uso de Madeira.......02 Fluxograma de Produção..................................................03 Tipos de Madeira..................................................................04 Sistema de Proteção............................................................06 Contraventamentos......................................................07 Esboço dos Elementos Estruturais................................10 Bibliografia..............................................................................10 SUMÁRIO Arquitetos responsáveis: Faculdade de Projeto Ambiental UC Berkeley e Kengo Kuma & Associates Área total: 85 m² Ano: 2014 Prêmio: 4° Lugar no Concurso Anual Internacional de design e construção LIXIL em 2014 Equipe De Projeto: Hsiu Wei Chang, Hsin- Yu Chen, Fenzheng Dong, Yan Xin Huang, Baxter Smith (Instrutores: Dana Buntrock, Mark Anderson) Supervisores Do Projeto: Kengo Kuma & Associates, Takumi Saikawa Engenharia Estrutural: Masato Araya Engenharia Mecânica: Tomonari Yashiro Laboratório no Instituto de Ciências Industriais, Universidade de Tóquio / Bumpei Magori, Yu Morishita Empreiteira: Takahashi Construction Company Cidade: Takinoue País: Japão FICHA TÉCNICA 01 https://www.archdaily.com.br/br/office/kengo-kuma-and-associates?ad_name=project-specs&ad_medium=single https://www.archdaily.com.br/search/br/projects/min_area/68/max_area/102?ad_name=project-specs&ad_medium=single https://www.archdaily.com.br/search/br/projects/year/2014?ad_name=project-specs&ad_medium=single https://www.archdaily.com.br/br/search/projects/country/japao A madeira é um material estrutural muito versátil e as vezes subestimado, algumas vantagens de englobar seu uso a construção são: grande resistência mecânica - alta resistência a tração e compressão, durabilidade (se ainda há dúvidas sobre a durabilidade da madeira, está quando bem tratada pode durar anos, é só nos lembrarmos de móveis antigos que passam de geração em geração na família, como cadeiras e mesas) ,baixa condutibilidade térmica e massa especifica, isolante elétrico (em comparação ao aço), versatilidade e manipulação (sendo encontrada em diversos formatos). Uma das falácias que cercam o uso da madeira na construção civil, é a de que isso gera uma grande taxa de desmatamento, mas ao analisarmos racionalmente isso, podemos observar que seu uso, na verdade, pode promover um certo equilibro ambiental, durante seu processo de fabricação é gasto menos energia e são gerados menos resíduos sólidos a partir dela, além do que a madeira é um material que pode ser reciclado e reutilizado de diversas formas. Outra vantagem é sua estética leve e que muitas vezes não precisa de um revestimento para dar este acabamento estético, o que deixa a construção com uma aparência mais leve, mesmo que com muitos pilares e vigas presentes. Algumas desvantagens do uso de madeira são: suscetível a fungos e insetos, por conta disso torna-se necessária muitas vezes a manutenção desses com frequência, além de absorver e perder umidade facilmente, esse processo é chamado de higroscopicidade e retralidade que é sua capacidade alterar a sua dimensionalidade pelas caracteristicas do meio externo como temperatura. VANTAGENS E DESVANTAGENS DA MADEIRA COMO ELEMENTO ESTRUTURAL 02 FLUXOGRAMA DE PRODUÇÃO 03 Nove colunas compostas compõem a estrutura principal do Ninho. Cada coluna é composta por quatro colunas laminadas japonesas de 150 x 150mm, conectadas por placas de aço, o que gera uma seção maior de madeira semelhante à construção de madeira pesada. Artesãos locais cuidadosamente anotou dois pares de vigas laminadas japonesas de 75 x 250mm nas colunas compostas em intervalos regulares. O entalhe entre a coluna e o feixe cria uma conexão momenteçada, o que ajuda a fortalecer a estabilidade estrutural do Ninho. As placas de aço que conectam as colunas juntas também fornecem conexões para a haste de aço cross bracing. As bracings verticais no primeiro e segundo níveis são fundamentais para suportar forças sísmicas. A rigidez horizontal foi alcançada aproveitando as passarelas existentes, que envolvem os níveis superiores do Ninho e atuam como bracing. Juntas, essas técnicas garantem a estabilidade estrutural do Ninho contra cargas de vento e terremotos, um grande desafio de design no Japão. Um sistema secundário de estrutura de madeira compõe a estrutura do convés do tearoom, da qual as vigas são penduradas. Em vez de entalhe diretamente nas colunas, essas vigas secundárias não grulham repousam sobre a estrutura de feixe existente. Este sistema adicional ajuda a manter o deck do tearoom flutuando no coração do Ninho, e a profundidade das vigas também é utilizada como um espaço para caixas de plantadeira. SISTEMA ESTRUTURAL UTILIZADO A madeira como material estrutural normalmente se encontra em diferentes formas tais como: madeira em tora; madeira serrada; madeira laminada colada; madeira compensada e madeiras reconstituídas. O comportamento estrutural desses diferentes tipos de madeira está relacionado com o arranjo da estrutura interna, que dependendo da forma final do produto resulta em maior ou menor grau de anisotropia. Normalmente, as madeiras reconstituídas têm propriedades isotrópicas o que garante seu excelente desempenho estrutural, diversificando seu emprego nas construções. Portanto, sua aplicação como material estrutural exige um domínio do conhecimento da estrutura interna dos diferentes tipos de madeira para orientar as técnicas de detalhamento das ligações e de regiões especiais das estruturas, garantindo-se a segurança e durabilidade das construções de madeira. Vamos descrever abaixo o processo de resistência de cada madeira estrutural, apresentando suas especificações: TIPOS DE MADEIRA MADEIRAS MACIÇAS: São madeiras de reflorestamento, nativa ou também madeira de demolição. A principal característica é a resistência tanto a esforços de compressão como de tração. Tem uma baixa massa volumétrica e resistência mecânica elevada. Em relação ao concreto, apresenta a mesma resistência a compressão e dez vezes mais resistência a flexão, além da resistência ao corte. Não se desfaz quando submetida a choques bruscos que podem provocar danos. Há algumas desvantagens no uso dessa matéria: é um produto altamente inflamável, tendo gerado incêndios no início de seu uso. Atualmente, existem produtos de tratamento que retardam o efeito do fogo na madeira. Se não sofrer o tratamento adequado, é um material vulnerável a agentes externos, como cupins e outros insetos, e sofre de variabilidade com as condições ambientais, podendo dilatar com a umidade. Para garantir que esses fatores não gerem transtorno, adquira peças certificadas e de qualidade, que receberão o cuidado apropriado e evitando qualquer problema. 04 MADEIRAS DURAS: provenientes de árvores frondosas (com folhas achatadas e largas), de crescimento lento, como peroba, ipê, aroeira, carvalho, etc. As madeiras duras de melhor qualidade também são chamadas de madeira de lei; MADEIRAS BRUTAS: ou roliça, é empregada em forma de tronco MADEIRAS SERRADAS: o tronco é cortado nas serrarias, em dimensões padronizadas para o comércio (de 4 a 6 metros), passando depois por um período de secagem. MADEIRAS LAMINADAS : a madeira selecionadaé cortada em lâmicas de 15 mm ou mais de espessura, que são colocadas sob pressão, formando grandes vigas, em geral de seção retangular. As lâminas podem ser emendadas com cola nas extremidades, formando peças de grande comprimento. MADEIRAS COMPENSADAS : É formada pela colagem de três ou mais lâminas finas, alternando-se as direções das fibras em ângulo reto. Os componentes podem ter três, cinco ou mais lâminas, sempre em número ímpar. As árvores para aplicações estruturais são classificadas em dois tipos quanto à sua anatomia: coníferas e dicotiledôneas. As coníferas são chamadas de madeiras moles, pela sua menor resistência, menor densidade em comparação com as dicotiledôneas. Têm folhas perenes com formato de escamas ou agulhas; são típicas de regiões de clima frio. Os dois exemplos mais importantes desta categoria de madeira são o Pinho do Paraná e os Pinus. Os elementos anatômicos são os traqueídes e os raios medulares. As dicotiledôneas são chamadas de madeiras duras pela sua maior resistência; têm maior densidade e aclimatam-se melhor em regiões de clima quente. Como exemplo temos praticamente todas as espécies de madeira da região amazônica. Podemos citar mais explicitamente as seguintes espécies: Peroba Rosa, Aroeira, os Eucaliptos (Citriodora, Tereticornis, Robusta, Saligna, Puntacta, etc.), Garapa, Canafístula, Ipê, Maçaranduba, Mogno, Pau Marfim, Faveiro, Angico, Jatobá, Maracatiara, Angelim Vermelho, etc. Os elementos anatômicos que compõem este tipo de madeira são os vasos, fibras e raios medulares. A madeira é um material anisotrópico, ou seja, possui diferentes propriedades em relação aos diversos planos ou direções perpendiculares entre si. Não há simetria de propriedades em torno de qualquer eixo ANATOMIA DA MADEIRA 05 http://materioteca.paginas.ufsc.br/madeiras/ O termo refere-se a uma série de produtos fabricados a partir de pinus ou eucalipto que, após a extração, são submetidos a tratamentos e processos que agregam qualidade e homogeneidade. Entre eles, destacam-se a madeira laminada colada (MLC), utilizada para vigas e pilares, e a madeira laminada cruzada (CLT, do termo em inglês Cross Laminated Timber), aproveitada na confecção de lajes e paredes estruturais. O que explica o interesse por esse sistema estrutural, além da capacidade de suportar cargas e da sustentabilidade, são fatores como baixo peso, facilidade para gerar sistemas industrializados, além da estética naturalmente nobre. Para impulsionar o uso da madeira engenheirada no Brasil, a indústria, em conjunto com institutos de pesquisas e com a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), vem desenvolvendo um processo de atualização e ampliação do arsenal de normas técnicas nacionais. O trabalho em curso começou com a revisão dos textos de projeto de estruturas de madeira (NBR 7190) e de preservação de madeira (NBR 16.143). O plano é, na sequência, elaborar normas específicas de construção, proteção em caso de incêndio e produção industrial de madeira engenheirada, em um processo similar ao que aconteceu com a estrutura metálica há alguns anos. Com relação à durabilidade, a normatização brasileira orienta que toda madeira macia para uso estrutural passe por tratamento em autoclave com conservantes. “Associado a esse tratamento, é recomendável que a estrutura de pinus seja projetada com algum sistema de proteção, como beirais, rufos e revestimentos”, diz Belizário. Segundo ela, quando inserida em um projeto que contemple alguma proteção, como um chapéu ou uma pele, a estrutura de madeira engenheirada atinge durabilidade de 50, 60 anos. Água/Fungo Cupins Responsáveis pelo apodrecimento da madeira, o principal fator é a umidade, ou permanência no sol e na chuva, pois a principal proteção nesse caso, é o verniz, nesse caso, além disso, deve-se trazer soluções na qual não fique água parada, gerando infiltrações e absorções da própria madeiraVale ressaltar que a edificação apresenta um sistema de escoamento, tanto da água das chuvas e da neve, formada no inverno japonês. Um dos principais problemas da madeira é o cupim, responsável por grandes prejuízos tanto em estruturas, coberturas e móveis. A melhor maneira de combate ao cupim é a prevenção, verificando sempre sua residência à procura de rastros dos insetos. Mas, para o caso de infestação intensa já verificada, pode-se procurar a ajuda dos serviços profissionais, ou iniciar um processo de tratamento constante, que levará algum tempo até a completa remoção dos focos. MADEIRA ENGENHEIRADA SISTEMAS DE PROTEÇÃO 06 Incêndios O fogo é um perigo para todos os edifícios e canteiros de obras – independentemente do material de construção. O mais importante é construir respeitando as normativas vigentes para garantir que a edificação seja segura aos ocupantes e mesmo aos socorristas, no caso de um incidente. A madeira utilizada é a madeira “engenheirada” na qual permite uma resistência inerente ao fogo através do isolamento das camadas internas. Quando a madeira é exposta ao fogo, a superfície exposta queima, criando uma camada carbonizada de proteção natural. Esse carvão atua como um isolamento, atrasando o início do aquecimento do núcleo da madeira, protegendo a estrutura da mesma. Devido à composição sólida de blocos de madeira maciça, o ar e o fogo são inibidos em suas viagens. O carvão se forma a uma taxa previsível (1,5 pol / h), o que diminui a combustão e a propagação do fogo. CONTRAVENTAMENTOS Nove colunas compostas compõem a estrutura principal da edificação, cada uma é composta por outras quatro colunas laminadas de lariço japonês de 15 cm x 15 cm, conectadas por placas de aço. O projeto da coluna composta aumenta a resistência da estrutura e a trabalhabilidade durante a construção. Dois pares de vigas laminadas de lariço japonês de 7,5 cm x 25 cm são encaixados nas colunas compostas em intervalos regulares, criando uma conexão de momento, as travas verticais no primeiro e segundo níveis são essenciais para resistir às forças sísmicas e esforços horizontais. 07 As placas de aço que conectam as colunas forneceram as conexões para o contraventamento vertical com travamento diagonal das hastes de aço, tais elementos apresentam grande rigidez, e quando aliados aos demais pilares, garantem a estabilidade global do edifício. A rigidez horizontal foi alcançada aproveitando as passarelas existentes, que funcionam por meio de ações de diafragma das lajes de piso, sendo ela uma estrutura plana, cuja principal função é transferir as forças horizontais atuantes em diferentes pontos da estrutura para os elementos de contraventamento vertical (hastes de aço) juntas, essas técnicas garantem a estabilidade estrutural de resistência aos esforços oriundos do vento e do terremoto no Nest. 08 A parede na base do prédio, além de criar uma microtopografia, ajuda a bloquear o vento predominante de inverno do noroeste. Painéis deslizantes na fachada e na cobertura abrem para facilitar a circulação do ar pela estrutura durante o verão e nos períodos mais quentes do dia. Um sistema de terças cuidadosamente projetado e calculado no teto do Nest ajuda a suportar o peso da placa de policarbonato, bem como a carga da neve. 09 ESBOÇO DOS ELEMENTO ESTRUTURAIS BIBLIOGRAFIA https://archello.com/project/nest-we-grow https://www.archdaily.com.br/br/765181/nest-we-grow-college-of-environmental-design-uc-berkeley- plus-kengo-kuma-and-associates https://archello.com/project/nest-we-grow https://www.archdaily.com.br/br/765181/nest-we-grow-college-of-environmental-design-uc-berkeley- plus-kengo-kuma-and-associates https://por.architecturaldesignschool.com/nest-we-grow-kengo-kuma-associates-college- environmental-design-uc-berkeley-54803 https://www.architectmagazine.com/technology/detail/innovative-detail-nest-we-grow-moment- connection_o http://yanxhuang.com/nestwegrow https://inbec.com.br/blog/como-biomateriais-construcao-podem-ajudar-enfrentar-crise-climaticahttp://yanxhuang.com/nestwegrow https://www.arch2o.com/nest-grow-college-environmental-design-uc-berkeley-kengo-kuma-associates/ http://servidor.demec.ufpr.br/disciplinas/EngMec_NOTURNO/TM370/EstruturasMet%C3%A1licas_aula2 .pdf 10 https://archello.com/project/nest-we-grow https://archello.com/project/nest-we-grow https://inbec.com.br/blog/como-biomateriais-construcao-podem-ajudar-enfrentar-crise-climatica http://yanxhuang.com/nestwegrow https://www.arch2o.com/nest-grow-college-environmental-design-uc-berkeley-kengo-kuma-associates/ http://servidor.demec.ufpr.br/disciplinas/EngMec_NOTURNO/TM370/EstruturasMet%C3%A1licas_aula2.pdf
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