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Atividades aquáticas -CRC

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ATIVIDADES AQUÁTICAS
CURSOS DE GRADUAÇÃO – EAD
Atividades Aquáticas – Prof. Ms. Alex Fabrício Borges e Prof. Ms. Fábio Ricardo Mizuno Lemos 
Cod. 48
Olá! Meu nome é Alex Fabrício Borges. Sou graduado em Educa-
ção Física pelo Centro Universitário Claretiano (1995), especialista 
em Natação e Atividades Aquáticas (1997), Nutrição e Condicio-
namento Físico (2000) e mestre em Performance Humana pela 
Universidade Metodista de Piracicaba – UNIMEP (2008). Atual-
mente, sou professor de graduação no curso de Educação Física 
(Licenciatura e Bacharelado), trabalhando com as disciplinas de 
Crescimento e Desenvolvimento Humano, Aprendizagem e Con-
trole Motor, Natação, Atividades Aquáticas, Metodologia da Pes-
quisa Científica, Atletismo e Tecnologias Aplicadas em EAD. Sou, 
também, coordenador e professor do curso de pós-graduação em Natação e Condiciona-
mento Físico Aquático, administrando aulas de Metodologia da Pesquisa Científica; Didá-
tica do Ensino Superior e Aprendizagem e Controle Motor Aplicado à Natação. Tenho 
experiência na área de Educação Física, com ênfase em Natação, envolvendo o cresci-
mento, desenvolvimento e a aprendizagem motora. Desenvolvo um projeto de Ativida-
des Físicas em uma Comunidade Terapêutica para Dependentes Químicos em uma fazen-
da da própria Instituição situada na cidade de Nuporanga/SP.
e-mail: alexborges@claretiano.edu.br
Satisfação em estar com você! Meu nome é Fábio Ricardo Mizuno 
Lemos. Graduei-me em Licenciatura Plena em Educação Física 
pela Universidade Federal de São Carlos (CEF/UFSCar - 2002), sou 
mestre em Educação, também pela Universidade Federal de São 
Carlos (PPGE/UFSCar - 2007), e estou cursando o Doutorado em 
Educação pelo mesmo programa de pós-graduação. Sou professor 
da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (SEE/SP), do 
Centro Universitário Claretiano de Batatais e do Curso de Especia-
lização em Educação Física Escolar (lLato-sensu) do Departamento 
de Educação Física e Motricidade Humana (DEFMH/UFSCar). Sou 
sociofundador, pesquisador e atual diretor financeiro da Sociedade de Pesquisa Qualita-
tiva em Motricidade Humana (SPQMH), membro do Núcleo de Estudos de Fenomenolo-
gia em Educação Física (NEFEF/UFSCar) e pesquisador das Práticas Sociais e Processos 
Educativos e Processos de Ensino e de Aprendizagem. Espero poder contribuir com a sua 
formação. Bons estudos!
e-mail: fabiomizuno@claretiano.edu.br
Fazemos parte do Claretiano - Rede de Educação
ATIVIDADES AQUÁTICAS
Caderno de Referência de Conteúdo
Alex Fabrício Borges
Fábio Ricardo Mizuno Lemos
Batatais
Claretiano
2013
Fazemos parte do Claretiano - Rede de Educação
© Ação Educacional Claretiana, 2010 – Batatais (SP)
Versão: dez./2013
  797 B73a 
 Borges, Alex Fabrício 
 Atividades aquáticas / Alex Fabrício Borges, Fábio Ricardo Mizuno Lemos 
 – Batatais, SP : Claretiano, 2013. 
 128 p. 
 ISBN: 978-85-67425-22-1 
 
 1. Conceitos, evolução e histórico das atividades aquáticas. 2. Metodologia e técnicas 
 das diversas manifestações e possibilidades de movimento do ser humano no meio 
 aquático. 3. Atividades educativas e lúdicas na água. I. Lemos, Fábio Ricardo Mizuno. 
 II. Atividades aquáticas. 
 
 
 CDD 797 
Corpo Técnico Editorial do Material Didático Mediacional
Coordenador de Material Didático Mediacional: J. Alves
Preparação 
Aline de Fátima Guedes
Camila Maria Nardi Matos 
Carolina de Andrade Baviera
Cátia Aparecida Ribeiro
Dandara Louise Vieira Matavelli
Elaine Aparecida de Lima Moraes
Josiane Marchiori Martins
Lidiane Maria Magalini
Luciana A. Mani Adami
Luciana dos Santos Sançana de Melo
Luis Henrique de Souza
Patrícia Alves Veronez Montera
Rita Cristina Bartolomeu 
Rosemeire Cristina Astolphi Buzzelli
Simone Rodrigues de Oliveira
Bibliotecária 
Ana Carolina Guimarães – CRB7: 64/11
Revisão
Cecília Beatriz Alves Teixeira
Felipe Aleixo
Filipi Andrade de Deus Silveira
Paulo Roberto F. M. Sposati Ortiz
Rodrigo Ferreira Daverni
Sônia Galindo Melo
Talita Cristina Bartolomeu
Vanessa Vergani Machado
Projeto gráfico, diagramação e capa 
Eduardo de Oliveira Azevedo
Joice Cristina Micai 
Lúcia Maria de Sousa Ferrão
Luis Antônio Guimarães Toloi 
Raphael Fantacini de Oliveira
Tamires Botta Murakami de Souza
Wagner Segato dos Santos
Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução, a transmissão total ou parcial por qualquer 
forma e/ou qualquer meio (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação e distribuição na 
web), ou o arquivamento em qualquer sistema de banco de dados sem a permissão por escrito do 
autor e da Ação Educacional Claretiana.
Claretiano - Centro Universitário
Rua Dom Bosco, 466 - Bairro: Castelo – Batatais SP – CEP 14.300-000
cead@claretiano.edu.br
Fone: (16) 3660-1777 – Fax: (16) 3660-1780 – 0800 941 0006
www.claretianobt.com.br
SUMÁRIO
CADERNO DE REFERÊNCIA DE CONTEÚDO
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 7
2 ORIENTAÇÕES PARA ESTUDO ............................................................................. 9
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO ÀS ATIVIDADES AQUÁTICAS
1 OBJETIVOS .......................................................................................................... 25
2 CONTEÚDOS ....................................................................................................... 26
3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE ................................................... 26
4 INTRODUÇÃO À UNIDADE .................................................................................. 26
5 NADAR, NATAÇÃO E ATIVIDADES AQUÁTICAS .................................................... 27
6 BREVE HISTÓRICO DO SER HUMANO NO MEIO LÍQUIDO .................................. 29
7 CONCEPÇÕES DA PEDAGOGIA DA NATAÇÃO ...................................................... 33
8 BENEFÍCIOS ADVINDOS DAS ATIVIDADES AQUÁTICAS ....................................... 37
9 UNIDADES DE ENSINO DA ADAPTAÇÃO AQUÁTICA ............................................ 40
10 NOÇÕES SOBRE O INDESEJÁVEL: AFOGAMENTO ............................................... 45
11 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ............................................................................ 51
12 CONSIDERAÇÕES ................................................................................................ 53
13 E - REFERÊNCIA .................................................................................................. 53
14 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 53
UNIDADE 2 – ASPECTOS FUNDAMENTAIS DE ATIVIDADES AQUÁTICAS
1 OBJETIVOS .......................................................................................................... 55
2 CONTEÚDOS ....................................................................................................... 55
3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE ................................................... 55
4 INTRODUÇÃO À UNIDADE .................................................................................. 56
5 ESPORTES AQUÁTICOS OLÍMPICOS .................................................................... 56
6 ESPORTES AQUÁTICOS NÃO OLÍMPICOS ............................................................ 86
7 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ............................................................................ 91
8 CONSIDERAÇÕES ................................................................................................ 93
9 E – REFERÊNCIAS ................................................................................................93
10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 96
UNIDADE 3 – EDUCAÇÃO E ATIVIDADES AQUÁTICAS
1 OBJETIVOS .......................................................................................................... 97
2 CONTEÚDOS ....................................................................................................... 98
3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE ................................................... 98
4 INTRODUÇÃO À UNIDADE .................................................................................. 98
5 AS ATIVIDADES AQUÁTICAS NOS DOCUMENTOS DA EDUCAÇÃO BÁSICA ................... 99
6 SITUANDO UM CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES ................................. 104
7 REFLEXÃO E CRÍTICA EM ATIVIDADES AQUÁTICAS ............................................. 108
8 SUGESTÕES DE AÇÕES COM AS ATIVIDADES AQUÁTICAS .................................. 118
9 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ............................................................................ 122
10 CONSIDERAÇÕES ................................................................................................ 125
11 E – REFERÊNCIAS ................................................................................................ 126
12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 126
EA
D
CRC
Caderno de 
Referência de 
Conteúdo
Ementa –––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Conceitos, evolução e histórico das atividades aquáticas. Metodologia e técnicas 
das diversas manifestações e possibilidades de movimento do ser humano no 
meio aquático. Atividades educativas e lúdicas na água.
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
1. INTRODUÇÃO
As atividades aquáticas fazem parte do conteúdo da Educa-
ção Física, mas não são comumente abordadas nos meios escola-
res, pois grande parte das escolas, principalmente de redes públi-
cas, não possui instalações “adequadas” para tais práticas.
É importante lembrar que as instituições de ensino têm a 
possibilidade de criar projetos que contemplem passeios em clu-
bes, centros comunitários, acampamentos, sítios, chácaras ou fa-
zendas que possuem piscinas, lagos ou rios. Desse modo, o de-
senvolvimento de ações relacionadas com as atividades aquáticas 
pode ser facilitado.
8 © Atividades Aquáticas
Um ensino que abranja as atividades aquáticas não precisa 
se ater, necessariamente, ao desenvolvimento de atividades prá-
ticas de natação na piscina. Cabe enfatizar, inclusive, que natação 
não é sinônimo de atividades aquáticas, mas apenas uma de suas 
possibilidades.
Nessa perspectiva é que o Caderno de Referência de Conteú-
do Atividades Aquáticas está pautada e dividida em três unidades, 
abordando, na primeira delas, o contexto introdutório desta área, 
com base no esclarecimento das diferenças entre os conceitos na-
dar, natação e atividades aquáticas; das relações históricas do ser 
humano com o meio líquido; das concepções fundamentais adota-
das para o ensino da natação; dos benefícios advindos com o de-
senvolvimento de atividades aquáticas; da indicação das unidades 
de ensino da adaptação aquática; da classificação e manobras de 
salvamento de afogamentos.
Após os estudos introdutórios, na segunda unidade, serão 
apresentados aspectos fundamentais de algumas atividades aquá-
ticas, iniciando pela natação, passando por outros esportes aquá-
ticos olímpicos e encerrando com alguns esportes aquáticos não 
olímpicos.
Na terceira unidade, a ênfase está no relacionamento mais 
estreito das atividades aquáticas com a educação, a partir da abor-
dagem de evidências de orientações, em documentos da Educa-
ção Básica brasileira, sobre o ensino de atividades aquáticas; da 
relação necessária entre esporte e ensino escolar; da inserção da 
disciplina e do curso de Licenciatura em Educação Física no am-
biente da formação de professores. Um último movimento vai ao 
encontro da atribuição da reflexão e da crítica ao desenvolvimento 
das atividades aquáticas e na indicação e sugestão de construções 
de ações relacionadas com tais atividades.
Desejamos, no início dessa trajetória, que você se empenhe 
em cumprir as tarefas propostas, concentrando-se, sempre, na 
qualidade de sua formação!
Claretiano - Centro Universitário
9© Caderno de Referência de Conteúdo
Após essa introdução aos conceitos principais, apresentare-
mos, a seguir, no tópico Orientações para estudo, algumas orienta-
ções de caráter motivacional, dicas e estratégias de aprendizagem 
que poderão facilitar o seu estudo. 
2. ORIENTAÇÕES PARA ESTUDO
Abordagem Geral
Neste tópico, apresenta-se uma visão geral do que será estu-
dado neste Caderno de Referência de Conteúdo. Aqui, você entrará 
em contato com os assuntos principais deste conteúdo de forma 
breve e terá a oportunidade de aprofundar essas questões no es-
tudo de cada unidade. No entanto, essa abordagem geral visa for-
necer-lhe o conhecimento básico necessário a partir do qual você 
possa construir um referencial teórico com base sólida – científica 
e cultural – para que, no futuro exercício de sua profissão, você a 
exerça com competência cognitiva, ética e responsabilidade social. 
Não é de hoje que o ser humano tem uma relação estreita 
com o meio líquido. Desde os primórdios, os indivíduos já utiliza-
vam com muita frequência este ambiente, seja para recolher um 
alimento seja para fugir de um perigo, atirando-se na água e nela 
se deslocando.
Estava constituído ali o ato de nadar, ou seja, de mover-se na 
água ou sustentar-se sobre ela, usando recursos do próprio corpo.
Em relação à ação de nadar, entre outros eventos, a história 
nos revela que os fenícios utilizaram os benefícios do nado como 
estratégia de guerra para as conquistas territoriais, pois levavam 
enorme vantagem sobre os adversários. Na Grécia e Roma antigas 
o nado se popularizou e fazia parte do treinamento dos soldados 
do Império.
O filósofo grego Platão afirmava que os que não sabiam na-
dar não podiam ser considerados educados, embora o ato de na-
© Atividades Aquáticas10
dar tenha tido o seu desenvolvimento prejudicado durante sécu-
los, devido à ideia de que ajudava a disseminar epidemias.
Não significa, porém, que o fato de se deslocar no meio líqui-
do seja sinônimo do conceito natação. Enquanto nadar compreende 
formas diversificadas de manifestações do sujeito na água, a nata-
ção possui um caráter desportivo, que utiliza movimentos técnicos 
preestabelecidos, visando ao rendimento e ao desempenho.
A especificidade dos movimentos fica presente na divisão da 
natação em quatro estilos: 
1) nado crawl; 
2) nado costas; 
3) nado peito; 
4) nado borboleta.
O nado crawl se configura como o mais simples dos estilos 
e aquele que permite atingir maiores velocidades. Por isso, são 
diversos os atletas que optam por ele quando podem escolher um 
estilo livre. O crawl é realizado em posição corporal de decúbi-
to ventral, sendo desenvolvido com movimentos alternados dos 
membros superiores, que empurram a água para trás, debaixo da 
água, e dos membros inferiores, que empurram a água para baixo, 
guiando o corpo para frente e para cima. As ações respiratórias, no 
nado crawl, são realizadas com elevações laterais da cabeça.
No nado costas, a posição corporal adotada é a decúbito dor-
sal, com os membros superiores executando movimentos alterna-
dos, empurrando a água para trás, debaixo da água. Os membros 
inferiores executam movimentos alternados, para cima e para bai-
xo, que empurram a água para cima, guiando o corpo para trás e 
para cima. No nado costas, as ações respiratórias são executadas o 
mais naturalmente possível, pois o nariz está fora da água.
No nado peito, a posição corporal é decúbito ventral, sen-
do desenvolvidocom movimentos simultâneos de membros su-
periores que, inicialmente, são afastados lateralmente. A seguir, 
Claretiano - Centro Universitário
11© Caderno de Referência de Conteúdo
os cotovelos vão se aproximando do tronco e, por fim, os braços 
são estendidos à frente, para iniciar um novo ciclo. As ações dos 
membros inferiores são realizadas simultaneamente. Inicialmen-
te, os joelhos são afastados e flexionados; a seguir, ocorre uma 
extensão com a consequente abertura das pernas, seguida de um 
movimento semelhante ao de uma chicotada, levando os pés para 
trás. Finalmente, os membros inferiores são unidos, voltando à po-
sição inicial. As ações respiratórias do nado peito são executadas 
levantando a cabeça à frente, quando ocorre o afastamento dos 
membros superiores.
O nado borboleta é o segundo estilo mais rápido da nata-
ção. Neste nado, os membros superiores executam movimentos 
simultâneos, empurrando a água para trás, debaixo da água. Os 
membros inferiores são movimentados para cima e para baixo, 
com movimentos simultâneos que empurram a água para baixo, 
guiando o corpo para frente e para cima. A respiração é realizada 
levantando-se a cabeça à frente.
Quanto às competições de natação, os registros históricos 
indicam o seu início no século 19, na Europa, em torneios isolados 
e campeonatos nacionais. A primeira participação da natação em 
Jogos Olímpicos ocorreu em 1896, em Atenas.
No formato olímpico atual, as competições são realizadas 
em piscinas de 50 metros e oito raias, em provas individuais e de 
revezamento, nos nados: livre, peito, costas e borboleta, com dis-
tâncias que variam entre 50 e 1.500 metros.
No Brasil, o primeiro campeonato nacional envolvendo a nata-
ção ocorreu em 1898, com a modalidade 1.500 metros, nado livre.
É importante salientar, porém, que as atividades aquáticas, 
mesmo aquelas com caráter esportivo, não se resumem ao nado 
ou à natação. Pensando nos esportes olímpicos que utilizam o 
meio líquido, além da natação, são desenvolvidos, atualmente, a 
canoagem, a maratona aquática, a natação sincronizada, o penta-
tlo moderno, o polo aquático, o remo, o triatlo e a vela.
© Atividades Aquáticas12
A canoagem consiste na disputa de dois tipos de barco, a 
canoa e o caiaque, em ambientes diferentes: águas calmas para a 
modalidade de velocidade e turbulentas para a slalom. Canoas são 
embarcações abertas, guiadas por competidores apoiados em um 
joelho, com remos que têm lâmina em apenas um lado. Os caia-
ques são embarcações fechadas, guiadas por competidores senta-
dos, com remos de lâminas nas duas pontas. Nas competições de 
velocidade, as embarcações podem ser conduzidas por uma, duas 
ou quatro pessoas, separadas por raias, percorrendo distâncias de 
500 metros e 1.000 metros. No slalom, as embarcações, com no 
máximo dois competidores, têm que passar, obrigatoriamente, 
por trechos demarcados chamados “portas”, em um percurso de 
300 metros, no menor tempo possível.
A maratona aquática é constituída por competições de nata-
ção consideradas de longa distância, que se realizam em oceanos, 
rios, lagos, lagos artificiais, com cinco ou 10 quilômetros de exten-
são. As provas são executadas em estilo livre e devem começar e 
terminar dentro da água. Existe ainda uma prova de 25 quilôme-
tros, chamada de águas abertas.
Na natação sincronizada, que tem a participação limitada 
às mulheres, estas podem competir sozinhas, em duplas ou em 
equipes com oito integrantes, fazendo figuras obrigatórias e livres 
em uma piscina. A avaliação dos movimentos se dá pela técnica e 
criatividade apresentadas.
No pentatlo moderno, são realizadas cinco provas: natação, 
corrida, tiro, esgrima e hipismo. Ao longo de um dia, nas provas 
de natação, tiro, esgrima e hipismo, os atletas somam pontos, de 
acordo com o desempenho. Com base nessa pontuação, é definida 
a ordem de largada da corrida de 3.000 metros. Na corrida, cada 
atleta larga separadamente, com intervalos que variam de acordo 
com os pontos somados nos eventos anteriores. O vencedor da 
corrida ganha a prova.
Claretiano - Centro Universitário
13© Caderno de Referência de Conteúdo
No polo aquático, duas equipes com sete jogadores, sendo 
um goleiro, enfrentam-se em uma piscina por quatro tempos de 
sete minutos e disputam a posse da bola, visando ao gol adversá-
rio. Nesta modalidade não é permitido tocar os pés no chão ou a 
mão na borda da piscina.
No remo, os barcos são divididos por raias e competem lado 
a lado em águas calmas para ver quem é o mais rápido. Atualmen-
te, a distância oficial do percurso, em linha reta, para Jogos Olím-
picos, é de 2.000 metros. As embarcações com ou sem timoneiro, 
que é o integrante que não rema e é responsável por orientar e 
incentivar os remadores e não entra na conta dos componentes, 
podem ter um, dois, quatro ou oito componentes.
Nos saltos ornamentais, os atletas saltam de plataformas de 
dez metros ou trampolins de três metros, realizam acrobacias no 
ar e entram na água de forma suave e elegante. Nos saltos orna-
mentais, duplas de homens e mulheres saltam simultaneamente 
e são julgadas não apenas pela qualidade técnica, estilo e grau de 
dificuldade do salto, mas também pelo sincronismo entre os par-
ceiros.
No triatlo, três provas de diferentes esportes são disputadas 
consecutivamente: natação, ciclismo e corrida. No triatlo olímpico, 
o atleta nada 1.500 metros, pedala 40 km e corre 10 km.
Na vela, os atletas utilizam embarcações à vela e não podem 
queimar a largada ou atrapalhar a navegação de um concorrente, 
o que causa punição. O vencedor é quem soma os melhores resul-
tados no conjunto de regatas. As competições acontecem em raias 
delimitadas por boias e têm dois formatos básicos: no primeiro de-
les, os competidores competem todos contra todos e, no segundo, 
dois barcos competem por vez.
Além dos esportes aquáticos olímpicos apresentados, pode-
mos encontrar o esqui aquático, o surf, o bodyboard, o kitesurf, o 
windsurf e o biribol.
© Atividades Aquáticas14
No esqui aquático, o atleta possui um ou dois esquis presos 
aos seus pés e é puxado, por meio de cabos, por uma embarcação. 
As modalidades competitivas do esqui aquático são: slalom, salto 
de rampa e truques. No slalom, o esquiador utiliza um único esqui, 
o qual é atado aos dois pés, um atrás do outro. O slalom consiste 
em contornar, em zigue-zague, seis boias dispostas de forma alter-
nada, três de cada lado do caminho do barco. O grau de dificulda-
de da pista vai sendo aumentado, com a variação de velocidade e 
comprimento da corda.
No salto de rampa, o esquiador utiliza dois esquis, presos, 
um em cada pé. A embarcação passa paralela à rampa e o esquia-
dor, ao atingir a rampa, projeta-se no ar e aterrissa na água. O ob-
jetivo do competidor é atingir a maior distância entre a rampa e o 
ponto que tocou na água. O salto só será validado se o competidor 
permanecer esquiando. Uma queda invalida o salto.
A modalidade truques é a mais técnica e consiste em execu-
tar diversas manobras, utilizando saltos, giros, cambalhotas, entre 
outras, às quais são atribuídos pontos. O esquiador usa um peque-
no esqui atado aos dois pés. 
No surf, existem duas modalidades que variam de acordo 
com a prancha utilizada pelo atleta. A prancha maior e mais larga 
proporciona ao atleta manobras mais artísticas em ondas meno-
res e mais lentas. Já a prancha menor proporciona manobras mais 
rápidas e velozes.
O bodyboard é parecido com o surf, porém, o atleta fica dei-
tado, em decúbito ventral, sobre a prancha. É considerado mais 
fácil que o surf, porém, também apresenta manobras difíceis de 
serem realizadas.
No kitesurf o atleta realiza manobras com uma prancha pre-
sa aos seus pés e se desloca com o auxílio de cordas atadas em 
uma grande pipa.
No windsurf, a prancha possui uma vela que auxiliano des-
locamento; tal modalidade é praticada em áreas de ventos fortes.
Claretiano - Centro Universitário
15© Caderno de Referência de Conteúdo
O biribol, esporte criado na cidade de Birigui, estado de São 
Paulo, é uma espécie de voleibol dentro da água. O biribol é rea-
lizado em uma piscina pequena, com quatro integrantes em cada 
equipe. As disputas são realizadas em três ou cinco sets, de 21 
pontos. Em caso de empate em 20 a 20, o set continua até haver 
uma diferença de dois pontos. O set decisivo, em caso de igualda-
de de sets, é jogado até os 20 pontos, com uma diferença mínima 
de dois pontos.
Após a apresentação de algumas atividades desportivas rea-
lizadas em meio aquático, você pode estar se perguntando, e com 
razão, se será possível o desenvolvimento do conteúdo Atividades 
Aquáticas no componente curricular Educação Física, correto?
Afinal, sabemos das dificuldades que as escolas podem apre-
sentar em relação às suas estruturas, aos seus espaços. É bem pro-
vável que, nas escolas em que ministraremos aulas, não haverá 
piscinas. Isso é um fato!
Portanto, apresentaremos algumas reflexões sobre o traba-
lho com o conteúdo Atividades Aquáticas na escola, pois, apenas 
conhecê-las ou saber que elas existem, não é o bastante; afinal, 
você estará engajado em um projeto educativo escolar. 
E o que isso significa?
Inicialmente, no âmbito da Graduação, a qual você está cur-
sando, significa que os Caderno de Referência de Conteúdo do cur-
so, incluindo a Atividades Aquáticas, devem estar voltadas para 
a formação de licenciados que sejam protagonistas da transfor-
mação da realidade brasileira, comprometidos com a busca de 
respostas aos desafios e problemas existentes em nossas escolas, 
especialmente nas da rede pública.
Essa indicação, vale salientar, está presente nas Diretrizes 
Curriculares para a Formação do Professor, que é um documen-
to elaborado pelo Governo Federal, que orienta o direcionamento 
dos cursos de formação de professores, ou seja, todas as licencia-
turas, incluindo a Licenciatura em Educação Física.
© Atividades Aquáticas16
Enfim, analisando o principal objetivo proposto para o Ensino 
Superior, isto é, a formação de professores comprometidos com a 
busca de soluções para o problema apresentado, a resposta à inda-
gação que fizemos não pode ser outra, senão: sim, é possível!
Relembrando o nosso questionamento: é possível o desenvol-
vimento do conteúdo Atividades Aquáticas no componente curricular 
Educação Física, mesmo em uma escola que não tenha uma piscina?
Pensando, especificamente, na vivência da atividade, o pro-
fessor não pode descartar a possibilidade de propor, como projeto 
da escola, passeios em clubes aquáticos, acampamentos em fa-
zendas, chácaras ou sítios com piscina, por exemplo.
Surge, então, outra questão: e os equipamentos necessários 
para a prática das modalidades apresentadas?
Caberá, também, ao professor, adaptar as modalidades, com 
o objetivo de que elas possam ser realizadas. Não, necessariamen-
te, o esporte aquático em si, pois o objetivo da Educação Física es-
colar não é a simples prática de algo, mas, assim como nos demais 
componentes curriculares, é atingir objetivos comuns à Educação.
Nesse sentido, o professor pode, por exemplo, vivenciar a 
natação sincronizada, com base na atividade do espelho, que é 
aquela em que os alunos ficam em frente aos outros, tentando 
realizar o mesmo movimento.
Do mesmo modo, o professor pode solicitar que os alunos se 
joguem na água, buscando fazer movimentos semelhantes e movi-
mentos diferentes do colega que saltou anteriormente, desenvol-
vendo, assim, alguns aspectos dos saltos ornamentais.
Com a utilização de boias ou câmaras de ar, pode-se vivenciar 
aspectos das atividades aquáticas com pranchas ou embarcações.
Outra opção pode ser o desenvolvimento de atividades lúdi-
cas, com a finalidade de proporcionar a adaptação ao meio líqui-
do. Entre as possibilidades, estão:
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17© Caderno de Referência de Conteúdo
O telefone submarino, realizado em dois grupos, um de 
frente para o outro, sentados na borda da piscina. O professor fa-
lará em voz baixa, ao primeiro aluno de um dos grupos, uma pa-
lavra, frase ou oração. Este aluno deverá andar por baixo da água, 
até o primeiro aluno do grupo à sua frente, comunicar o que lhe foi 
dito e sentar. O segundo aluno deverá voltar andando e comunicar 
para o próximo e, assim, sucessivamente.
Na limpeza aquática, o professor joga alguns objetos no fun-
do da piscina, e os alunos terão a tarefa de recolher todos os obje-
tos espalhados pela piscina e colocá-los dentro de uma caixa.
No pega-pega aquático, o professor poderá escolher um pe-
gador e este só poderá pegar quem estiver em pé. Para que o cole-
ga não seja pego, ele poderá agachar, ficando submerso.
Na atividade todos juntos, pode ser proposto que todos os 
alunos segurem nos ombros de quem está na sua frente, realizan-
do movimentos diversos dentro da água, trocando a pessoa que 
comanda a ação do grupo.
Na atividade aperta a esponja, os alunos terão a tarefa de 
entrar na piscina para encharcar a esponja com água e depois 
apertá-la dentro de um recipiente, visando completá-lo. Nesta ati-
vidade, a sala pode ser dividida em vários grupos.
Na atividade assopra-bola, os alunos terão que assoprar a bo-
linha, até que ela chegue ao outro lado da piscina. Outros materiais 
poderão ser utilizados, assim, em vez de assoprar, pode ser propos-
to que os alunos desloquem o material sem encostar no mesmo, 
favorecendo o surgimento de outras formas de deslocamento.
Sem dúvida, outras possibilidades poderão e deverão ser uti-
lizadas, pois o ensino não deve estar baseado na reprodução, na 
cópia irrefletida de algo, afinal, o mais importante é a definição 
dos objetivos a serem alcançados, e não a atividade em si.
Assim, para nossa prática profissional, a possibilidade de ul-
trapassar as limitações que surgem no cotidiano escolar oferece um 
© Atividades Aquáticas18
grande sentido para continuar a prática reflexiva em sala de aula. A 
questão é querer saltar além dos limites, ultrapassar as dificuldades.
Enfim, esperando que você possa se juntar ao ideal de um 
ensino para além dos conteúdos em si, encerramos aqui nossa sín-
tese desse Caderno de Referência de Conteúdo!
Glossário de Conceitos
O Glossário permite a você uma consulta rápida e precisa 
das definições conceituais, possibilitando-lhe um bom domínio 
dos termos técnico-científicos utilizados na área de conhecimen-
to dos temas tratados neste Caderno de Referência de Conteúdo. 
Veja, a seguir, a definição dos principais conceitos:
1) Atividades aquáticas e educação básica: as atividades 
aquáticas, por si só, podem ser desenvolvidas em dife-
rentes contextos, com objetivos e estratégias diversifica-
dos. Todavia, a associação das atividades aquáticas com 
a Educação Básica atribui a essas o caráter educacional 
que deve estar presente em todas as ações escolares. 
Assim, os parâmetros a serem utilizados para o ensino 
envolvendo as atividades aquáticas não devem, simples-
mente, pautar-se pela reprodução de modelos esportivos 
sistematizados, mas pela busca de aprendizagens crítico-
-reflexivas, utilizando as atividades aquáticas como meio.
2) Ensino crítico e reflexivo: as bases de compreensão para 
um ensino crítico e reflexivo são: na relação ensino e 
aprendizagem, a primeira exigência são as pessoas, de-
pois vêm as técnicas; o ensino escolar é para a formação 
técnica, mas também para a formação para a vida, para 
a humanidade, reconhecendo-se o valor das emoções, 
da sensibilidade, da afetividade, da intuição ou adivinha-
ção; ensinar não é transferir conhecimentos, conteúdos; 
os educadores não são, de modo algum, os senhores 
exclusivos do conhecimento; quem ensina aprende aoensinar e quem aprende ensina ao aprender, e, nessa re-
lação, a reflexão e a crítica (desconfiança) sobre as ideias 
são fundamentais para que não se acredite sem refletir, 
para que o educando seja sujeito do processo, favore-
Claretiano - Centro Universitário
19© Caderno de Referência de Conteúdo
cendo o aprendizado de sua autonomia; ao educador e 
à educadora, cabe o favorecimento para que a aprendi-
zagem crítica ocorra, para isso o respeito aos educandos, 
considerando-os como, também, sujeitos do processo, é 
fundamental, assim como a adoção da postura de falar 
com o outro e não a ele; porque engajada na formação 
de educandos, não é possível à escola alhear-se das con-
dições sociais, culturais, econômicas de seus alunos, de 
suas famílias, de seus vizinhos.
3) Flutuação, respiração e propulsão: flutuação, respiração 
e propulsão estão envolvidas com o ensino das atividades 
aquáticas, desde a adaptação ao meio líquido. Adaptar-se 
ao meio líquido significa relacionar-se com ele, aprovei-
tando o que a água oferece, como situações de flutuabili-
dade. A flutuação, que é a ação de conservar-se à tona da 
água, é facilitada com a adoção da posição horizontal do 
corpo no meio líquido e é associada às gorduras corporais 
e à capacidade aeróbia dos pulmões. Levantar a cabeça, 
por exemplo, faz com que a parte inferior do corpo afun-
de imediatamente. A respiração, nas atividades aquáticas, 
apresenta uma particularidade, pois as vias respiratórias 
encontram-se, em algumas situações, submersas na água. 
Como só podemos inspirar no momento em que as vias 
respiratórias estiverem fora da água, se ela for feita por 
meio da cavidade bucal, a inspiração será facilitada. A ló-
gica da respiração para o nado determina que a inspiração 
seja feita fora da água, e inevitavelmente pela boca; quan-
to à expiração, não há grandes preocupações quanto às 
vias utilizadas. A propulsão, conseguida com movimenta-
ções corporais, permite o deslocamento no meio líquido 
sem tocar os pés no chão, além de auxiliar na flutuação.
4) Nadar e natação: embora sejam usadas como sinôni-
mos, nadar é o ato de mover-se na água ou sustentar-se 
sobre ela, usando recursos do próprio corpo e compre-
ende diversificadas manifestações do sujeito na água, 
sem intenção de resultados desportivos. Natação possui 
um caráter desportivo, que utiliza movimentos técnicos 
preestabelecidos, visando ao rendimento, desempenho 
e elevados resultados rumo à vitória.
© Atividades Aquáticas20
Esquema dos Conceitos-Chave
Para que você tenha uma visão geral dos conceitos mais im-
portantes deste estudo, apresentamos, a seguir (Figura 1), um Es-
quema dos Conceitos-Chave do Caderno de Referência de Conteú-
do. O mais aconselhável é que você mesmo faça o seu esquema de 
conceitos-chave ou até mesmo o seu mapa mental. Esse exercício 
é uma forma de você construir o seu conhecimento, ressignifican-
do as informações a partir de suas próprias percepções. 
É importante ressaltar que o propósito desse Esquema dos 
Conceitos-Chave é representar, de maneira gráfica, as relações entre 
os conceitos por meio de palavras-chave, partindo dos mais comple-
xos para os mais simples. Esse recurso pode auxiliar você na ordena-
ção e na sequenciação hierarquizada dos conteúdos de ensino. 
Com base na teoria de aprendizagem significativa, entende-se 
que, por meio da organização das ideias e dos princípios em esque-
mas e mapas mentais, o indivíduo pode construir o seu conhecimen-
to de maneira mais produtiva e obter, assim, ganhos pedagógicos 
significativos no seu processo de ensino e aprendizagem.
Aplicado a diversas áreas do ensino e da aprendizagem es-
colar (tais como planejamentos de currículo, sistemas e pesquisas 
em Educação), o Esquema dos Conceitos-Chave baseia-se, ainda, 
na ideia fundamental da Psicologia Cognitiva de Ausubel, que es-
tabelece que a aprendizagem ocorre pela assimilação de novos 
conceitos e de proposições na estrutura cognitiva do aluno. Assim, 
novas ideias e informações são aprendidas, uma vez que existem 
pontos de ancoragem. 
É preciso destacar que “aprendizagem” não significa, apenas, 
realizar acréscimos na estrutura cognitiva do aluno; é necessário, 
sobretudo, estabelecer modificações para que ela se configure 
como uma aprendizagem significativa. Para isso, é importante con-
siderar as entradas de conhecimento e organizar bem os materiais 
de aprendizagem. Além disso, as novas ideias e os novos concei-
tos devem ser potencialmente significativos para o aluno, uma vez 
Claretiano - Centro Universitário
21© Caderno de Referência de Conteúdo
que, ao fixar esses conceitos nas suas já existentes estruturas cog-
nitivas, outros serão também relembrados.
Nessa perspectiva, partindo-se do pressuposto de que é você 
o principal agente da construção do próprio conhecimento, por 
meio de sua predisposição afetiva e de suas motivações internas 
e externas, o Esquema dos Conceitos-Chave tem por objetivo tor-
nar significativa a sua aprendizagem, transformando o seu conhe-
cimento sistematizado em conteúdo curricular, ou seja, estabele-
cendo uma relação entre aquilo que você acabou de conhecer com 
o que já fazia parte do seu conhecimento de mundo (adaptado do 
site disponível em: <http://penta2.ufrgs.br/edutools/mapascon-
ceituais/utilizamapasconceituais.html>. Acesso em: 29 jul. 2010). 
Como você poderá observar na Figura 1, esse esquema dará 
a você, como dissemos anteriormente, uma visão geral dos con-
ceitos mais importantes deste estudo. Ao segui-lo, você poderá 
transitar entre um e outro conceito e descobrir o caminho para 
construir o seu processo de ensino-aprendizagem. É visível, por 
exemplo, que as atividades aquáticas se inserem na Educação Bá-
sica, por meio de um ensino crítico e reflexivo, a partir da aborda-
gem de aspectos destas, como flutuação, respiração e propulsão, 
nadar e natação.
O Esquema dos Conceitos-Chave é mais um dos recursos de 
aprendizagem que vem se somar àqueles disponíveis no ambien-
te virtual, por meio de suas ferramentas interativas, bem como 
àqueles relacionados às atividades didático-pedagógicas realiza-
das presencialmente no polo. Lembre-se de que você, aluno EAD, 
deve valer-se da sua autonomia na construção de seu próprio co-
nhecimento.
© Atividades Aquáticas22
Figura 1 Esquema dos conceitos-chave da Caderno de Referência de Conteúdo: Atividades 
Aquáticas 
Questões Autoavaliativas
No final de cada unidade, você encontrará algumas questões 
autoavaliativas sobre os conteúdos ali tratados.
Responder, discutir e comentar essas questões, bem como 
relacioná-las com a prática do ensino de Educação Física, pode ser 
uma forma de você avaliar o seu conhecimento. Assim, mediante a 
resolução de questões pertinentes ao assunto tratado, você estará 
se preparando para a avaliação final, que será dissertativa. Além dis-
so, essa é uma maneira privilegiada de você testar seus conhecimen-
tos e adquirir uma formação sólida para a sua prática profissional. 
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23© Caderno de Referência de Conteúdo
Bibliografia Básica
É fundamental que você use a Bibliografia Básica em seus 
estudos, mas não se prenda só a ela. Consulte, também, as biblio-
grafias complementares.
Figuras (ilustrações, quadros...)
Neste material instrucional, as ilustrações fazem parte inte-
grante dos conteúdos, ou seja, elas não são meramente ilustra-
tivas, pois esquematizam e resumem conteúdos explicitados no 
texto. Não deixe de observar a relação dessas figuras com os con-
teúdos, pois relacionar aquilo que está no campo visual com o con-
ceitual faz parte de uma boa formação intelectual. 
Dicas (motivacionais)
Este estudo convida você a olhar, de forma mais apurada, a Edu-
cação como processo de emancipação do ser humano. É importante 
que você esteja atento às explicaçõesteóricas, práticas e científicas 
que estão presentes nos meios de comunicação, bem como partilhe 
suas descobertas com seus colegas, pois, ao compartilhar com outras 
pessoas aquilo que você observa, permite-se descobrir algo que ainda 
não se conhece, aprendendo a ver e a notar o que não havia sido per-
cebido antes. Observar é, portanto, uma capacidade que nos impele 
à maturidade. 
Você, como aluno dos cursos de Graduação na modalidade 
EAD e futuro profissional da Educação, necessita de uma formação 
conceitual sólida e consistente. Para isso, você contará com a ajuda 
do tutor a distância, do tutor presencial e, sobretudo, da interação 
com seus colegas. Sugerimos, pois, que organize bem o seu tempo e 
realize as atividades nas datas estipuladas. 
É importante, ainda, que você anote as suas reflexões em 
seu caderno ou no Bloco de Anotações, pois, no futuro, elas pode-
rão ser utilizadas na elaboração de sua monografia ou de produ-
ções científicas.
© Atividades Aquáticas24
Leia os livros da bibliografia indicada para que você amplie 
seus horizontes teóricos. Coteje-os com o material didático, discuta 
a unidade com seus colegas e com o tutor e assista às videoaulas. 
No final de cada unidade, você encontrará algumas questões 
autoavaliativas que são importantes para a sua análise sobre os 
conteúdos desenvolvidos e para saber se estes foram significativos 
para sua formação. Indague, reflita, conteste e construa resenhas, 
pois esses procedimentos serão importantes para o seu amadure-
cimento intelectual.
Lembre-se de que o segredo do sucesso em um curso na 
modalidade a distância é participar, ou seja, interagir, procurando 
sempre cooperar e colaborar com seus colegas e tutores.
Caso precise de auxílio sobre algum assunto relacionado a 
este Caderno de Referência de Conteúdo, entre em contato com 
seu tutor. Ele estará pronto para ajudar você. 
1
EA
D
Introdução às Atividades 
Aquáticas
1. OBJETIVOS
• Conhecer e discutir as diferenças conceituais entre nadar, 
natação e atividades aquáticas.
• Apresentar as relações históricas do ser humano com o 
meio líquido.
• Compreender e expor concepções fundamentais adota-
das para o ensino da natação.
• Descrever benefícios advindos com o desenvolvimento 
de atividades aquáticas.
• Elucidar unidades de ensino da adaptação aquática.
• Discorrer sobre a classificação e manobras de salvamento 
de afogamentos.
© Atividades Aquáticas26
2. CONTEÚDOS
• Nadar, natação e atividades aquáticas.
• Histórico do ser humano no meio líquido.
• Concepções da pedagogia da natação.
• Benefícios advindos das atividades aquáticas.
• Unidades de ensino da adaptação aquática.
• Noções sobre afogamentos.
3. ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE 
Antes de iniciar o estudo desta unidade, é importante que 
você leia as orientações a seguir:
1) Utilize o Esquema de Conceitos-Chave para o estudo de 
todas as unidades deste Caderno de Referência de Con-
teúdo. Isso poderá facilitar sua aprendizagem e seu de-
sempenho.
2) Estude a apostila conferindo as referências com as expli-
cações dadas.
3) Lembre-se de que, no decorrer do estudo, o mais im-
portante não é, necessariamente, prender-se a detalhes 
pontuais, tais como, datas e nomes, mas sim ao con-
texto apresentado, suscitando associações e reflexões 
pertinentes com o ensino deste conteúdo na Educação 
Básica.
4) Realize os estudos procurando responder às questões 
autoavaliativas, pois elas estão voltadas para a amplia-
ção de percepções sobre o conteúdo apresentado.
4. INTRODUÇÃO À UNIDADE
Ao iniciar o desenvolvimento do Caderno de Referência de 
Conteúdo Atividades Aquáticas, você será apresentado ao con-
texto introdutório desta área. A primeira ação empregada nesse 
Claretiano - Centro Universitário
27© U1 - Introdução às Atividades Aquáticas
sentido discute, visando ao esclarecimento, as diferenças entre 
os conceitos nadar, natação e atividades aquáticas. Na sequência, 
estudaremos as relações históricas do ser humano com o meio lí-
quido, assim como as concepções fundamentais adotadas para o 
ensino da natação.
Finalizando a unidade, descreveremos os benefícios advin-
dos com o desenvolvimento de atividades aquáticas e indicaremos 
unidades de ensino da adaptação aquática, elemento essencial 
das atividades em meio líquido. A classificação e manobras de sal-
vamento de afogamentos completam esta primeira unidade.
Esperamos que, ao final da unidade, não só certezas estejam 
presentes, pois, se isso ocorrer, será um indício de que reflexões 
foram provocadas e iniciadas.
Bom estudo e boas reflexões!
5. NADAR, NATAÇÃO E ATIVIDADES AQUÁTICAS
Não é de hoje que o ser humano tem uma relação estreita 
com o meio líquido. Desde os primórdios, os indivíduos já utiliza-
vam com muita frequência este ambiente, seja para recolher um 
alimento, seja para fugir de um perigo, atirando-se na água e nela 
se deslocando.
Estava constituído ali o ato de nadar, ou seja, de mover-se na 
água ou sustentar-se sobre ela, usando recursos do próprio corpo.
Não significa, porém, que o fato de se deslocar no meio líqui-
do seja sinônimo do conceito natação. Enquanto nadar compre-
ende formas diversificadas de manifestações do sujeito na água, a 
natação possui um caráter desportivo, que utiliza movimentos téc-
nicos preestabelecidos, visando ao rendimento e ao desempenho.
A especificidade dos movimentos fica presente na divisão da 
natação em quatro estilos: nado crawl; nado costas; nado peito e 
nado borboleta.
© Atividades Aquáticas28
É importante salientar, porém, que as atividades aquáticas, 
mesmo aquelas com caráter esportivo, não se resumem ao nado 
ou à natação. Pensando nos esportes olímpicos que utilizam o 
meio líquido, além da natação, são desenvolvidos, atualmente, a 
canoagem, a maratona aquática, a natação sincronizada, o penta-
tlo moderno, o polo aquático, o remo, o triatlo e a vela.
Além dos esportes aquáticos olímpicos apresentados, pode-
mos encontrar o esqui aquático, o surf, o bodyboard, o kitesurf, o 
biribol, entre outros.
Retomando os conceitos – nadar, natação, atividades aquáti-
cas – para que sejam mais bem compreendidos, nadar seria a ação 
do ser humano na água, de forma intencional, imóvel ou em mo-
vimento, sem depender de artifícios para facilitar sua sustentação 
(BRITO; ARAÚJO JUNIOR, 2004): 
Nadar significa a ação participativa na água (...) se refere a qual-
quer ação motora que o indivíduo realiza intencionalmente para 
propulsionar-se através da água (...) refere-se a formas variadas e 
diversificadas de manifestação do sujeito na água, sem a intenção 
de resultados desportivos (ANDRIES JUNIOR; PEREIRA; WASSAL, 
2002, p. 8-10).
Para o conceito de natação, adotamos neste Caderno de Re-
ferência de Conteúdo Atividades Aquáticas, a compreensão de 
Andries Junior; Pereira; Wassal, 2002: “a natação carrega um ca-
ráter desportivo de busca, por meio de movimentos técnicos es-
tabelecidos, visando elevados resultados rumo à vitória” (p. 10), 
embora também possam ser encontradas definições de natação 
como ação de locomoção no meio líquido, como as destacadas na 
sequência.
Os dicionários e manuais de natação destacam que a nata-
ção é uma atividade física que consiste em movimentar braços e 
pernas para fazer deslocamento dentro d’água (VIEIRA; FREITAS, 
2006). Catteu e Garoff (1990) afirmam o conceito de que “toda 
prática de atividade humana na água e na sua superfície, que ex-
clui uma subordinação permanente à utilização de acessórios ou 
Claretiano - Centro Universitário
29© U1 - Introdução às Atividades Aquáticas
de artifícios para atingir uma autonomia sempre maior face ao 
meio e que se exprime por um desempenho” (p. 65), não inclui 
nem exclui obrigatoriamente a prática esportiva.
Para o termo atividades aquáticas,assim como Marin (2004), 
compreendemos que inclui todos os tipos de atividade que se de-
senvolvem no meio aquático e podem abranger vários âmbitos, 
entre eles:
1) Âmbito utilitário: envolve as escolas de natação para o 
aprendizado de crianças e adultos.
2) Âmbito educativo: natação para bebês, educação infan-
til, educação fundamental e média, ensino superior e 
centros de educação especial.
3) Âmbito desportivo ou competitivo: natação com atletas, 
polo aquático, nado sincronizado, saltos ornamentais, nata-
ção em águas abertas, maratonas aquáticas, entre outras.
4) Âmbito da saúde: aquaginástica, aquaeróbica, aquafit-
ness, natação livre, deep runner (corrida aquática), hi-
drobike (spining na água), aqua ioga (ioga na água), hi-
dro jump (minicama elástica para atividades dentro da 
água), hidroginástica, hidro power, hidro cárdio, hidro 
mix, aqua circuit, watsu, entre outras.
5) Âmbito terapêutico: recuperação de lesões, hidrotera-
pia, natação terapêutica para portadores de deficiência 
respiratória ou alterações posturais e natação para ges-
tantes.
6) Âmbito recreativo: banho livre e recreação.
Vale destacar que uma “mistura” de atividades pode con-
templar vários âmbitos e objetivos de uma só vez (MARÍN, 2004).
6. BREVE HISTÓRICO DO SER HUMANO NO MEIO LÍ-
QUIDO
Após a indicação conceitual, traçamos um breve histórico do 
envolvimento do ser humano com o meio líquido.
© Atividades Aquáticas30
Se olharmos a Terra do espaço, observaremos que sua maior 
parte é composta por água. É compreensível, portanto, o fato de 
o ser humano ser obrigado a se relacionar com o meio líquido de 
alguma maneira, desde o início de sua inserção no planeta.
Grande parte das civilizações e mesmo qualquer habitat na-
tural se desenvolveram ao redor de lagos, rios, mares e oceanos 
devido à fartura de alimentos nesses locais.
Para que o ser humano tivesse acesso a esses alimentos, ele 
precisou perder seu medo e entrar na água. Aprender a se locomo-
ver na água, portanto, foi uma questão de sobrevivência, na qual 
o ser humano tinha que atacar para conseguir o seu alimento ou 
fugir de algum animal predador.
Nesse contexto podemos dizer que o meio aquático é quase 
o nosso habitat natural, afinal, também no ato da concepção da 
vida os espermatozoides “nadam” até o óvulo para fecundá-lo e, 
desde a gestação, o ser humano está envolto pelo meio líquido.
Por tudo isso, a água, de certa maneira, está presente no in-
consciente, exerce um fascínio, uma atração inexplicável, a ponto 
do relacionamento do ser humano com o meio líquido se asseme-
lhar à busca do elo perdido de sua existência inicial aquática, o que 
pode culminar no encontro de uma realização prazerosa quando 
estamos na água (ANDRIES JUNIOR; PEREIRA; WASSAL, 2002).
Pode-se dizer, então, que o nadar nasceu com o ser humano, 
ou ainda, que foi o ser humano que nasceu da água, tendo no ven-
tre materno seu primeiro contato aconchegante com esse meio.
Na Pré-História, o nadar possuía uma função utilitária, pois 
o ser humano revela, com o ato de nadar, um corpo-útil, útil para 
sua sobrevivência em busca de alimento ou na fuga dos perigos 
terrestres (ANDRIES JUNIOR; PEREIRA; WASSAL, 2002).
Um desenho descoberto em uma caverna das grutas do de-
serto da Líbia (Figura 1) é a mais antiga ilustração, atualmente co-
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31© U1 - Introdução às Atividades Aquáticas
nhecida, relacionada com o ato de nadar. Cálculos dos arqueólo-
gos indicaram que ela remonta a nove mil anos antes da nossa era 
(CATTEAU; GAROFF, 1990).
Fonte: CATTEAU; GAROFF (1990, p. 20).
Figura 1 Desenho descoberto em uma caverna das grutas do deserto da Líbia 
Indícios de piscinas aquecidas há cinco mil anos na Índia, em 
Mahenjodara; de braçadas clássicas utilizadas pelos soldados em 
sua travessia do Eufrates, presentes nos baixos-relevos da Assíria; 
de documentos egípcios, com três mil anos, que se referem a no-
bres que se orgulhavam de ter professores de natação para seus 
filhos, juntamente com os filhos dos reis, estão entre os achados 
mais antigos relacionados com o nadar (ANDRIES JUNIOR; PEREI-
RA; WASSAL, 2002).
No Período Clássico (500-338 a.C.), principalmente na Gré-
cia, nadar era uma atividade considerada de utilidade pública, 
pois, segundo Platão, a inabilidade de ler, como a de nadar, davam 
prova de educação insuficiente; em Atenas, a prática esportiva era 
um meio de formação do ser humano total, não se restringindo à 
preparação para a guerra; os espartanos, de ambos os sexos, to-
mavam banho obrigatório pela manhã, como medida de caráter 
militar que visava à utilização das atividades aquáticas para for-
talecer os soldados e ter sucesso nas guerras; no Egito, a arte de 
nadar era um dos aspectos primordiais da educação pública; os 
soldados romanos, entre os exercícios físicos que praticavam, atra-
vessavam a nado os rios; entre os romanos, as pessoas que não sa-
biam nadar eram, em certa medida, desprezadas pela sociedade. 
© Atividades Aquáticas32
Nadar era visto como algo de muita importância, principalmente 
entre as crianças (ANDRIES JUNIOR; PEREIRA; WASSAL, 2002).
Com a queda do Império Romano (século 5º d.C.), a impor-
tância atribuída ao ato de nadar começou a declinar e, como meio 
de desenvolvimento físico, praticamente desapareceu na Idade 
Média, pois acreditava-se que o constante contato com a água 
poderia disseminar e proliferar epidemias. As ações do cotidiano 
dessa época, que eram diretamente ligadas com o corpo, não es-
tavam ligadas ao ato de nadar, o que retardou o desenvolvimento 
da natação (ANDRIES JUNIOR; PEREIRA; WASSAL, 2002).
A Renascença (séculos 15 e 16) fez ressurgir o interesse pela 
natação, por meio de publicações que ensinavam a nadar. Ainda a 
respeito da publicação de livros relacionados com o nadar, encon-
tram-se: o livro de Wymann de Ingolstadt, na Bavária, em 1538; 
as publicações do arcebispo de Upsala, na Suécia, Olean Magnus, 
em 1555; a publicação em latim de Digby, em 1587, na Inglaterra. 
A partir da regulamentação da natação, efetuada por Luís XVI, em 
toda a França há uma enorme ascensão dessa atividade (ANDRIES 
JUNIOR; PEREIRA; WASSAL, 2002).
No período entre 1740 e 1750, a água torna-se o indicador 
de novas distinções sociais, o que a insere em uma lógica de que a 
higiene reabilita a intimidade corporal. O aproveitamento substan-
cial da prática do nadar para a educação é dado pelos filósofos do 
século 18 (ANDRIES JUNIOR; PEREIRA; WASSAL, 2002).
Em 1797, por intermédio de Oronzio De Bernardi, surge uma 
teoria a respeito do nadar. Quanto à utilização do nadar em pro-
gramas educacionais, o projeto de Guts Muths, em 1830, indica 
a sua importância na formação das crianças, passando da teoria 
da natação para a prática, utilizando um cinturão preso ao aluno 
que executava os movimentos antes praticados em terra. O grande 
desenvolvimento do esporte natação ocorreu na primeira metade 
do século 19, em Londres (ANDRIES JUNIOR; PEREIRA; WASSAL, 
2002).
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33© U1 - Introdução às Atividades Aquáticas
7. CONCEPÇÕES DA PEDAGOGIA DA NATAÇÃO
O ensino da natação, segundo Catteau e Garoff (1990), pode 
se inserir em três “correntes fundamentais”: a concepção global, a 
concepção analítica e a concepção moderna.
Concepção Global
A Concepção Global é certamente a mais antiga e caracteri-
za-se por situações de aprendizagem nas quais a intervenção do 
professor está totalmente ausente ou muito discreta, e os com-
portamentos do aluno não se transformam de maneira ordenada, 
previsível ou desejada pelo professor. Trata-se de uma concepção 
“primitiva” ou pré-científica da natação, sem preocupação de mé-
todo ou de organização da aprendizagem. A corrente global expli-
ca as transformações pelo instinto, pelo inato, pelo espontâneo 
(CATTEAU;GAROFF, 1990).
Essencialmente empírica, a corrente global prende-se aos fatos. 
A observação minuciosa de tais fatos culmina com os resultados 
de procedimentos fundamentais postos em prática pelo indivíduo 
confrontado com uma atividade, e não com os procedimentos em 
si mesmos (CATTEAU; GAROFF, 1990, p. 31).
A lógica do nadar está na superação dos problemas ligados à 
necessidade de sobreviver à experiência e ao equilíbrio vertical ca-
racterístico do bípede. Assim, as preocupações da corrente global 
referem-se ao equilíbrio, à respiração e à propulsão, nesta ordem. 
Com o equilíbrio, há a preocupação que o equilíbrio novo e des-
conhecido seja adquirido progressivamente, tendo a possibilidade 
de preservar constantemente o retorno à posição vertical habitual 
e característica da natureza de bípede. Com a respiração, a preocu-
pação está em resolver o problema causado com a adoção da po-
sição ventral de equilíbrio que se aproxima da posição horizontal 
e implica, inevitavelmente, a imersão cada vez mais acentuada da 
face na água. Finalmente, com a propulsão está o desvendar dos 
movimentos que garantam o deslocamento na água. A essência 
ao final é a de que na medida em que houver poucas limitações, 
© Atividades Aquáticas34
desenvolve-se o gosto por uma atividade cada vez mais autônoma, 
na proporção dos progressos no meio líquido (CATTEAU; GAROFF, 
1990).
Em síntese, a concepção global se caracteriza pela esponta-
neidade; ausência de método; confiança na adaptação instintiva e 
na ideia de que tudo se resolve com o tempo; não simplificação do 
gesto; atitude ativa do aluno; respeito pelos imperativos psicológi-
cos e pelas estruturas biológicas; modalidades de nado adaptadas 
às necessidades e circunstancias; aquisição até mesmo por tenta-
tiva e erro (CATTEAU; GAROFF, 1990).
Concepção Analítica
Oposta à concepção global, representa a tentativa pedagógi-
ca de racionalizar a aprendizagem. Nessa concepção os movimen-
tos são fracionados e conduzidos passo a passo pelo professor, até 
que o todo seja assimilado e compreendido, para depois ser fixa-
do e mecanizado, a partir de uma sequência progressiva de redu-
ções que transformam em abstração os atos do nadador: redução 
apenas aos “movimentos”, considerando o movimento em si, sem 
levar em conta o meio e o indivíduo que definem sua natureza 
e suas características, justificando-se a lógica do sistema da nata-
ção a seco, com sua singular redução do movimento na água ao 
movimento fora da água com o auxílio de máquinas (Figuras 2 e 
3); redução dos movimentos às “posições”, estabelecidas com a 
sinalização de movimentos dos membros em relação aos outros, 
marcados em exatos espaços e tempos; redução da personalidade, 
pois há a despersonalização do gesto, do movimento, não levando 
em conta o tamanho, a idade, o sexo ou outras características indi-
viduais (CATTEAU; GAROFF, 1990).
Nessa concepção, os exercícios eram praticados fora da água 
para depois serem executados dentro d’água, como mostram as 
Figuras 2 e 3:
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35© U1 - Introdução às Atividades Aquáticas
Fonte: CATTEAU; GAROFF (1990, p. 40).
Figura 2 Utilização das barras paralelas para suspender as pessoas na água 
Fonte: CATTEAU; GAROFF (1990, p. 47).
Figura 3 Máquina utilizada para o ensino da natação 
Esta concepção foi muito aceita pelos militares, que influen-
ciaram fortemente a Educação Física no Brasil, e, consequente-
mente, o ensino da natação. Ela é reducionista, pois considera 
o movimento “em si”, criando uma mecanização, sem levar em 
conta as características do indivíduo e do meio. A realização do 
movimento será a consequência de um número considerável de 
repetições que culminam na mecanização dos gestos.
Assim, podemos dizer que esta corrente teve como dificul-
dade pedagógica dois problemas a serem resolvidos: primeiro, a 
dificuldade de manter-se na superfície da água e, segundo, mover-
se na água.
© Atividades Aquáticas36
Sintetizando a corrente analítica, ela configura-se pela: ten-
tativa metodológica; formas coletivas de trabalho sob o coman-
do do professor; esforço para dividir as dificuldades e abordá-las 
sucessivamente; introdução do exercício como meio de aprendi-
zagem; aquisição do “educativo” para preparar o exercício difícil; 
progressão na dificuldade; análise subjetiva incompleta do proble-
ma; natação reduzida apenas aos movimentos; estudo dos movi-
mentos a seco, fora do meio; atitude passiva do aluno; movimen-
tos considerados em si; decomposição arbitrária do movimento; 
mecanização; professor substituído por máquina (CATTEAU; GA-
ROFF, 1990, p. 54).
Concepção Moderna
Esta concepção se baseia no sintetismo (conjunto dos proces-
sos necessários para a síntese) e representa a corrente pedagógica 
mais recente e mais racional, pois pretende superar as insuficiên-
cias da corrente global e as contradições da analítica (CATTEAU; 
GAROFF, 1990). 
Caracteriza-se pela definição objetiva e relativa da natação; 
concepção unitária e evolutiva da natação; consideração das ciên-
cias e técnicas, assim como da experimentação, para evolução da 
teoria e da prática; determinação das superfícies, das formas, das 
profundidades apropriadas à ação pedagógica; busca do acesso 
permanente às instalações materiais; prática buscando satisfazer 
às necessidades ilimitadas dos alunos, a partir da realização dos 
circuitos de aprendizagem e da organização de grupos de profes-
sores; estruturação e programação da matéria a ensinar (CATTE-
AU; GAROFF, 1990).
Na concepção moderna encontra-se a ponderação de que 
tomando consciência do seu baixo rendimento e constatando seus 
próprios insucessos, o professor percebe as imperfeições do seu 
sistema e de sua teoria e arquiteta uma nova concepção de nata-
ção, reestruturando a anterior. O professor confronta sua teoria 
Claretiano - Centro Universitário
37© U1 - Introdução às Atividades Aquáticas
com todas as contribuições técnicas e científicas de diversas áreas, 
entre elas, a psicologia, a pedagogia, a biologia etc., tornando a 
natação um objeto de estudos que se baseia deliberadamente nos 
dados científicos; porém, para que a natação seja verdadeiramen-
te uma atividade humana, a serviço do ser humano, a sua pedago-
gia deve se libertar da rotina e se comprometer ativamente com a 
atitude experimental (CATTEAU; GAROFF, 1990).
A partir da concepção moderna, três propostas de definições 
são importantes: saber nadar; praticar a natação; aprender a nadar.
Saber nadar é ter resolvido, qualitativa e quantitativamente, em 
qualquer eventualidade, o triplo problema que se coloca perma-
nentemente: melhor equilíbrio, melhor respiração, melhor propul-
são, no elemento líquido (CATTEAU; GAROFF, 1990, p. 61).
Praticar a natação é ter o gosto e possibilidade, ou ainda a obrigação 
de expressar-se no elemento líquido, dentro de uma certa periodi-
cidade, tomando consciência das próprias limitações e capacidade 
de progresso, propondo-se um ou mais objetivos e escolhendo a 
maneira de executá-los (CATTEAU; GAROFF, 1990, p. 61).
Aprender a nadar é colocar-se ou ser colocado, individual ou coleti-
vamente, no elemento líquido, em uma seqüência de situações que 
podem ser: fortuitas e anárquicas (é o caso da autoaprendizagem); 
organizadas sistematicamente pelo professor a partir de uma for-
malização da técnica (é o ensino) (CATTEAU; GAROFF, 1990, p. 61).
8. BENEFÍCIOS ADVINDOS DAS ATIVIDADES AQUÁTICAS
Os benefícios da prática regular de atividades físicas à saú-
de e à qualidade de vida encontram-se amplamente discutidos na 
literatura, evidenciando a estreita relação de um estilo de vida se-
dentário com as doenças crônico-degenerativas.
Sabe-se atualmente, que crianças e adolescentes apresen-
tam menores níveis de atividades físicas decorrentes da generali-
zação dos meios de transporte e daforte atração que demonstram 
pelas atividades mais sedentárias na ocupação do tempo livre, 
como televisão, videogame, jogos de computador, entre outros.
© Atividades Aquáticas38
Segundo Marani; Oliveira; Omori (2005), nota-se que o ser 
humano encontra-se cada vez mais limitado a realizar esforços físi-
cos em relação ao crescente avanço tecnológico, em razão de uma 
progressiva automação e mecanização observada em seu cotidia-
no, propiciando, com isso, um estilo de vida hipocinético.
Damasceno et al. (2005) consideram hoje que o sedentaris-
mo é uma questão de ordem pública, pois existe um alto custo 
financeiro em decorrência das doenças advindas dele.
Portanto, a importância de promover a atividade física na in-
fância e na adolescência significa estabelecer uma base sólida para 
a redução do sedentarismo na idade adulta e, consequentemente, 
um menor custo social da saúde pública.
Para os profissionais de Educação Física, os mesmos autores 
nos sugerem a utilização do método FITT e que fiquemos atentos: 
à frequência com que se inclua algum tipo de atividade física dia-
riamente; à intensidade – que a atividade diária seja no mínimo 
moderada; ao tempo – que seja de 30 a 60 minutos de atividade 
diária e ao tipo – pode-se incluir uma variedade de esportes em 
grupos, individuais, atividades recreativas, familiares ou ativida-
des cotidianas, como andar de bicicleta, caminhar, utilizar escadas, 
dançar etc.
Alguns benefícios da prática da atividade física em crianças 
e adolescentes parecem estar bem definidos, como: desenvolvi-
mento e manutenção dos ossos, músculos e articulações; auxílio 
no controle de peso, redução da gordura corporal; impedir ou re-
tardar o desenvolvimento da pressão arterial alta e o auxílio na 
redução da pressão arterial em alguns adolescentes com hiperten-
são (ROBERGS; ROBERTS, 2002). 
O meio líquido tem uma relação importante com a Educa-
ção Física, devido a inúmeras atividades que podem ser realizadas 
em tal ambiente. As atividades aquáticas vêm crescendo muito, 
de acordo com as exigências da sociedade e do próprio ser huma-
no, sendo umas das atividades físicas mais praticadas em clubes, 
Claretiano - Centro Universitário
39© U1 - Introdução às Atividades Aquáticas
academias, mares, rios, lagos etc., devido à grande quantidade de 
indivíduos que gostam de se exercitar no meio aquático.
Os benefícios que se obtêm por meio da prática da atividade 
física na água envolvem os aspectos: cognitivo, psicomotor, social/
afetivo, psicossocial, físico/motor, fisiológico (antropométrico/me-
tabólico), recreativo e relacionado com a saúde.
1) No aspecto cognitivo: desenvolve a decisão, o intelecto, 
a memória, a análise e o entendimento.
2) No aspecto psicomotor: desenvolve a percepção e o 
controle do próprio corpo, controle e equilíbrio ligados 
ao esquema corporal e ao controle da respiração. As ati-
vidades aquáticas auxiliam na passagem progressiva do 
corpo em movimento e à representação mental, estimu-
lando a criança em sua organização perceptiva.
3) No aspecto social e afetivo: auxilia na interação e no 
contato com outros colegas, contribui na construção da 
personalidade, auxilia em uma relação de empatia entre 
os colegas evitando qualquer tipo de preconceito, me-
lhora as relações interpessoais, aumentando os laços de 
amizade.
4) Nos aspectos psicossociais: melhora a socialização, con-
tribui no autoconceito e na autoestima, diminui o es-
tresse e a insônia.
5) No aspecto físico e motor: auxilia no desenvolvimento 
das capacidades físicas (força, coordenação, equilíbrio, 
resistência e flexibilidade), além de contribuir na aqui-
sição de algumas habilidades motoras, como: caminhar, 
correr, saltar, elevar-se, arremessar, atingir, alongar-se, 
inclinar-se, girar, virar, balançar, apanhar e deslizar.
6) Nos aspectos fisiológicos (antropométrico e metabóli-
co): reduz a gordura corpórea aumentando a massa ma-
gra, melhora a mobilidade e a densidade óssea, melhora 
a capacidade pulmonar e o volume sistólico, diminui a 
pressão arterial e melhora o perfil lipídico.
7) No contexto recreativo: trabalha a criatividade e a ima-
ginação.
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8) No contexto da saúde: cabe ao professor trabalhar estes 
aspectos com informações relacionadas aos hábitos de 
vida saudáveis e a importância destas atividades no de-
senvolvimento e manutenção do corpo.
9. UNIDADES DE ENSINO DA ADAPTAÇÃO AQUÁTICA
As unidades de ensino dizem respeito às etapas escolhidas 
para o ensino da adaptação aquática. Para a apresentação das uni-
dades de ensino, será utilizada uma pesquisa bibliográfica realizada 
por Santana; Tavares; Santana (2003), pois, para cada autor, as uni-
dades, assim como a sua sequência, dão-se de modo particular.
No livro Metodologia da natação, de autoria de Machado 
(1978), a sequência pedagógica do aprendizado da natação pode 
ser dividida em cinco unidades, desenvolvidas mediante exercí-
cios e jogos: ambientação ao meio líquido; flutuação; respiração; 
propulsão; mergulho elementar (SANTANA; TAVARES; SANTANA, 
2003).
1- Ambientação ao meio líquido: o objetivo é fazer todos os alu-
nos se tornarem amigos da água, com vontade de vê-la e senti-la. 
Os jogos são bastante utilizados nessa etapa (SANTANA; TAVARES; 
SANTANA, 2003, p. 55).
2- Flutuação: capacidade que um corpo tem de se manter na super-
fície de um líquido sem nenhum auxílio. Os propósitos dessa fase 
são: imersão completa, imersão completa, mas prolongada, prova 
de flutuação, flutuação em decúbito ventral e flutuação em decúbi-
to dorsal (SANTANA; TAVARES; SANTANA, 2003, p. 55).
3- Respiração: “finalidades dessa etapa: imersão completa com 
apneia, imersão completa, mas prolongada, respiração aquática” 
(SANTANA; TAVARES; SANTANA, 2003, p. 55).
4- Propulsão: a capacidade de um corpo se locomover dentro da 
água com os próprios recursos, pelo trabalho em conjunto de per-
nas e braços. Os objetivos dessa fase são: noção de propulsão, 
propulsão de pernas e propulsão de braços (SANTANA; TAVARES; 
SANTANA, 2003, p. 55).
5- Mergulho elementar: entrada na água de diversas maneiras: em 
pé, correndo, de cabeça, do trampolim etc. (SANTANA; TAVARES; 
SANTANA, 2003, p. 56).
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41© U1 - Introdução às Atividades Aquáticas
No livro A ciência do ensino da natação, de Palmer (1990), 
há a proposição do ensino da natação, na fase de adaptação, da 
seguinte sequência pedagógica: exercícios de confiança; flutua-
ção; recuperação do pé na posição pronada e supinada; impulsão 
e deslizamento pronado e supinado; nado cachorrinho (SANTANA; 
TAVARES; SANTANA, 2003).
1- Exercícios de confiança: sugestões de brincadeiras em que o alu-
no realizará diversos movimentos dentro d’água, como andar, cor-
rer e saltitar. Por meio dos jogos, ele aprenderá, inconscientemen-
te, a necessidade de dominar a água e também a usar a resistência 
natural do elemento (SANTANA; TAVARES; SANTANA, 2003, p. 56).
2- Flutuação: o autor descreve várias maneiras de flutuação: cogu-
melo (grupada com a cabeça para baixo), pronada e supina (SANTA-
NA; TAVARES; SANTANA, 2003, p. 56).
3- Recuperação do pé na posição pronada e supina: antes dos di-
versos movimentos na parte rasa da piscina, o professor deve estar 
absolutamente seguro de que o aluno é capaz de recuperar a po-
sição em pé tanto da posição de costas (supina) como da posição 
frontal (pronada) (SANTANA; TAVARES; SANTANA, 2003, p. 56).
4- Impulsão e deslizamento pronado e supino: os deslizamentos 
são remanescentes das posições normais da natação. O nadador 
adota uma posição estendida e aerodinâmica para um melhor re-
sultado. Portanto, torna-se indispensável que o aluno se habitue, 
desde o começo, a esses movimentos (SANTANA; TAVARES; SAN-
TANA, 2003, p. 56).
5- Nado cachorrinho: esse nado é importante, pois fazo aluno, de-
pois de ter passado pelas etapas anteriores, ser capaz de se sus-
tentar com os pés elevados e avançando pela superfície. Antes de 
ensinar esse nado, o professor deve estar seguro de que os alunos 
se sentem razoavelmente “em casa” na água, para saber como re-
cuperar os pés firmemente sobre o fundo após uma atividade na 
piscina. Segundo o autor, o nado cachorrinho pode ser realizado de 
frente (decúbito ventral) ou de costas (decúbito dorsal) (SANTANA; 
TAVARES; SANTANA, 2003, p. 57).
Em Pré-escola da natação, de autoria de Turchiari, (1996) a 
sequência proposta é: reconhecimento do ambiente externo e in-
terno da piscina; entrada na piscina; reconhecimento da piscina; 
controle respiratório; contato com a água; submergindo a cabe-
ça na água; flutuação em decúbito ventral; flutuação em decúbi-
to dorsal; deslocamento sem auxílio de apoio dos pés no fundo; 
adaptação e deslocamento em piscinas com maior profundidade.
© Atividades Aquáticas42
1- Reconhecimento do ambiente externo e interno da piscina: am-
bientação do local em que se desenvolverá a aprendizagem, tanto 
externa (ao redor da piscina) quanto ao meio líquido (SANTANA; 
TAVARES; SANTANA, 2003, p. 57).
2- Entrada na piscina: ensinar o aluno a entrar na piscina, assim 
como senti-la primeiro com os pés e sentado na borda (SANTANA; 
TAVARES; SANTANA, 2003, p. 57).
3- Reconhecimento da piscina: conhecer a sua profundidade (SAN-
TANA; TAVARES; SANTANA, 2003, p. 57).
4- Controle respiratório: conscientização da respiração (a entrada 
do ar nos pulmões deverá ser feita pela boca – inspiração – e a 
saída, pela boca, nariz ou por ambos – expiração) (SANTANA; TAVA-
RES; SANTANA, 2003, p. 57).
5- Contato com a água: exercícios de respiração para a adaptação 
à água, podendo ser utilizados materiais como canudos, copinhos, 
bolinhas de pingue-pongue para soprar etc. (SANTANA; TAVARES; 
SANTANA, 2003, p. 57).
6- Submergindo a cabeça na água: o objetivo é afundar totalmente 
a cabeça na água. Um exercício frequente é pegar objetos no fundo 
da piscina (SANTANA; TAVARES; SANTANA, 2003, p. 58).
7- Flutuação em decúbito ventral: assimilar a passagem da posição 
vertical (em pé) à horizontal (decúbito ventral, “deitado de barriga 
para baixo”), retornando à vertical (SANTANA; TAVARES; SANTANA, 
2003, p. 58).
8- Flutuação em decúbito dorsal: assimilar a flutuação de costas 
(SANTANA; TAVARES; SANTANA, 2003, p. 58).
9- Deslocamento sem auxílio de apoio dos pés no fundo: mediante 
exercícios de execução simples e circulares com as mãos, similares 
aos realizados pelos animais (exemplos: cachorrinho, pedalar com 
as mãos) (SANTANA; TAVARES; SANTANA, 2003, p. 58).
10- Adaptação e deslocamento em piscinas com maior profundi-
dade: fazer a adaptação e o contato com profundidades variadas 
desenvolve autoconfiança na criança (SANTANA; TAVARES; SANTA-
NA, 2003, p. 58).
No livro Ensinando natação, de Lima, (2005)o autor descreve 
a sequência para aprendizagem dos estilos em oito itens e expõe 
outros três, que devem ser levados em consideração na natação 
(saltos, sobrevivência e salvamento): adaptação ao meio líquido; 
respiração geral; flutuação ventral, dorsal, vertical e lateral; pro-
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43© U1 - Introdução às Atividades Aquáticas
pulsão das pernas; propulsão dos braços; coordenação de pernas 
e braços; respiração específica lateral e frontal; coordenação de 
pernas e braços e respiração; saltos; sobrevivência; salvamento.
1- Adaptação ao meio líquido: o professor deve explorar ao má-
ximo fantasias, principalmente por meio da música, usadas para 
“quebrar o gelo” no relacionamento entre aluno e professor e ser 
o elo de comunicação entre ambos. O aluno deverá movimentar-se 
na água livremente ou mediante pequenos jogos e música, desde 
que não perca o contato com o fundo da piscina; tem como objeti-
vo a procura de novas formas de adaptação, equilíbrio e noção do 
espaço que ocupa no meio líquido (SANTANA; TAVARES; SANTANA, 
2003, p. 58).
2- Respiração geral: utilização de músicas, material flutuante e exer-
cícios, como soprar a água, são proveitosos, passando-se posterior-
mente para a colocação do rosto e da cabeça na água e a procura 
de objetos no fundo da piscina. A flexão de pernas e braços para a 
lateral, realizada espontaneamente, é importante para a globaliza-
ção e os futuros movimentos de pernas e braços (SANTANA; TAVA-
RES; SANTANA, 2003, p. 58-59).
3- Flutuações ventral, dorsal, vertical e lateral: quando o aluno pra-
tica a flutuação, na realidade está percebendo e conhecendo o es-
paço que seu corpo ocupa no meio líquido. Quanto mais se varia o 
posicionamento do corpo, melhor, tanto para a percepção corpórea 
quanto para o relaxamento. Pode-se fantasiar colocando nomes 
como jacaré, foguetinho, lancha. É importante que progressivamen-
te o professor faça o aluno sentir o espaço que ocupa e a movimen-
tação das pernas e das mãos para auxiliar o equilíbrio e a susten-
tação do corpo. A presença de ar nos pulmões, motivo pelo qual o 
corpo flutua, poderá ser incentivada por brincadeiras, como pegar 
objetos no fundo, passar entre arcos submersos, flutuar lateralmen-
te ou imitar “cachorrinho” durante um determinado tempo, bloque-
ando a respiração (SANTANA; TAVARES; SANTANA, 2003, p. 59).
4- Propulsão das pernas: deslocamentos livres ou exercícios com 
música na posição vertical são básicos para a iniciação à pernada. 
Exercícios na vertical desenvolvem a percepção global do movi-
mento das pernas e a sensibilidade do aluno de sentir a perna toda 
se movimentando e a pressão dos pés vencendo a resistência da 
água. Segundo o autor, dificilmente o iniciante sente a pressão nos 
pés quando nos primeiros movimentos se preconiza a posição hori-
zontal. Saltos na vertical, com os pés no fundo da piscina, poderão 
dar-lhe noções da pernada de peito. O importante é criar exercícios 
diferentes da posição horizontal, mais difíceis de executar e perce-
ber. É mais fácil o aluno efetuar o movimento de andar que a posi-
ção de flutuação (SANTANA; TAVARES; SANTANA, 2003, p. 59).
© Atividades Aquáticas44
5- Propulsão dos braços: um dos exercícios que o autor prefere mi-
nistrar na fase do aprendizado da braçada é a movimentação das 
mãos para os lados, com o afastamento lateral dos braços ou com 
variações como afundar as mãos e movimentar em todas as dire-
ções, lateral, para baixo ou para trás. Solicitar aos alunos fazer onda 
na piscina visa à variação das mãos nas diferentes posições. Saltos 
para frente e mergulhos empurrando a água para baixo e para trás 
dão ao aluno noção da resistência da água (SANTANA; TAVARES; 
SANTANA, 2003, p. 59-60).
6- Coordenação de pernas e braços.
7- Respiração específica lateral e frontal.
8- Coordenação de pernas e braços e respiração: (nado completo) 
(SANTANA; TAVARES; SANTANA, 2003, p. 60).
9- Saltos: são ministradas atividades básicas do mergulho elemen-
tar, exercícios de saltar da borda, sentado ou em pé, com a finali-
dade de aprender a saltar (SANTANA; TAVARES; SANTANA, 2003, 
p. 60).
10- Sobrevivência: é fundamental ensinar os alunos a flutuar num 
lugar mais fundo que sua estatura durante determinado tempo. 
Flutuação em diferentes posições. Deslocar-se na água com cole-
te salva-vidas e/ou de roupa. Levar os alunos a locais com maior 
profundidade ou fazê-los nadar no mar, em rios, lagos etc., sempre 
com critério e sob a orientação dos professores (SANTANA; TAVA-
RES; SANTANA, 2003, p. 60).
11- Salvamento: nesta fase o autor prega a importância de ensi-
nar as regras básicas de salvamento – noções sobre profundidade, 
correnteza de rios e praias, aprender a nadar com nadadeiras e flu-
tuadores (auxiliar no salvamento). Noções e técnicas respiratórias, 
desobstrução das vias respiratórias (SANTANA; TAVARES; SANTANA, 
2003, p. 60).
Finalmente, no livro Natação

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