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A IMPORTÂNCIA DA PRÁTICA DE EXERCÍCIOS FÍSICOS PARA AUTISTAS docx[

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5
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI – POLO JEQUIÉ
LÍLIA MORAIS LIMA
	
A IMPORTÂNCIA DA PRÁTICA DE EXERCÍCIOS FÍSICOS PARA AUTISTAS
JEQUIÉ- BA
2021
	
A IMPORTÂNCIA DA PRÁTICA DE EXERCÍCIOS FÍSICOS PARA AUTISTAS
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao programa de Graduação do curso de Educação Física, oferecido pelo Centro Universitário Leonardo da Vinci – Campus de Jequié.
Orientador: Rafael Gustavo Artner
JEQUIÉ
2021
RESUMO 
O Transtorno do Espectro de Autismo (TEA) é uma síndrome caracterizada por desordens neurológicas que afetam o desenvolvimento neuropsicomotor. O objetivo geral da pesquisa é demonstrar a importância e benefícios advindos da prática atividades físicas voltadas para crianças com autismo. Para a realização desta pesquisa realização de uma pesquisa bibliográfica descritiva, que segundo Traldi e Dias (2004) busca explicar um problema a partir de estudos já publicados em diversas fontes, tais como livros, artigos, teses, dissertações, etc. A pesquisa teve com base livros, artigos e sites que reuniram um conjunto de opiniões de diversos autores conhecedores do assunto. Em suma, todo o estudo realizou-se com a busca de compreender melhor a necessidade de informações que todos que convivem com crianças autistas precisam ter. Além disso, é necessário reconhecer suas limitações, entre outros aspectos relacionados ao exercício físico em crianças autistas.
Palavras chaves: Autismo. Atividades físicas.
ABSTRACT
Autism Spectrum Disorder (ASD) is a syndrome characterized by neurological disorders that affect neuropsychomotor development. The general objective of the research is to demonstrate the importance and benefits arising from the practice of physical activities aimed at children with autism. To carry out this research, carry out a descriptive bibliographical research, which, according to Traldi and Dias (2004), seeks to explain a problem based on studies already published in various sources, such as books, articles, theses, dissertations, etc. The research was based on books, articles and websites that gathered a set of opinions from several knowledgeable authors. In short, the entire study was carried out with the aim of better understanding the need for information that everyone who lives with autistic children needs to have. Furthermore, it is necessary to recognize its limitations, among other aspects related to physical exercise in autistic children.
Keywords: Autism. Physical activities.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	5
2- JUSTIFICATIVA	6
3- OBJETIVOS:	6
GERAL	6
ESPECÍFICOS	7
4- METODOLOGIA	7
5- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA	7
5.1 CONCEITUANDO O AUTISMO	8
5.2 PRÁTICAS DE EXERCÍCIOS FÍSICOS PARA AUTISTAS	10
5.3 BENEFÍCIOS DA ATIVIDADE FÍSICA PARA CRIANÇA COM AUTISMO	11
6 – RESULTADO E DISCURSÕES	12
7 – CONSIDERAÇÕES FINAIS	13
REFERÊNCIAS	14
11
INTRODUÇÃO 
O Transtorno do Espectro de Autismo (TEA) é uma síndrome caracterizada por desordens neurológicas que afetam o desenvolvimento neuropsicomotor, costuma a ser identificado desde os meses iniciais aos 3 anos de idade. Este transtorno, afeta principalmente a comunicação, socialização, capacidade de aprendizado. Os portadores do autismo apresentam padrão de comportamento restritivo e repetitivo.
Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais DSM-5 (referência mundial de critérios para diagnósticos), pessoas dentro do espectro podem apresentar déficit na comunicação social ou interação social (como nas linguagens verbal ou não verbal e na reciprocidade socioemocional) e padrões restritos e repetitivos de comportamento, como movimentos contínuos, interesses fixos e hipo ou hipersensibilidade a estímulos sensoriais. Todos os pacientes com autismo partilham estas dificuldades, mas cada um deles será afetado em intensidades diferentes, resultando em situações bem particulares. Apesar de ainda ser chamado de autismo infantil, pelo diagnóstico ser comum em crianças e até bebês, os transtornos são condições permanentes que acompanham a pessoa por todas as etapas da vida.
O Transtorno do Espectro de Autismo (TEA) recebe o nome de espectro (spectrum), porque envolve situações e apresentações muito diferentes umas das outras, numa gradação que vai da mais leve a mais grave. Todas, porém, em menor ou maior grau estão relacionadas, com as dificuldades de comunicação e relacionamento social.
Segundo os autores Kanner (1943) e Ornitz (1985), o TEA traz muitos tipos de interferências na vida da criança. As pessoas com esse distúrbio apresentam muitas dificuldades em relação à socialização, alguns muitas vezes têm vida ativa normalmente, possuem convívio natural com seus familiares e com pessoas da sociedade em geral, trabalham, vivem praticamente independentes; porém há aqueles que de fato são totalmente dependentes, não se comunicam, não conseguem fazer as coisas sozinhos, não se alimentam adequadamente, não interpretam palavras, letras, números, etc. Já outros, possuem costumes, hábitos repetitivos, entre outras características.
Os autistas geralmente necessitam de cuidados multidisciplinares, o tratamento engloba programas de mudanças de comportamento, bem como terapia voltada para a socialização, linguagem e comunicação. Não existem ainda medicamentos comprovados para o autismo e também não há cura, é um transtorno que acompanha o individuo ao longo da vida. Os tratamentos direcionados para o autismo têm como objetivo diminuir o impacto do transtorno na qualidade de vida de seus portadores.
Uma das maneiras de reduzir o impacto do Transtorno do Espectro de Autismo (TEA) é por meio da atividade física, uma vez que portadores do autismo tendem ao isolamento social, consequentemente podem vir um estilo de vida sedentário acarretando na má qualidade de vida.
Neste sentido, esta pesquisa busca um aprofundamento maior sobre o tema, por meio de revisão literária de estudos que apontem a importância da atividade física para o desenvolvimento de pessoas com Transtorno do Espectro de Autismo, bem como analisar os benefícios dessas atividades para os portadores.
2- JUSTIFICATIVA
Hoje, o autismo faz parte dos transtornos globais do desenvolvimento, chamados de Transtornos do Espectro Autista (TEA). Os autistas necessitam de cuidados multidisciplinares; o tratamento envolve técnicas de mudança de comportamento, programas educacionais ou de trabalho, além de terapias de linguagem/comunicação.
No entanto, na área da educação física, há muita pouca visibilidade diante dessa população pela falta de conhecimento pedagógico na área. Os profissionais de educação física e outros profissionais relacionados à saúde ainda não possuem um programa específico de atividades físicas para crianças com TEA. Neste sentido, a relevância desta pesquisa baseia-se no aprofundamento sobre esta temática, como forma de contribuir para a construção acadêmica científica.
3- OBJETIVOS: 
GERAL 
Demonstrar a importância e benefícios da prática atividades físicas voltadas a pessoas com autismo.
ESPECÍFICOS
· Mostrar os conceitos científicos do autismo, bem como suas causas, diagnósticos e tratamentos.
· Demonstrar as atividades físicas para pessoas com autismo; 
· Apontar os benefícios do exercício físico na qualidade de vida desta população.
4- METODOLOGIA 
O presente trabalho trata-se de uma revisão de literatura sobre a importância da prática de atividades físicas para crianças Transtorno de Espectro Autista e como estas atividades podem auxiliar no desenvolvimento dessas crianças. Para a fundamentação teórica deste estudo, foi realizado um levantamento de artigos científicos livres para download que estiverem em português na base de dados Scielo. Lilacs, Google Acadêmico que possibilitou conhecer novas bases que atendam o objetivo da presente pesquisa. 
Utilizando-se os descritores: autismo, benefícios, atividade física, educação física, todos cruzados com a palavra-chave pessoas com autismo. Com essa estratégia, houve uma recuperação de um número maior de referências,garantindo a detecção da maioria dos trabalhos publicados dentro dos critérios pré-estabelecidos. Ainda que seja um tema novo da área a recuperação foi satisfatória desta maneira. Para seleção do material, a análise foi feita da seguinte maneira: pesquisa do material que abrangeu os meses de abril de a junho. Leitura dos títulos e resumos dos trabalhos, visando uma maior aproximação e conhecimento onde retratassem conceitos e dados referentes às atividades físicas e seus benefícios para crianças com autismo.
5- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 5.1 CONCEITUANDO O AUTISMO
De acordo com literatura, o termo “autismo” surgiu em 1911 pelo psiquiatra Bleuler, para caracterizar a perda de contato com a realidade, gerando dificuldade ou impossibilidade de comunicação. No entanto, em 1943, o conceito do Autismo foi e mencionado pelo psiquiatra Leo Kanner como uma psicose caracterizada por um extremo isolamento, alterações na comunicação, rituais repetitivos e obsessivos, e manifestações de comportamentos motores repetitivos (COELHO; SANTO, 2006). 
Há muitos estudos voltados para o autismo, que reúnem estudiosos e profissionais das mais diversas áreas. No entanto, mesmo com muitos estudos no decorrer dos anos o autismo ainda é uma incógnita, tendo em vista que suas causas ainda são desconhecidas. Alguns estudos já conseguem apontar para prováveis fatores genéticos, que podem ser hereditários, mas também é possível que fatores do ambiente, como a infecção por certos vírus, consumo de tipos de alimentos ou contato com substâncias intoxicantes, como o chumbo e mercúrio, por exemplo, possam ter grande efeito no desenvolvimento da doença.
Nogueira (2014) diz que não possui uma causa específica e algumas características como incapacidade de se relacionar com outras pessoas, distúrbios de linguagem, resistência ao aprendizado e não aceitação a mudanças de rotina (NOGUEIRA, 2014). 
As pessoas com autismo apresentam dificuldades em entender as regras básicas de convívio social, a comunicação não verbal, a intenção do outro e o que os outros esperam que ela faça. Com essas dificuldades, o impacto na eficiência da comunicação é muito grande, fazendo com que o desenvolvimento do cérebro mantenha-se cada vez mais lento para exercer as funções necessárias para a interação social. Devido a esse fato, o autismo passou a ser definido como um transtorno de neurodesenvolvimento que afeta socialização, comunicação e aprendizado.
Segundo Marote (2010), a criança autista age como se não tomasse conhecimento do que acontece com os outros. Ataca e fere outras pessoas, mesmo que não existam motivos aparente. É inacessível perante as tentativas de comunicação das outras pessoas. Ao invés de explorar o ambiente e as novidades, restringe-se e fixa-se em poucas coisas. Cheira ou lambe os brinquedos, mostra-se insensível ao ferimento, podendo inclusive ferir-se intencionalmente (Marote, 2010).
A Lei nº. 12.764, que institui a “Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista”. Sancionada em dezembro de 2012, prevê que as pessoas com autismo sejam consideradas oficialmente pessoas com deficiência, tendo direito de usufruir das políticas de inclusão vigentes no país.
O diagnóstico de autismo é feito pelo pediatra ou psiquiatra, através da observação da criança e da realização de alguns testes de diagnóstico, entre os 2 e 3 anos de idade. O autismo pode ser confirmado quando a criança apresenta características das 3 áreas que são afetadas neste transtorno, são elas: interação social, alteração comportamental e falhas na comunicação. Não é necessário apresentar uma extensa lista de sintomas para que o médico chegue ao diagnóstico, porque esta síndrome se manifesta em diferentes graus. 
Esses sintomas devem aparecer antes dos três anos de idade. A aparição de um ou de vários desses traços não é determinado para concluir por um diagnóstico de autismo ou de outra síndrome. O diagnóstico deve ser feito por um profissional de um meio clínico, para que possa se considerar para além da presença de vários desses traços, outros elementos que dão conta em profundidade da problemática ampla do autismo (Marote, 2010).
Para o autor, são vários são os critérios de diagnósticos. Porém, três não podem faltar: poucas e limitadas manifestações sociais, habilidades de comunicação não desenvolvidas, comportamentos, interesses e atividades repetitivos.
Assim segundo o autor, o autismo pode ser, por vezes, quase que imperceptível e pode confundir-se com timidez, falta de atenção ou excentricidade, como ocorre no caso da síndrome de Asperger e no autismo de alto funcionamento. Por este motivo, o diagnóstico do autismo nem sempre é simples.
Um programa de tratamento precoce, intensivo e apropriado, melhora muito a perspectiva de crianças pequenas com TEA. Na maioria desses programas aumenta os interesses das crianças com uma programação altamente estruturada de atividades construtivas; os recursos visuais geralmente são úteis por muitas vezes chamar a atenção da criança com TEA. O tratamento do autismo tem mais êxito quando é direcionado às necessidades especificas da criança. Mediante a este processo de tratamento, um especialista ou equipe experiente deve desenvolver o programa para cada criança. Há várias terapias para autismo disponíveis e cada tratamento é de acordo com o grau e necessidade de cada indivíduo. Uma prática que é muito interessante e proveitosa para o autista é a prática de exercício físico. Independente do grau que o mesmo tenha pode-se trabalhar os exercícios físicos.
 5.2 PRÁTICAS DE EXERCÍCIOS FÍSICOS PARA AUTISTAS
As atividades físicas são importantes para melhorar a qualidade de vida de todas as pessoas. O termo atividade física significa ativar o corpo fisicamente. Em específico, Pitanga (2002) descreve que a atividade física se caracteriza como qualquer movimento corporal produzido pelos músculos do corpo envolve gasto de energia maior do que os níveis de repouso do corpo. No entanto, quando a atividade física é planejada e estruturada com o objetivo de melhorar ou manter os componentes físicos, como a estrutura muscular, a flexibilidade e o equilíbrio, estamos falando do exercício físico.
Segundo Young e Furgal (2016), pessoas diagnosticadas com TEA, além de apresentarem uma série de déficits motores, cognitivos, sociais, apresentam um baixo índice de atividade física se comparado com aqueles que não possuem tal transtorno. Isso está diretamente relacionado à taxa de obesidade entre os indivíduos com TEA (30.4% em crianças com TEA e 23.6% em crianças com desenvolvimento típico). Esses indivíduos também apresentam padrões repetitivos de comportamento, atividades e interesses. Conforme Baio (2012), o índice de autismo entre crianças tem aumentado substancialmente, uma a cada 88 crianças nos EUA possui autismo.
De acordo com a pesquisa feita por (Lourenço; Esteves; Corredeira, 2016,) através dos programas de intervenção foram realizados entre os anos de 2010 e 2015 diversas modalidades como: dança, judô, exercícios de estabilização do “core”, que é muito utilizado também pela fisioterapia, ajudando na estabilidade e força, treino de trampolins, exercícios de baixa intensidade, exercícios aquáticos/natação, corrida, exercícios terapêuticos e atividades de lazer. Com os diferentes programas de intervenção os autores pretenderam avaliar o impacto desses programas em crianças com autismo, em diferentes domínios.
Para Pignatari (2012), a prática do exercício físico melhora na plasticidade da criança aumentando um dos hormônios responsáveis pelo desenvolvimento e crescimento dos tecidos, aumentando a capacidade de memória, cognitivo e de metas. Em questão a prática de exercício físico auxilia os portadores do autismo em relação dificuldade de interação social, repetição de movimentos e habilidades motoras.
Estudos vêm mostrando que a prática de exercícios como caminhada, equinoterapia e atividades aquáticas auxiliam no desenvolvimento da capacidade comunicativa, redução do comportamento antissocial,bem como na diminuição de comportamentos que demonstram inadaptação, estereotipias e agressividade em autistas. 
Muitas são as atividades voltadas para pessoas com autismo, no entanto ainda há poucos estudos que frisem quanto ao tipo de exercício. No entanto, é importante conhecer as limitações físicas, psíquicas e sociais das pessoas com autismo. Isso pode ser traçado através de questionários, testes de capacidade motora, bem como conversa com familiares, essas abordagens são válidas na hora de traças o plano de exercício adequado a cada pessoa com autismo.
5.3 BENEFÍCIOS DA ATIVIDADE FÍSICA PARA CRIANÇA COM AUTISMO
Autores como Okuda et al (2010) apontam para a importância da utilização de atividades, sensório motoras, atividades lúdicas, jogos simbólicos, jogos em grupo, atividades sinestésicas, juntamente com estímulos que possam trabalhar a organização espacial e temporal, equilíbrio corporal e coordenação motora fina. Segundo estes autores, estes tipos de atividades podem ser eficazes quando utilizadas no tratamento de crianças com TEA, sobre tudo no que diz respeito ao estímulo de organização e sequenciamento do ato motor, auxiliando assim o aluno a perceber melhor seu próprio corpo para realizar atividades diárias, sociais, escolares e lúdicas. 
As atividades físicas e esportivas proporcionam excelentes oportunidades de aprendizagem para os indivíduos autistas, bem como prazer e autoestima, melhorando sua qualidade de vida. Os benefícios do esporte e da atividade física não se limitam, simplesmente, ao bem-estar da pessoa (SCHLIEMANN, 2013). Eles permitem o progresso do autista em vários aspectos relacionados às suas deficiências, tais como: no rendimento físico, no melhor conhecimento das capacidades de seu corpo, na melhor representação do seu corpo na relação com o ambiente externo, na melhor comunicação e socialização com os companheiros de equipe e adversários através dos jogos coletivos (MASSION, 2006).
Para Pignatari (2012), a prática do exercício físico melhora na plasticidade da criança aumentando um dos hormônios responsáveis pelo desenvolvimento e crescimento dos tecidos, aumentando a capacidade de memória, cognitivo e de metas. Em questão a prática de exercício físico auxilia o indivíduo com TEA com dificuldade de interação social, repetição de movimentos e habilidades motoras.
De uma forma geral, as crianças autistas apreciam as atividades em ambiente aquático (KILLIAN et al., 1984) e estudos têm demonstrado ganhos nas habilidades básicas do nado, na orientação na água, nas brincadeiras aquáticas, na melhoria do condicionamento físico e motor, na redução das estereotipias e na maior interação social (LEE & PORRETTA, 2013).
6 – RESULTADO E DISCUSSÕES 
O tema central desta pesquisa buscou evidenciar a importância dos exercícios físicos para crianças com autismo, bem como identificar seus benefícios. Estima-se que uma a cada oitenta e oito crianças apresentam traços de autismo. A partir do levantamento e análise realizados podemos concluir que, no geral, exercícios físicos são benéficos à população autista, reduzindo comportamentos estereotipados e ampliando os níveis de atenção, cognição e interação/comportamento social e emocional. 
Em acordo com os estudos analisados percebemos que as atividades físicas ativam vários pontos cerebrais que podem auxiliar o autista a sentir mais feliz e motivado. O exercício fornece o oxigênio e os nutrientes aos tecidos do organismo e ajuda o sistema cardiovascular a trabalhar melhor. Com isso contribui para a disposição do autista. O professor de educação física para pessoas com autismo, esta envolvido no processo de aprendizagem e socialização, não somente deve priorizar questões de aprimoramento físico, mas auxiliar no vasto conjunto de interações sociais, comunicação e comportamento. (TOMÉ, 2007)
As atividades devem ser adequadas aos estímulos sensoriais do autista, com o cuidado de respeitar limitações de movimentos que venham a existir. Por isso é fundamental a integração e acompanhamento de um educador físico e demais membros da equipe multidisciplinar.
7 – CONSIDERAÇÕES FINAIS 
O transtorno do Espectro de Autismo é um distúrbio que infelizmente não tem cura, porém com os estudos realizados e apresentados no presente trabalho podemos notar que há métodos dos quais pode ser trabalhado para sua melhoria e controle. Um deles é a terapia que estimula a comunicação, os gestos; como também remédios dos quais podem ser utilizados para determinados níveis de TEA. O exercício físico é um dos meios mais naturais e práticos para se trabalhar e conduzir o melhoramento de um autista, sendo eles capaz de auxiliar em todas as fases de um autista. 
O exercício físico para autista promove a autonomia, fazendo assim a união das partes cognitivas e motoras, através de trabalhos lúdicos que por consequência auxiliam em sua vivencia social, familiar, gastos de calorias e os deixam capazes de buscar o ainda desconhecido. 
Além disso, desenvolve na criança a confiança, autoestima, diminuindo sua ansiedade, seu nervosismo, seu medo, sua inquietação, além de melhorar sua coordenação mota, noção de espaço e tempo. Com o decorrer da prática de exercício físico no autista é possível perceber sua obediência nas atividades, autonomia de buscar fazer o exercício levando em consideração que a autonomia é uma das peças chaves e fundamentais para o desenvolvimento dos mesmos. Aperfeiçoar a comunicação ajudando na convivência com os pais e todas as famílias da criança bem como a qualidade de interação.
É importante ressaltar aqui a importância do profissional de educação física que lida com esse público. É preciso entender emoções, reações, forma de falar, entender a necessidade do autista e assim através de atividades especificas proporcionar bem-estar e uma mudança de vida, com qualidade física, menos problemas de saúde, através de um olhar profissional ético e responsável.
REFERÊNCIAS
BAIO, Jon. Prevalence of Autism Spectrum Disorders — Autism and Developmental Disabilities Monitoring Network, 14 Sites, United States, 2008. Centers for Disease Control And Prevention: Morbidity and Mortality Weekly Report, Atlanta, 2012.
LAURENT, Éric. “O que nos ensinam os autistas”. Em: Murta, A.; Calmon, A.; Rosa, M. (Org.) Autismo(S) e atualidade: uma leitura lacaniana. Belo Horizonte: EBP - Scriptum, 2012
NOGUEIRA, Erika de Souza. Transtorno do Espectro Autista (TEA). 2014. 43 f. TCC (Graduação) - Curso de Pedagogia, Faculdade Método de São Paulo, São Paulo, 2014.
OLIVEIRA, Fábio. Níveis de intensidade. Disponível em: http://espacoautista.com/. Acesso em: 27/04/2021. 
ORNITZ, Edward M. in Gauderer, E. Christian. O pensamento de Edward M. Ornitz in Autismo, década de 80: uma atualização para os que atuam na área: do especialista aos pais. São Paulo: Servier, 1985. 
TOMÉ, Maycon Cleber. Educação Física Como Auxiliar no Desenvolvimento cognitivo e Corporal de Autistas. Movimento e Percepção, Espírito Santo do Pinhal, SP,. 2007. 
VOLKMAR, Fred; HUBNER, Martha; HALPERN, Ricardo Halpern. National Autistic Society – Autism Speaks. História do Autismo 02 de abril – dia mundial da conscientização do autismo, 2016.
YOUNG, Sonia; FURGAL, Karen. Exercise effects in individuals with autism spectrum disorder: a short review. Autism-open Access, [s.l.], v. 6, n. 3, p.1-2, 20 June 2016. OMICS Publishing Group. http://dx.doi.org/10.4172/2165-7890.1000180.
http://bit.ly/31ZkEFV ou pelo DOI http://dx.doi.org/10.12662/2317-3076jhbs.v5i2.1147.p178-183.2017.

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