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Teníase e Cisticercose

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Mariana Moraes – 4º termo 			PARASITO
Teníase e Cisticercose
Taenia solium e Taenia saginata
MORFOLOGIA
· Escólex ou cabeça – fixação na mucosa por 4 ventosas
· Colo ou pescoço 
· Estróbilo ou corpo – proglotes
· Proglotes jovens
· Proglotes maduras
· Proglotes grávidas
PROGLOTES GRÁVIDAS
Taenia saginata – DICOTÔMICAS – saem ativamente nas fezes
Taenia solium – DENTRÍTICAS – poucas ramificações, saem passivamente junto com as fezes (pedaços)
OVOS
· Morfologicamente indistinguíveis
· Casca ou embriófaro
· Oncosfera ou embrião hexacanto
· 3 pares de acúleos
CISTICERCOS -CANJIQUINHA
· Formam vesículas cheias de líquido
· Taenia solium – Cysticerccus cellulosae
· Taenia saginata – Cysticerccus bovis
TENÍASE
Formas adultas de Taenia solium e Taenia saginata
Habitat: intestino delgado
Transmissão: Ingestão de carne bovina ou suína, crua ou mal cozida, contendo cisticercos vivos
CICLO EVOLUTIVO
· Heteroxênico
· Hospedeiro definitivo –homem
· Hospedeiros intermediários:
Taenia solium – suínos
Taenia saginata-bovinos
O boi ou porco ingere ovos na pastagem, que chegam no intestino eclodem e liberam embriões, eles se fixam nas mucosas e caem na circulação sanguínea e evoluem cisticercos nos tecidos O homem faz a Ingestão de carne mal cozida os cisticercos desenvaginam se fixam no intestino delgado pelo escólex do escólex cresce colo e corpo desenvolve em tênia adulta 3 meses liberação de proglótes.
HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO
· Proglotes e ovos eliminados nas fezes do homem
· Ovos ingeridos pelo hospedeiro intermediário apropriado
· Eclosão do ovos e liberação do embrião no intestino delgado
· Embrião penetra na mucosa e cai na circulação sanguínea
· Fixa-se nos tecidos musculares e evolui para cisticerco
HOSPEDEIRO DEFINITIVO
· Homem ingere carne com cisticercos
· Cisticerco desenvagina-se no intestino delgado
· Fixa-se à mucosa
· Produz proglotes
PATOGENIA
· AÇÃO ESPOLIATIVA
· AÇÃO TÓXICA
· AÇÃO IRRITATIVA
· AÇÃO TRAUMÁTICA
SINTOMATOLOGIA
· Astenia 
· Apetite excessivo
· Tontura, náuseas e vômitos
· Alargamento do abdômen
· Dores abdominais
· Perda de peso
· Prurido anal
· Obstrução intestinal
· Apendicite
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
· Pesquisa de ovos nas fezes (PPF)
· Pesquisa de proglotes –tamisação das fezes e clareamento das proglotes
CISTICERCOSE
Cysticerccus cellulosae – forma larvária da Taenia solium
Transmissão: Ingestão de ovos de Taenia solium
CICLO EVOLUTIVO
· Ovos eliminados nas fezes do homem
· Ingeridos acidentalmente pelo homem (o homem é o Hospedeiro intermediário).
· Eclosão do ovos e liberação do embrião no intestino delgado
· Embrião penetra na mucosa e cai na circulação sanguínea
· Fixa-se em vários tecidos e evolui até cisticerco
MECANISMOS DE TRANSMISSÃO
· HETEROINFECÇÃO – ovos – água/ alimento
· AUTOINFECÇÃO EXTERNA - teníase e desenvolve cisticercose
· AUTOINFECÇÃO INTERNA 
Se o indivíduo entrar em contato com as suas próprias fezes, ou ao coçar o ânus levar as mãos à boca há uma autoinfecção externa – pode engolir os ovos – e, possivelmente desenvolver cisticercose. Ou então, pelo vômito e movimentos peristálticos, que levam as proglotes grávidas ao estômago, os ovos liberados eclodem, causando também a cisticercose.
PATOGENIA E SINTOMATOLOGIA
CISTICERCOSE MUSCULAR OU SUBCUTÂNEA
· Em geral assintomática
· reação local - membrana adventícia fibrosa
· morte do parasito - calcificação
· dor, fadiga, cãibras
NEUROCISTICERCOSE
· Presença do cisticerco no parênquima cerebral ou nos espaços liquóricos
· processo inflamatório
· formação de fibroses, granulomas e calcificações
· Crises epilépticas
· Cefaleia
· Alterações visuais
· Confusão mental
· Hidrocefalia
· Náuseas e vômitos
· Quadros psicóticos
CISTICERCOSE OCULAR
· Deslocamento ou perfuração da retina
· uveíte, panoftalmia
· perda parcial ou total da visão
DIAGNÓSTICO
· Raios X
· Tomografia computadorizada
· Ressonância magnética
· Exames imunológicos
· LCR
PROFILAXIA
· Destino adequado aos dejetos humanos
· Tratamento do homem infectado
· Destruição pelo fogo dos exemplares eliminados
· Consumo de carne inspecionada, bem cozida
· Lavar bem frutas e verduras
RELATO DE CASO
HSC, 9 anos, sexo masculino, branco, morador em zona rural, chega para consulta na Unidade de Saúde da Família acompanhado de sua mãe. Paciente previamente hígido, relata que há aproximadamente duas semanas tem cursado com episódios de dor epigástrica, de baixa intensidade, que aparecem quando ele está em jejum e melhoram com a ingestão de alimentos, associados a náuseas esporádicas sem vômitos. Não houve alteração do ritmo intestinal. Nega alteração na coloração das fezes que se apresentam pastosas, sem presença de sangue ou muco. A mãe percebeu que apesar do seu filho estar se alimentando mais, ele vem perdendo peso, o que foi observado por conta das suas roupas que ficaram folgadas. Além disso, atualmente está mais quieto, sem querer brincar com seus amigos e, às vezes, apresenta-se irritado. Há alguns dias começou a encontrar nas cuecas do seu filho alguns “bichinhos achatados” com comprimento de aproximadamente 1 a 2 cm. Nega episódios de febre, alterações nos períodos de sono, comorbidades e alergias. A mãe conta que onde eles residem não há saneamento básico e a água que eles consomem é coletada em um riacho próximo da sua casa.
1- Cite a principal hipótese diagnóstica indicando e justificando o agente etiológico mais provável.
A principal Hipótese diagnóstica é teníase, que nesse caso tem por agente etiológico o platelminto Taenia saginata. Isso porque, foram achados vermes na cueca, e a única das espécies de Taenia que permite ser eliminada sem ser por fezes é a saginata, por conseguir desprender partes do verme.
2- Indique os dados relatados na história clínica que sustentam essa hipótese diagnóstica.
O achado de “bichinhos achatados de 1 a 2 cm”, a dor epigástrica e náuseas no jejum, aumento de apetite e perda de peso associados, além do consumo de água não tratada. Todos esses são sintomas da presença desse platelminto.
3- Indique os exames que devem ser solicitados para confirmação da hipótese diagnóstica do paciente.
Para confirmar a hipótese deve ser solicitado exame de Parasitológico de fezes, para pesquisa de ovos nas fezes e tamisação das fezes com clareamento das proglotes para pesquisa de proglotes.
4- Caso a suspeita seja confirmada, esse paciente poderia desenvolver cisticercose a partir da mesma tênia que ele está albergando? Justifique.
Sim, poderia acontecer um mecanismo de autoinfecção: interna ou externa. Se o indivíduo entrar em contato com as suas próprias fezes, ou ao coçar o ânus levar as mãos à boca há uma autoinfecção externa – pode engolir os ovos – e, possivelmente desenvolver cisticercose. Ou então, pelo vômito e movimentos peristálticos, que levam as proglotes grávidas ao estômago, os ovos liberados eclodem, causando também a cisticercose.
5- Descreva como o homem adquire teníase e cisticercose.
O homem adquire a teníase ao ingerir a carne mal cozida de boi ou porco. Esses animais precisam ter ingerido ovos na pastagem que chegam ao intestino, eclodem e liberam embriões que se fixam na muscosa e caem na circulação sanguínea e nos tecidos evoluem em cisticercos.
Assim o homem ingere os cisticercos junto presentes na carne mal cozida. Dessa forma, os cisticercos desenvaginam e se fixam no intestino delgado pelo escólex (ventosas), a partir dele há o desenvolvimento da cabeça e colo, até a tênia ficar adulta e liberar proglotes. Por fim, as proglotes (grávidas - cheias de ovos) são eliminadas nas fezes do homem ou podem gerar autoinfecção, desenvolvendo formas graves e a cisticercose.
A cisticercose no homem ocorre exatamente por essa ingestão dos ovos (como acontece com o boi e porco), que procuram eclodir e liberar embriões no intestino delgado com destino a circulação e tecidos, onde se desenvolverão cisticercos. A ingestão pode ser tanto a partir dos ovos da própria tênia que está parasitando ou com a ingestão de água e alimentos infectados.

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