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Ressurreição na Teologia Cristã

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Ressurreição 
 
 
 
 
Por 
Silvio Dutra 
 
 
 
 
Nov/2018 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A474 
 Alves, Silvio Dutra 
 Ressurreição / Silvio Dutra Alves 
 Rio de Janeiro, 2018. 
 44p.; 14,8 x21cm 
 
 1. Teologia. 2. Vida Cristã. 3. Alves, Silvio Dutra. 
I. Título. 
 
 CDD 252 
 
 
 
 
3 
 
Em todo o décimo quinto capítulo da primeira 
epístola aos Coríntios, o apóstolo Paulo discorre 
sobre a ressurreição do corpo. 
“1 Irmãos, venho lembrar-vos o evangelho que 
vos anunciei, o qual recebestes e no qual ainda 
perseverais; 
2 por ele também sois salvos, se retiverdes a 
palavra tal como vo-la preguei, a menos que 
tenhais crido em vão. 
3 Antes de tudo, vos entreguei o que também 
recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, 
segundo as Escrituras, 
4 e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro 
dia, segundo as Escrituras. 
5 E apareceu a Cefas e, depois, aos doze. 
6 Depois, foi visto por mais de quinhentos 
irmãos de uma só vez, dos quais a maioria 
sobrevive até agora; porém alguns já dormem. 
7 Depois, foi visto por Tiago, mais tarde, por 
todos os apóstolos 
8 e, afinal, depois de todos, foi visto também por 
mim, como por um nascido fora de tempo. 
4 
 
9 Porque eu sou o menor dos apóstolos, que 
mesmo não sou digno de ser chamado apóstolo, 
pois persegui a igreja de Deus. 
10 Mas, pela graça de Deus, sou o que sou; e a sua 
graça, que me foi concedida, não se tornou vã; 
antes, trabalhei muito mais do que todos eles; 
todavia, não eu, mas a graça de Deus comigo. 
11 Portanto, seja eu ou sejam eles, assim 
pregamos e assim crestes. 
12 Ora, se é corrente pregar-se que Cristo 
ressuscitou dentre os mortos, como, pois, 
afirmam alguns dentre vós que não há 
ressurreição de mortos? 
13 E, se não há ressurreição de mortos, então, 
Cristo não ressuscitou. 
14 E, se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa 
pregação, e vã, a vossa fé; 
15 e somos tidos por falsas testemunhas de 
Deus, porque temos asseverado contra Deus 
que ele ressuscitou a Cristo, ao qual ele não 
ressuscitou, se é certo que os mortos não 
ressuscitam. 
16 Porque, se os mortos não ressuscitam, 
também Cristo não ressuscitou. 
5 
 
17 E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e 
ainda permaneceis nos vossos pecados. 
18 E ainda mais: os que dormiram em Cristo 
pereceram. 
19 Se a nossa esperança em Cristo se limita 
apenas a esta vida, somos os mais infelizes de 
todos os homens. 
20 Mas, de fato, Cristo ressuscitou dentre os 
mortos, sendo ele as primícias dos que dormem. 
21 Visto que a morte veio por um homem, 
também por um homem veio a ressurreição dos 
mortos. 
22 Porque, assim como, em Adão, todos 
morrem, assim também todos serão vivificados 
em Cristo. 
23 Cada um, porém, por sua própria ordem: 
Cristo, as primícias; depois, os que são de Cristo, 
na sua vinda. 
24 E, então, virá o fim, quando ele entregar o 
reino ao Deus e Pai, quando houver destruído 
todo principado, bem como toda potestade e 
poder. 
6 
 
25 Porque convém que ele reine até que haja 
posto todos os inimigos debaixo dos pés. 
26 O último inimigo a ser destruído é a morte. 
27 Porque todas as coisas sujeitou debaixo dos 
pés. E, quando diz que todas as coisas lhe estão 
sujeitas, certamente, exclui aquele que tudo lhe 
subordinou. 
28 Quando, porém, todas as coisas lhe estiverem 
sujeitas, então, o próprio Filho também se 
sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, 
para que Deus seja tudo em todos. 
29 Doutra maneira, que farão os que se batizam 
por causa dos mortos? Se, absolutamente, os 
mortos não ressuscitam, por que se batizam por 
causa deles? 
30 E por que também nós nos expomos a perigos 
a toda hora? 
31 Dia após dia, morro! Eu o protesto, irmãos, 
pela glória que tenho em vós outros, em Cristo 
Jesus, nosso Senhor. 
32 Se, como homem, lutei em Éfeso com feras, 
que me aproveita isso? Se os mortos não 
ressuscitam, comamos e bebamos, que amanhã 
morreremos. 
7 
 
33 Não vos enganeis: as más conversações 
corrompem os bons costumes. 
34 Tornai-vos à sobriedade, como é justo, e não 
pequeis; porque alguns ainda não têm 
conhecimento de Deus; isto digo para vergonha 
vossa. 
35 Mas alguém dirá: Como ressuscitam os 
mortos? E em que corpo vêm? 
36 Insensato! O que semeias não nasce, se 
primeiro não morrer; 
37 e, quando semeias, não semeias o corpo que 
há de ser, mas o simples grão, como de trigo ou 
de qualquer outra semente. 
38 Mas Deus lhe dá corpo como lhe aprouve dar 
e a cada uma das sementes, o seu corpo 
apropriado. 
39 Nem toda carne é a mesma; porém uma é a 
carne dos homens, outra, a dos animais, outra, a 
das aves, e outra, a dos peixes. 
40 Também há corpos celestiais e corpos 
terrestres; e, sem dúvida, uma é a glória dos 
celestiais, e outra, a dos terrestres. 
8 
 
41 Uma é a glória do sol, outra, a glória da lua, e 
outra, a das estrelas; porque até entre estrela e 
estrela há diferenças de esplendor. 
42 Pois assim também é a ressurreição dos 
mortos. Semeia-se o corpo na corrupção, 
ressuscita na incorrupção. Semeia-se em 
desonra, ressuscita em glória. 
43 Semeia-se em fraqueza, ressuscita em poder. 
44 Semeia-se corpo natural, ressuscita corpo 
espiritual. Se há corpo natural, há também 
corpo espiritual. 
45 Pois assim está escrito: O primeiro homem, 
Adão, foi feito alma vivente. O último Adão, 
porém, é espírito vivificante. 
46 Mas não é primeiro o espiritual, e sim o 
natural; depois, o espiritual. 
47 O primeiro homem, formado da terra, é 
terreno; o segundo homem é do céu. 
48 Como foi o primeiro homem, o terreno, tais 
são também os demais homens terrenos; e, 
como é o homem celestial, tais também os 
celestiais. 
9 
 
49 E, assim como trouxemos a imagem do que é 
terreno, devemos trazer também a imagem do 
celestial. 
50 Isto afirmo, irmãos, que a carne e o sangue 
não podem herdar o reino de Deus, nem a 
corrupção herdar a incorrupção. 
51 Eis que vos digo um mistério: nem todos 
dormiremos, mas transformados seremos 
todos, 
52 num momento, num abrir e fechar de olhos, 
ao ressoar da última trombeta. A trombeta 
soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e 
nós seremos transformados. 
53 Porque é necessário que este corpo 
corruptível se revista da incorruptibilidade, e 
que o corpo mortal se revista da imortalidade. 
54 E, quando este corpo corruptível se revestir 
de incorruptibilidade, e o que é mortal se 
revestir de imortalidade, então, se cumprirá a 
palavra que está escrita: Tragada foi a morte 
pela vitória. 
55 Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó 
morte, o teu aguilhão? 
10 
 
56 O aguilhão da morte é o pecado, e a força do 
pecado é a lei. 
57 Graças a Deus, que nos dá a vitória por 
intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo. 
58 Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, 
inabaláveis e sempre abundantes na obra do 
Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso 
trabalho não é vão.” (I Coríntios 15) 
O homem é um ser tripartite, formado de corpo, 
alma e espírito. É justo para Deus que o homem 
receba de volta, pela ressurreição, o seu corpo 
que havia morrido, ainda que em uma forma 
diferente, conforme o apóstolo argumenta no 
capítulo que acabamos de ler. 
A ressurreição do corpo, depois da morte física, 
mesmo no caso de ímpios, é uma demanda do 
plano de criação, conforme Deus previu desde o 
princípio que este corpo natural que 
carregamos deveria ser substituído no porvir, 
por um corpo glorificado e espiritual, no caso 
dos santos, e de um corpo ressuscitado capaz de 
suportar os sofrimentos eternos no lago de fogo 
e enxofre, no caso do ímpios não justificados. 
11 
 
“5 Os restantes dos mortos não reviveram até 
que se completassem os milanos. Esta é a 
primeira ressurreição. 
6 Bem-aventurado e santo é aquele que tem 
parte na primeira ressurreição; sobre esses a 
segunda morte não tem autoridade; pelo 
contrário, serão sacerdotes de Deus e de Cristo 
e reinarão com ele os mil anos.” (Apocalipse 
20.5,6). 
“12 Vi também os mortos, os grandes e os 
pequenos, postos em pé diante do trono. Então, 
se abriram livros. Ainda outro livro, o Livro da 
Vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, 
segundo as suas obras, conforme o que se 
achava escrito nos livros. 
13 Deu o mar os mortos que nele estavam. A 
morte e o além entregaram os mortos que neles 
havia. E foram julgados, um por um, segundo as 
suas obras. 
14 Então, a morte e o inferno foram lançados 
para dentro do lago de fogo. Esta é a segunda 
morte, o lago de fogo. 
15 E, se alguém não foi achado inscrito no Livro 
da Vida, esse foi lançado para dentro do lago de 
fogo.” (Apocalipse 20.12-15). 
12 
 
Muitos tentam partir de um argumento natural 
para tentar invalidar a ressurreição por uma 
alegada impossibilidade de se ter o corpo 
completo e intacto, depois da morte, por ser até 
mesmo conforme em muitos casos, cremado, e 
como seria possível reunir cada uma de suas 
partes constitutivas para serem ressuscitadas? 
Ao se partir de uma premissa falsa não se pode 
chegar a uma afirmação verdadeira. O ponto de 
partida não é o corpo em sua totalidade, até 
mesmo porque não o temos como sendo o 
mesmo durante as diversas fases da vida, em 
que fica sujeito a muitas transformações e até 
mesmo perdas de partes, como dentes etc. 
O ponto de partida é a identidade genética que 
pode ser encontrada em uma única célula. De 
uma célula-tronco, o próprio homem tem sido 
capaz de reproduzir clones perfeitos da matriz 
original, que na verdade podem ser 
considerados formas ressuscitadas. 
Deus precisa de uma única célula de uma pessoa 
para trazê-la de volta à existência com suas 
características genéticas originais. 
Quanto à capacidade de encontrar, de localizar 
estas células de cada pessoa que já viveu neste 
mundo, por ocasião do dia da ressurreição, não 
13 
 
se pode colocar em xeque a Sua Onipotência, 
Onisciência, e Onipresença, quando ao próprio 
homem finito e limitado deu a capacidade de 
reunir em um servidor de informática bilhões 
de informações diferentes que é possível 
localizar e separar qualquer uma delas das 
demais, instantaneamente, por um simples 
toque em um teclado. 
Que este corpo natural deveria ser substituído é 
ensinado em muitas partes das Escrituras. Ele 
foi feito do pó da terra, e portanto, não é nele que 
existe implicitamente a fonte da vida eterna, 
senão no espírito, que não é pertencente ao 
mundo natural das coisas criadas e que estão 
destinadas a passar pela morte. 
“O espírito é o que vivifica; a carne para nada 
aproveita; as palavras que eu vos tenho dito são 
espírito e são vida.” (João 6.63) 
“5 Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te 
digo: quem não nascer da água e do Espírito não 
pode entrar no reino de Deus. 
6 O que é nascido da carne é carne; e o que é 
nascido do Espírito é espírito.” (João 3.5,6). 
Ora, se a carne de si mesma é inerte e não 
responde à vida espiritual de Deus, porque lhe é 
14 
 
dada tanta atenção e importância, a ponto de se 
falar em necessidade de ressurreição? 
Observe bem, não se fala em ressurreição de um 
corpo de carne e sangue como o que temos, 
porque carne e sangue não podem herdar o 
reino de Deus, mas de um novo corpo, pois, 
diferentemente dos anjos, que são apenas 
espíritos, Deus dotou o homem de um corpo, e 
então, o homem está completo à vista de Deus, 
quando é constituído também de um corpo. 
A justiça de Deus exige que tenhamos um corpo 
porque a nossa criação o inclui. 
Não importa que no porvir este corpo não 
possua todas as faculdades que ele possui 
presentemente, como por exemplo a da 
reprodução e a da digestão. Outras faculdades 
sobrenaturais lhe serão acrescentadas e muito 
mais necessárias e gloriosas para a nova vida 
que nos está destinada. 
Por isso o apóstolo se refere ao nosso corpo em 
seu estado presente como se fosse apenas uma 
semente da planta gloriosa que há de surgir na 
ressurreição. 
Foi semeado corpo natural para ser colhido 
corpo espiritual e glorificado. 
15 
 
Para isto ele se vale dos diferentes graus de 
glória existentes entre os corpos celestes, 
destacando o sol e a lua, e também aos diversos 
tipos de carnes que possuem os animais, como 
que para nos convencer de que o Deus que pode 
estabelecer tais diferenças tão marcantes, é 
poderoso também para nos dar um corpo 
ressuscitado diferente do que temos agora, 
quanto à estrutura e glória que Ele lhe tem 
reservado. 
A ressurreição dos mortos foi atacada e ainda é 
atacada por aqueles que são chamados cristãos, 
mesmo por aqueles que são chamados 
ministros cristãos, mas que, no entanto, afastam 
a ideia da ressurreição dos mortos, de modo que 
nós estamos, hoje, na mesma condição, até 
certo ponto, como a igreja de Corinto estava 
quando, em seu meio, levantaram-se homens 
que professavam ser seguidores de Cristo, que 
diziam que não havia ressurreição dos mortos! 
O apóstolo Paulo, tendo dado o seu testemunho 
e recapitulado o testemunho sobre a 
ressurreição de Cristo, mostrou as terríveis 
consequências que devem se seguir se não 
houver ressurreição dos mortos, e se Cristo não 
ressuscitou. Ele mostrou que isso era uma 
verdade fundamental de Deus e, se fosse tirado, 
16 
 
muito mais se perderia do que se supunha - de 
fato, tudo se iria - como Paulo passou a provar. 
Uma das verdades mais seguramente 
acreditadas entre nós é que haverá uma 
ressurreição de todos aqueles que dormem em 
Cristo. Haverá uma ressurreição dos ímpios e 
dos piedosos. Nosso Senhor Jesus disse aos 
judeus: “Na verdade, na verdade vos digo que 
vem a hora, e agora é, em que os mortos ouvirão 
a voz do Filho de Deus; e os que ouvirem viverão. 
Porque, assim como o Pai tem vida em si 
mesmo; Ele também deu ao Filho ter vida em si 
mesmo; e lhe deu autoridade para executar o 
julgamento, também, porque Ele é o Filho do 
Homem. Não vos admireis disto, porque vem a 
hora em que todos os que estão nos sepulcros 
ouvirão a sua voz e sairão; os que fizeram o bem 
até a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal 
para a ressurreição da condenação”. 
Paulo declarou diante de Félix a doutrina da 
“ressurreição dos mortos, tanto dos justos como 
dos injustos”, mas seu argumento com os 
coríntios referia-se especialmente aos crentes 
que ressuscitarão dos mortos, e estarão com 
Cristo no dia de Seu aparecimento, vivificados 
com a vida que O vivificou, e levantados para 
compartilharem a glória que o Pai deu a Ele. 
17 
 
“Mas”, diz alguém,“ Cristo pode ter 
ressuscitado e ainda não o Seu povo”. Não pode 
ser assim, pois de acordo com nossa fé e firme 
convicção, Cristo é um com o Seu povo. 
Quando Adão pecou, toda a raça humana caiu 
nele, pois eles eram um com ele - em Adão todos 
morreram. Mesmo aqueles que não pecaram 
segundo a semelhança da transgressão de Adão, 
no entanto, morreram. Mesmo em bebês, a 
sentença de morte entrou em vigor porque 
eram um só com Adão. Não há como separar 
Adão de sua posteridade. Agora, Cristo é o 
segundo Adão e Ele tem uma posteridade. Todos 
os crentes são um com Ele e ninguém pode 
separar-se dEle. Se eles não vivem, então Ele não 
viveu. E se Ele não ressuscitou, então eles não 
ressuscitarão - o que quer que tenha acontecido 
com Ele também deve acontecer com eles. Eles 
estão tão unidos, à Cabeça sendo seus membros, 
que não há como dividi-los! 
Se Ele tivesse dormido um sono eterno, então 
toda alma justa teria feito o mesmo. Se Ele 
ressuscitou, eles devem ressuscitar, pois Ele os 
tomou para Si para ser parte e parcela de Seu 
próprio ser! 
Ele morreu para que eles pudessem viver.Porque Ele vive, eles devem viver também, e em 
18 
 
Sua vida eterna eles devem ser sempre 
participantes. Este é o primeiro argumento de 
Paulo, então, para a ressurreição dos justos, que, 
na medida em que Cristo ressuscitou, eles 
devem ressuscitar, pois eles estão identificados 
com Ele. 
O tipo de ressurreição que Jesus experimentou 
é o fundamento da ressurreição dos justos, 
porque não foi um simples ressurgir do corpo da 
morte, que se deu no seu caso, pois, naquele 
corpo Ele havia carregado os nossos pecados, e 
ao ter morrido, morremos também com Ele, 
segundo a justiça de Deus, para a sentença que 
pousava sobre nós por causa do pecado. 
Então, foi pelo próprio Cristo ter sido 
considerado justificado pelo Pai em sua obra 
expiatória do pecado, que Ele recebeu o sinal da 
Sua aprovação em ter sido ressuscitado. Prova 
de que sendo justificado em Sua obra, nós 
também seríamos juntamente com Ele, e o sinal 
definitivo desta aprovação nos será dado 
quando o nosso corpo for também ressuscitado 
dentre os mortos. 
Quão diferente foi então a ressurreição de 
Lázaro por Cristo, em Betânia, pois ele voltou a 
morrer e foi sepultado, mas Cristo, tendo 
ressuscitado já não morreria jamais quanto ao 
19 
 
corpo, e recebendo um corpo glorificado, vive 
nele para sempre. 
Na verdade, somente Jesus experimentou até 
hoje, este tipo de morte e ressurreição 
definitiva, pois Enoque e Elias encontram-se em 
corpos glorificados no céu, mas ambos não 
passaram pela morte. 
Moisés, que foi visto no Monte da 
Transfiguração juntamente com Elias e o 
Senhor Jesus, não estava em um corpo 
glorificado, porque seu corpo passou pela morte 
e Deus mesmo o sepultou em um lugar onde 
ainda espera pela ressurreição que ocorrerá no 
dia do arrebatamento da Igreja. 
Por isso é dito que Jesus é primícias dos que 
dormem. 
Se nosso Senhor Jesus não tivesse ressuscitado 
dentre os mortos, nossa fé nEle não teria a pedra 
angular do fundamento sobre o qual ela 
repousa. Paulo escreve mais positivamente - “Se 
Cristo não ressuscitou, então é vã nossa 
pregação, e vossa fé é também vã”. Ele declara 
que os apóstolos teriam sido encontrados falsas 
testemunhas de Deus, “porque”, ele diz, “nós 
temos testificado de Deus que Ele ressuscitou a 
Cristo: a quem Ele não ressuscitou, se é que os 
20 
 
mortos não ressuscitarão.” “Se Cristo não 
ressuscitou, a vossa fé é vã; você ainda está em 
seus pecados ”. A ressurreição de Jesus é a pedra 
angular do arco de nossa santa fé; se você tirar a 
ressurreição, toda a estrutura está em ruínas. A 
morte de Cristo, embora seja a base de nossa 
confiança para o perdão do pecado, não teria 
fornecido tal fundamento se Ele não tivesse 
ressuscitado dos mortos. Se Ele ainda estivesse 
morto, Sua morte teria sido como a morte de 
qualquer outra pessoa - e não teria nos dado 
nenhuma garantia de aceitação. Sua vida, com 
toda a beleza de sua santidade, teria sido 
simplesmente um exemplo perfeito de conduta, 
mas não poderia ter se tornado nossa justiça se 
Seu sepultamento na tumba de José de 
Arimateia tivesse sido o fim de tudo. Era 
essencial para a confirmação do Seu 
ensinamento de vida e do Seu sofrimento de 
morte que Ele fosse ressuscitado dos mortos. Se 
ele não tivesse ressuscitado, mas ainda 
estivesse entre os mortos, poderiam também 
dizer de nós que pregamos a você uma fábula 
engenhosamente inventada. 
Testemunhas honestas, em número mais que 
suficiente, declaram que Jesus Cristo, que 
morreu no Calvário e foi sepultado no túmulo de 
José de Arimateia, ressuscitou dentre os mortos. 
Na boca de muitas testemunhas, o fato é 
21 
 
estabelecido - e esse fato estabelecido prova 
outros fatos abençoados. Se a nuvem de 
testemunhas pode não parecer suficiente em si 
mesma, vejo aquela nuvem tingida de 
carmesim, avermelhada como o sol poente, a 
nuvem de testemunhas na vida torna-se uma 
nuvem de mártires na morte! Seus discípulos 
foram colocados em mortes cruéis, afirmando 
ainda o fato de que Jesus havia ressuscitado da 
sepultura. Eles e seus seguidores imediatos, 
nunca duvidando, "não consideravam suas vidas 
queridas por eles", para que pudessem 
testemunhar essa verdade de Deus. Eles 
sofreram a perda de todas as coisas - foram 
banidos e foram considerados a escória de todas 
as coisas - mas não podiam e não iriam 
contradizer sua fé! Eles foram pregados em 
cruzes e amarrados a estacas para serem 
queimados. Mas o entusiasmo de sua convicção 
nunca foi abalado. 
Contemple uma matriz de mártires alcançando 
através dos séculos! Veja como todos eles estão 
seguros do evangelho, porque têm a certeza da 
vida eterna de seu Senhor! Esta não é uma 
grande evidência do "poder de Sua 
ressurreição"? O Livro dos Mártires é um 
registro desse poder. A ressurreição de Cristo 
lança uma luz sobre o evangelho, provando sua 
realidade e literalidade. 
22 
 
As testemunhas são muitas para terem sido 
enganadas, e suas pacientes mortes por conta 
de sua crença provaram que eles não eram 
apenas homens honestos, mas bons homens 
que valorizavam a verdade de Deus mais que a 
vida. Sabemos que Jesus ressuscitou dos mortos 
- seja lá o que formos forçados a questionar, não 
temos dúvidas sobre isso. Podemos ser lançados 
sobre o mar em referência a outras declarações, 
mas nós voltamos para a terra firme e 
encontramos terra firme nesta verdade 
inquestionável e firmemente estabelecida - “O 
Senhor ressuscitou, de fato”. 
Lembra-se de como Ele disse: “Eu sou a 
ressurreição e a vida”? Não diga: "Eu acredito 
em Cristo e desejo a vida". Você tem isso. Cristo 
e a vida não são duas coisas. Ele diz: "Eu sou a 
ressurreição e a vida". Se você tem Jesus Cristo, 
você tem a ressurreição. 
Se os apóstolos não tivessem sido testemunhas 
da ressurreição de nosso Senhor e sua ascensão 
ao céu de glória em seu corpo ressuscitado, é 
bem provável que eles jamais tivessem saído do 
esconderijo em que se encontravam temendo 
por suas vidas, em razão da perseguição dos 
judeus. Mas quando eles o virão ressuscitado, 
quão grande mudança houve neles, e que 
corajoso e ousado testemunho eles deram da 
23 
 
Sua ressurreição, como vemos no sermão de 
Pedro no dia de Pentecostes: 
“22 Varões israelitas, atendei a estas palavras: 
Jesus, o Nazareno, varão aprovado por Deus 
diante de vós com milagres, prodígios e sinais, 
os quais o próprio Deus realizou por intermédio 
dele entre vós, como vós mesmos sabeis; 
23 sendo este entregue pelo determinado 
desígnio e presciência de Deus, vós o matastes, 
crucificando-o por mãos de iníquos; 
24 ao qual, porém, Deus ressuscitou, rompendo 
os grilhões da morte; porquanto não era possível 
fosse ele retido por ela. 
25 Porque a respeito dele diz Davi: Diante de 
mim via sempre o Senhor, porque está à minha 
direita, para que eu não seja abalado. 
26 Por isso, se alegrou o meu coração, e a minha 
língua exultou; além disto, também a minha 
própria carne repousará em esperança, 
27 porque não deixarás a minha alma na morte, 
nem permitirás que o teu Santo veja corrupção. 
28 Fizeste-me conhecer os caminhos da vida, 
encher-me-ás de alegria na tua presença. 
24 
 
29 Irmãos, seja-me permitido dizer-vos 
claramente a respeito do patriarca Davi que ele 
morreu e foi sepultado, e o seu túmulo 
permanece entre nós até hoje. 
30 Sendo, pois, profeta e sabendo que Deus lhe 
havia jurado que um dos seus descendentes se 
assentaria no seu trono, 
31 prevendo isto, referiu-se à ressurreição de 
Cristo, que nem foi deixado na morte, nem o seu 
corpo experimentou corrupção. 
32 A este Jesus Deus ressuscitou, do que todos 
nós somos testemunhas. 
33 Exaltado, pois, à destra de Deus, tendo 
recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, 
derramou isto que vedes e ouvis. 
34 Porque Davi não subiu aos céus, mas ele 
mesmo declara: Disse o Senhor ao meu Senhor: 
Assenta-te à minhadireita, 
35 até que eu ponha os teus inimigos por estrado 
dos teus pés.” (Atos 2.22-35). 
Pedro e João sustentaram o mesmo testemunho 
sobre a ressurreição do Senhor quando o coxo 
foi curado junto à Porta Formosa do Templo: 
25 
 
“11 Apegando-se ele a Pedro e a João, todo o povo 
correu atônito para junto deles no pórtico 
chamado de Salomão. 
12 À vista disto, Pedro se dirigiu ao povo, 
dizendo: Israelitas, por que vos maravilhais disto 
ou por que fitais os olhos em nós como se pelo 
nosso próprio poder ou piedade o tivéssemos 
feito andar? 
13 O Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó, o Deus 
de nossos pais, glorificou a seu Servo Jesus, a 
quem vós traístes e negastes perante Pilatos, 
quando este havia decidido soltá-lo. 
14 Vós, porém, negastes o Santo e o Justo e 
pedistes que vos concedessem um homicida. 
15 Dessarte, matastes o Autor da vida, a quem 
Deus ressuscitou dentre os mortos, do que nós 
somos testemunhas. 
16 Pela fé em o nome de Jesus, é que esse mesmo 
nome fortaleceu a este homem que agora vedes 
e reconheceis; sim, a fé que vem por meio de 
Jesus deu a este saúde perfeita na presença de 
todos vós.” (Atos 13.11-16) 
O testemunho da ressurreição estava atrelado à 
pregação do evangelho como um todo, 
26 
 
especialmente no que dizia respeito à 
necessidade da salvação do espírito. 
Muitos convertidos foram feitos pela pregação 
de Pedro em ambas ocasiões citadas, tanto no 
dia de Pentecostes, quanto no Templo. 
Quão importante e significativo então, foi que 
Jesus se apresentasse ressuscitado dentre os 
mortos diante deles, para fortificarem a sua fé 
nEle, e receberem um firme argumento para o 
testemunho de que somente Ele é de fato o 
Senhor e Salvador. 
Os apóstolos continuaram dando testemunho 
da ressurreição de nosso Senhor, e este 
testemunho foi passado para as gerações 
posteriores de crentes e tem sido mantido na 
Igreja até os nossos dias. 
“8 Então, Pedro, cheio do Espírito Santo, lhes 
disse: Autoridades do povo e anciãos, 
9 visto que hoje somos interrogados a propósito 
do benefício feito a um homem enfermo e do 
modo por que foi curado, 
10 tomai conhecimento, vós todos e todo o povo 
de Israel, de que, em nome de Jesus Cristo, o 
Nazareno, a quem vós crucificastes, e a quem 
27 
 
Deus ressuscitou dentre os mortos, sim, em seu 
nome é que este está curado perante vós. 
11 Este Jesus é pedra rejeitada por vós, os 
construtores, a qual se tornou a pedra angular. 
12 E não há salvação em nenhum outro; porque 
abaixo do céu não existe nenhum outro nome, 
dado entre os homens, pelo qual importa que 
sejamos salvos.” (Atos 4.8-12) 
“27 Trouxeram-nos, apresentando-os ao 
Sinédrio. E o sumo sacerdote interrogou-os, 
28 dizendo: Expressamente vos ordenamos que 
não ensinásseis nesse nome; contudo, 
enchestes Jerusalém de vossa doutrina; e 
quereis lançar sobre nós o sangue desse 
homem. 
29 Então, Pedro e os demais apóstolos 
afirmaram: Antes, importa obedecer a Deus do 
que aos homens. 
30 O Deus de nossos pais ressuscitou a Jesus, a 
quem vós matastes, pendurando-o num 
madeiro. 
31 Deus, porém, com a sua destra, o exaltou a 
Príncipe e Salvador, a fim de conceder a Israel o 
arrependimento e a remissão de pecados. 
28 
 
32 Ora, nós somos testemunhas destes fatos, e 
bem assim o Espírito Santo, que Deus outorgou 
aos que lhe obedecem.” (Atos 5.27-32) 
Pedro destacou no testemunho que deu na casa 
do centurião romano Cornélio que a 
ressurreição de Cristo foi dada a conhecer 
àqueles que eram Seus, conforme escolhidos 
por Deus. Não era um fato para ser de 
conhecimento público geral, divulgado pela 
imprensa, porque a finalidade não era a de 
maravilhar o mundo inteiro, mas alcançar os 
eleitos para a sua salvação, como era agora o 
caso da casa de Cornélio. 
“37 Vós conheceis a palavra que se divulgou por 
toda a Judeia, tendo começado desde a Galileia, 
depois do batismo que João pregou, 
38 como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o 
Espírito Santo e com poder, o qual andou por 
toda parte, fazendo o bem e curando a todos os 
oprimidos do diabo, porque Deus era com ele; 
39 e nós somos testemunhas de tudo o que ele 
fez na terra dos judeus e em Jerusalém; ao qual 
também tiraram a vida, pendurando-o no 
madeiro. 
29 
 
40 A este ressuscitou Deus no terceiro dia e 
concedeu que fosse manifesto, 
41 não a todo o povo, mas às testemunhas que 
foram anteriormente escolhidas por Deus, isto 
é, a nós que comemos e bebemos com ele, 
depois que ressurgiu dentre os mortos; 
42 e nos mandou pregar ao povo e testificar que 
ele é quem foi constituído por Deus Juiz de vivos 
e de mortos. 
43 Dele todos os profetas dão testemunho de 
que, por meio de seu nome, todo aquele que 
nele crê recebe remissão de pecados.” (Atos 
10.37-43) 
O apóstolo Paulo, a quem Jesus se manifestou 
como a um abortivo, conforme as próprias 
palavras do apóstolo, sustentou também o 
testemunho da ressurreição do Senhor em 
todas as partes que pregou e ensinou o 
evangelho: 
“26 Irmãos, descendência de Abraão e vós 
outros os que temeis a Deus, a nós nos foi 
enviada a palavra desta salvação. 
27 Pois os que habitavam em Jerusalém e as suas 
autoridades, não conhecendo Jesus nem os 
ensinos dos profetas que se leem todos os 
30 
 
sábados, quando o condenaram, cumpriram as 
profecias; 
28 e, embora não achassem nenhuma causa de 
morte, pediram a Pilatos que ele fosse morto. 
29 Depois de cumprirem tudo o que a respeito 
dele estava escrito, tirando-o do madeiro, 
puseram-no em um túmulo. 
30 Mas Deus o ressuscitou dentre os mortos; 
31 e foi visto muitos dias pelos que, com ele, 
subiram da Galileia para Jerusalém, os quais são 
agora as suas testemunhas perante o povo. 
32 Nós vos anunciamos o evangelho da 
promessa feita a nossos pais, 
33 como Deus a cumpriu plenamente a nós, seus 
filhos, ressuscitando a Jesus, como também está 
escrito no Salmo segundo: Tu és meu Filho, eu, 
hoje, te gerei. 
34 E, que Deus o ressuscitou dentre os mortos 
para que jamais voltasse à corrupção, desta 
maneira o disse: E cumprirei a vosso favor as 
santas e fiéis promessas feitas a Davi. 
35 Por isso, também diz em outro Salmo: Não 
permitirás que o teu Santo veja corrupção. 
31 
 
36 Porque, na verdade, tendo Davi servido à sua 
própria geração, conforme o desígnio de Deus, 
adormeceu, foi para junto de seus pais e viu 
corrupção. 
37 Porém aquele a quem Deus ressuscitou não 
viu corrupção. 
38 Tomai, pois, irmãos, conhecimento de que se 
vos anuncia remissão de pecados por 
intermédio deste; 
39 e, por meio dele, todo o que crê é justificado 
de todas as coisas das quais vós não pudestes ser 
justificados pela lei de Moisés.” (Atos 13.26-39). 
“23 E não somente por causa dele está escrito 
que lhe foi levado em conta, 
24 mas também por nossa causa, posto que a nós 
igualmente nos será imputado, a saber, a nós 
que cremos naquele que ressuscitou dentre os 
mortos a Jesus, nosso Senhor, 
25 o qual foi entregue por causa das nossas 
transgressões e ressuscitou por causa da nossa 
justificação.” (Romanos 4.23-25) 
“4 Assim, meus irmãos, também vós morrestes 
relativamente à lei, por meio do corpo de Cristo, 
para pertencerdes a outro, a saber, aquele que 
32 
 
ressuscitou dentre os mortos, a fim de que 
frutifiquemos para Deus.” (Romanos 7.4). 
“10 Se, porém, Cristo está em vós, o corpo, na 
verdade, está morto por causa do pecado, mas o 
espírito é vida, por causa da justiça. 
11 Se habita em vós o Espírito daquele que 
ressuscitou a Jesus dentre os mortos, esse 
mesmo que ressuscitou a Cristo Jesus dentre os 
mortos vivificará também o vosso corpo mortal, 
por meio do seu Espírito, que em vós habita. 
12 Assim, pois, irmãos, somos devedores, não à 
carne como se constrangidos a viver segundo a 
carne. 
13 Porque, se viverdes segundo a carne, 
caminhais para a morte; mas, se, pelo Espírito, 
mortificardesos feitos do corpo, certamente, 
vivereis. 
14 Pois todos os que são guiados pelo Espírito de 
Deus são filhos de Deus.” (Romanos 8.10-14). 
O espírito do crente foi vivificado pelo Espírito 
Santo por causa da justiça de Cristo que lhe foi 
imputada, de modo que tendo sido justificado 
pela fé, pôde ser também instantaneamente ser 
regenerado pelo Espírito como uma nova 
criatura. O espírito que se encontrava morto, 
33 
 
separado de Deus, foi aproximado dele, 
reconciliado com ele, porque Cristo morreu por 
eles e ressuscitou. 
Já o corpo físico, como traz sobre si a sentença 
de aniquilação, por causa do pecado, e como é 
formado do que é natural e deve voltar ao seu 
estado original, não pode ser alcançado pela 
justificação de modo a que seja eterno, assim 
como é o espírito humano. Daí a necessidade 
que tem de ser ressuscitado no dia do 
arrebatamento da Igreja. (No caso dos ímpios a 
ressurreição do corpo ocorrerá somente depois 
do final do milênio). 
“6 Mas a justiça decorrente da fé assim diz: Não 
perguntes em teu coração: Quem subirá ao 
céu?, isto é, para trazer do alto a Cristo; 
7 ou: Quem descerá ao abismo?, isto é, para 
levantar Cristo dentre os mortos. 
8 Porém que se diz? A palavra está perto de ti, na 
tua boca e no teu coração; isto é, a palavra da fé 
que pregamos. 
9 Se, com a tua boca, confessares Jesus como 
Senhor e, em teu coração, creres que Deus o 
ressuscitou dentre os mortos, serás salvo.” 
(Romanos 10.6-9) 
34 
 
“14 Deus ressuscitou o Senhor e também nos 
ressuscitará a nós pelo seu poder.” (I Coríntios 
6.14) 
“13 Tendo, porém, o mesmo espírito da fé, como 
está escrito: Eu cri; por isso, é que falei. Também 
nós cremos; por isso, também falamos, 
14 sabendo que aquele que ressuscitou o Senhor 
Jesus também nos ressuscitará com Jesus e nos 
apresentará convosco.” (II Coríntios 4.13,14) 
“15 E ele morreu por todos, para que os que 
vivem não vivam mais para si mesmos, mas para 
aquele que por eles morreu e ressuscitou. 
16 Assim que, nós, daqui por diante, a ninguém 
conhecemos segundo a carne; e, se antes 
conhecemos Cristo segundo a carne, já agora 
não o conhecemos deste modo. 
17 E, assim, se alguém está em Cristo, é nova 
criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se 
fizeram novas.” (II Coríntios 5.15-17) 
“1 Paulo, apóstolo, não da parte de homens, nem 
por intermédio de homem algum, mas por Jesus 
Cristo e por Deus Pai, que o ressuscitou dentre 
os mortos,” (Gálatas 1.1). 
35 
 
Nos textos a seguir Paulo se refere à 
ressurreição espiritual do crente, quando se 
converteu a Cristo. Aqui não está em foco a 
ressurreição do corpo. 
“4 Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por 
causa do grande amor com que nos amou, 
5 e estando nós mortos em nossos delitos, nos 
deu vida juntamente com Cristo, – pela graça 
sois salvos, 
6 e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos 
fez assentar nos lugares celestiais em Cristo 
Jesus;” (Efésios 2.4-6). 
“11 Nele, também fostes circuncidados, não por 
intermédio de mãos, mas no despojamento do 
corpo da carne, que é a circuncisão de Cristo, 
12 tendo sido sepultados, juntamente com ele, 
no batismo, no qual igualmente fostes 
ressuscitados mediante a fé no poder de Deus 
que o ressuscitou dentre os mortos. 
13 E a vós outros, que estáveis mortos pelas 
vossas transgressões e pela incircuncisão da 
vossa carne, vos deu vida juntamente com ele, 
perdoando todos os nossos delitos;” 
(Colossenses 2.11-13). 
36 
 
É pela ressurreição do espírito que trazemos 
conosco a promessa da ressurreição futura do 
nosso corpo, e tudo isto é alcançado somente e 
exclusivamente por meio da fé em Jesus. 
Assim, Paulo sempre dava testemunho, 
juntamente com os demais apóstolos da 
ressurreição de Jesus, porque é ela que traz em 
si a promessa da nossa própria ressurreição, 
tanto a espiritual, neste mundo, quanto a futura 
do corpo, no dia do Arrebatamento da Igreja. 
“9 pois eles mesmos, no tocante a nós, 
proclamam que repercussão teve o nosso 
ingresso no vosso meio, e como, deixando os 
ídolos, vos convertestes a Deus, para servirdes o 
Deus vivo e verdadeiro 
10 e para aguardardes dos céus o seu Filho, a 
quem ele ressuscitou dentre os mortos, Jesus, 
que nos livra da ira vindoura.” (I 
Tessalonicenses 1.9,10). 
“13 Não queremos, porém, irmãos, que sejais 
ignorantes com respeito aos que dormem, para 
não vos entristecerdes como os demais, que não 
têm esperança. 
37 
 
14 Pois, se cremos que Jesus morreu e 
ressuscitou, assim também Deus, mediante 
Jesus, trará, em sua companhia, os que dormem. 
15 Ora, ainda vos declaramos, por palavra do 
Senhor, isto: nós, os vivos, os que ficarmos até à 
vinda do Senhor, de modo algum precederemos 
os que dormem. 
16 Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua 
palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e 
ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, 
e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; 
17 depois, nós, os vivos, os que ficarmos, 
seremos arrebatados juntamente com eles, 
entre nuvens, para o encontro do Senhor nos 
ares, e, assim, estaremos para sempre com o 
Senhor. 
18 Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas 
palavras.” (I Tessalonicenses 4.13-18). 
O apóstolo Pedro destaca que a ressurreição de 
nosso Senhor Jesus Cristo é o fato em que se 
apoia a fé de todos os crentes, porque é em Sua 
obra de morte, ressurreição e glorificação nos 
céus que deve estar fundamentada a fé da Igreja, 
conforme a vontade de Deus. 
38 
 
Não é em ritos, cerimônias, doutrinas morais ou 
em qualquer forma de ensino religioso relativo 
às coisas espirituais que a fé dos crentes deve 
estar fundada, mas na vida do próprio Cristo que 
morreu e ressuscitou por eles. 
Tão fundamental e vital é isto para a vida da 
própria Igreja, que nosso Senhor enfatizou por 
diversas vezes em seu ministério terreno que 
seria necessário que ele morresse e 
ressuscitasse e subisse aos céus, para a nossa 
salvação. 
“20 Então, advertiu os discípulos de que a 
ninguém dissessem ser ele o Cristo. 
21 Desde esse tempo, começou Jesus Cristo a 
mostrar a seus discípulos que lhe era necessário 
seguir para Jerusalém e sofrer muitas coisas dos 
anciãos, dos principais sacerdotes e dos 
escribas, ser morto e ressuscitado no terceiro 
dia.” (Mateus 16.20,21). 
“22 Reunidos eles na Galileia, disse-lhes Jesus: O 
Filho do Homem está para ser entregue nas 
mãos dos homens; 
23 e estes o matarão; mas, ao terceiro dia, 
ressuscitará. Então, os discípulos se 
entristeceram grandemente.” (Mateus 17.22,23). 
39 
 
“9 Ao descerem do monte, ordenou-lhes Jesus 
que não divulgassem as coisas que tinham visto, 
até o dia em que o Filho do Homem 
ressuscitasse dentre os mortos. 
10 Eles guardaram a recomendação, 
perguntando uns aos outros que seria o 
ressuscitar dentre os mortos.” (Marcos 9.9,10). 
“30 E, tendo partido dali, passavam pela Galileia, 
e não queria que ninguém o soubesse; 
31 porque ensinava os seus discípulos e lhes 
dizia: O Filho do Homem será entregue nas 
mãos dos homens, e o matarão; mas, três dias 
depois da sua morte, ressuscitará. 
32 Eles, contudo, não compreendiam isto e 
temiam interrogá-lo.” (Marcos 9.30-32). 
“32 Estavam de caminho, subindo para 
Jerusalém, e Jesus ia adiante dos seus discípulos. 
Estes se admiravam e o seguiam tomados de 
apreensões. E Jesus, tornando a levar à parte os 
doze, passou a revelar-lhes as coisas que lhe 
deviam sobrevir, dizendo: 
33 Eis que subimos para Jerusalém, e o Filho do 
Homem será entregue aos principais 
sacerdotes e aos escribas; condená-lo-ão à 
morte e o entregarão aos gentios; 
40 
 
34 hão de escarnecê-lo, cuspir nele, açoitá-lo e 
matá-lo; mas, depois de três dias, ressuscitará.” 
(Marcos 10..32-34). 
“9 Havendo ele ressuscitado de manhã cedo no 
primeiro dia da semana, apareceu primeiro a 
Maria Madalena, da qual expelira sete 
demônios. 
10 E, partindoela, foi anunciá-lo àqueles que, 
tendo sido companheiros de Jesus, se achavam 
tristes e choravam. 
11 Estes, ouvindo que ele vivia e que fora visto 
por ela, não acreditaram. 
12 Depois disto, manifestou-se em outra forma a 
dois deles que estavam de caminho para o 
campo. 
13 E, indo, eles o anunciaram aos demais, mas 
também a estes dois eles não deram crédito. 
14 Finalmente, apareceu Jesus aos onze, quando 
estavam à mesa, e censurou-lhes a 
incredulidade e dureza de coração, porque não 
deram crédito aos que o tinham visto já 
ressuscitado. 
15 E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o 
evangelho a toda criatura. 
41 
 
16 Quem crer e for batizado será salvo; quem, 
porém, não crer será condenado.” (Marcos 16.9-
16). 
“3 A estes também, depois de ter padecido, se 
apresentou vivo, com muitas provas 
incontestáveis, aparecendo-lhes durante 
quarenta dias e falando das coisas concernentes 
ao reino de Deus. 
4 E, comendo com eles, determinou-lhes que 
não se ausentassem de Jerusalém, mas que 
esperassem a promessa do Pai, a qual, disse ele, 
de mim ouvistes.” (Atos 1.3,4). 
Para que não houvesse qualquer dúvida entre os 
discípulos que Jesus é de fato o autor da vida, e 
que Ele tem todo o poder e autoridade sobre a 
morte, trazendo de volta à vida a quem quiser, 
Deus, o Pai, acrescentou muitos sinais para 
confirmá-lo, como por exemplo, que no exato 
momento em que Jesus expirou na cruz, o véu 
do templo se rasgou de cima abaixo, e muitos 
santos que haviam morrido voltaram à vida, 
saindo de seus túmulos. Aquela morte de Jesus 
na cruz significava a vitória sobre a própria 
morte, e por isso Deus acrescentou estes e 
outros sinais naquela ocasião. 
42 
 
“50 E Jesus, clamando outra vez com grande voz, 
entregou o espírito. 
51 Eis que o véu do santuário se rasgou em duas 
partes de alto a baixo; tremeu a terra, fenderam-
se as rochas; 
52 abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de 
santos, que dormiam, ressuscitaram; 
53 e, saindo dos sepulcros depois da 
ressurreição de Jesus, entraram na cidade santa 
e apareceram a muitos. 
54 O centurião e os que com ele guardavam a 
Jesus, vendo o terremoto e tudo o que se 
passava, ficaram possuídos de grande temor e 
disseram: Verdadeiramente este era Filho de 
Deus.” (Mateus 27.50-54). 
A súmula de tudo isto é que temos em Jesus um 
Salvador tanto do corpo, quanto da alma e do 
espírito. Ele salva o homem integralmente, mas 
não podemos jamais esquecer que o alvo da 
salvação é não simplesmente que venhamos a 
alcançar a ressurreição do nosso corpo no 
futuro. O que está em foco em crermos em Jesus 
é sobretudo sermos justificados e perdoados de 
nossos pecados, para que possamos ser 
regenerados e santificados, de modo a 
43 
 
atingirmos o propósito de Deus em ter um povo 
santo, exclusivamente seu, zeloso de boas obras. 
Isto é feito sobretudo por sermos tornados 
espirituais, deixando de ser carnais, de modo 
tragamos conosco a imagem do que é celestial e 
divino, enquanto ainda vivemos neste mundo. 
“34 Então, lhes acrescentou Jesus: Os filhos 
deste mundo casam-se e dão-se em casamento; 
35 mas os que são havidos por dignos de 
alcançar a era vindoura e a ressurreição dentre 
os mortos não casam, nem se dão em 
casamento. 
36 Pois não podem mais morrer, porque são 
iguais aos anjos e são filhos de Deus, sendo 
filhos da ressurreição. 
37 E que os mortos hão de ressuscitar, Moisés o 
indicou no trecho referente à sarça, quando 
chama ao Senhor o Deus de Abraão, o Deus de 
Isaque e o Deus de Jacó. 
38 Ora, Deus não é Deus de mortos, e sim de 
vivos; porque para ele todos vivem.” (Lucas 
20.34-38). 
“44 A seguir, Jesus lhes disse: São estas as 
palavras que eu vos falei, estando ainda 
convosco: importava se cumprisse tudo o que de 
44 
 
mim está escrito na Lei de Moisés, nos Profetas 
e nos Salmos. 
45 Então, lhes abriu o entendimento para 
compreenderem as Escrituras; 
46 e lhes disse: Assim está escrito que o Cristo 
havia de padecer e ressuscitar dentre os mortos 
no terceiro dia 
47 e que em seu nome se pregasse 
arrependimento para remissão de pecados a 
todas as nações, começando de Jerusalém. 
48 Vós sois testemunhas destas coisas. 
49 Eis que envio sobre vós a promessa de meu 
Pai; permanecei, pois, na cidade, até que do alto 
sejais revestidos de poder. 
50 Então, os levou para Betânia e, erguendo as 
mãos, os abençoou. 
51 Aconteceu que, enquanto os abençoava, ia-se 
retirando deles, sendo elevado para o céu. 
52 Então, eles, adorando-o, voltaram para 
Jerusalém, tomados de grande júbilo; 
53 e estavam sempre no templo, louvando a 
Deus.” (Lucas 24.44-53).

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