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AO JUÍZO DE DIREITO DA 3ª VARA MISTA DA COMARCA DE SOUSA, ESTADO DA PARAÍBA.
BRENA RAYANE DE SOUZA, brasileiro, união estável, doméstica, com RG nº 2.918.994- SSDS/RN e CPF nº 087.123.044-50, residente e domiciliada no Sítio Tigre, s/n, zona rural, Uiraúna/PB, por meio de seu advogado que a esta subscreve, vem, a presença de Vossa Excelência, propor:
AÇÃO DE MODIFICAÇÃO DE GUARDA DE MENOR C/C PEDIDO DE TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA
Em face de FRANCISCO JOSÉ SOUSA JÚNIOR, brasileiro, solteiro, agricultor, portador do CPF n. 078.584.614-00, residente e domiciliado no Sítio Quixaba de Baixo, área rural de Uiraúna – PB, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:
DA JUSTIÇA GRATUITA
A requerente não possui condições de arcar com as custas e despesas processuais, incluindo os honorários advocatícios, sem o prejuízo próprio e de sua família, razão pela qual fazem jus ao benefício da justiça gratuita, conforme declaração de hipossuficiência e demais documentos anexos à presente, nos termos do art. 5º, inciso LXXIV, da Constituição Federal de 1988 e do art. 98 do Código de Processo Civil.
DOS FATOS
A menor Maria Izabel de Sousa, nascida em 08 de maio de 2021, é filha da requerente com o demandado, conforme certidão de nascimento em anexo.
O processo de nº 0800132-85.2018.815.0491, que tramitou perante a 7ª Vara Mista da Comarca de Sousa/PB, determinou que a guarda da menor ficaria com o requerido, sendo que a genitora ficaria com o direito a visita.
Ocorre que a mãe requer a revisão da guarda da menor, tendo em vista que tramita perante a 1ª Vara Mista da Comarca de Sousa um processo de estupro de vulnerável sob o nº 0802865-88.2021.8.15.0371 tendo como acusado o avô paterno da menor, o Senhor Olinto Clemente de Oliveira, onde relata que o mesmo abusou sexualmente da menor.
Diante de tal situação a genitora vem requerer a alteração da guarda da menor Maria Izabel de Sousa, uma vez que esta, residindo com seu pai e avós, está correndo riscos.
DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS
É salutar para toda criança conviver em ambiente familiar, devendo ser protegida de qualquer situação que a exponha a qualquer tipo de risco e exploração, sendo mandamento constitucional a seguridade, pela família, pelo Estado e pela Sociedade, da dignidade, do respeito, além da proteção a qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
Sendo assim, estatui o artigo 227, da Constituição Federal, direitos da criança e adolescente que devem ser observados:
 “Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.”
Por sua vez, o Código Civil prescreve em seu o art. 1.584, inciso II e § 2º, que:
“Art. 1.584. A guarda, unilateral ou compartilhada, poderá ser: II – decretada pelo juiz, em atenção a necessidades específicas do filho, ou em razão da distribuição de tempo necessário ao convívio deste com o pai e com a mãe. § 2 o Quando não houver acordo entre a mãe e o pai quanto à guarda do filho, encontrando-se ambos os genitores aptos a exercer o poder familiar, será aplicada a guarda compartilhada, salvo se um dos genitores declarar ao magistrado que não deseja a guarda do menor.”
No presente caso, a genitora tem plena capacidade de exercer o poder familiar, assim o deseja e têm possibilidade de flexibilizar sua rotina para que o convívio com seus filhos se dê de forma equilibrada e igualitária em relação ao genitor. 
Assim entende o Superior Tribunal de Justiça no que diz respeito a guarda compartilhada:
“CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. FAMÍLIA. GUARDA COMPARTILHADA. CONSENSO. NECESSIDADE. ALTERNÂNCIA DE RESIDÊNCIA DO MENOR. POSSIBILIDADE. 1. A guarda compartilhada busca a plena proteção do melhor interesse dos filhos, pois reflete, com muito mais acuidade, a realidade da organização social atual que caminha para o fim das rígidas divisões de papéis sociais definidas pelo gênero dos pais. 2. A guarda compartilhada é o ideal a ser buscado no exercício do Poder Familiar entre pais separados, mesmo que demandem deles reestruturações, concessões e adequações diversas, para que seus filhos possam usufruir, durante sua formação, do ideal psicológico de duplo referencial. 3. Apesar de a separação ou do divórcio usualmente coincidirem com o ápice do distanciamento do antigo casal e com a maior evidenciação das diferenças existentes, o melhor interesse do menor, ainda assim, dita a aplicação da guarda compartilhada como regra, mesmo na hipótese de ausência de consenso.4. A inviabilidade da guarda compartilhada, por ausência de consenso, faria prevalecer o exercício de uma potestade inexistente por um dos pais. E diz-se inexistente, porque contrária ao escopo do Poder Familiar que existe para a proteção da prole. 5. A imposição judicial das atribuições de cada um dos pais, e o período de convivência da criança sob guarda compartilhada, quando não houver consenso, é medida extrema, porém necessária à implementação dessa nova visão, para que não se faça do texto legal, letra morta. 6. A guarda compartilhada deve ser tida como regra, e a custódia física conjunta - sempre que possível - como sua efetiva expressão. 7. Recurso especial provido.” (STJ - REsp: 1428596 RS 2013/0376172-9, Relator: Ministra NANCY ANDRIGHI, Data de Julgamento: 03/06/2014, T3 - TERCEIRA TURMA, Data de Publicação: DJe 25/06/2014)
Logo, pugna a Vossa Excelência que a guarda da menor Maria Izabel de Sousa seja exercida de forma unilateral pela requerente, tendo o pai direito a visitação.
DA GUARDA PROVISÓRIA
Conforme redação dos arts. 294 e 300 do Código de Processo Civil, as tutelas provisórias podem ser de urgência ou de evidência, sendo a primeira dividida em antecipada e cautelar, requerendo, em todos os casos, a probabilidade do direito (fumus boni iures) e o risco ao resultado útil do processo ou o perigo de dano irreparável ou de difícil reparação (periculum in mora).
Não se exige que haja necessariamente o risco de ocorrência de dano irreparável ou de difícil reparação, bastando apenas que haja a necessidade de o provimento jurisdicional ser concedido de logo, sob pena de se perder o objeto do processo.
Veja a redação dos dispositivos mencionados:
“Art. 294. A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência. 
Parágrafo único. A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser concedida em caráter antecedente ou incidental.” 
“Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.”
A probabilidade do direito está presente nos documentos acostados pela requerente (Certidão de Nascimento, Documentos Médicos emitidos por profissional competente, Comprovante de Residência, Declaração de Trabalho, etc.), bem como na redação do art. 227 da CF/1988 e dos arts. 1.583, caput e §§1º e 5º, e 1.584, caput, I e II e §5º, do Código Civil. 
Por sua vez, o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo encontra-se presente no fato de que, até o julgamento final da demanda, a requerente estará sujeita ao arbítrio do demandado, que constantemente a ameaça de adentrar da Justiça para tomar-lhe a guarda do menor, estando esse sujeito a continuar submetido ao limitado tratamento médico encontrado no interior da Paraíba.
Portanto, diante do preenchimento desses requisitos, requer a concessão da tutela provisória de urgência em caráter antecipado, para que seja decretada a guarda unilateral provisória do menor à autora, até o julgamento definitivo da presente ação.
DOS PEDIDOS
ISTO POSTO, requer a Vossa Excelência:
a) a concessão do benefício da gratuidade judiciária,nos termos do art. 5º, inciso LXXIV, da Constituição Federal de 1988 e do art. 98 do Código de Processo Civil;
b) a citação do demandado para, querendo, apresentar resposta, sob pena de incidir os efeitos da revelia, dentre estes o da presunção de veracidade dos fatos alegados;
c) a CONCESSÃO DA TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA EM CARÁTER ANTECIPADO, para que seja decretada a guarda unilateral provisória do menor à autora, até o julgamento definitivo da presente ação;
d) a TOTAL PROCEDÊNCIA DA AÇÃO, de modo que a guarda unilateral do menor seja concedido à autora, liminar e definitivamente, garantindo-se ao demandado, por óbvio, o direito de visitas, a ser exercido conforme convencionarem as partes, por se tratar de situação excepcional;
e) a designação e realização de audiência de conciliação, manifestando a autora total interesse em sua realização, nos termos dos arts. 319, VII, e 334 do CPC.
Pretende-se provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, especialmente pelo depoimento pessoal das partes, oitiva de testemunhas e juntada de documentos.
Dá-se à causa o valor de R$ 1.100,00 (um mil e cem reais) para fins fiscais e de alçada.
Nestes termos,
Pede deferimento.
Uiraúna/PB, 09 de agosto de 2021.
Douglas Galiza da Silva
Advogado OAB/PB nº 28.245
Gabriel de Medeiros Estrela
Advogado OAB/PB nº 21.244

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