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DIREITO ADMINISTRATIVO - PARTE 1 Profª Tatiana Marcello DIREITO ADMINISTRATIVO Profª Tatiana Marcello Edital REGIME JURÍDICO ÚNICO: 1 Lei 8.112/1990 e alterações, direitos e deveres do Servidor Públi- co. 2 O servidor público como agente de desenvolvimento social. 3 Saúde e qualidade de vida no serviço público. NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO: 1 Estado, governo e Administração Pública: conceitos, elementos, poderes e organização; na- tureza, fins e princípios. 2 Direito Administrativo: conceito, fontes e princípios. 3 Organização administrativa da União; administração direta e indireta. 4 Agentes públicos: espécies e classifi- cação; poderes, deveres e prerrogativas; cargo, emprego e função públicos; regime jurídico úni- co: provimento, vacância, remoção, redistribuição e substituição; direitos e vantagens; regime disciplinar; responsabilidade civil, criminal e administrativa. 5 Poderes administrativos: poder hierárquico; poder disciplinar; poder regulamentar; poder de polícia; uso e abuso do poder. 6 Ato administrativo: validade, eficácia; atributos; extinção, desfazimento e sanatória; classifica- ção, espécies e exteriorização; vinculação e discricionariedade. 7 Serviços Públicos: conceito, classificação, regulamentação e controle; forma, meios e requisitos; delegação: concessão, per- missão, autorização. 8 Controle e responsabilização da administração: controle administrativo; controle judicial; controle legislativo; responsabilidade civil do Estado. Lei nº 8.429/1992 (san- ções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito no exercício de man- dato, cargo, emprego ou função da administração pública direta, indireta ou fundacional e dá outras providências). 9 Lei n°9.784/1999 (Lei do Processo Administrativo). DIREITO CONSTITUCIONAL: 2 Administração Pública (artigos de 37 a 41, capítulo VII, Constituição Federal de 1988 e atualizações). BANCA: CESPE CARGO: Técnico do Seguro Social 7 Direito Administrativo concurseiro.vip CONCEITOS INTRODUTÓRIOS SOBRE AGENTES PÚBLICOS 1. CONCEITOS INTRODUTÓRIOS Agente público é toda pessoa que desempenha atividade administrativa, temporária ou não, com ou sem remuneração. Agente Público é a expressão mais ampla para designar de forma genérica aqueles sujeitos que exercem funções públicas. Quem quer que desempenhe funções estatais é um agente público enquanto as exercita. Portanto, os agentes administrativos (ou servidores estatais) serão uma das espécies de agen- te público, como será visto a seguir. 2. CLASSIFICAÇÃO/ESPÉCIES DOS AGENTES PÚBLICOS 8 concurseiro.vip Os agentes públicos podem ser classificados em: a) Agentes Políticos – Exercem função pública de alta direção do Estado. Em regra, ingressam por meio de eleição, com mandatos fixos, ao término dos quais a relação com o Estado desaparece automaticamente. Exemplos: Chefes do Poder Executivo (Presidente da Repú- blica, Governadores dos Estados e Prefeitos Municipais, com seus respectivos vices), Parla- mentares (Senadores, Deputados Federais e Estaduais, Vereadores), Ministros de Estado... b) Servidores Estatais (ou Agentes Administrativos ou Servidores Públicos em sentido am- plo) – São as pessoas que prestam serviço público para a Administração, com natureza pro- fissional e remunerada. Dividem-se em: • Servidores Públicos Estatutários (são os ocupantes de cargos públicos e submetidos a regi- me estatutário). Em sentido estrito, “servidor público” é apenas o estatutário. • Empregados Públicos (são os ocupantes de emprego público e submetidos a regime cele- tista – CLT) • Servidores Temporários (aqueles contratados por tempo determinado para atender a ne- cessidade temporária de excepcional interesse público, não tendo cargo nem emprego pú- blico, exercendo função pública remunerada e temporária). Obs.: Há doutrina e questões que entendem que “Servidor Público em sentido amplo” abran- ge essas 3 espécies (servidores públicos estatutários, empregados públicos e servidores tem- porários), enquanto “Servidor Público em sentido estrito” seria apenas o Servidor Estatutário. Vejamos o esquema: c) Particulares em colaboração com o Estado – são os que desempenham função pública sem vínculo com o Estado, também chamados de “agentes honoríficos”. Segundo Celso Antônio Bandeira de Mello, essa categoria é composta por: • Requisitados de serviço (mesários, jurados do Tribunal do Juri, convocados para o serviço militar); • Gestores de negócios públicos (pessoas que atuam em situações emergenciais quando o Estado não está presente, como alguém que chega antes dos bombeiros a um incêndio e presta socorro); • Contratados por locação civil de serviços (a exemplo de um jurista famoso que é contrata- do para fazer um parecer); • Concessionários e permissionários (os que trabalham nas concessionárias e permissioná- rias de serviço público, exercendo função pública por delegação estatal); • Delegados de função ou ofício público (é o caso dos que exercem serviços notariais). INSS VIP (Técnico do Seguro Social) – Direito Administrativo – Profª Tatiana Marcello 9concurseiro.vip d) Agentes Militares (Forças Armadas, Policiais Militares e Corpos de Bombeiros Militares) – Quem compõe os quadros permanentes das forças militares possui vínculo Estatutário especial, ou seja, seu regime jurídico é regido por lei específica, não se confundindo com os Estatutos aplicáveis aos servidores públicos civis. 3. CARGO, EMPREGO E FUNÇÃO PÚBLICA Cargo Público Os cargos públicos são ocupados por servidores públicos, efetivos e comissionados, submeti- dos ao regime estatutário. A Lei nº 8.112/1990 define: “Art. 3º Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilida- des previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor.” De acordo com Celso Antônio Bandeira de Mello: “Cargos são as mais simples e indivisíveis unida- des de competência a serem expressadas por um agente, previstas em número certo, com deno- minação própria, retribuídas por pessoas jurídicas de direito público e criadas por lei”. Cargos públicos são próprios das pessoas jurídicas de direito público. Emprego Público Os empregos públicos são ocupados por empregados públicos, os quais se submetem ao regime celetista (Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT). Os empregados públicos ingressam por meio de concurso público para ocupar empregos públicos, de natureza essencialmente contratual. 10 concurseiro.vip De acordo com Celso Antônio Bandeira de Mello: “Empregos públicos são núcleos de encargos de trabalho permanentes a serem preenchidos por agentes contratados para desempenhá-los, sob relação trabalhista”. Empregos públicos são próprios das pessoas jurídicas de direito privado da Administração In- direta. São exemplos, os empregados da Caixa Econômica Federal (empresa pública) e do Ban- co do Brasil (sociedade de economia mista); lembrando que CESPE considera que “dirigentes” dessas instituições, que não sejam do quadro de empregados, são regidos por regime próprio e não pela CLT. Função Pública De acordo com Maia Sylvia Di Pietro: “São funções públicas as funções de confiança e as exer- cidas pelos agentes públicos contratados por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público (CF, art. 37, IX).” Não há concurso público para preenchimento de função pública. INSS VIP (Técnico do Seguro Social) – Direito Administrativo – Profª Tatiana Marcello 11concurseiro.vip CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988: ARTIGOS 37 A 41 CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988 (...) CAPÍTULO VII DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Seção I DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada pela Emenda Cons- titucional nº 19, de 1998)I – os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preen- cham os requisitos estabelecidos em lei, as- sim como aos estrangeiros, na forma da lei; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) II – a investidura em cargo ou emprego públi- co depende de aprovação prévia em concur- so público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomea- ção e exoneração; (Redação dada pela Emen- da Constitucional nº 19, de 1998) III – o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período; IV – durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso público de provas ou de pro- vas e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir car- go ou emprego, na carreira; V – as funções de confiança, exercidas ex- clusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de car- reira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se ape- nas às atribuições de direção, chefia e as- sessoramento; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) VI – é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical; VII – o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei espe- cífica; (Redação dada pela Emenda Consti- tucional nº 19, de 1998) VIII – a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas por- tadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão; IX – a lei estabelecerá os casos de contrata- ção por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional in- teresse público; X – a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do art. 39 somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (Re- gulamento) 12 concurseiro.vip XI – a remuneração e o subsídio dos ocu- pantes de cargos, funções e empregos pú- blicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumu- lativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Mu- nicípios, o subsídio do Prefeito, e nos Esta- dos e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Execu- tivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsidio dos Desembargadores do Tribu- nal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do sub- sídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procu- radores e aos Defensores Públicos; (Reda- ção dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) XII – os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não po- derão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo; XIII – é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do ser- viço público; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) XIV – os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) XV – o subsídio e os vencimentos dos ocu- pantes de cargos e empregos públicos são irredutíveis, ressalvado o disposto nos inci- sos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) XVI – é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI: (Re- dação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) a) a de dois cargos de professor; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas; (Redação dada pela Emen- da Constitucional nº 34, de 2001) XVII – a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e so- ciedades controladas, direta ou indireta- mente, pelo poder público; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) XVIII – a administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de suas áre- as de competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na forma da lei; XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de eco- nomia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) XX – depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das en- tidades mencionadas no inciso anterior, as- sim como a participação de qualquer delas em empresa privada; INSS VIP (Técnico do Seguro Social) – Direito Administrativo – Profª Tatiana Marcello 13concurseiro.vip XXI – ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegu- re igualdade de condições a todos os con- correntes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as con- dições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indis- pensáveis à garantia do cumprimento das obrigações. (Regulamento) XXII – as administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, atividades essenciais ao funcionamento do Estado, exercidas por servidores de carreiras específicas, terão re- cursos prioritários para a realização de suas atividades e atuarão de forma integrada, inclusive com o compartilhamento de ca- dastros e de informações fiscais, na forma da lei ou convênio. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) § 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, infor- mativo ou de orientação social, dela não po- dendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de au- toridades ou servidores públicos. § 2º A não observância do disposto nos in- cisos II e III implicará a nulidade do ato e a punição da autoridade responsável, nos ter- mos da lei. § 3º A lei disciplinará as formas de partici- pação do usuário na administração pública direta e indireta, regulando especialmente: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) I – as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em geral, asseguradas a manutenção de serviços de atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e interna, da qualidade dos serviços; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) II – o acesso dos usuários a registros admi- nistrativos e a informações sobre atos de governo, observado o disposto no art. 5º, X e XXXIII; (Incluído pela Emenda Constitucio-nal nº 19, de 1998) III – a disciplina da representação contra o exercício negligente ou abusivo de cargo, emprego ou função na administração públi- ca. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) § 4º Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políti- cos, a perda da função pública, a indisponi- bilidade dos bens e o ressarcimento ao erá- rio, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível. § 5º A lei estabelecerá os prazos de pres- crição para ilícitos praticados por qualquer agente, servidor ou não, que causem pre- juízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de ressarcimento. § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de servi- ços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. § 7º A lei disporá sobre os requisitos e as restrições ao ocupante de cargo ou empre- go da administração direta e indireta que possibilite o acesso a informações privile- giadas. (Incluído pela Emenda Constitucio- nal nº 19, de 1998) § 8º A autonomia gerencial, orçamentá- ria e financeira dos órgãos e entidades da administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus administradores e o poder públi- co, que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) I – o prazo de duração do contrato; 14 concurseiro.vip II – os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e respon- sabilidade dos dirigentes; III – a remuneração do pessoal." § 9º O disposto no inciso XI aplica-se às empresas públicas e às sociedades de eco- nomia mista, e suas subsidiárias, que rece- berem recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios para pa- gamento de despesas de pessoal ou de cus- teio em geral. (Incluído pela Emenda Consti- tucional nº 19, de 1998) § 10. É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria decorrentes do art. 40 ou dos arts. 42 e 142 com a remune- ração de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os cargos acumuláveis na forma desta Constituição, os cargos eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de li- vre nomeação e exoneração. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) § 11. Não serão computadas, para efeito dos limites remuneratórios de que trata o inciso XI do caput deste artigo, as parcelas de cará- ter indenizatório previstas em lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005) § 12. Para os fins do disposto no inciso XI do caput deste artigo, fica facultado aos Esta- dos e ao Distrito Federal fixar, em seu âm- bito, mediante emenda às respectivas Cons- tituições e Lei Orgânica, como limite único, o subsídio mensal dos Desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, não se apli- cando o disposto neste parágrafo aos sub- sídios dos Deputados Estaduais e Distritais e dos Vereadores. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005) Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes dispo- sições: (Redação dada pela Emenda Constitucio- nal nº 19, de 1998) I – tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego ou função; II – investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sen- do-lhe facultado optar pela sua remunera- ção; III – investido no mandato de Vereador, ha- vendo compatibilidade de horários, perce- berá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não havendo compatibili- dade, será aplicada a norma do inciso ante- rior; IV – em qualquer caso que exija o afasta- mento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será contado para to- dos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento; V – para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão de- terminados como se no exercício estivesse. Seção II DOS SERVIDORES PÚBLICOS (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998) Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de sua competência, regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da administração pú- blica direta, das autarquias e das fundações pú- blicas. (Vide ADIN nº 2.135-4) Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão conselho de política de administração e remuneração de pessoal, integrado por servidores designados pelos res- pectivos Poderes. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (Vide ADIN nº 2.135-4) § 1º A fixação dos padrões de vencimento e dos demais componentes do sistema re- muneratório observará: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) INSS VIP (Técnico do Seguro Social) – Direito Administrativo – Profª Tatiana Marcello 15concurseiro.vip I – a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos componen- tes de cada carreira; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) II – os requisitos para a investidura; (Inclu- ído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) III – as peculiaridades dos cargos. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) § 2º A União, os Estados e o Distrito Fede- ral manterão escolas de governo para a for- mação e o aperfeiçoamento dos servidores públicos, constituindo-se a participação nos cursos um dos requisitos para a promoção na carreira, facultada, para isso, a celebra- ção de convênios ou contratos entre os en- tes federados. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) § 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer re- quisitos diferenciados de admissão quando a natureza do cargo o exigir. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) § 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o acrésci- mo de qualquer gratificação, adicional, abo- no, prêmio, verba de representação ou ou- tra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) § 5º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios poderá estabele- cer a relação entre a maior e a menor re- muneração dos servidores públicos, obede- cido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, XI.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) § 6º Os Poderes Executivo, Legislativo e Ju- diciário publicarão anualmente os valores do subsídio e da remuneração dos cargos e empregos públicos. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) § 7º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios disciplinará a apli- cação de recursos orçamentários provenien- tes da economia com despesas correntes em cada órgão, autarquia e fundação, para aplicação no desenvolvimento de programas de qualidade e produtividade, treinamento e desenvolvimento, modernização, reapare- lhamento e racionalização do serviço públi- co, inclusive sob a forma de adicional ou prê- mio de produtividade. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) § 8º A remuneração dos servidores públicos organizados em carreira poderá ser fixada nos termos do § 4º. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efe- tivos da União, dos Estados, do DistritoFederal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdên- cia de caráter contributivo e solidário, median- te contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) § 1º Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de que trata este artigo se- rão aposentados, calculados os seus pro- ventos a partir dos valores fixados na forma dos §§ 3º e 17: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) I – por invalidez permanente, sendo os pro- ventos proporcionais ao tempo de contri- buição, exceto se decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, na forma da lei;(Redação dada pela Emenda Constitucio- nal nº 41, 19.12.2003) 16 concurseiro.vip II – compulsoriamente, com proventos pro- porcionais ao tempo de contribuição, aos 70 (setenta) anos de idade, ou aos 75 (se- tenta e cinco) anos de idade, na forma de lei complementar; (Redação dada pela Emen- da Constitucional nº 88, de 2015) III – voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de dez anos de efetivo exer- cício no serviço público e cinco anos no car- go efetivo em que se dará a aposentadoria, observadas as seguintes condições: (Reda- ção dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98) a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribuição, se homem, e cinqüenta e cin- co anos de idade e trinta de contribuição, se mulher; (Redação dada pela Emenda Cons- titucional nº 20, de 15/12/98) b) sessenta e cinco anos de idade, se ho- mem, e sessenta anos de idade, se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98) § 2º Os proventos de aposentadoria e as pensões, por ocasião de sua concessão, não poderão exceder a remuneração do respec- tivo servidor, no cargo efetivo em que se deu a aposentadoria ou que serviu de refe- rência para a concessão da pensão. (Reda- ção dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98) § 3º Para o cálculo dos proventos de apo- sentadoria, por ocasião da sua concessão, serão consideradas as remunerações utili- zadas como base para as contribuições do servidor aos regimes de previdência de que tratam este artigo e o art. 201, na forma da lei. (Redação dada pela Emenda Constitu- cional nº 41, 19.12.2003) § 4º É vedada a adoção de requisitos e cri- térios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados, nos termos definidos em leis complementares, os casos de servidores: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005) I – portadores de deficiência; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005) II – que exerçam atividades de risco; (Inclu- ído pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005) III – cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005) § 5º Os requisitos de idade e de tempo de contribuição serão reduzidos em cinco anos, em relação ao disposto no § 1º, III, "a", para o professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98) § 6º Ressalvadas as aposentadorias decor- rentes dos cargos acumuláveis na forma desta Constituição, é vedada a percepção de mais de uma aposentadoria à conta do regime de previdência previsto neste artigo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98) § 7º Lei disporá sobre a concessão do bene- fício de pensão por morte, que será igual: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) I – ao valor da totalidade dos proventos do servidor falecido, até o limite máximo esta- belecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201, acrescido de setenta por cento da parcela excedente a este limite, caso aposentado à data do óbito; ou (Incluído pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) II – ao valor da totalidade da remuneração do servidor no cargo efetivo em que se deu o falecimento, até o limite máximo estabe- lecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201, acrescido de setenta por cento da parcela excedente a este limite, caso em atividade na data do óbito. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) INSS VIP (Técnico do Seguro Social) – Direito Administrativo – Profª Tatiana Marcello 17concurseiro.vip § 8º É assegurado o reajustamento dos be- nefícios para preservar-lhes, em caráter per- manente, o valor real, conforme critérios estabelecidos em lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) § 9º O tempo de contribuição federal, esta- dual ou municipal será contado para efeito de aposentadoria e o tempo de serviço cor- respondente para efeito de disponibilidade. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98) § 10. A lei não poderá estabelecer qualquer forma de contagem de tempo de contribui- ção fictício. (Incluído pela Emenda Constitu- cional nº 20, de 15/12/98) § 11. Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI, à soma total dos proventos de inatividade, inclusive quando decorrentes da acumula- ção de cargos ou empregos públicos, bem como de outras atividades sujeitas a contri- buição para o regime geral de previdência social, e ao montante resultante da adição de proventos de inatividade com remune- ração de cargo acumulável na forma desta Constituição, cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração, e de cargo eletivo. (Incluído pela Emenda Consti- tucional nº 20, de 15/12/98) § 12. Além do disposto neste artigo, o regi- me de previdência dos servidores públicos titulares de cargo efetivo observará, no que couber, os requisitos e critérios fixados para o regime geral de previdência social. (Inclu- ído pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98) § 13. Ao servidor ocupante, exclusivamen- te, de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração bem como de outro cargo temporário ou de emprego público, aplica-se o regime geral de previ- dência social. (Incluído pela Emenda Consti- tucional nº 20, de 15/12/98) § 14. A União, os Estados, o Distrito Fede- ral e os Municípios, desde que instituam regime de previdência complementar para os seus respectivos servidores titulares de cargo efetivo, poderão fixar, para o valor das aposentadorias e pensões a serem concedi- das pelo regime de que trata este artigo, o limite máximo estabelecido para os bene- fícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201. (Incluído pela Emen- da Constitucional nº 20, de 15/12/98) § 15. O regime de previdência complemen- tar de que trata o § 14 será instituído por lei de iniciativa do respectivo Poder Executi- vo, observado o disposto no art. 202 e seus parágrafos, no que couber, por intermédio de entidades fechadas de previdência com- plementar, de natureza pública, que ofere- cerão aos respectivos participantes planos de benefícios somente na modalidade de contribuição definida. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) § 16. Somente mediante sua prévia e ex- pressa opção, o disposto nos §§ 14 e 15 poderá ser aplicado ao servidor que tiver ingressado no serviço público até a data da publicação do ato de instituição do corres- pondente regime de previdência comple- mentar. (Incluído pela Emenda Constitucio- nal nº 20, de 15/12/98) § 17. Todos os valores de remuneração con- siderados para o cálculo do benefício pre- visto no § 3° serão devidamente atualiza- dos, na forma da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) § 18. Incidirá contribuição sobreos proven- tos de aposentadorias e pensões conce- didas pelo regime de que trata este artigo que superem o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de pre- vidência social de que trata o art. 201, com percentual igual ao estabelecido para os servidores titulares de cargos efetivos. (In- cluído pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) § 19. O servidor de que trata este artigo que tenha completado as exigências para apo- sentadoria voluntária estabelecidas no § 1º, 18 concurseiro.vip III, a, e que opte por permanecer em ativi- dade fará jus a um abono de permanência equivalente ao valor da sua contribuição previdenciária até completar as exigências para aposentadoria compulsória contidas no § 1º, II. (Incluído pela Emenda Constitu- cional nº 41, 19.12.2003) § 20. Fica vedada a existência de mais de um regime próprio de previdência social para os servidores titulares de cargos efetivos, e de mais de uma unidade gestora do respectivo regime em cada ente estatal, ressalvado o disposto no art. 142, § 3º, X. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) § 21. A contribuição prevista no § 18 deste artigo incidirá apenas sobre as parcelas de proventos de aposentadoria e de pensão que superem o dobro do limite máximo es- tabelecido para os benefícios do regime ge- ral de previdência social de que trata o art. 201 desta Constituição, quando o beneficiá- rio, na forma da lei, for portador de doença incapacitante. (Incluído pela Emenda Cons- titucional nº 47, de 2005) Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso pú- blico. (Redação dada pela Emenda Constitucio- nal nº 19, de 1998) § 1º O servidor público estável só perderá o cargo: (Redação dada pela Emenda Consti- tucional nº 19, de 1998) I – em virtude de sentença judicial transita- da em julgado; (Incluído pela Emenda Cons- titucional nº 19, de 1998) II – mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa; (In- cluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) III – mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) § 2º Invalidada por sentença judicial a de- missão do servidor estável, será ele reinte- grado, e o eventual ocupante da vaga, se es- tável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com re- muneração proporcional ao tempo de ser- viço. (Redação dada pela Emenda Constitu- cional nº 19, de 1998) § 3º Extinto o cargo ou declarada a sua des- necessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade, com remuneração propor- cional ao tempo de serviço, até seu adequa- do aproveitamento em outro cargo. (Reda- ção dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) § 4º Como condição para a aquisição da es- tabilidade, é obrigatória a avaliação especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (...) INSS VIP (Técnico do Seguro Social) – Direito Administrativo – Profª Tatiana Marcello 19concurseiro.vip CONSIDERAÇÕES SOBRE AS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS 1. PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS APLICÁVEIS À ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, mo- ralidade, publicidade e eficiência... Trata-se dos princípios expressamente trazidos pela CF/88, considerando que há outros princí- pios aplicáveis. Para memorizá-los, usa-se o macete do “LIMPE”: Legalidade Impessoalidade Moralidade Publicidade Eficiência 1.1. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE A administração pública só pode agir quando houver lei que determine ou autorize sua atu- ação. Assim, a eficácia da atividade da administração pública está condicionada ao que a lei permite ou determina. Enquanto no âmbito dos particulares, o princípio da legalidade significa que podem fazer tudo o que a lei não proíba, no âmbito da administração pública esse princípio significa que o administrador só pode fazer o que a lei autorize ou determine. Esse princípio é o que melhor caracteriza o Estado de Direito, pois o administrador público não pode agir de acordo com sua própria vontade e sim de acordo com o interesse do povo, titular do poder. Como, em última instância, as leis são feitas pelo povo, através de seus representantes, pressupõe-se que estão de acordo com o interesse público. 1.2. PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE O administrador público deve ser impessoal, tendo sempre como finalidade a satisfação do intere interesse público, não podendo beneficiar nem prejudicar a si ou determinada pessoa. Esse princípio é visto sob dois aspectos: a) como determinante da finalidade de toda atuação administrativa – inevitavelmente, deter- minados atos podem ter por consequencia benefícios ou prejuízos a alguém, porém, a atu- ação do administrador deve visar ao interesse público, sob pena de tal ato ser considerado nulo por desvio de finalidade; 20 concurseiro.vip b) como vedação a que o agente público valha-se das atividades desenvolvidas pela adminis- tração para obter benefício ou promoção pessoal – é vedado a promoção pessoal do agen- te público pela sua atuação como administrador. Como exemplos de aplicação do princípio da impessoalidade, podemos citar a imposição de concurso público como condição para ingresso em cargo efetivo ou emprego público e a exigência de licitações públicas para contratações pela administração. 1.3. PRINCÍPIO DA MORALIDADE A moral administrativa está ligada à ideia de ética, probidade e de boa-fé. Não basta que a atuação do administrador público seja legal, precisa ser moral também, já que nem tudo que é legal é honesto. Ato contrário a moral não é apenas inoportuno ou inconveniente, é considerado nulo. 1.4. PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE Esse princípio é tratado sob dois prismas: a) exigência de publicação em órgão oficial como requisito de eficácia dos atos administrativos gerais que devam produzir efeitos externos ou onerem o patrimônio público – enquanto não for publicado, o ato não pode produzir efeitos; b) exigência de transparência da atuação administrativa – finalidade de possibilitar, de forma mais ampla possível, controle da administração pública pelo povo. 1.5. PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA O princípio da eficiência foi inserido o caput do art. 37 através da EC 19/1998. Visa a atingir os objetivos de boa prestação dos serviços, de modo mais simples, rápido e econômico, melhorando a relação custo/benefício da atividade da administração pública. O administrador deve ter plane- jamento, procurando a melhor solução para atingir a finalidade e interesse público do ato. Esse princípio, porém, não tem um caráter absoluto, já que não é possível afastar os outros princípios da administração sob o argumento de dar maior eficiência ao ato. Por exemplo, não se pode afastar as etapas legais (princípio da legalidade) de um procedimento licitatório a fim de ter maior eficiência. 2. CARGOS, EMPREGOS E FUNÇÕES PÚBLICAS São acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei; (Obs.: Lei 8.112/90, art. 5º, § 3º As universidades e institui- ções de pesquisa científica e tecnológica federais poderão prover seus cargos com professores, técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e os procedimentos desta Lei). INSS VIP (Técnico do Seguro Social) – Direito Administrativo – Profª Tatiana Marcello 21concurseiro.vip 3. CARGO EM COMISSÃO E FUNÇÃO DE CONFIANÇA As funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstosem lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento. Cargo Público Efetivo Concurso Público Estabilidade Comissão Livre nomeação e exoneração (direção, chefia e assessoramento) Sem estabilidade 4. EXIGÊNCIA DE CONCURSO PÚBLICO A regra é que a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em co- missão declarado em lei de livre nomeação e exoneração. 5. PRAZO DE VALIDADE DO CONCURSO O prazo de validade do concurso público será de até 2 anos, prorrogável uma vez, por igual pe- ríodo; ou seja, o prazo pode ser menor do que 2 anos; assim, se o prazo for de 1 ano, poderá ser prorrogado por mais 1 ano apenas. 6. PRIORIDADE DE NOMEAÇÃO Durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concur- so público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos con- cursados para assumir cargo ou emprego, na carreira. (Obs.: Lei 8.112/90, art. 12, § 2º Não se abrirá novo concurso enquanto houver candidato aprovado em concurso anterior com prazo de validade não expirado). 22 concurseiro.vip 7. DIREITO À LIVRE ASSOCIAÇÃO SINDICAL É garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical, regra aplicável apenas ao servidores públicos civis, já que a CF veda a aplicação aos militares (art. 142, § 3º, IV, CF). 8. DIREITO DE GREVE O direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica; porém, ainda não regulamentação legal, o que fez com que o STF decidisse pela aplicação da lei que regulamenta o direito de greve do empregado na iniciativa privada (Lei nº 7783/89). É vedado aos militares fazerem greve. 9. RESERVA DE PERCENTUAL AOS PORTADORES DE DEFICIÊNCIA A lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de de- ficiência e definirá os critérios de sua admissão; (Obs.: Lei 8.112/90, art. 5º, § 2º Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de se inscrever em concurso público para pro- vimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que são portadoras; para tais pessoas serão reservadas até 20% das vagas oferecidas no concurso). 10. SERVIDOR TEMPORÁRIO A lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público. Trata-se do servidor contratado por tempo de- terminado, que exercerá uma função pública. 11. FIXAÇÃO E REVISÃO GERAL DA REMUNERAÇÃO A remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do art. 39 somente po- derão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices. 12. SUBSÍDIO O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela úni- ca, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de represen- tação ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI. A remuneração dos servidores públicos organizados em carreira poderá ser fixada nos ter- mos do § 4º. Obs.: art. 144, § 9º A remuneração dos servidores policiais integrantes dos órgãos relacionados neste artigo será fixada na forma do § 4º do art. 39. INSS VIP (Técnico do Seguro Social) – Direito Administrativo – Profª Tatiana Marcello 23concurseiro.vip 13. TETO REMUNERATÓRIO Agentes públicos não podem receber remuneração maior do que o subsídio mensal pago aos Ministros do Supremo Tribunal Federal (é o chamado teto absoluto). Há também o chamado subteto: I – nos Municípios, nenhum servidor poderá ganhar mais do que o prefeito; II – nos Estados e Distrito Federal, se Poder Executivo, nenhum servidor pode ganhar mais do que o Governador, se Poder Legislativo, nenhum servidor pode ganhar mais do que os Deputados Estaduais ou Distritais, se Poder Judiciário, nenhum servidor pode ganhar mais do que os De- sembargadores do respectivo Tribunal de Justiça. Obs.: Não serão computadas, para efeito desses limites remuneratórios, as parcelas de caráter indenizatório previstas em lei. Teto Absoluto Nenhum agente público pode receber remuneração maior do que Ministro do STF Subteto Agentes Públicos Âmbito Não pode ganhar mais do que Municipais Geral Prefeito Estaduais e Distritais Poder Executivo Governador Poder Legislativo Deputados Estaduais ou Distritais Poder Judiciário Desembargadores do TJ 14. PARIDADE DE VENCIMENTOS Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo. 15. VEDAÇÃO A VINCULAÇÃO E EQUIPARAÇÃO DE REMUNERAÇÃO É vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público; 16. IRREDUTIBILIDADE DE VENCIMENTOS E SUBSÍDIOS Em regra, o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são irredutíveis, respeitando-se o teto. 24 concurseiro.vip 17. ACRÉSCIMOS PECUNIÁRIOS Os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores. 18. ACUMULAÇÃO DE CARGOS PÚBLICOS É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, bem como de empregos e funções, abrangendo autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público; porém é permitida a acumulação, excepcionalmente, quando houver compatibilidade de horários, ob- servado em qualquer caso o disposto no inciso XI (teto): a) a de dois cargos de professor; b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regula- mentadas. Acumulação lícita: 19. ACUMULAÇÃO DE PROVENTOS COM REMUNERAÇÃO É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria (art. 40, art. 42 e 142, CF) com a remuneração de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os cargos acumuláveis na forma desta Constituição, os cargos eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e exoneração. INSS VIP (Técnico do Seguro Social) – Direito Administrativo – Profª Tatiana Marcello 25concurseiro.vip 20. ATOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA Os atos de improbidade administrativa importarão: a) a suspensão dos direitos políticos, b) a perda da função pública, c) a indisponibilidade dos bens, d) e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, e) sem prejuízo da ação penal cabível. 21. RESPONSABILIDADE POR DANOS As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. Portanto, quem responde pelos danos causados a terceiros por agentes públicos são as respectivas pessoas jurídicas; porém, se houver culpa ou dolo do agente, o Poder Público poderá cobrá-lo o ressarcimento. 22. MANDATO ELETIVO Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de manda- to eletivo, aplicam-se as seguintes disposições: I – tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego ou função; II – investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração; III – investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo,e, não havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior; IV – em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento; V – para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão determi- nados como se no exercício estivesse. 26 concurseiro.vip Mandato eletivo federal, estadual ou distrital • será afastado e receberá a $ do mandato. Mandato de Prefeito • será afastado e poderá optar pela sua remune-ração ou a remuneração do mandato. Mandato de Vereador a) havendo compatibilidade de horários, perce- berá $ do cargo, emprego ou função + a remu- neração do cargo eletivo (acumulará); b) não havendo compatibilidade de horários, será afastado e poderá optar pela sua remune- ração ou a remuneração do mandato. 23. OBRIGATORIEDADE DE REGIME JURÍDICO ÚNICO A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de sua compe- tência, regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da administração pública direta, das autarquias e das fundações públicas. Cada ente da Federação deve definir se o re- gime de todos os seus servidores (em sentido amplo) será celetista ou estatutário. Essa regra foi alterada pela EC 19/1998, eliminando o regime único. Porém, o STF suspendeu a eficácia da nova redação, passando a constar novamente a redação original (de regime jurídico único). Por exemplo, a Lei nº 8.112/1990 institui o regime estatutário para todos os servidores civis da União, autarquias e fundações públicas Federais. 24. DIREITOS TRABALHISTAS APLICÁVEIS AOS SERVIDORES OCUPANTES DE CARGOS PÚBLICOS Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer requisitos diferenciados de admissão quando a natureza do cargo o exigir. Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: IV – salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessi- dades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, ves- tuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim; VII – garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variá- vel; VIII – décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria; IX – remuneração do trabalho noturno superior à do diurno; INSS VIP (Técnico do Seguro Social) – Direito Administrativo – Profª Tatiana Marcello 27concurseiro.vip XII – salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei; XIII – duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro sema- nais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou con- venção coletiva de trabalho; XV – repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos; XVI – remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinqüenta por cento à do normal; XVII – gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal; XVIII – licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vin- te dias; XIX – licença-paternidade, nos termos fixados em lei; XX – proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei; XXII – redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segu- rança; XXX – proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil; 25. ESTABILIDADE São estáveis após 3 anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimen- to efetivo em virtude de concurso público + avaliação especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade. Portanto, são requisitos para aquisição da estabilidade: a) aprovação em concurso público; b) nomeação para cargo público efetivo; c) 3 anos de efetivo exercício; d) avaliação especial de desempenho. A estabilidade é a garantia de permanência do servidor no serviço público, mas não é absoluta, sendo que a própria CF prevê que o servidor público estável só perderá o cargo: I – em virtude de sentença judicial transitada em julgado; II – mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa; III – mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei comple- mentar, assegurada ampla defesa. 28 concurseiro.vip Também poderá perder o cargo em caso de despesa de pessoal acima dos limites legais (art. 169, CF). A Lei complementar n. 101/200 (Lei de Responsabilidade Fiscal) estabelece que o limi- te de despesa com pessoal da União é de 50% da receita líquida, enquanto dos Estados e Mu- nicípios é de 60%. Ultrapassados esses limites, o ente deverá tomar as seguintes providências: a) reduzir em pelo menos 20% as despesas com cargos em comissão e funções de confiança; b) exoneração dos servidores não estáveis; c) se ainda assim ficar fora dos limites legais, o servi- dor estável poderá perder o cargo. 26. REINTEGRAÇÃO Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o even- tual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço. 27. DISPONIBILIDADE Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilida- de, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo. 28. APOSENTADORIA Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Mu- nicípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência (Regime Próprio de Previdência Social – RPPS) de caráter contributivo e solidário, mediante contribui- ção do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial. Obs.: O Estatuto trará as regras para a aposentadoria. Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre nome- ação e exoneração bem como de outro cargo temporário ou de emprego público, aplica-se o Regime Geral de Previdência Social (RGPS)., ou seja, o regime geral aplicável aos trabalhadores da iniciativa provada regidos pela CLT. Os proventos de aposentadoria e as pensões, por ocasião de sua concessão, não poderão exceder a remuneração do respectivo servidor, no cargo efetivo em que se deu a aposentadoria ou que serviu de referência para a concessão da pensão. O tempo de contribuição federal, estadual ou municipal será contado para efeito de aposentadoria e o tempo de serviço correspondente para efeito de disponibilidade. INSS VIP (Técnico do Seguro Social) – Direito Administrativo – Profª Tatiana Marcello 29concurseiro.vip Os servidores abrangidos pelo Regime Próprio de Previdência Social (os servidores de cargos efetivos) serão aposentados, calculados os seus proventos a partir dos valores fixados na forma dos §§ 3º e 17: I – por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao tempo de contribuição, exceto se decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, na forma da lei; II – compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, aos 70 anos de idade, ou aos 75 anos de idade, na forma de lei complementar; III – voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de 10 anos de efetivo exercício no serviço público e 5 anos no cargo efetivo em que se dará aaposentadoria, observadas as se- guintes condições: a) 60 anos de idade e 35 de contribuição, se homem, e 55 anos de idade e 30 de contribui- ção, se mulher; b) 65 anos de idade, se homem, e 60 anos de idade, se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição. Aposentadoria • Por invalidez permanente. • Compulsoriamente. ü75 anos de idade. ü(proporcional ao tempo de contribuição) 30 concurseiro.vip • Voluntariamente (10 anos de efetivo exercício e 5 anos no cargo efetivo que se aposentar): • 60 anos de idade + 35 de contribuição (Integral); • Ou 65 anos de idade (Proporcional ao tempo de contribuição). • 55 anos de idade + 30 de contribuição (Integral); • Ou 60 anos de idade. (Proporcional ao tempo de contribuição). Para o cálculo dos proventos de aposentadoria, por ocasião da sua concessão, serão consideradas as remunerações utilizadas como base para as contribuições do servidor aos regimes de previdência de que tratam este artigo e o art. 201 (Regime Geral – INSS), na forma da lei. É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados, nos termos definidos em leis complementares, os casos de servidores: I – portadores de deficiência; II – que exerçam atividades de risco; III – cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física. Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acumuláveis na forma desta Constituição, é vedada a percepção de mais de uma aposentadoria à conta do regime de previdência previsto neste artigo. É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme critérios estabelecidos em lei. A lei não poderá estabelecer qualquer forma de contagem de tempo de contribuição fictício. O servidor de que trata este artigo que tenha completado as exigências para aposentadoria voluntária estabelecidas no § 1º, III, a, e que opte por permanecer em atividade fará jus a um abono de permanência equivalente ao valor da sua contribuição previdenciária até completar as exigências para aposentadoria compulsória contidas no § 1º, II. 31concurseiro.vip Questões (INSS – 2016) Julgue os itens que se se- guem, acerca da administração pública. 1. A garantia constitucional de acesso dos usu- ários a registros administrativos e a infor- mações sobre atos de governo está relacio- nada ao princípio da eficiência. ( ) Certo ( ) Errado 2. Na análise da moralidade administrativa, pressuposto de validade de todo ato da ad- ministração pública, é imprescindível avaliar a intenção do agente. ( ) Certo ( ) Errado 3. No cômputo do limite remuneratório (cha- mado de teto constitucional), devem ser consideradas todas as parcelas percebidas pelo agente público, incluídas as de caráter indenizatório. ( ) Certo ( ) Errado 4. Em decorrência do princípio da impessoa- lidade, as realizações administrativo-gover- namentais são imputadas ao ente público e não ao agente político. ( ) Certo ( ) Errado 5. Quanto aos princípios estabelecidos no ca- put artigo 37 da Constituição Federal, assi- nale as afirmativas abaixo com V (verdadei- ro) ou F (falso). ( ) Submetem apenas os órgãos da admi- nistração indireta, independentemente se da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios. ( ) Submetem apenas os órgãos da admi- nistração direta, bem como as autarquias e fundações da União. ( ) Devem ser observados, via de regra, pelos Poderes da União e, excepcionalmen- te, pelos Estados e Municípios. ( ) Devem ser observados por todos os poderes e níveis de governo. ( ) No caso concreto, em havendo confli- to, o gestor (ou administrador) sempre deve se pautar pelo princípio da ficiência. A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é a) V – F – F – V – F b) F – F – F – V – F c) F – V – V – F – V d) F – F – V – V – F e) V – V – F – F – V 6. (FCC – 2015 – ANALISTA) Os princípios constitucionais expressos da Administração pública relacionados no art. 37 da Constituição Federal dizem respeito a: a) legalidade, irreversibilidade, moralida- de, publicidade e executoriedade. b) legitimidade, imperatividade, modici- dade, pluralidade e efetividade. c) autoaplicabilidade, imperatividade, moralidade, pluralidade e eficácia. d) legalidade, impessoalidade, moralida- de, publicidade e eficiência. e) legitimidade, legalidade, modicidade, pluralidade e executoriedade. 32 concurseiro.vip 7. (CESPE – 2015 – TECNICO – TRE-GO) No que se refere ao regime jurídico-admi- nistrativo brasileiro e aos princípios regen- tes da administração pública, julgue os pró- ximos itens. O princípio da eficiência está previsto no texto constitucional de forma explícita. ( ) Certo ( ) Errado 8. (CESPE – 2015 – AUDITOR-TCU) No que se refere a ato administrativo, agen- te público e princípios da administração pú- blica, julgue os próximos itens. O princípio da eficiência, considerado um dos princí- pios inerentes à administração pública, não consta expressamente na CF. ( ) Certo ( ) Errado 9. (VUNESP – 2014 – SUPERIOR) O padrão que define que a conduta ética dos servidores públicos não pode ir de encontro ao padrão ético mais geral da sociedade, se- gundo a Constituição Federal, é o princípio da Administração Pública denominado a) subsidiariedade. b) impessoalidade. C) moralidade. d) publicidade. e) eficiência. 10. Acerca da administração pública, da organi- zação dos poderes e da organização do Esta- do, julgue os itens que se seguem. Caso pre- encha os requisitos de idade e contribuição, o indivíduo que trabalhe por vários anos em determinado Tribunal Regional Eleitoral ocu- pando, exclusivamente, cargo em comissão terá direito à aposentadoria estatutária se decidir se aposentar voluntariamente. ( ) Certo ( ) Errado 11. (CESPE – 2015 – TECNICO – TRE-GO) A respeito dos Poderes Legislativo e Execu- tivo e do regime constitucional da adminis- tração pública, julgue os itens a seguir. Con- sidere que Afonso seja servidor do Tribunal Regional Eleitoral do Estado de Goiás e te- nha sido eleito como deputado estadual. Nessa situação, se houver compatibilidade de horário entre suas atividades no tribunal e sua atuação como deputado, Afonso pode acumular os dois cargos e receber as vanta- gens e as remunerações a eles referentes. ( ) Certo ( ) Errado 12. (CESPE – 2015 – TÉCNICO) No que se refere aos princípios e conceitos da administração pública e aos servidores públi- cos, julgue os próximos itens. A vedação ao acúmulo remunerado de cargos, empregos ou funções públicas não se estende aos empre- gados das sociedades de economia mista. ( ) Certo ( ) Errado 13. (CESPE – 2015 – TÉCNICO – Fundação Uni- versidade de Brasília) No que se refere aos princípios e conceitos da administração pública e aos servidores públi- cos, julgue os próximos itens. O prazo de vali- dade de concurso público é de até dois anos, podendo ele ser prorrogado enquanto houver candidatos aprovados no cadastro de reserva. ( ) Certo ( ) Errado 14. (CESGRANRIO – 2014 – TÉCNICO) Um dos grandes temas tratados na Consti- tuição Federal é o do acesso facilitado aos cargos públicos. Dentre as inovações cons- tantes da Constituição Federal em vigor, encontra-se a possibilidade de a lei estabe- lecer percentual dos cargos e empregos pú- blicos para as pessoas a) menores de dezoito anos b) estrangeiras em situação de risco 33 INSS VIP (Técnico do Seguro Social) – Direito Administrativo – Profª Tatiana Marcello concurseiro.vip c) consideradas de menor rendimento econômico d) portadoras de deficiência e) moradoras em locais considerados peri- gosos 15. (CESPE – 2015 – ANALISTA – Controladoria Geral do Estado – PI) No que se refere às disposições gerais relacio- nadas aos servidores públicos, julgue os itens a seguir. De acordo com a CF, os servidores no- meados para cargo de provimentoefetivo em virtude de concurso público adquirem a esta- bilidade após dois anos de efetivo exercício. ( ) Certo ( ) Errado 16. (CESPE – 2015 – ANALISTA) No que se refere à administração pública, aos direitos políticos e às comissões parla- mentares de inquérito (CPIs), julgue os itens que se seguem. Os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em vir- tude de concurso público são estáveis após dois anos de efetivo exercício. ( ) Certo ( ) Errado 17. (CESPE – 2015 – ANALISTA) Acerca das disposições referentes à admi- nistração pública, às competências constitu- cionais dos entes federados e ao Poder Ju- diciário, julgue os itens a seguir. Os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis apenas a brasileiros natos e naturalizados que preencham os requisitos estabelecidos em lei. ( ) Certo ( ) Errado 18. (CESPE – 2015 – SUPERIOR) A respeito da organização político-adminis- trativa do Estado e da administração públi- ca, julgue os próximos itens. O texto cons- titucional é silente em relação ao direito de greve dos servidores públicos. ( ) Certo ( ) Errado 19. (CESPE – 2015 – ANALISTA) No que diz respeito aos servidores públicos segundo disposições da CF, julgue os itens subsequentes. Os subsídios e as remunera- ções dos servidores públicos federais, inclu- ídas as verbas de qualquer natureza, mes- mo indenizatórias, não podem exceder o subsídio mensal dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). ( ) Certo ( ) Errado 20. (CESPE – 2015 – ANALISTA) No que se refere a ato administrativo, agen- te público e princípios da administração pú- blica, julgue os próximos itens. O princípio da eficiência, considerado um dos princí- pios inerentes à administração pública, não consta expressamente na CF. ( ) Certo ( ) Errado 21. (VUNESP – 2014 – DELEGADO Polícia Civil SP) Os atos de improbidade administrativa im- portarão, nos termos da Constituição Fede- ral, dentre outros, a) a prisão provisória, sem direito à fiança. b) a indisponibilidade dos bens. c) a impossibilidade de deixar o país. d) a suspensão dos direitos civis. e) o pagamento de multa ao Fundo de Proteção Social. Gabarito: 1. Anulada 2. Errado 3. Errado 4. Certo 5. B 6. D 7. Certo 8. Errado 9. C 10. Errado 11. Errado 12. Errado 13. Errado 14. D 15. Errado 16. Errado 17. Errado 18. Errado 19. Errado 20. Errado 21. B 34 concurseiro.vip LEI Nº 8.112/1990 – ESTATUTO DOS SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS FEDERAIS LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990 Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a se- guinte Lei: TÍTULO I CAPÍTULO ÚNICO DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1º Esta Lei institui o Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, das autar- quias, inclusive as em regime especial, e das fundações públicas federais. Art. 2º Para os efeitos desta Lei, servidor é a pessoa legalmente investida em cargo público. Art. 3º Cargo público é o conjunto de atribui- ções e responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor. Parágrafo único. Os cargos públicos, acessí- veis a todos os brasileiros, são criados por lei, com denominação própria e vencimento pago pelos cofres públicos, para provimen- to em caráter efetivo ou em comissão. Art. 4º É proibida a prestação de serviços gratui- tos, salvo os casos previstos em lei. TÍTULO II Do Provimento, Vacância, Remoção, Redistribuição e Substituição CAPÍTULO I DO PROVIMENTO Seção I DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 5º São requisitos básicos para investidura em cargo público: I – a nacionalidade brasileira; II – o gozo dos direitos políticos; III – a quitação com as obrigações militares e eleitorais; IV – o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo; V – a idade mínima de dezoito anos; VI – aptidão física e mental. § 1º As atribuições do cargo podem justifi- car a exigência de outros requisitos estabe- lecidos em lei. § 2º Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de se inscrever em concurso público para provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que são portadoras; para tais pessoas serão reservadas até 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas no concurso. § 3º As universidades e instituições de pes- quisa científica e tecnológica federais po- derão prover seus cargos com professores, técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e os procedimentos desta Lei. (Incluído pela Lei nº 9.515, de 20.11.97) INSS VIP (Técnico do Seguro Social) – Direito Administrativo – Profª Tatiana Marcello 35concurseiro.vip Art. 6º O provimento dos cargos públicos far-se- -á mediante ato da autoridade competente de cada Poder. Art. 7º A investidura em cargo público ocorrerá com a posse. Art. 8º São formas de provimento de cargo pú- blico: I – nomeação; II – promoção; III – ascensão; IV – transferência; V – readaptação; VI – reversão; VII – aproveitamento; VIII – reintegração; IX – recondução. Seção II DA NOMEAÇÃO Art. 9º A nomeação far-se-á: I – em caráter efetivo, quando se tratar de cargo isolado de provimento efetivo ou de carreira; II – em comissão, inclusive na condição de interino, para cargos de confiança va- gos. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) Parágrafo único. O servidor ocupante de cargo em comissão ou de natureza especial poderá ser nomeado para ter exercício, in- terinamente, em outro cargo de confiança, sem prejuízo das atribuições do que atual- mente ocupa, hipótese em que deverá op- tar pela remuneração de um deles durante o período da interinidade. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) Art. 10. A nomeação para cargo de carreira ou cargo isolado de provimento efetivo depende de prévia habilitação em concurso público de provas ou de provas e títulos, obedecidos a or- dem de classificação e o prazo de sua validade. Parágrafo único. Os demais requisitos para o ingresso e o desenvolvimento do servidor na carreira, mediante promoção, serão es- tabelecidos pela lei que fixar as diretrizes do sistema de carreira na Administração Públi- ca Federal e seus regulamentos. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) Seção III DO CONCURSO PÚBLICO Art. 11. O concurso será de provas ou de provas e títulos, podendo ser realizado em duas eta- pas, conforme dispuserem a lei e o regulamento do respectivo plano de carreira, condicionada a inscrição do candidato ao pagamento do valor fixado no edital, quando indispensável ao seu custeio, e ressalvadas as hipóteses de isenção nele expressamente previstas. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) (Regulamento) Art. 12. O concurso público terá validade de até 2 (dois) anos, podendo ser prorrogado uma úni- ca vez, por igual período. § 1º O prazo de validade do concurso e as condições de sua realização serão fixados em edital, que será publicado no Diário Ofi- cial da União e em jornal diário de grande circulação. § 2º Não se abrirá novo concurso enquan- to houver candidato aprovado em concurso anterior com prazo de validade não expira- do. Seção IV DA POSSE E DO EXERCÍCIO Art. 13. A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo termo, no qual deverão constar as atribuições, os deveres, as responsabilidades e os direitos inerentes ao cargo ocupado, que não poderão ser alterados unilateralmente, por qualquer das partes, ressalvados os atos de ofí- cio previstos em lei. 36 concurseiro.vip § 1º A posse ocorrerá no prazo de trinta dias contados da publicação do ato de pro- vimento. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) § 2º Em se tratando de servidor, que esteja na data de publicação do ato de provimen- to, em licença prevista nos incisos I, III e V do art. 81, ou afastado nas hipóteses dos in- cisos I, IV, VI, VIII, alíneas "a", "b", "d", "e" e "f", IX e X do art. 102, o prazo será con- tadodo término do impedimento. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) § 3º A posse poderá dar-se mediante procu- ração específica. § 4º Só haverá posse nos casos de provi- mento de cargo por nomeação. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) § 5º No ato da posse, o servidor apresen- tará declaração de bens e valores que cons- tituem seu patrimônio e declaração quanto ao exercício ou não de outro cargo, empre- go ou função pública. § 6º Será tornado sem efeito o ato de provi- mento se a posse não ocorrer no prazo pre- visto no § 1º deste artigo. Art. 14. A posse em cargo público dependerá de prévia inspeção médica oficial. Parágrafo único. Só poderá ser empossado aquele que for julgado apto física e mental- mente para o exercício do cargo. Art. 15. Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo público ou da função de confiança. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) § 1º É de quinze dias o prazo para o servi- dor empossado em cargo público entrar em exercício, contados da data da posse. (Reda- ção dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) § 2º O servidor será exonerado do cargo ou será tornado sem efeito o ato de sua desig- nação para função de confiança, se não en- trar em exercício nos prazos previstos neste artigo, observado o disposto no art. 18. (Re- dação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) § 3º À autoridade competente do órgão ou entidade para onde for nomeado ou designa- do o servidor compete dar-lhe exercício. (Re- dação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) § 4º O início do exercício de função de confian- ça coincidirá com a data de publicação do ato de designação, salvo quando o servidor estiver em licença ou afastado por qualquer outro mo- tivo legal, hipótese em que recairá no primeiro dia útil após o término do impedimento, que não poderá exceder a trinta dias da publicação. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) Art. 16. O início, a suspensão, a interrupção e o reinício do exercício serão registrados no assen- tamento individual do servidor. Parágrafo único. Ao entrar em exercício, o servidor apresentará ao órgão competente os elementos necessários ao seu assenta- mento individual. Art. 17. A promoção não interrompe o tempo de exercício, que é contado no novo posiciona- mento na carreira a partir da data de publicação do ato que promover o servidor. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) Art. 18. O servidor que deva ter exercício em outro município em razão de ter sido removido, redis- tribuído, requisitado, cedido ou posto em exercí- cio provisório terá, no mínimo, dez e, no máximo, trinta dias de prazo, contados da publicação do ato, para a retomada do efetivo desempenho das atribuições do cargo, incluído nesse prazo o tempo necessário para o deslocamento para a nova sede. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) § 1º Na hipótese de o servidor encontrar-se em licença ou afastado legalmente, o pra- zo a que se refere este artigo será contado a partir do término do impedimento. (Pa- rágrafo renumerado e alterado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) § 2º É facultado ao servidor declinar dos prazos estabelecidos no caput. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) INSS VIP (Técnico do Seguro Social) – Direito Administrativo – Profª Tatiana Marcello 37concurseiro.vip Art. 19. Os servidores cumprirão jornada de tra- balho fixada em razão das atribuições pertinen- tes aos respectivos cargos, respeitada a duração máxima do trabalho semanal de quarenta horas e observados os limites mínimo e máximo de seis horas e oito horas diárias, respectivamente. (Redação dada pela Lei nº 8.270, de 17.12.91) § 1º O ocupante de cargo em comissão ou função de confiança submete-se a regime de integral dedicação ao serviço, observado o disposto no art. 120, podendo ser convo- cado sempre que houver interesse da Admi- nistração. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) § 2º O disposto neste artigo não se aplica a duração de trabalho estabelecida em leis especiais. (Incluído pela Lei nº 8.270, de 17.12.91) Art. 20. Ao entrar em exercício, o servidor no- meado para cargo de provimento efetivo ficará sujeito a estágio probatório por período de 24 (vinte e quatro) meses, durante o qual a sua ap- tidão e capacidade serão objeto de avaliação para o desempenho do cargo, observados os se- guintes fatores: (Vide EMC nº 19) I – assiduidade; II – disciplina; III – capacidade de iniciativa; IV – produtividade; V – responsabilidade. § 1º 4 (quatro) meses antes de findo o perí- odo do estágio probatório, será submetida à homologação da autoridade competente a avaliação do desempenho do servidor, re- alizada por comissão constituída para essa finalidade, de acordo com o que dispuser a lei ou o regulamento da respectiva carreira ou cargo, sem prejuízo da continuidade de apuração dos fatores enumerados nos in- cisos I a V do caput deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 11.784, de 2008) § 2º O servidor não aprovado no estágio probatório será exonerado ou, se estável, reconduzido ao cargo anteriormente ocupa- do, observado o disposto no parágrafo úni- co do art. 29. § 3º O servidor em estágio probatório pode- rá exercer quaisquer cargos de provimento em comissão ou funções de direção, chefia ou assessoramento no órgão ou entidade de lotação, e somente poderá ser cedido a outro órgão ou entidade para ocupar cargos de Natu- reza Especial, cargos de provimento em comis- são do Grupo-Direção e Assessoramento Supe- riores – DAS, de níveis 6, 5 e 4, ou equivalentes. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) § 4º Ao servidor em estágio probatório so- mente poderão ser concedidas as licenças e os afastamentos previstos nos arts. 81, in- cisos I a IV, 94, 95 e 96, bem assim afasta- mento para participar de curso de formação decorrente de aprovação em concurso para outro cargo na Administração Pública Fede- ral. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) § 5º O estágio probatório ficará suspenso durante as licenças e os afastamentos pre- vistos nos arts. 83, 84, § 1º, 86 e 96, bem assim na hipótese de participação em curso de formação, e será retomado a partir do término do impedimento. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) Seção V DA ESTABILIDADE Art. 21. O servidor habilitado em concurso pú- blico e empossado em cargo de provimento efetivo adquirirá estabilidade no serviço público ao completar 2 (dois) anos de efetivo exercício. (prazo 3 anos – vide EMC nº 19) Art. 22. O servidor estável só perderá o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado ou de processo administrativo discipli- nar no qual lhe seja assegurada ampla defesa. 38 concurseiro.vip Seção VI DA TRANSFERÊNCIA Art. 23. (Revogado) Seção VII DA READAPTAÇÃO Art. 24. Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em inspeção médica. § 1º Se julgado incapaz para o serviço públi- co, o readaptando será aposentado. § 2º A readaptação será efetivada em car- go de atribuições afins, respeitada a habili- tação exigida, nível de escolaridade e equi- valência de vencimentos e, na hipótese de inexistência de cargo vago, o servidor exer- cerá suas atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) Seção VIII DA REVERSÃO (Regulamento Dec. nº 3.644, de 30.11.2000) Art. 25. Reversão é o retorno à atividade de ser- vidor aposentado: (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001) I – por invalidez, quando junta médica ofi- cial declarar insubsistentes os motivos da aposentadoria; ou (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001) II – no interesse da administração, desde que: (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001) a) tenha solicitado a reversão; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001) b) a aposentadoria tenha sido voluntária; (Incluído pela Medida Provisória
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