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Apostila - Direito Administrativo - Tatiana Marcello

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DIREITO ADMINISTRATIVO - PARTE 1
Profª Tatiana Marcello
DIREITO ADMINISTRATIVO
Profª Tatiana Marcello
Edital
REGIME JURÍDICO ÚNICO: 1 Lei 8.112/1990 e alterações, direitos e deveres do Servidor Públi-
co. 2 O servidor público como agente de desenvolvimento social. 3 Saúde e qualidade de vida 
no serviço público.
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO:
1 Estado, governo e Administração Pública: conceitos, elementos, poderes e organização; na-
tureza, fins e princípios. 2 Direito Administrativo: conceito, fontes e princípios. 3 Organização 
administrativa da União; administração direta e indireta. 4 Agentes públicos: espécies e classifi-
cação; poderes, deveres e prerrogativas; cargo, emprego e função públicos; regime jurídico úni-
co: provimento, vacância, remoção, redistribuição e substituição; direitos e vantagens; regime 
disciplinar; responsabilidade civil, criminal e administrativa. 5 Poderes administrativos: poder 
hierárquico; poder disciplinar; poder regulamentar; poder de polícia; uso e abuso do poder. 6 
Ato administrativo: validade, eficácia; atributos; extinção, desfazimento e sanatória; classifica-
ção, espécies e exteriorização; vinculação e discricionariedade. 7 Serviços Públicos: conceito, 
classificação, regulamentação e controle; forma, meios e requisitos; delegação: concessão, per-
missão, autorização. 8 Controle e responsabilização da administração: controle administrativo; 
controle judicial; controle legislativo; responsabilidade civil do Estado. Lei nº 8.429/1992 (san-
ções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito no exercício de man-
dato, cargo, emprego ou função da administração pública direta, indireta ou fundacional e dá 
outras providências). 9 Lei n°9.784/1999 (Lei do Processo Administrativo).
DIREITO CONSTITUCIONAL: 
2 Administração Pública (artigos de 37 a 41, capítulo VII, Constituição Federal de 1988 e 
atualizações).
BANCA: CESPE
CARGO: Técnico do Seguro Social
7
Direito Administrativo
concurseiro.vip
CONCEITOS INTRODUTÓRIOS SOBRE AGENTES PÚBLICOS
1. CONCEITOS INTRODUTÓRIOS
Agente público é toda pessoa que desempenha atividade administrativa, temporária ou não, 
com ou sem remuneração.
Agente Público é a expressão mais ampla para designar de forma genérica aqueles sujeitos que 
exercem funções públicas. Quem quer que desempenhe funções estatais é um agente público 
enquanto as exercita.
Portanto, os agentes administrativos (ou servidores estatais) serão uma das espécies de agen-
te público, como será visto a seguir.
2. CLASSIFICAÇÃO/ESPÉCIES DOS AGENTES PÚBLICOS
 
8 concurseiro.vip
Os agentes públicos podem ser classificados em:
a) Agentes Políticos – Exercem função pública de alta direção do Estado. Em regra, ingressam 
por meio de eleição, com mandatos fixos, ao término dos quais a relação com o Estado 
desaparece automaticamente. Exemplos: Chefes do Poder Executivo (Presidente da Repú-
blica, Governadores dos Estados e Prefeitos Municipais, com seus respectivos vices), Parla-
mentares (Senadores, Deputados Federais e Estaduais, Vereadores), Ministros de Estado...
b) Servidores Estatais (ou Agentes Administrativos ou Servidores Públicos em sentido am-
plo) – São as pessoas que prestam serviço público para a Administração, com natureza pro-
fissional e remunerada. Dividem-se em:
 • Servidores Públicos Estatutários (são os ocupantes de cargos públicos e submetidos a regi-
me estatutário). Em sentido estrito, “servidor público” é apenas o estatutário.
 • Empregados Públicos (são os ocupantes de emprego público e submetidos a regime cele-
tista – CLT)
 • Servidores Temporários (aqueles contratados por tempo determinado para atender a ne-
cessidade temporária de excepcional interesse público, não tendo cargo nem emprego pú-
blico, exercendo função pública remunerada e temporária).
Obs.: Há doutrina e questões que entendem que “Servidor Público em sentido amplo” abran-
ge essas 3 espécies (servidores públicos estatutários, empregados públicos e servidores tem-
porários), enquanto “Servidor Público em sentido estrito” seria apenas o Servidor Estatutário.
Vejamos o esquema:
c) Particulares em colaboração com o Estado – são os que desempenham função pública 
sem vínculo com o Estado, também chamados de “agentes honoríficos”. Segundo Celso 
Antônio Bandeira de Mello, essa categoria é composta por:
 • Requisitados de serviço (mesários, jurados do Tribunal do Juri, convocados para o serviço 
militar);
 • Gestores de negócios públicos (pessoas que atuam em situações emergenciais quando o 
Estado não está presente, como alguém que chega antes dos bombeiros a um incêndio e 
presta socorro);
 • Contratados por locação civil de serviços (a exemplo de um jurista famoso que é contrata-
do para fazer um parecer);
 • Concessionários e permissionários (os que trabalham nas concessionárias e permissioná-
rias de serviço público, exercendo função pública por delegação estatal);
 • Delegados de função ou ofício público (é o caso dos que exercem serviços notariais).
INSS VIP (Técnico do Seguro Social) – Direito Administrativo – Profª Tatiana Marcello
9concurseiro.vip
d) Agentes Militares (Forças Armadas, Policiais Militares e Corpos de Bombeiros Militares) 
– Quem compõe os quadros permanentes das forças militares possui vínculo Estatutário 
especial, ou seja, seu regime jurídico é regido por lei específica, não se confundindo com os 
Estatutos aplicáveis aos servidores públicos civis. 
3. CARGO, EMPREGO E FUNÇÃO PÚBLICA
Cargo Público
Os cargos públicos são ocupados por servidores públicos, efetivos e comissionados, submeti-
dos ao regime estatutário.
A Lei nº 8.112/1990 define: “Art. 3º Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilida-
des previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor.”
De acordo com Celso Antônio Bandeira de Mello: “Cargos são as mais simples e indivisíveis unida-
des de competência a serem expressadas por um agente, previstas em número certo, com deno-
minação própria, retribuídas por pessoas jurídicas de direito público e criadas por lei”.
Cargos públicos são próprios das pessoas jurídicas de direito público.
Emprego Público
Os empregos públicos são ocupados por empregados públicos, os quais se submetem ao regime 
celetista (Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT). Os empregados públicos ingressam por meio 
de concurso público para ocupar empregos públicos, de natureza essencialmente contratual.
 
10 concurseiro.vip
De acordo com Celso Antônio Bandeira de Mello: “Empregos públicos são núcleos de encargos 
de trabalho permanentes a serem preenchidos por agentes contratados para desempenhá-los, 
sob relação trabalhista”. 
Empregos públicos são próprios das pessoas jurídicas de direito privado da Administração In-
direta. São exemplos, os empregados da Caixa Econômica Federal (empresa pública) e do Ban-
co do Brasil (sociedade de economia mista); lembrando que CESPE considera que “dirigentes” 
dessas instituições, que não sejam do quadro de empregados, são regidos por regime próprio 
e não pela CLT.
Função Pública
De acordo com Maia Sylvia Di Pietro: “São funções públicas as funções de confiança e as exer-
cidas pelos agentes públicos contratados por tempo determinado para atender a necessidade 
temporária de excepcional interesse público (CF, art. 37, IX).”
Não há concurso público para preenchimento de função pública.
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11concurseiro.vip
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA 
DO BRASIL DE 1988: ARTIGOS 37 A 41
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA 
FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988
(...)
CAPÍTULO VII
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Seção I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 37. A administração pública direta e indireta 
de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, 
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá 
aos princípios de legalidade, impessoalidade, 
moralidade, publicidade e eficiência e, também, 
ao seguinte: (Redação dada pela Emenda Cons-
titucional nº 19, de 1998)I – os cargos, empregos e funções públicas 
são acessíveis aos brasileiros que preen-
cham os requisitos estabelecidos em lei, as-
sim como aos estrangeiros, na forma da lei; 
(Redação dada pela Emenda Constitucional 
nº 19, de 1998)
II – a investidura em cargo ou emprego públi-
co depende de aprovação prévia em concur-
so público de provas ou de provas e títulos, 
de acordo com a natureza e a complexidade 
do cargo ou emprego, na forma prevista em 
lei, ressalvadas as nomeações para cargo em 
comissão declarado em lei de livre nomea-
ção e exoneração; (Redação dada pela Emen-
da Constitucional nº 19, de 1998)
III – o prazo de validade do concurso público 
será de até dois anos, prorrogável uma vez, 
por igual período;
IV – durante o prazo improrrogável previsto 
no edital de convocação, aquele aprovado 
em concurso público de provas ou de pro-
vas e títulos será convocado com prioridade 
sobre novos concursados para assumir car-
go ou emprego, na carreira;
V – as funções de confiança, exercidas ex-
clusivamente por servidores ocupantes de 
cargo efetivo, e os cargos em comissão, a 
serem preenchidos por servidores de car-
reira nos casos, condições e percentuais 
mínimos previstos em lei, destinam-se ape-
nas às atribuições de direção, chefia e as-
sessoramento; (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 19, de 1998)
VI – é garantido ao servidor público civil o 
direito à livre associação sindical;
VII – o direito de greve será exercido nos 
termos e nos limites definidos em lei espe-
cífica; (Redação dada pela Emenda Consti-
tucional nº 19, de 1998)
VIII – a lei reservará percentual dos cargos 
e empregos públicos para as pessoas por-
tadoras de deficiência e definirá os critérios 
de sua admissão;
IX – a lei estabelecerá os casos de contrata-
ção por tempo determinado para atender a 
necessidade temporária de excepcional in-
teresse público;
X – a remuneração dos servidores públicos 
e o subsídio de que trata o § 4º do art. 39 
somente poderão ser fixados ou alterados 
por lei específica, observada a iniciativa 
privativa em cada caso, assegurada revisão 
geral anual, sempre na mesma data e sem 
distinção de índices; (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (Re-
gulamento)
 
12 concurseiro.vip
XI – a remuneração e o subsídio dos ocu-
pantes de cargos, funções e empregos pú-
blicos da administração direta, autárquica e 
fundacional, dos membros de qualquer dos 
Poderes da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios, dos detentores 
de mandato eletivo e dos demais agentes 
políticos e os proventos, pensões ou outra 
espécie remuneratória, percebidos cumu-
lativamente ou não, incluídas as vantagens 
pessoais ou de qualquer outra natureza, 
não poderão exceder o subsídio mensal, em 
espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal 
Federal, aplicando-se como limite, nos Mu-
nicípios, o subsídio do Prefeito, e nos Esta-
dos e no Distrito Federal, o subsídio mensal 
do Governador no âmbito do Poder Execu-
tivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e 
Distritais no âmbito do Poder Legislativo e 
o subsidio dos Desembargadores do Tribu-
nal de Justiça, limitado a noventa inteiros e 
vinte e cinco centésimos por cento do sub-
sídio mensal, em espécie, dos Ministros do 
Supremo Tribunal Federal, no âmbito do 
Poder Judiciário, aplicável este limite aos 
membros do Ministério Público, aos Procu-
radores e aos Defensores Públicos; (Reda-
ção dada pela Emenda Constitucional nº 41, 
19.12.2003)
XII – os vencimentos dos cargos do Poder 
Legislativo e do Poder Judiciário não po-
derão ser superiores aos pagos pelo Poder 
Executivo;
XIII – é vedada a vinculação ou equiparação 
de quaisquer espécies remuneratórias para 
o efeito de remuneração de pessoal do ser-
viço público; (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 19, de 1998)
XIV – os acréscimos pecuniários percebidos 
por servidor público não serão computados 
nem acumulados para fins de concessão de 
acréscimos ulteriores; (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
XV – o subsídio e os vencimentos dos ocu-
pantes de cargos e empregos públicos são 
irredutíveis, ressalvado o disposto nos inci-
sos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, § 4º, 
150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
XVI – é vedada a acumulação remunerada 
de cargos públicos, exceto, quando houver 
compatibilidade de horários, observado em 
qualquer caso o disposto no inciso XI: (Re-
dação dada pela Emenda Constitucional nº 
19, de 1998)
a) a de dois cargos de professor; (Redação 
dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 
1998)
b) a de um cargo de professor com outro 
técnico ou científico; (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
c) a de dois cargos ou empregos privativos 
de profissionais de saúde, com profissões 
regulamentadas; (Redação dada pela Emen-
da Constitucional nº 34, de 2001)
XVII – a proibição de acumular estende-se a 
empregos e funções e abrange autarquias, 
fundações, empresas públicas, sociedades 
de economia mista, suas subsidiárias, e so-
ciedades controladas, direta ou indireta-
mente, pelo poder público; (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
XVIII – a administração fazendária e seus 
servidores fiscais terão, dentro de suas áre-
as de competência e jurisdição, precedência 
sobre os demais setores administrativos, na 
forma da lei;
XIX – somente por lei específica poderá ser 
criada autarquia e autorizada a instituição 
de empresa pública, de sociedade de eco-
nomia mista e de fundação, cabendo à lei 
complementar, neste último caso, definir as 
áreas de sua atuação; (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
XX – depende de autorização legislativa, em 
cada caso, a criação de subsidiárias das en-
tidades mencionadas no inciso anterior, as-
sim como a participação de qualquer delas 
em empresa privada;
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XXI – ressalvados os casos especificados 
na legislação, as obras, serviços, compras 
e alienações serão contratados mediante 
processo de licitação pública que assegu-
re igualdade de condições a todos os con-
correntes, com cláusulas que estabeleçam 
obrigações de pagamento, mantidas as con-
dições efetivas da proposta, nos termos da 
lei, o qual somente permitirá as exigências 
de qualificação técnica e econômica indis-
pensáveis à garantia do cumprimento das 
obrigações. (Regulamento)
XXII – as administrações tributárias da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e 
dos Municípios, atividades essenciais ao 
funcionamento do Estado, exercidas por 
servidores de carreiras específicas, terão re-
cursos prioritários para a realização de suas 
atividades e atuarão de forma integrada, 
inclusive com o compartilhamento de ca-
dastros e de informações fiscais, na forma 
da lei ou convênio. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
§ 1º A publicidade dos atos, programas, 
obras, serviços e campanhas dos órgãos 
públicos deverá ter caráter educativo, infor-
mativo ou de orientação social, dela não po-
dendo constar nomes, símbolos ou imagens 
que caracterizem promoção pessoal de au-
toridades ou servidores públicos.
§ 2º A não observância do disposto nos in-
cisos II e III implicará a nulidade do ato e a 
punição da autoridade responsável, nos ter-
mos da lei.
§ 3º A lei disciplinará as formas de partici-
pação do usuário na administração pública 
direta e indireta, regulando especialmente: 
(Redação dada pela Emenda Constitucional 
nº 19, de 1998)
I – as reclamações relativas à prestação dos 
serviços públicos em geral, asseguradas a 
manutenção de serviços de atendimento ao 
usuário e a avaliação periódica, externa e 
interna, da qualidade dos serviços; (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
II – o acesso dos usuários a registros admi-
nistrativos e a informações sobre atos de 
governo, observado o disposto no art. 5º, X 
e XXXIII; (Incluído pela Emenda Constitucio-nal nº 19, de 1998)
III – a disciplina da representação contra o 
exercício negligente ou abusivo de cargo, 
emprego ou função na administração públi-
ca. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 
19, de 1998)
§ 4º Os atos de improbidade administrativa 
importarão a suspensão dos direitos políti-
cos, a perda da função pública, a indisponi-
bilidade dos bens e o ressarcimento ao erá-
rio, na forma e gradação previstas em lei, 
sem prejuízo da ação penal cabível.
§ 5º A lei estabelecerá os prazos de pres-
crição para ilícitos praticados por qualquer 
agente, servidor ou não, que causem pre-
juízos ao erário, ressalvadas as respectivas 
ações de ressarcimento.
§ 6º As pessoas jurídicas de direito público 
e as de direito privado prestadoras de servi-
ços públicos responderão pelos danos que 
seus agentes, nessa qualidade, causarem a 
terceiros, assegurado o direito de regresso 
contra o responsável nos casos de dolo ou 
culpa.
§ 7º A lei disporá sobre os requisitos e as 
restrições ao ocupante de cargo ou empre-
go da administração direta e indireta que 
possibilite o acesso a informações privile-
giadas. (Incluído pela Emenda Constitucio-
nal nº 19, de 1998)
§ 8º A autonomia gerencial, orçamentá-
ria e financeira dos órgãos e entidades da 
administração direta e indireta poderá ser 
ampliada mediante contrato, a ser firmado 
entre seus administradores e o poder públi-
co, que tenha por objeto a fixação de metas 
de desempenho para o órgão ou entidade, 
cabendo à lei dispor sobre: (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
I – o prazo de duração do contrato;
 
14 concurseiro.vip
II – os controles e critérios de avaliação de 
desempenho, direitos, obrigações e respon-
sabilidade dos dirigentes;
III – a remuneração do pessoal."
§ 9º O disposto no inciso XI aplica-se às 
empresas públicas e às sociedades de eco-
nomia mista, e suas subsidiárias, que rece-
berem recursos da União, dos Estados, do 
Distrito Federal ou dos Municípios para pa-
gamento de despesas de pessoal ou de cus-
teio em geral. (Incluído pela Emenda Consti-
tucional nº 19, de 1998)
§ 10. É vedada a percepção simultânea de 
proventos de aposentadoria decorrentes do 
art. 40 ou dos arts. 42 e 142 com a remune-
ração de cargo, emprego ou função pública, 
ressalvados os cargos acumuláveis na forma 
desta Constituição, os cargos eletivos e os 
cargos em comissão declarados em lei de li-
vre nomeação e exoneração. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
§ 11. Não serão computadas, para efeito dos 
limites remuneratórios de que trata o inciso 
XI do caput deste artigo, as parcelas de cará-
ter indenizatório previstas em lei. (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005)
§ 12. Para os fins do disposto no inciso XI do 
caput deste artigo, fica facultado aos Esta-
dos e ao Distrito Federal fixar, em seu âm-
bito, mediante emenda às respectivas Cons-
tituições e Lei Orgânica, como limite único, 
o subsídio mensal dos Desembargadores 
do respectivo Tribunal de Justiça, limitado a 
noventa inteiros e vinte e cinco centésimos 
por cento do subsídio mensal dos Ministros 
do Supremo Tribunal Federal, não se apli-
cando o disposto neste parágrafo aos sub-
sídios dos Deputados Estaduais e Distritais 
e dos Vereadores. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 47, de 2005)
Art. 38. Ao servidor público da administração 
direta, autárquica e fundacional, no exercício de 
mandato eletivo, aplicam-se as seguintes dispo-
sições: (Redação dada pela Emenda Constitucio-
nal nº 19, de 1998)
I – tratando-se de mandato eletivo federal, 
estadual ou distrital, ficará afastado de seu 
cargo, emprego ou função;
II – investido no mandato de Prefeito, será 
afastado do cargo, emprego ou função, sen-
do-lhe facultado optar pela sua remunera-
ção;
III – investido no mandato de Vereador, ha-
vendo compatibilidade de horários, perce-
berá as vantagens de seu cargo, emprego 
ou função, sem prejuízo da remuneração do 
cargo eletivo, e, não havendo compatibili-
dade, será aplicada a norma do inciso ante-
rior;
IV – em qualquer caso que exija o afasta-
mento para o exercício de mandato eletivo, 
seu tempo de serviço será contado para to-
dos os efeitos legais, exceto para promoção 
por merecimento;
V – para efeito de benefício previdenciário, 
no caso de afastamento, os valores serão de-
terminados como se no exercício estivesse.
Seção II
DOS SERVIDORES PÚBLICOS
(Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 18, de 1998)
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal 
e os Municípios instituirão, no âmbito de sua 
competência, regime jurídico único e planos de 
carreira para os servidores da administração pú-
blica direta, das autarquias e das fundações pú-
blicas. (Vide ADIN nº 2.135-4)
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal 
e os Municípios instituirão conselho de política 
de administração e remuneração de pessoal, 
integrado por servidores designados pelos res-
pectivos Poderes. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 19, de 1998) (Vide ADIN nº 
2.135-4)
§ 1º A fixação dos padrões de vencimento 
e dos demais componentes do sistema re-
muneratório observará: (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
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I – a natureza, o grau de responsabilidade 
e a complexidade dos cargos componen-
tes de cada carreira; (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 19, de 1998)
II – os requisitos para a investidura; (Inclu-
ído pela Emenda Constitucional nº 19, de 
1998)
III – as peculiaridades dos cargos. (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
§ 2º A União, os Estados e o Distrito Fede-
ral manterão escolas de governo para a for-
mação e o aperfeiçoamento dos servidores 
públicos, constituindo-se a participação nos 
cursos um dos requisitos para a promoção 
na carreira, facultada, para isso, a celebra-
ção de convênios ou contratos entre os en-
tes federados. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 19, de 1998)
§ 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de 
cargo público o disposto no art. 7º, IV, VII, 
VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, 
XXII e XXX, podendo a lei estabelecer re-
quisitos diferenciados de admissão quando 
a natureza do cargo o exigir. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
§ 4º O membro de Poder, o detentor de 
mandato eletivo, os Ministros de Estado e 
os Secretários Estaduais e Municipais serão 
remunerados exclusivamente por subsídio 
fixado em parcela única, vedado o acrésci-
mo de qualquer gratificação, adicional, abo-
no, prêmio, verba de representação ou ou-
tra espécie remuneratória, obedecido, em 
qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI. 
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, 
de 1998)
§ 5º Lei da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios poderá estabele-
cer a relação entre a maior e a menor re-
muneração dos servidores públicos, obede-
cido, em qualquer caso, o disposto no art. 
37, XI.(Incluído pela Emenda Constitucional 
nº 19, de 1998)
§ 6º Os Poderes Executivo, Legislativo e Ju-
diciário publicarão anualmente os valores 
do subsídio e da remuneração dos cargos e 
empregos públicos. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 19, de 1998)
§ 7º Lei da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios disciplinará a apli-
cação de recursos orçamentários provenien-
tes da economia com despesas correntes 
em cada órgão, autarquia e fundação, para 
aplicação no desenvolvimento de programas 
de qualidade e produtividade, treinamento 
e desenvolvimento, modernização, reapare-
lhamento e racionalização do serviço públi-
co, inclusive sob a forma de adicional ou prê-
mio de produtividade. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 19, de 1998)
§ 8º A remuneração dos servidores públicos 
organizados em carreira poderá ser fixada 
nos termos do § 4º. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 19, de 1998)
Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efe-
tivos da União, dos Estados, do DistritoFederal 
e dos Municípios, incluídas suas autarquias e 
fundações, é assegurado regime de previdên-
cia de caráter contributivo e solidário, median-
te contribuição do respectivo ente público, dos 
servidores ativos e inativos e dos pensionistas, 
observados critérios que preservem o equilíbrio 
financeiro e atuarial e o disposto neste artigo. 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 
41, 19.12.2003)
§ 1º Os servidores abrangidos pelo regime 
de previdência de que trata este artigo se-
rão aposentados, calculados os seus pro-
ventos a partir dos valores fixados na forma 
dos §§ 3º e 17: (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 41, 19.12.2003)
I – por invalidez permanente, sendo os pro-
ventos proporcionais ao tempo de contri-
buição, exceto se decorrente de acidente 
em serviço, moléstia profissional ou doença 
grave, contagiosa ou incurável, na forma da 
lei;(Redação dada pela Emenda Constitucio-
nal nº 41, 19.12.2003)
 
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II – compulsoriamente, com proventos pro-
porcionais ao tempo de contribuição, aos 
70 (setenta) anos de idade, ou aos 75 (se-
tenta e cinco) anos de idade, na forma de lei 
complementar; (Redação dada pela Emen-
da Constitucional nº 88, de 2015)
III – voluntariamente, desde que cumprido 
tempo mínimo de dez anos de efetivo exer-
cício no serviço público e cinco anos no car-
go efetivo em que se dará a aposentadoria, 
observadas as seguintes condições: (Reda-
ção dada pela Emenda Constitucional nº 20, 
de 15/12/98)
a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de 
contribuição, se homem, e cinqüenta e cin-
co anos de idade e trinta de contribuição, se 
mulher; (Redação dada pela Emenda Cons-
titucional nº 20, de 15/12/98)
b) sessenta e cinco anos de idade, se ho-
mem, e sessenta anos de idade, se mulher, 
com proventos proporcionais ao tempo de 
contribuição. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 20, de 15/12/98)
§ 2º Os proventos de aposentadoria e as 
pensões, por ocasião de sua concessão, não 
poderão exceder a remuneração do respec-
tivo servidor, no cargo efetivo em que se 
deu a aposentadoria ou que serviu de refe-
rência para a concessão da pensão. (Reda-
ção dada pela Emenda Constitucional nº 20, 
de 15/12/98)
§ 3º Para o cálculo dos proventos de apo-
sentadoria, por ocasião da sua concessão, 
serão consideradas as remunerações utili-
zadas como base para as contribuições do 
servidor aos regimes de previdência de que 
tratam este artigo e o art. 201, na forma da 
lei. (Redação dada pela Emenda Constitu-
cional nº 41, 19.12.2003)
§ 4º É vedada a adoção de requisitos e cri-
térios diferenciados para a concessão de 
aposentadoria aos abrangidos pelo regime 
de que trata este artigo, ressalvados, nos 
termos definidos em leis complementares, 
os casos de servidores: (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 47, de 2005)
I – portadores de deficiência; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 47, de 2005)
II – que exerçam atividades de risco; (Inclu-
ído pela Emenda Constitucional nº 47, de 
2005)
III – cujas atividades sejam exercidas sob 
condições especiais que prejudiquem a 
saúde ou a integridade física. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 47, de 2005)
§ 5º Os requisitos de idade e de tempo de 
contribuição serão reduzidos em cinco anos, 
em relação ao disposto no § 1º, III, "a", para 
o professor que comprove exclusivamente 
tempo de efetivo exercício das funções de 
magistério na educação infantil e no ensino 
fundamental e médio. (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98)
§ 6º Ressalvadas as aposentadorias decor-
rentes dos cargos acumuláveis na forma 
desta Constituição, é vedada a percepção 
de mais de uma aposentadoria à conta do 
regime de previdência previsto neste artigo.
(Redação dada pela Emenda Constitucional 
nº 20, de 15/12/98)
§ 7º Lei disporá sobre a concessão do bene-
fício de pensão por morte, que será igual: 
(Redação dada pela Emenda Constitucional 
nº 41, 19.12.2003)
I – ao valor da totalidade dos proventos do 
servidor falecido, até o limite máximo esta-
belecido para os benefícios do regime geral 
de previdência social de que trata o art. 201, 
acrescido de setenta por cento da parcela 
excedente a este limite, caso aposentado 
à data do óbito; ou (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 41, 19.12.2003)
II – ao valor da totalidade da remuneração 
do servidor no cargo efetivo em que se deu 
o falecimento, até o limite máximo estabe-
lecido para os benefícios do regime geral de 
previdência social de que trata o art. 201, 
acrescido de setenta por cento da parcela 
excedente a este limite, caso em atividade 
na data do óbito. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 41, 19.12.2003)
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§ 8º É assegurado o reajustamento dos be-
nefícios para preservar-lhes, em caráter per-
manente, o valor real, conforme critérios 
estabelecidos em lei. (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)
§ 9º O tempo de contribuição federal, esta-
dual ou municipal será contado para efeito 
de aposentadoria e o tempo de serviço cor-
respondente para efeito de disponibilidade. 
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, 
de 15/12/98)
§ 10. A lei não poderá estabelecer qualquer 
forma de contagem de tempo de contribui-
ção fictício. (Incluído pela Emenda Constitu-
cional nº 20, de 15/12/98)
§ 11. Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI, 
à soma total dos proventos de inatividade, 
inclusive quando decorrentes da acumula-
ção de cargos ou empregos públicos, bem 
como de outras atividades sujeitas a contri-
buição para o regime geral de previdência 
social, e ao montante resultante da adição 
de proventos de inatividade com remune-
ração de cargo acumulável na forma desta 
Constituição, cargo em comissão declarado 
em lei de livre nomeação e exoneração, e de 
cargo eletivo. (Incluído pela Emenda Consti-
tucional nº 20, de 15/12/98)
§ 12. Além do disposto neste artigo, o regi-
me de previdência dos servidores públicos 
titulares de cargo efetivo observará, no que 
couber, os requisitos e critérios fixados para 
o regime geral de previdência social. (Inclu-
ído pela Emenda Constitucional nº 20, de 
15/12/98)
§ 13. Ao servidor ocupante, exclusivamen-
te, de cargo em comissão declarado em lei 
de livre nomeação e exoneração bem como 
de outro cargo temporário ou de emprego 
público, aplica-se o regime geral de previ-
dência social. (Incluído pela Emenda Consti-
tucional nº 20, de 15/12/98)
§ 14. A União, os Estados, o Distrito Fede-
ral e os Municípios, desde que instituam 
regime de previdência complementar para 
os seus respectivos servidores titulares de 
cargo efetivo, poderão fixar, para o valor das 
aposentadorias e pensões a serem concedi-
das pelo regime de que trata este artigo, o 
limite máximo estabelecido para os bene-
fícios do regime geral de previdência social 
de que trata o art. 201. (Incluído pela Emen-
da Constitucional nº 20, de 15/12/98)
§ 15. O regime de previdência complemen-
tar de que trata o § 14 será instituído por 
lei de iniciativa do respectivo Poder Executi-
vo, observado o disposto no art. 202 e seus 
parágrafos, no que couber, por intermédio 
de entidades fechadas de previdência com-
plementar, de natureza pública, que ofere-
cerão aos respectivos participantes planos 
de benefícios somente na modalidade de 
contribuição definida. (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)
§ 16. Somente mediante sua prévia e ex-
pressa opção, o disposto nos §§ 14 e 15 
poderá ser aplicado ao servidor que tiver 
ingressado no serviço público até a data da 
publicação do ato de instituição do corres-
pondente regime de previdência comple-
mentar. (Incluído pela Emenda Constitucio-
nal nº 20, de 15/12/98)
§ 17. Todos os valores de remuneração con-
siderados para o cálculo do benefício pre-
visto no § 3° serão devidamente atualiza-
dos, na forma da lei. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 41, 19.12.2003)
§ 18. Incidirá contribuição sobreos proven-
tos de aposentadorias e pensões conce-
didas pelo regime de que trata este artigo 
que superem o limite máximo estabelecido 
para os benefícios do regime geral de pre-
vidência social de que trata o art. 201, com 
percentual igual ao estabelecido para os 
servidores titulares de cargos efetivos. (In-
cluído pela Emenda Constitucional nº 41, 
19.12.2003)
§ 19. O servidor de que trata este artigo que 
tenha completado as exigências para apo-
sentadoria voluntária estabelecidas no § 1º, 
 
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III, a, e que opte por permanecer em ativi-
dade fará jus a um abono de permanência 
equivalente ao valor da sua contribuição 
previdenciária até completar as exigências 
para aposentadoria compulsória contidas 
no § 1º, II. (Incluído pela Emenda Constitu-
cional nº 41, 19.12.2003)
§ 20. Fica vedada a existência de mais de um 
regime próprio de previdência social para os 
servidores titulares de cargos efetivos, e de 
mais de uma unidade gestora do respectivo 
regime em cada ente estatal, ressalvado o 
disposto no art. 142, § 3º, X. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)
§ 21. A contribuição prevista no § 18 deste 
artigo incidirá apenas sobre as parcelas de 
proventos de aposentadoria e de pensão 
que superem o dobro do limite máximo es-
tabelecido para os benefícios do regime ge-
ral de previdência social de que trata o art. 
201 desta Constituição, quando o beneficiá-
rio, na forma da lei, for portador de doença 
incapacitante. (Incluído pela Emenda Cons-
titucional nº 47, de 2005)
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo 
exercício os servidores nomeados para cargo de 
provimento efetivo em virtude de concurso pú-
blico. (Redação dada pela Emenda Constitucio-
nal nº 19, de 1998)
§ 1º O servidor público estável só perderá o 
cargo: (Redação dada pela Emenda Consti-
tucional nº 19, de 1998)
I – em virtude de sentença judicial transita-
da em julgado; (Incluído pela Emenda Cons-
titucional nº 19, de 1998)
II – mediante processo administrativo em 
que lhe seja assegurada ampla defesa; (In-
cluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 
1998)
III – mediante procedimento de avaliação 
periódica de desempenho, na forma de lei 
complementar, assegurada ampla defesa. 
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, 
de 1998)
§ 2º Invalidada por sentença judicial a de-
missão do servidor estável, será ele reinte-
grado, e o eventual ocupante da vaga, se es-
tável, reconduzido ao cargo de origem, sem 
direito a indenização, aproveitado em outro 
cargo ou posto em disponibilidade com re-
muneração proporcional ao tempo de ser-
viço. (Redação dada pela Emenda Constitu-
cional nº 19, de 1998)
§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua des-
necessidade, o servidor estável ficará em 
disponibilidade, com remuneração propor-
cional ao tempo de serviço, até seu adequa-
do aproveitamento em outro cargo. (Reda-
ção dada pela Emenda Constitucional nº 19, 
de 1998)
§ 4º Como condição para a aquisição da es-
tabilidade, é obrigatória a avaliação especial 
de desempenho por comissão instituída 
para essa finalidade. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 19, de 1998)
(...)
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CONSIDERAÇÕES SOBRE AS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS
1. PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS APLICÁVEIS À ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, 
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, mo-
ralidade, publicidade e eficiência...
Trata-se dos princípios expressamente trazidos pela CF/88, considerando que há outros princí-
pios aplicáveis.
Para memorizá-los, usa-se o macete do “LIMPE”:
Legalidade
Impessoalidade
Moralidade
Publicidade
Eficiência
1.1. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
A administração pública só pode agir quando houver lei que determine ou autorize sua atu-
ação. Assim, a eficácia da atividade da administração pública está condicionada ao que a lei 
permite ou determina.
Enquanto no âmbito dos particulares, o princípio da legalidade significa que podem fazer 
tudo o que a lei não proíba, no âmbito da administração pública esse princípio significa que o 
administrador só pode fazer o que a lei autorize ou determine.
Esse princípio é o que melhor caracteriza o Estado de Direito, pois o administrador público 
não pode agir de acordo com sua própria vontade e sim de acordo com o interesse do povo, 
titular do poder. Como, em última instância, as leis são feitas pelo povo, através de seus 
representantes, pressupõe-se que estão de acordo com o interesse público.
1.2. PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE 
O administrador público deve ser impessoal, tendo sempre como finalidade a satisfação do 
intere interesse público, não podendo beneficiar nem prejudicar a si ou determinada pessoa.
Esse princípio é visto sob dois aspectos:
a) como determinante da finalidade de toda atuação administrativa – inevitavelmente, deter-
minados atos podem ter por consequencia benefícios ou prejuízos a alguém, porém, a atu-
ação do administrador deve visar ao interesse público, sob pena de tal ato ser considerado 
nulo por desvio de finalidade;
 
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b) como vedação a que o agente público valha-se das atividades desenvolvidas pela adminis-
tração para obter benefício ou promoção pessoal – é vedado a promoção pessoal do agen-
te público pela sua atuação como administrador.
Como exemplos de aplicação do princípio da impessoalidade, podemos citar a imposição 
de concurso público como condição para ingresso em cargo efetivo ou emprego público e a 
exigência de licitações públicas para contratações pela administração. 
1.3. PRINCÍPIO DA MORALIDADE
A moral administrativa está ligada à ideia de ética, probidade e de boa-fé. Não basta que a 
atuação do administrador público seja legal, precisa ser moral também, já que nem tudo que é 
legal é honesto.
Ato contrário a moral não é apenas inoportuno ou inconveniente, é considerado nulo.
1.4. PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE
Esse princípio é tratado sob dois prismas:
a) exigência de publicação em órgão oficial como requisito de eficácia dos atos administrativos 
gerais que devam produzir efeitos externos ou onerem o patrimônio público – enquanto não for 
publicado, o ato não pode produzir efeitos;
b) exigência de transparência da atuação administrativa – finalidade de possibilitar, de forma 
mais ampla possível, controle da administração pública pelo povo.
1.5. PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA
O princípio da eficiência foi inserido o caput do art. 37 através da EC 19/1998. Visa a atingir os 
objetivos de boa prestação dos serviços, de modo mais simples, rápido e econômico, melhorando 
a relação custo/benefício da atividade da administração pública. O administrador deve ter plane-
jamento, procurando a melhor solução para atingir a finalidade e interesse público do ato.
Esse princípio, porém, não tem um caráter absoluto, já que não é possível afastar os outros 
princípios da administração sob o argumento de dar maior eficiência ao ato. Por exemplo, não 
se pode afastar as etapas legais (princípio da legalidade) de um procedimento licitatório a fim 
de ter maior eficiência. 
2. CARGOS, EMPREGOS E FUNÇÕES PÚBLICAS 
São acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como 
aos estrangeiros, na forma da lei; (Obs.: Lei 8.112/90, art. 5º, § 3º As universidades e institui-
ções de pesquisa científica e tecnológica federais poderão prover seus cargos com professores, 
técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e os procedimentos desta Lei).
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3. CARGO EM COMISSÃO E FUNÇÃO DE CONFIANÇA
As funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, 
e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições 
e percentuais mínimos previstosem lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e 
assessoramento.
Cargo Público
Efetivo
Concurso Público
Estabilidade
Comissão
Livre nomeação e 
exoneração (direção, chefia 
e assessoramento)
Sem 
estabilidade
4. EXIGÊNCIA DE CONCURSO PÚBLICO
A regra é que a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em 
concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade 
do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em co-
missão declarado em lei de livre nomeação e exoneração.
5. PRAZO DE VALIDADE DO CONCURSO
O prazo de validade do concurso público será de até 2 anos, prorrogável uma vez, por igual pe-
ríodo; ou seja, o prazo pode ser menor do que 2 anos; assim, se o prazo for de 1 ano, poderá ser 
prorrogado por mais 1 ano apenas. 
6. PRIORIDADE DE NOMEAÇÃO
Durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concur-
so público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos con-
cursados para assumir cargo ou emprego, na carreira. (Obs.: Lei 8.112/90, art. 12, § 2º Não se 
abrirá novo concurso enquanto houver candidato aprovado em concurso anterior com prazo de 
validade não expirado).
 
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7. DIREITO À LIVRE ASSOCIAÇÃO SINDICAL
É garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical, regra aplicável apenas 
ao servidores públicos civis, já que a CF veda a aplicação aos militares (art. 142, § 3º, IV, CF).
8. DIREITO DE GREVE
O direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica; porém, 
ainda não regulamentação legal, o que fez com que o STF decidisse pela aplicação da lei que 
regulamenta o direito de greve do empregado na iniciativa privada (Lei nº 7783/89). É vedado 
aos militares fazerem greve.
9. RESERVA DE PERCENTUAL AOS PORTADORES DE DEFICIÊNCIA
A lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de de-
ficiência e definirá os critérios de sua admissão; (Obs.: Lei 8.112/90, art. 5º, § 2º Às pessoas 
portadoras de deficiência é assegurado o direito de se inscrever em concurso público para pro-
vimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que são portadoras; 
para tais pessoas serão reservadas até 20% das vagas oferecidas no concurso).
10. SERVIDOR TEMPORÁRIO
A lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade 
temporária de excepcional interesse público. Trata-se do servidor contratado por tempo de-
terminado, que exercerá uma função pública. 
11. FIXAÇÃO E REVISÃO GERAL DA REMUNERAÇÃO
A remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do art. 39 somente po-
derão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, 
assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices.
12. SUBSÍDIO 
O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários 
Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela úni-
ca, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de represen-
tação ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e 
XI. A remuneração dos servidores públicos organizados em carreira poderá ser fixada nos ter-
mos do § 4º. Obs.: art. 144, § 9º A remuneração dos servidores policiais integrantes dos órgãos 
relacionados neste artigo será fixada na forma do § 4º do art. 39. 
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13. TETO REMUNERATÓRIO
Agentes públicos não podem receber remuneração maior do que o subsídio mensal pago aos 
Ministros do Supremo Tribunal Federal (é o chamado teto absoluto). Há também o chamado 
subteto: I – nos Municípios, nenhum servidor poderá ganhar mais do que o prefeito; II – nos 
Estados e Distrito Federal, se Poder Executivo, nenhum servidor pode ganhar mais do que o 
Governador, se Poder Legislativo, nenhum servidor pode ganhar mais do que os Deputados 
Estaduais ou Distritais, se Poder Judiciário, nenhum servidor pode ganhar mais do que os De-
sembargadores do respectivo Tribunal de Justiça.
Obs.: Não serão computadas, para efeito desses limites remuneratórios, as parcelas de caráter 
indenizatório previstas em lei.
Teto Absoluto Nenhum agente público pode receber remuneração maior do que Ministro do STF
Subteto
Agentes Públicos Âmbito Não pode ganhar mais do que
Municipais Geral Prefeito
Estaduais e Distritais
Poder Executivo Governador
Poder Legislativo Deputados Estaduais ou Distritais
Poder Judiciário Desembargadores do TJ
14. PARIDADE DE VENCIMENTOS
Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser 
superiores aos pagos pelo Poder Executivo.
15. VEDAÇÃO A VINCULAÇÃO E EQUIPARAÇÃO DE REMUNERAÇÃO
É vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de 
remuneração de pessoal do serviço público; 
16. IRREDUTIBILIDADE DE VENCIMENTOS E SUBSÍDIOS
Em regra, o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são 
irredutíveis, respeitando-se o teto.
 
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17. ACRÉSCIMOS PECUNIÁRIOS
Os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem 
acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores.
18. ACUMULAÇÃO DE CARGOS PÚBLICOS
É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, bem como de empregos e funções, 
abrangendo autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas 
subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público; porém é 
permitida a acumulação, excepcionalmente, quando houver compatibilidade de horários, ob- 
servado em qualquer caso o disposto no inciso XI (teto):
a) a de dois cargos de professor;
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regula- 
mentadas.
 
Acumulação lícita:
19. ACUMULAÇÃO DE PROVENTOS COM REMUNERAÇÃO
É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria (art. 40, art. 42 e 142, CF) 
com a remuneração de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os cargos acumuláveis 
na forma desta Constituição, os cargos eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de 
livre nomeação e exoneração.
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20. ATOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
Os atos de improbidade administrativa importarão:
a) a suspensão dos direitos políticos,
b) a perda da função pública,
c) a indisponibilidade dos bens,
d) e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei,
e) sem prejuízo da ação penal cabível.
21. RESPONSABILIDADE POR DANOS
As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos 
responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado 
o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. Portanto, quem responde 
pelos danos causados a terceiros por agentes públicos são as respectivas pessoas jurídicas; 
porém, se houver culpa ou dolo do agente, o Poder Público poderá cobrá-lo o ressarcimento.
22. MANDATO ELETIVO
Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de manda-
to eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:
I – tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo, 
emprego ou função;
II – investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe 
facultado optar pela sua remuneração;
III – investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as 
vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo,e, 
não havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior;
IV – em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo 
de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento;
V – para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão determi-
nados como se no exercício estivesse.
 
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Mandato eletivo federal, estadual ou distrital • será afastado e receberá a $ do mandato.
Mandato de Prefeito • será afastado e poderá optar pela sua remune-ração ou a remuneração do mandato.
Mandato de Vereador
a) havendo compatibilidade de horários, perce-
berá $ do cargo, emprego ou função + a remu-
neração do cargo eletivo (acumulará);
b) não havendo compatibilidade de horários, 
será afastado e poderá optar pela sua remune-
ração ou a remuneração do mandato.
23. OBRIGATORIEDADE DE REGIME JURÍDICO ÚNICO
A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de sua compe- 
tência, regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da administração pública 
direta, das autarquias e das fundações públicas. Cada ente da Federação deve definir se o re- 
gime de todos os seus servidores (em sentido amplo) será celetista ou estatutário. Essa regra 
foi alterada pela EC 19/1998, eliminando o regime único. Porém, o STF suspendeu a eficácia 
da nova redação, passando a constar novamente a redação original (de regime jurídico único). 
Por exemplo, a Lei nº 8.112/1990 institui o regime estatutário para todos os servidores civis da 
União, autarquias e fundações públicas Federais.
24. DIREITOS TRABALHISTAS APLICÁVEIS AOS 
SERVIDORES OCUPANTES DE CARGOS PÚBLICOS
Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, 
XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer requisitos diferenciados de 
admissão quando a natureza do cargo o exigir.
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de 
sua condição social:
IV – salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessi-
dades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, ves-
tuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o 
poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;
VII – garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variá-
vel;
VIII – décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria;
IX – remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
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XII – salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos 
da lei;
XIII – duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro sema-
nais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou con-
venção coletiva de trabalho;
XV – repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;
XVI – remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinqüenta por cento à do 
normal; 
XVII – gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário 
normal;
XVIII – licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vin-
te dias;
XIX – licença-paternidade, nos termos fixados em lei;
XX – proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos 
da lei;
XXII – redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segu-
rança;
XXX – proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por 
motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;
25. ESTABILIDADE
São estáveis após 3 anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimen-
to efetivo em virtude de concurso público + avaliação especial de desempenho por comissão 
instituída para essa finalidade. Portanto, são requisitos para aquisição da estabilidade: 
a) aprovação em concurso público;
b) nomeação para cargo público efetivo;
c) 3 anos de efetivo exercício;
d) avaliação especial de desempenho.
A estabilidade é a garantia de permanência do servidor no serviço público, mas não é absoluta, 
sendo que a própria CF prevê que o servidor público estável só perderá o cargo:
I – em virtude de sentença judicial transitada em julgado; 
II – mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa; 
III – mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei comple-
mentar, assegurada ampla defesa.
 
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Também poderá perder o cargo em caso de despesa de pessoal acima dos limites legais (art. 
169, CF). A Lei complementar n. 101/200 (Lei de Responsabilidade Fiscal) estabelece que o limi-
te de despesa com pessoal da União é de 50% da receita líquida, enquanto dos Estados e Mu-
nicípios é de 60%. Ultrapassados esses limites, o ente deverá tomar as seguintes providências: 
a) reduzir em pelo menos 20% as despesas com cargos em comissão e funções de confiança; b) 
exoneração dos servidores não estáveis; c) se ainda assim ficar fora dos limites legais, o servi-
dor estável poderá perder o cargo.
26. REINTEGRAÇÃO
Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o even-
tual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, 
aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao 
tempo de serviço.
27. DISPONIBILIDADE
Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilida-
de, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento 
em outro cargo.
28. APOSENTADORIA
Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Mu-
nicípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência (Regime 
Próprio de Previdência Social – RPPS) de caráter contributivo e solidário, mediante contribui-
ção do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados 
critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial. Obs.: O Estatuto trará as regras para 
a aposentadoria.
Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre nome-
ação e exoneração bem como de outro cargo temporário ou de emprego público, aplica-se o 
Regime Geral de Previdência Social (RGPS)., ou seja, o regime geral aplicável aos trabalhadores 
da iniciativa provada regidos pela CLT.
Os proventos de aposentadoria e as pensões, por ocasião de sua concessão, não poderão 
exceder a remuneração do respectivo servidor, no cargo efetivo em que se deu a aposentadoria 
ou que serviu de referência para a concessão da pensão. 
O tempo de contribuição federal, estadual ou municipal será contado para efeito de 
aposentadoria e o tempo de serviço correspondente para efeito de disponibilidade. 
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Os servidores abrangidos pelo Regime Próprio de Previdência Social (os servidores de cargos 
efetivos) serão aposentados, calculados os seus proventos a partir dos valores fixados na forma 
dos §§ 3º e 17:
I – por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao tempo de contribuição, 
exceto se decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa 
ou incurável, na forma da lei;
II – compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, aos 70 anos 
de idade, ou aos 75 anos de idade, na forma de lei complementar;
III – voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de 10 anos de efetivo exercício no 
serviço público e 5 anos no cargo efetivo em que se dará aaposentadoria, observadas as se-
guintes condições:
a) 60 anos de idade e 35 de contribuição, se homem, e 55 anos de idade e 30 de contribui-
ção, se mulher;
b) 65 anos de idade, se homem, e 60 anos de idade, se mulher, com proventos proporcionais 
ao tempo de contribuição.
Aposentadoria 
• Por invalidez permanente.
• Compulsoriamente. 
ü75 anos de idade.
ü(proporcional ao tempo de contribuição)
 
30 concurseiro.vip
• Voluntariamente (10 anos de efetivo exercício e 5 anos no cargo efetivo 
que se aposentar):
• 60 anos de idade + 35 de contribuição (Integral);
• Ou 65 anos de idade (Proporcional ao tempo de contribuição).
• 55 anos de idade + 30 de contribuição (Integral);
• Ou 60 anos de idade. (Proporcional ao tempo de contribuição).
Para o cálculo dos proventos de aposentadoria, por ocasião da sua concessão, serão 
consideradas as remunerações utilizadas como base para as contribuições do servidor aos 
regimes de previdência de que tratam este artigo e o art. 201 (Regime Geral – INSS), na forma 
da lei. 
É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria 
aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados, nos termos definidos em leis 
complementares, os casos de servidores:
I – portadores de deficiência; 
II – que exerçam atividades de risco; 
III – cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a 
integridade física. 
Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acumuláveis na forma desta Constituição, 
é vedada a percepção de mais de uma aposentadoria à conta do regime de previdência 
previsto neste artigo. 
É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o 
valor real, conforme critérios estabelecidos em lei.
A lei não poderá estabelecer qualquer forma de contagem de tempo de contribuição fictício. 
O servidor de que trata este artigo que tenha completado as exigências para aposentadoria 
voluntária estabelecidas no § 1º, III, a, e que opte por permanecer em atividade fará jus a um 
abono de permanência equivalente ao valor da sua contribuição previdenciária até completar 
as exigências para aposentadoria compulsória contidas no § 1º, II. 
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Questões
(INSS – 2016) Julgue os itens que se se-
guem, acerca da administração pública.
1. A garantia constitucional de acesso dos usu-
ários a registros administrativos e a infor-
mações sobre atos de governo está relacio-
nada ao princípio da eficiência. 
( ) Certo   ( ) Errado
2. Na análise da moralidade administrativa, 
pressuposto de validade de todo ato da ad-
ministração pública, é imprescindível avaliar 
a intenção do agente. 
( ) Certo   ( ) Errado
3. No cômputo do limite remuneratório (cha-
mado de teto constitucional), devem ser 
consideradas todas as parcelas percebidas 
pelo agente público, incluídas as de caráter 
indenizatório.
( ) Certo   ( ) Errado
4. Em decorrência do princípio da impessoa-
lidade, as realizações administrativo-gover-
namentais são imputadas ao ente público e 
não ao agente político. 
( ) Certo   ( ) Errado
5. Quanto aos princípios estabelecidos no ca-
put artigo 37 da Constituição Federal, assi-
nale as afirmativas abaixo com V (verdadei-
ro) ou F (falso).
( ) Submetem apenas os órgãos da admi-
nistração indireta, independentemente se 
da União, dos Estados, do Distrito Federal 
ou dos Municípios.
( ) Submetem apenas os órgãos da admi-
nistração direta, bem como as autarquias e 
fundações da União.
( ) Devem ser observados, via de regra, 
pelos Poderes da União e, excepcionalmen-
te, pelos Estados e Municípios.
( ) Devem ser observados por todos os 
poderes e níveis de governo.
( ) No caso concreto, em havendo confli-
to, o gestor (ou administrador) sempre deve 
se pautar pelo princípio da ficiência.
A sequência correta de preenchimento dos 
parênteses, de cima para baixo, é
a) V – F – F – V – F
b) F – F – F – V – F
c) F – V – V – F – V
d) F – F – V – V – F
e) V – V – F – F – V
6. (FCC – 2015 – ANALISTA)
Os princípios constitucionais expressos da 
Administração pública relacionados no art. 
37 da Constituição Federal dizem respeito a:
a) legalidade, irreversibilidade, moralida-
de, publicidade e executoriedade.
b) legitimidade, imperatividade, modici-
dade, pluralidade e efetividade.
c) autoaplicabilidade, imperatividade, 
moralidade, pluralidade e eficácia.
d) legalidade, impessoalidade, moralida-
de, publicidade e eficiência.
e) legitimidade, legalidade, modicidade, 
pluralidade e executoriedade.
 
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7. (CESPE – 2015 – TECNICO – TRE-GO)
No que se refere ao regime jurídico-admi-
nistrativo brasileiro e aos princípios regen-
tes da administração pública, julgue os pró-
ximos itens. O princípio da eficiência está 
previsto no texto constitucional de forma 
explícita.
( ) Certo   ( ) Errado
8. (CESPE – 2015 – AUDITOR-TCU)
No que se refere a ato administrativo, agen-
te público e princípios da administração pú-
blica, julgue os próximos itens. O princípio 
da eficiência, considerado um dos princí-
pios inerentes à administração pública, não 
consta expressamente na CF.
( ) Certo   ( ) Errado
9. (VUNESP – 2014 – SUPERIOR)
O padrão que define que a conduta ética dos 
servidores públicos não pode ir de encontro 
ao padrão ético mais geral da sociedade, se-
gundo a Constituição Federal, é o princípio 
da Administração Pública denominado
a) subsidiariedade.
b) impessoalidade.
C) moralidade.
d) publicidade.
e) eficiência.
10. Acerca da administração pública, da organi-
zação dos poderes e da organização do Esta-
do, julgue os itens que se seguem. Caso pre-
encha os requisitos de idade e contribuição, 
o indivíduo que trabalhe por vários anos em 
determinado Tribunal Regional Eleitoral ocu-
pando, exclusivamente, cargo em comissão 
terá direito à aposentadoria estatutária se 
decidir se aposentar voluntariamente.
( ) Certo   ( ) Errado
11. (CESPE – 2015 – TECNICO – TRE-GO)
A respeito dos Poderes Legislativo e Execu-
tivo e do regime constitucional da adminis-
tração pública, julgue os itens a seguir. Con-
sidere que Afonso seja servidor do Tribunal 
Regional Eleitoral do Estado de Goiás e te-
nha sido eleito como deputado estadual. 
Nessa situação, se houver compatibilidade 
de horário entre suas atividades no tribunal 
e sua atuação como deputado, Afonso pode 
acumular os dois cargos e receber as vanta-
gens e as remunerações a eles referentes.
( ) Certo   ( ) Errado
12. (CESPE – 2015 – TÉCNICO)
No que se refere aos princípios e conceitos da 
administração pública e aos servidores públi-
cos, julgue os próximos itens. A vedação ao 
acúmulo remunerado de cargos, empregos ou 
funções públicas não se estende aos empre-
gados das sociedades de economia mista.
( ) Certo   ( ) Errado
13. (CESPE – 2015 – TÉCNICO – Fundação Uni-
versidade de Brasília)
No que se refere aos princípios e conceitos da 
administração pública e aos servidores públi-
cos, julgue os próximos itens. O prazo de vali-
dade de concurso público é de até dois anos, 
podendo ele ser prorrogado enquanto houver 
candidatos aprovados no cadastro de reserva.
( ) Certo   ( ) Errado
14. (CESGRANRIO – 2014 – TÉCNICO)
Um dos grandes temas tratados na Consti-
tuição Federal é o do acesso facilitado aos 
cargos públicos. Dentre as inovações cons-
tantes da Constituição Federal em vigor, 
encontra-se a possibilidade de a lei estabe-
lecer percentual dos cargos e empregos pú-
blicos para as pessoas
a) menores de dezoito anos
b) estrangeiras em situação de risco
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c) consideradas de menor rendimento 
econômico
d) portadoras de deficiência
e) moradoras em locais considerados peri-
gosos
15. (CESPE – 2015 – ANALISTA – Controladoria 
Geral do Estado – PI)
No que se refere às disposições gerais relacio-
nadas aos servidores públicos, julgue os itens 
a seguir. De acordo com a CF, os servidores no-
meados para cargo de provimentoefetivo em 
virtude de concurso público adquirem a esta-
bilidade após dois anos de efetivo exercício.
( ) Certo   ( ) Errado
16. (CESPE – 2015 – ANALISTA)
No que se refere à administração pública, 
aos direitos políticos e às comissões parla-
mentares de inquérito (CPIs), julgue os itens 
que se seguem. Os servidores nomeados 
para cargo de provimento efetivo em vir-
tude de concurso público são estáveis após 
dois anos de efetivo exercício.
( ) Certo   ( ) Errado
17. (CESPE – 2015 – ANALISTA)
Acerca das disposições referentes à admi-
nistração pública, às competências constitu-
cionais dos entes federados e ao Poder Ju-
diciário, julgue os itens a seguir. Os cargos, 
empregos e funções públicas são acessíveis 
apenas a brasileiros natos e naturalizados 
que preencham os requisitos estabelecidos 
em lei.
( ) Certo   ( ) Errado
18. (CESPE – 2015 – SUPERIOR)
A respeito da organização político-adminis-
trativa do Estado e da administração públi-
ca, julgue os próximos itens. O texto cons-
titucional é silente em relação ao direito de 
greve dos servidores públicos.
( ) Certo   ( ) Errado
19. (CESPE – 2015 – ANALISTA)
No que diz respeito aos servidores públicos 
segundo disposições da CF, julgue os itens 
subsequentes. Os subsídios e as remunera-
ções dos servidores públicos federais, inclu-
ídas as verbas de qualquer natureza, mes-
mo indenizatórias, não podem exceder o 
subsídio mensal dos ministros do Supremo 
Tribunal Federal (STF).
( ) Certo   ( ) Errado
20. (CESPE – 2015 – ANALISTA)
No que se refere a ato administrativo, agen-
te público e princípios da administração pú-
blica, julgue os próximos itens. O princípio 
da eficiência, considerado um dos princí-
pios inerentes à administração pública, não 
consta expressamente na CF.
( ) Certo   ( ) Errado
21. (VUNESP – 2014 – DELEGADO Polícia Civil SP)
Os atos de improbidade administrativa im-
portarão, nos termos da Constituição Fede-
ral, dentre outros,
a) a prisão provisória, sem direito à fiança.
b) a indisponibilidade dos bens.
c) a impossibilidade de deixar o país.
d) a suspensão dos direitos civis.
e) o pagamento de multa ao Fundo de 
Proteção Social.
Gabarito: 1. Anulada 2. Errado 3. Errado 4. Certo 5. B 6. D 7. Certo 8. Errado 9. C 10. Errado 11. Errado  
12. Errado 13. Errado 14. D 15. Errado 16. Errado 17. Errado 18. Errado 19. Errado 20. Errado 21. B
 
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 LEI Nº 8.112/1990 – 
ESTATUTO DOS SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS FEDERAIS
LEI Nº 8.112, 
DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990
Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores 
públicos civis da União, das autarquias e das 
fundações públicas federais.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o 
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a se-
guinte Lei:
TÍTULO I
CAPÍTULO ÚNICO
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º Esta Lei institui o Regime Jurídico dos 
Servidores Públicos Civis da União, das autar-
quias, inclusive as em regime especial, e das 
fundações públicas federais.
Art. 2º Para os efeitos desta Lei, servidor é a 
pessoa legalmente investida em cargo público.
Art. 3º Cargo público é o conjunto de atribui-
ções e responsabilidades previstas na estrutura 
organizacional que devem ser cometidas a um 
servidor.
Parágrafo único. Os cargos públicos, acessí-
veis a todos os brasileiros, são criados por 
lei, com denominação própria e vencimento 
pago pelos cofres públicos, para provimen-
to em caráter efetivo ou em comissão.
Art. 4º É proibida a prestação de serviços gratui-
tos, salvo os casos previstos em lei.
TÍTULO II
Do Provimento, Vacância, Remoção, 
Redistribuição e Substituição
CAPÍTULO I
DO PROVIMENTO
Seção I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 5º São requisitos básicos para investidura 
em cargo público:
I – a nacionalidade brasileira;
II – o gozo dos direitos políticos;
III – a quitação com as obrigações militares 
e eleitorais;
IV – o nível de escolaridade exigido para o 
exercício do cargo;
V – a idade mínima de dezoito anos;
VI – aptidão física e mental.
§ 1º As atribuições do cargo podem justifi-
car a exigência de outros requisitos estabe-
lecidos em lei.
§ 2º Às pessoas portadoras de deficiência 
é assegurado o direito de se inscrever em 
concurso público para provimento de cargo 
cujas atribuições sejam compatíveis com a 
deficiência de que são portadoras; para tais 
pessoas serão reservadas até 20% (vinte por 
cento) das vagas oferecidas no concurso.
§ 3º As universidades e instituições de pes-
quisa científica e tecnológica federais po-
derão prover seus cargos com professores, 
técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo 
com as normas e os procedimentos desta 
Lei. (Incluído pela Lei nº 9.515, de 20.11.97)
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Art. 6º O provimento dos cargos públicos far-se-
-á mediante ato da autoridade competente de 
cada Poder.
Art. 7º A investidura em cargo público ocorrerá 
com a posse.
Art. 8º São formas de provimento de cargo pú-
blico:
I – nomeação;
II – promoção;
III – ascensão; 
IV – transferência; 
V – readaptação;
VI – reversão;
VII – aproveitamento;
VIII – reintegração;
IX – recondução.
Seção II
DA NOMEAÇÃO
Art. 9º A nomeação far-se-á:
I – em caráter efetivo, quando se tratar de 
cargo isolado de provimento efetivo ou de 
carreira;
II – em comissão, inclusive na condição 
de interino, para cargos de confiança va-
gos. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 
10.12.97)
Parágrafo único. O servidor ocupante de 
cargo em comissão ou de natureza especial 
poderá ser nomeado para ter exercício, in-
terinamente, em outro cargo de confiança, 
sem prejuízo das atribuições do que atual-
mente ocupa, hipótese em que deverá op-
tar pela remuneração de um deles durante 
o período da interinidade. (Redação dada 
pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 10. A nomeação para cargo de carreira ou 
cargo isolado de provimento efetivo depende 
de prévia habilitação em concurso público de 
provas ou de provas e títulos, obedecidos a or-
dem de classificação e o prazo de sua validade.
Parágrafo único. Os demais requisitos para 
o ingresso e o desenvolvimento do servidor 
na carreira, mediante promoção, serão es-
tabelecidos pela lei que fixar as diretrizes do 
sistema de carreira na Administração Públi-
ca Federal e seus regulamentos. (Redação 
dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Seção III
DO CONCURSO PÚBLICO
Art. 11. O concurso será de provas ou de provas 
e títulos, podendo ser realizado em duas eta-
pas, conforme dispuserem a lei e o regulamento 
do respectivo plano de carreira, condicionada a 
inscrição do candidato ao pagamento do valor 
fixado no edital, quando indispensável ao seu 
custeio, e ressalvadas as hipóteses de isenção 
nele expressamente previstas. (Redação dada 
pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) (Regulamento)
Art. 12. O concurso público terá validade de até 
2 (dois) anos, podendo ser prorrogado uma úni-
ca vez, por igual período.
§ 1º O prazo de validade do concurso e as 
condições de sua realização serão fixados 
em edital, que será publicado no Diário Ofi-
cial da União e em jornal diário de grande 
circulação.
§ 2º Não se abrirá novo concurso enquan-
to houver candidato aprovado em concurso 
anterior com prazo de validade não expira-
do.
Seção IV
DA POSSE E DO EXERCÍCIO
Art. 13. A posse dar-se-á pela assinatura do 
respectivo termo, no qual deverão constar as 
atribuições, os deveres, as responsabilidades 
e os direitos inerentes ao cargo ocupado, que 
não poderão ser alterados unilateralmente, por 
qualquer das partes, ressalvados os atos de ofí-
cio previstos em lei.
 
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§ 1º A posse ocorrerá no prazo de trinta 
dias contados da publicação do ato de pro-
vimento. (Redação dada pela Lei nº 9.527, 
de 10.12.97)
§ 2º Em se tratando de servidor, que esteja 
na data de publicação do ato de provimen-
to, em licença prevista nos incisos I, III e V 
do art. 81, ou afastado nas hipóteses dos in-
cisos I, IV, VI, VIII, alíneas "a", "b", "d", "e" 
e "f", IX e X do art. 102, o prazo será con-
tadodo término do impedimento. (Redação 
dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 3º A posse poderá dar-se mediante procu-
ração específica.
§ 4º Só haverá posse nos casos de provi-
mento de cargo por nomeação. (Redação 
dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 5º No ato da posse, o servidor apresen-
tará declaração de bens e valores que cons-
tituem seu patrimônio e declaração quanto 
ao exercício ou não de outro cargo, empre-
go ou função pública.
§ 6º Será tornado sem efeito o ato de provi-
mento se a posse não ocorrer no prazo pre-
visto no § 1º deste artigo.
Art. 14. A posse em cargo público dependerá de 
prévia inspeção médica oficial.
Parágrafo único. Só poderá ser empossado 
aquele que for julgado apto física e mental-
mente para o exercício do cargo.
Art. 15. Exercício é o efetivo desempenho das 
atribuições do cargo público ou da função de 
confiança. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 
10.12.97)
§ 1º É de quinze dias o prazo para o servi-
dor empossado em cargo público entrar em 
exercício, contados da data da posse. (Reda-
ção dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 2º O servidor será exonerado do cargo ou 
será tornado sem efeito o ato de sua desig-
nação para função de confiança, se não en-
trar em exercício nos prazos previstos neste 
artigo, observado o disposto no art. 18. (Re-
dação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 3º À autoridade competente do órgão ou 
entidade para onde for nomeado ou designa-
do o servidor compete dar-lhe exercício. (Re-
dação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 4º O início do exercício de função de confian-
ça coincidirá com a data de publicação do ato 
de designação, salvo quando o servidor estiver 
em licença ou afastado por qualquer outro mo-
tivo legal, hipótese em que recairá no primeiro 
dia útil após o término do impedimento, que 
não poderá exceder a trinta dias da publicação. 
(Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 16. O início, a suspensão, a interrupção e o 
reinício do exercício serão registrados no assen-
tamento individual do servidor.
Parágrafo único. Ao entrar em exercício, o 
servidor apresentará ao órgão competente 
os elementos necessários ao seu assenta-
mento individual.
Art. 17. A promoção não interrompe o tempo 
de exercício, que é contado no novo posiciona-
mento na carreira a partir da data de publicação 
do ato que promover o servidor. (Redação dada 
pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 18. O servidor que deva ter exercício em outro 
município em razão de ter sido removido, redis-
tribuído, requisitado, cedido ou posto em exercí-
cio provisório terá, no mínimo, dez e, no máximo, 
trinta dias de prazo, contados da publicação do 
ato, para a retomada do efetivo desempenho das 
atribuições do cargo, incluído nesse prazo o tempo 
necessário para o deslocamento para a nova sede. 
(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 1º Na hipótese de o servidor encontrar-se 
em licença ou afastado legalmente, o pra-
zo a que se refere este artigo será contado 
a partir do término do impedimento. (Pa-
rágrafo renumerado e alterado pela Lei nº 
9.527, de 10.12.97)
§ 2º É facultado ao servidor declinar dos 
prazos estabelecidos no caput. (Incluído 
pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
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Art. 19. Os servidores cumprirão jornada de tra-
balho fixada em razão das atribuições pertinen-
tes aos respectivos cargos, respeitada a duração 
máxima do trabalho semanal de quarenta horas 
e observados os limites mínimo e máximo de 
seis horas e oito horas diárias, respectivamente. 
(Redação dada pela Lei nº 8.270, de 17.12.91)
§ 1º O ocupante de cargo em comissão ou 
função de confiança submete-se a regime 
de integral dedicação ao serviço, observado 
o disposto no art. 120, podendo ser convo-
cado sempre que houver interesse da Admi-
nistração. (Redação dada pela Lei nº 9.527, 
de 10.12.97)
§ 2º O disposto neste artigo não se aplica 
a duração de trabalho estabelecida em leis 
especiais. (Incluído pela Lei nº 8.270, de 
17.12.91)
Art. 20. Ao entrar em exercício, o servidor no-
meado para cargo de provimento efetivo ficará 
sujeito a estágio probatório por período de 24 
(vinte e quatro) meses, durante o qual a sua ap-
tidão e capacidade serão objeto de avaliação 
para o desempenho do cargo, observados os se-
guintes fatores: (Vide EMC nº 19)
I – assiduidade;
II – disciplina;
III – capacidade de iniciativa;
IV – produtividade;
V – responsabilidade.
§ 1º 4 (quatro) meses antes de findo o perí-
odo do estágio probatório, será submetida 
à homologação da autoridade competente 
a avaliação do desempenho do servidor, re-
alizada por comissão constituída para essa 
finalidade, de acordo com o que dispuser a 
lei ou o regulamento da respectiva carreira 
ou cargo, sem prejuízo da continuidade de 
apuração dos fatores enumerados nos in-
cisos I a V do caput deste artigo. (Redação 
dada pela Lei nº 11.784, de 2008)
§ 2º O servidor não aprovado no estágio 
probatório será exonerado ou, se estável, 
reconduzido ao cargo anteriormente ocupa-
do, observado o disposto no parágrafo úni-
co do art. 29.
§ 3º O servidor em estágio probatório pode-
rá exercer quaisquer cargos de provimento 
em comissão ou funções de direção, chefia 
ou assessoramento no órgão ou entidade de 
lotação, e somente poderá ser cedido a outro 
órgão ou entidade para ocupar cargos de Natu-
reza Especial, cargos de provimento em comis-
são do Grupo-Direção e Assessoramento Supe-
riores – DAS, de níveis 6, 5 e 4, ou equivalentes. 
(Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 4º Ao servidor em estágio probatório so-
mente poderão ser concedidas as licenças e 
os afastamentos previstos nos arts. 81, in-
cisos I a IV, 94, 95 e 96, bem assim afasta-
mento para participar de curso de formação 
decorrente de aprovação em concurso para 
outro cargo na Administração Pública Fede-
ral. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 5º O estágio probatório ficará suspenso 
durante as licenças e os afastamentos pre-
vistos nos arts. 83, 84, § 1º, 86 e 96, bem 
assim na hipótese de participação em curso 
de formação, e será retomado a partir do 
término do impedimento. (Incluído pela Lei 
nº 9.527, de 10.12.97)
Seção V
DA ESTABILIDADE
Art. 21. O servidor habilitado em concurso pú-
blico e empossado em cargo de provimento 
efetivo adquirirá estabilidade no serviço público 
ao completar 2 (dois) anos de efetivo exercício. 
(prazo 3 anos – vide EMC nº 19)
Art. 22. O servidor estável só perderá o cargo 
em virtude de sentença judicial transitada em 
julgado ou de processo administrativo discipli-
nar no qual lhe seja assegurada ampla defesa.
 
38 concurseiro.vip
Seção VI
DA TRANSFERÊNCIA
Art. 23. (Revogado)
Seção VII
DA READAPTAÇÃO
Art. 24. Readaptação é a investidura do servidor 
em cargo de atribuições e responsabilidades 
compatíveis com a limitação que tenha sofrido 
em sua capacidade física ou mental verificada 
em inspeção médica.
§ 1º Se julgado incapaz para o serviço públi-
co, o readaptando será aposentado.
§ 2º A readaptação será efetivada em car-
go de atribuições afins, respeitada a habili-
tação exigida, nível de escolaridade e equi-
valência de vencimentos e, na hipótese de 
inexistência de cargo vago, o servidor exer-
cerá suas atribuições como excedente, até a 
ocorrência de vaga. (Redação dada pela Lei 
nº 9.527, de 10.12.97)
Seção VIII
DA REVERSÃO
(Regulamento Dec. nº 3.644, de 30.11.2000)
Art. 25. Reversão é o retorno à atividade de ser-
vidor aposentado: (Redação dada pela Medida 
Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
I – por invalidez, quando junta médica ofi-
cial declarar insubsistentes os motivos da 
aposentadoria; ou (Incluído pela Medida 
Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
II – no interesse da administração, desde 
que: (Incluído pela Medida Provisória nº 
2.225-45, de 4.9.2001)
a) tenha solicitado a reversão; (Incluído pela 
Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
b) a aposentadoria tenha sido voluntária; 
(Incluído pela Medida Provisória

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