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Incontinência Urinária e Fecal Habilidades Clínicas - GERIATRIA É definido pela Sociedade Internacional de Continência como ‘’ perda involuntária de urina’’. Apresenta-se como uma síndrome de etiologia multifatorial resultante de alterações no sistema nervoso e urinário devido ao envelhecimento, assim como associado a comorbidades. Epidemiologia A prevalência e a gravidade da incontinência urinária aumentam com o envelhecimento São maiores entre as mulheres (23 a 32%) do que entre os homens (17 a 21%) Causa morbidades como candidíase perineal, celulite, úlceras de pressão, infecções do trato urinário, quedas, fraturas, interrupção do sono, urosepsis e entre outros. Incontinência Urinária Micção: é um processo complexo e dinâmico cuja fisiologia envolve a integração de nervos periféricos, médula e centros encefálicos em córtex cerebral, ponte, bulbo e mesencéfalo. Trato urinário inferior (TUI): tem por função o armazenamento e a eliminação da urina e é composto por bexiga, uretra e esfíncteres. Centro pontino da micção (CPM): é essencial para a coordenação de todo o processo, graças à modulação dos efeitos opostos dos sistemas nervosos simpático e parassimpático no trato urinário inferior. Causas anatômicas: Resultantes de alterações vesicais primárias ou secundárias Decorrentes de distúrbios uretrais. Anatomia e fisiologia Impacto no envelhecimento 01 Aumento nas fibras de colágeno 02 Contrações intempestivas 03 Uretra mais fibrosa 04 Envelhecimento renal 05 Hiperatividade do detrusor Classificação Pode ser classificada em: INCONTINÊNCIA TRANSITÓRIA OU REVERSÍVEL INCONTINÊNCIA ESTABELECIDA OU PERSISTENTE ● Incontinência estabelecida ou persistente ● Incontinência de urgência e bexiga hiperativa ● Incontinência de esforço ● Incontinência por transbordamento (hiperfluxo) ● Incontinência mista ● Incontinência funcional Avaliação clínica História • Início, curso e características da incontinência; a frequência e o volume das perdas, os sintomas associados (urgência, esforço, frequência, noctúria, polaciúria, esforço, hesitação) • Fatores precipitantes (medicamentos, bebidas cafeinadas, álcool, atividade física, tosse, riso) • Função intestinal (constipação intestinal, fecaloma) • Doenças neurológicas (doença de Parkinson, demência, neuropatias) • Doenças que provocam expansão de volume intravascular (insuficiência cardíaca, insuficiência venosa) • Quantidade de líquido ingerida • Cirurgia do aparelho geniturinário, cirurgias pélvicas, dilatações uretrais, radiações, infecções recorrentes do trato urinário • Lista de medicamentos Exame físico • Extremidades inferiores: mobilidade articular, edema • Aparelho cardiovascular (sinais de insuficiência cardíaca congestiva [ICC]) • Abdome: massas, dolorimento, distensão vesical • Exame retal: massas; impactação fecal; consistência, simetria e tamanho estimado da próstata • Exame neurológico detalhado, com ênfase na integridade das vias sacrais (sensibilidade perineal, tônus do esfíncter anal, reflexo bulbocavernoso), na sensibilidade e nos reflexos dos membros inferiores (patelares, Babinski) • Avaliação cognitiva e funcional • Avaliação para depressão. ● Exames laboratoriais ● Teste do estresse ● Medida do volume residual pós- miccional ● Teste urodinâmico Exames complementares Tratamento Tratamento não farmacológico: Mudanças no estilo de vida e terapias comportamentais - Perda de peso - Evitar álcool, tabaco, cafeína - Exercícios para os músculos pélvicos - Diário miccional - Treinamento vesical Tratamento farmacológico: Fesoterodina - 4 a 8 mg/24 h Oxibutinina - 5 mg/12 a 8h Solifenacina - 5 a 10 mg/24h Tolterodina - 2 mg/12hr Trospium - 20 mg/12hr Darifenacina - 7,5 a 15 mg/dia ● Perda involuntária de fezes → Líquidas, pastosas, sólidas ou flatos; ● EPIDEMIOLOGIA: - Predominante nos idosos; - Mulheres parecem ser mais suscetíveis → Lesões traumáticas do parto; - Condição sub-relatada; - Estima-se que 2-7% da população mundial possua algum grau de incontinência fecal; - Segunda causa mais comum de institucionalização Incontinência fecal Processo de defecação envolve: - Ação integrada → ● Musculatura esfincteriana anal + ● Músculos do assoalho pélvico + ● Reflexo inibitório reto anal + ● Consistência das fezes + ● Tempo de trânsito intestinal Incontinência fecal Fisiopatologia - Qualquer condição clínica que altere qualquer um dos componentes envolvidos na defecação; - Exemplos: Diarreia, Diabetes, Síndrome do Colo irritável, Doenças inflamatórias intestinais; - Laceração do músculo → Incontinência por extravasamento; - Idosos muitas vezes possuem mais de uma causa associada Incontinência fecal - Grande impacto na qualidade de vida: → Restrição das atividades; → Depressão; → Ansiedade; → Medo; → Institucionalização Incontinência fecal ANAMNESE: - Número de perdas; - Consistência; - Quando começou; - Horários; - Como é a alimentação→ Gordura e açúcares; - Uso de medicamentos→ Hipoglicemiantes. antidepressivos, laxantes; - Patologias→ doenças metabólicas, hipertireoidismo, DM; - Estilo de vida→ sedentarismo; - Cirurgias prévias → colecistectomia. Incontinência fecal - Exame físico geral pode ajudar na busca pela causa da incontinência; → Exame proctológico; - Exames complementares: → Manometria anorretal; → Ressonância magnética do canal anal; → Ultrassonografia anal Incontinência fecal Tratamento: - Estão indicados inicialmente: → Correções de hábito alimentar; → Alteração de medicações utilizadas pelo paciente; → Exercícios de recondicionamento do controle anal (biofeedback); - Cirurgia pode ser feita em casos específicos Incontinência fecal Obrigado!
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