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1 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Farmácia –Toxicologia CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS A N O TA ÇÕ E S FARMÁCIA –TOXICOLOGIA TOXICOLOGIA O curso de toxicologia será bem direcionado para as provas. O material de farmacologia apresenta as bases fisiológicas e a farmacologia aplicada aos sistemas. Essas bases são as mesmas quando aplicadas ao ser humano, que possui um receptor endógeno que pode receber um medicamento e interagir com ele para obter um efeito farmacológico, ou receber um agente tóxico, interagir com ele e obter um efeito toxicológico. A droga interage com o sistema vivo: • Se o efeito farmacológico for positivo, trata-se de um fármaco e a ciência que estuda essa interação é a farmacologia. • Se o efeito for negativo, trata-se de um agente tóxico e a ciência que estuda essa inte- ração é a toxicologia. Nas divisões da toxicologia, há a toxicologia de medicamentos. O medicamento terá efeito negativo e será objeto de estudo da toxicologia quando houver uso inadequado dele. Exemplos: superdoses (doses tóxicas) ou uso recreativo (por diferente indicação, como no uso de opioides que possuem função de alívio da dor pós-cirúrgica ou dores intensas, mas que pode ser usado explorando-se seus efeitos colaterais de fornecer neurotransmissores que trazem sensação de prazer). O uso recreativo de medicamentos é um dos problemas relacionados ao abuso de subs- tâncias (vício nos efeitos colaterais prazerosos de alguns medicamentos, fazendo-se uso deles sem indicação). O farmacêutico tem a missão de promover o uso racional de medicamentos. Qualquer substância pode ser veneno dependendo de sua dose, ou seja, dependendo da dose, pode desencadear efeitos tóxicos. Isso explica porque alguns medicamentos e cosmé- ticos são estudados tanto em farmacologia quanto em toxicologia. Há outros fatores, além da dose, que atuam na ação de uma substância. Entre os medicamentos, aquele que mais tem importância em provas é o paracetamol, que está envolvido em vários acidentes, principalmente pediátricos, e a intoxicação por ele é importante. 5m 2 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Farmácia –Toxicologia CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS A N O TA ÇÕ E S A toxicologia não estuda somente medicamentos. Ela estuda também os contaminantes no meio ambiente, em alimentos, em medicamentos e cosméticos, no ambiente laboral e na sociedade (álcool, por exemplo, que tem impacto tanto na saúde do indivíduo quanto na sociedade como um todo). Algumas práticas relacionadas a agentes tóxicos são consideradas crimes. Quando se fala em toxicologia, deve-se saber que quem elabora as provas de concursos são pessoas que sabem que toxicologia e farmacologia são as mesmas ciências, tendo as mesmas bases. Assim, conceitos da farmacologia são misturados com os da toxicologia na tentativa de confundir o candidato, por explorar a semelhança entre as duas matérias. As definições que serão estudadas são diferentes daquelas da farmacopeia e da legisla- ção farmacêutica, estão presentes na literatura e caem em provas. A base bibliográfica é o Livro Seis Ioga, que é a referência para as principais provas. Uma das provas que cita esse livro como referência é a prova do Exército. Conceitos Toxicologia → ciência que estuda os efeitos nocivos (efeitos negativos) decorrentes das interações de substâncias químicas com o organismo, sob condições específicas de exposi- ção (doses altas, diferente indicação). Efeito nocivo → é um efeito que ao ser produzido em exposição prolongada resulta em transtornos de capacidade funcional e/ou capacidade do organismo em compensar a nova sobrecarga; diminui a capacidade do organismo em manter homeostasia ou aumenta a sus- cetibilidade aos efeitos indesejáveis de outros fatores. Esse efeito atrapalha o organismo a se reorganizar. Alguns medicamentos produzem efeitos negativos. Exemplos: Diazepan: algumas pessoas relatam que se sentem “dopadas”, com capacidade de ação e reação alterada. O organismo compensa esse efeito adverso e o benefício farmacológico “conversa” com esses efeitos colaterais. Agente tóxico ou toxicante → entidade química capaz de causar dano ao sistema bio- lógico, alterando uma função ou levando à morte, sob certas condições de exposição. É o agente que atuará no receptor provocando efeito nocivo. 10m 3 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Farmácia –Toxicologia CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS A N O TA ÇÕ E S Veneno → substância química que provoca intoxicação ou morte com baixas doses (doses diminutas). A diferença entre o agente tóxico e o veneno é que este apresenta seus efeitos em doses diminutas, causando seus efeitos e morte, pois é mais potente. O agente tóxico, em geral, requer uma superdose para que tenha um efeito nocivo. ATENÇÃO A banca pode misturar os conceitos de veneno e de agente tóxico, pois esses conceitos se parecem, assim como os conceitos de droga e fármaco. Droga e fármaco têm definição diferente na legislação e na farmacopeia. Droga → substância capaz de modificar ou explorar o sistema fisiológico ou estado pato- lógico com ou sem intenção de benefício do organismo receptor. Fármaco → substância de estrutura química definida capaz de modificar ou explorar o sistema fisiológico ou o estado patológico em benefício do organismo do receptor. Antídoto → agente capaz de antagonizar (“zerar”) os efeitos tóxicos de substâncias. Ele não faz efeito contrário. Antagonizar é um termo bastante farmacológico. O antagonista não faz o efeito contrário do agonista (do agente principal), mas ele “zera” a atuação (a eficácia) do agente principal (agonista). Exemplo: em um sangramento excessivo, o antagonista não produzirá coagulação excessiva. Trata-se do contrário: ele fará o sangramento cessar. O PULO DO GATO! Se a banca trouxer que a função do antagonista é produzir efeito contrário do agonista, a resposta estará errada. Na clínica, o que se observa é que o efeito cessa. O antagonista cessará o efeito e não fará efeito contrário. Um dos antagonismos clássicos é o antagonismo competitivo, onde se tem um receptor farmacológico com um agonista. Para provocar o efeito nocivo, o antagonista tem que se ligar àquele receptor. 15m 4 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Farmácia –Toxicologia CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS A N O TA ÇÕ E S Uma forma de antagonizar o efeito nocivo é fazer com que este receptor esteja ocupado por outra molécula parecida, mas que não interaja com o receptor. Quando o veneno chega no receptor, o sítio de ligação já está ocupado e o veneno não consegue se ligar ao recep- tor. Assim, o antídoto não está fazendo efeito contrário: ele apenas está ocupando o sítio de ligação do receptor fisiológico para que o veneno não se ligue e não interaja com o receptor, provocando o efeito nocivo. ATENÇÃO A banca pode misturar os conceitos de toxicidade, ação tóxica e intoxicação. Toxicidade → propriedade (capacidade) dos agentes tóxicos de promoverem injúrias (danos) às estruturas biológicas, por meio de interações físico-químicas. Há drogas com maior toxicidade, drogas com menor toxicidade e drogas que não têm nenhuma toxicidade. São realizadas avaliações toxicológicas nas quais os indivíduos são expostos ao agente tóxico ao longo de muito tempo e muitas vezes não há efeito tóxico nenhum. Muitas pessoas ligam esse fato aos fitoterápicos, o que está incorreto. Trata-se de característica individual de cada droga, não importando se a fonte é natural ou sintética. Alguns agentes têm a capacidade de produzir danos em doses muito pequenas (vene- nos, que possuem toxicidade alta – um pré-requisito para essa categoria). “DADE” = capacidade = propriedade do agente tóxico. Ação tóxica → maneira (mecanismo)pela qual um agente tóxico exerce sua atividade sobre o tecido para ter seu efeito nocivo. Pode-se ter, por exemplo, um agente tóxico que tenha alta toxicidade, mas que seu meca- nismo ou ação tóxica não estejam esclarecidos. “Ação” = mecanismo de ação = toxicodinâmica = forma que age para exercer a atividade sobre o tecido. Intoxicação → manifestação (clínica) dos efeitos tóxicos. Xenobiótico → substâncias químicas estranhas ao organismo. 5 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Farmácia –Toxicologia CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS A N O TA ÇÕ E S O PULO DO GATO! As bancas gostam muito do conceito de xenobióticos. Fases da Intoxicação Exposição → fase em que o organismo entra em contato com o toxicante. Fatores importantes: dose, concentração, via de introdução (oral, injetável, nasal, inala- tória etc.), frequência e duração de exposição, propriedades FQ (físico-químicas), suscetibi- lidade individual. A exposição é muito importante na toxicologia, pois há alguns agentes tóxicos a que somos expostos a vida inteira, mas é uma exposição segura. Algumas pessoas, entretanto, não podem ter nenhuma exposição a eles. Exemplo: uma exposição em laboratório a alguns solventes químicos não traria dano, mas no momento em que a mulher fica grávida, isso passa a ser um problema, pois algumas substâncias têm capacidades mutagênica, carcinogênica ou teratogênica (exemplos: éter de petróleo, hexanos, que não podem entrar em contato com grávidas). Toxicocinética → processos envolvidos na relação entre absorção e concentração do agente tóxico nos diferentes tecidos do organismo, através do deslocamento dessa substân- cia no organismo (absorção, distribuição – por exemplo, na circulação sanguínea, armazena- mento – por exemplo, nos tecidos adiposos, biotransformação no fígado para tornar o agente mais hidrossolúvel para a excreção, excreção em todos os fluidos biológicos, principalmente urina e fezes. Estudo do percurso que o agente tóxico faz no organismo (o que o organismo faz com a substância). Toxicodinâmica → interação entre as moléculas do toxicante e os sítios de ação (recep- tores), específicos ou não dos órgãos, e consequentemente o aparecimento de desequilíbrio homeostático. Fase clínica → fase em que há evidências de sinais e sintomas, alterações patológicas detectáveis mediante as provas diagnósticas caracterizando os efeitos nocivos provocados pela interação do agente com o organismo. 20m 6 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Farmácia –Toxicologia CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS A N O TA ÇÕ E S No hospital, a intoxicação é caracterizada principalmente pela parte clínica (paciente san- grando, convulsionando, com hiperexcitação no nível do sistema nervoso central etc.). Áreas de atuação Descrição ambiental (metais pesados, gases ambientais, radiação, domissanitários – substâncias para fazer detergentes, plantas ornamentais, organismos aquáticos tóxicos – microalgas, por exemplo): efeitos nocivos causados pela interação de agentes químicos con- taminantes do ambiente (água, solo, ar) com os organismos humanos. Ocupacional (agentes metemoglobinizantes, solventes orgânicos, praguicidas): Efeitos nocivos causados pela interação de agentes químicos presentes no ambiente de trabalho com os indivíduos a eles expostos. Alimentos (metais): efeitos nocivos provocados por substâncias químicas presentes em alimentos, para definir as condições que estes podem ser consumidos sem causar dano ao organismo, norteando a questão da exposição a esse agente tóxico. Medicamentos e cosméticos: efeitos nocivos produzidos pela interação de medicamentos e cosméticos com organismos decorrentes de uso inadequado ou suscetibilidade individual. Dentro do uso adequado, o efeito não pode ser tóxico, e sim terapêutico, o que é alvo de estudo da farmacologia. Para medicamentos e cosméticos estarem dentro da toxicologia, é necessário que essa exposição tenha sido feita de forma inadequada ou tenha sido feita dentro de uma susceptibilidade individual. Social (opiáceos – morfina, heroína, codeína; estimulantes – cocaína, fármacos estimu- lantes do sistema nervoso central; etanol – principal agente tóxico de efeito social; inalantes – que normalmente possuem características de depressores do sistema nervoso central cau- sando certa confusão mental; barbitúricos, tabaco, cannabis, drogas sintéticas – LSD, ecs- tasy, PCP etc. que são drogas especialmente alucinógenas; anti-inflamatórios, que também podem ser usados com o fim de recreação): efeitos nocivos decorrentes do uso não médico de drogas ou fármacos, causando prejuízo ao próprio indivíduo e à sociedade. ATENÇÃO A área social é muito recorrente em provas para perícia criminal. 25m ������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula preparada e ministrada pela professora Pollyana Lyra e Oliveira. ��A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu- siva deste material.
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