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UC 5 | P2 | Problema 2 | por Laís Raposo [tutoria-prob.2] OBJETIVOS Entender as vias de sinalização hormonal neuroendócrinas. Compreender o funcionamento dos hormônios produzidos pelo eixo hipotálamo hipófise. Caracterizar o feedback negativo e positivo Entender a Síndrome de Sheehan. Explicar o aumento da hipófise na gestação. FUNCIONAMENTO GERAL Produção de hormônios: Glândulas endócrinas (maioria) Células endócrinas isoladas (hormônios do sistema endócrino difuso) Neurônios (neuro-hormônios) Células do sistema imune (citocinas) São secretados na corrente sanguínea. Ecto-hormônios: moléculas sinalizadoras secretadas no meio externo. Feromônios: ecto-hormônios que atuam sobre organismos de uma mesma espécie para propagar um aviso que gere uma resposta fisiológica ou comportamental (formigas atraem as demais para fontes de comida) Os hormônios são transportados para tecidos-alvo e atingem uma célula alvo através de receptores proteicos específicos para iniciar respostas bioquímicas (mecanismo de ação celular). Receptor intracelular (hormônios lipossolúveis) Receptor de membrana (hormônios hidrossolúveis) Hidrossolúveis: transportados de forma livre Lipossolúveis: transporte possibilitado pelas proteínas de transporte. Realizam uma ação pleiotrópica Um hormônio possui múltiplos efeitos em diversos tipos celulares Tipos de hormônios: Circulantes: passam das células secretoras para o líquido intersticial, e depois disso para o sangue. Permanecem até algumas horas na corrente sanguínea. São inativados pelos rins e pelo fígado. Locais: atuam em células vizinhas (parácrinos) ou nas próprias células secretoras (autócrinos). Não vão para a corrente sanguínea. São inativados rapidamente. UC 5 | P2 | Problema 2 | por Laís Raposo Os hormônios exercem seus efeitos em concentrações muito baixas. Moléculas que são suspeitas de serem hormônios (s/ estudos o suficiente para comprovar) são chamadas de candidatas a hormônios e identificadas pela palavra fator. Fatores de crescimento ATIVIDADE SINALIZADORA Apresenta duração limitada para que o corpo possa responder às mudanças em seu estado interno. Insulina: diminui os níveis de glicose no sangue → glicose entra nas células. Se agir por tempo demais, o nível de glicose sanguínea pode ficar baixo ao ponto de comprometer o sistema nervoso. Hormônios circulantes: degradados por enzimas encontradas no fígado e nos rins. Taxa de degradação hormonal: indicada pela meia-vida do hormônio. Em caso de hormônios ligados a receptores, a inibição acontece por endocitose do complexo hormônio- receptor nos lisossomos da célula. MECANISMO DE AÇÃO HORMÔNIOS LIPOSSOLÚVEIS * Verificar tabela de classificação dos hormônios na última página. 1. O hormônio se difunde do sangue, pelo líquido intersticial e entra na célula através da bicamada lipídica. 2. Quando em uma célula-alvo, o hormônio se liga aos receptores (citosol ou núcleo) e os ativa. O complexo receptor-hormônio modifica a expressão do gene (ativa e desativa genes específicos do DNA nuclear) 3. Com a transcrição do DNA após a ativação/desativação dos genes específicos, ocorre formação de novo RNA- m, que, por sua vez, sintetiza uma nova proteína nos ribossomos. Essas novas proteínas serão responsáveis por alterar as atividades das células e causar as respostas específicas do hormônio. → Mecanismo dos hormônios esteroides HORMÔNIOS HIDROSSOLÚVEIS * Verificar tabela de classificação dos hormônios na última página. UC 5 | P2 | Problema 2 | por Laís Raposo → Por serem hidrossolúveis, não são capazes de se difundir pela pela bicamada lipídica Necessitam de receptores na superfície da célula alvo. 1. O hormônio hidrossolúvel (primeiro mensageiro) se difunde do sangue pelo líquido intersticial e, depois disso, se liga ao receptor da superfície da célula-alvo. O complexo receptor-hormônio ativa a proteína G (proteína da membrana). A proteína G é responsável por ativar a adenilato ciclase. 2. A adenilato ciclase converte ATP em AMP cíclico (AMP-c) – que vem a ser o segundo mensageiro. A reação ocorre no citosol da célula. 3. O AMP-c ativa uma ou mais proteinoquinases Proteoquinase - enzima que fosforila outras proteínas celulares utilizando ATP como grupo doador – convertido em ADP. 4. A fosforilação fica responsável por ativar ou inativar algumas proteínas. 5. As proteínas fosforiladas causam reações, que produzem respostas fisiológicas. Existem proteinoquinases diferentes no interior de organelas da mesma célula ou de células alvo distinto, não limitando a ação do mecanismo a apenas um tipo proteico. 6. Após um tempo, a enzima fosfodiesterase inativa o AMP-c, desativando a resposta da célula. O mecanismo só continua com a ligação de novas moléculas hormonais hidrossolúveis a seus respectivos receptores na membrana plasmática. → Mecanismo de ação UC 5 | P2 | Problema 2 | por Laís Raposo MECANISMO DE FEEDBACK A regulação da secreção hormonal de uma glândula endócrina evita a produção excessiva ou insuficiente de qualquer hormônio. Mantém a homeostasia. A secreção hormonal é regulada por: Sinais do sistema nervoso Alterações químicas no sangue Outros hormônios Feedback negativo: impede a hiperatividade dos sistemas hormonais. Liberação do hormônio → ação → inibição de novas liberações Feedback positivo: a ação biológica do hormônio causa secreção adicional. Liberação do hormônio A → ação → liberação do hormônio A → Hormônio da paratireoide (PTH) – feedback negativo por reflexo endócrino simples. Controla a homeostasia do cálcio. As células da paratireoide monitoram a concentração de Ca2+ no plasma (receptores Ca2+ acoplados à proteína G da membrana). Quando um certo número de receptores estão ligados, a secreção de PTH é inibida. Se a concentração de Ca2+ diminuir abaixo de um certo nível, a inibição cessa e as células paratireoides secretam PTH. → Insulina (feedback negativo) Controla os níveis de glicose no sangue Pode ser regulada por mais de uma via Sinais provenientes do sistema nervoso, hormônio secretado pelo trato digestório após a refeição, reflexo endócrino simples (células B- pancreáticas). UC 5 | P2 | Problema 2 | por Laís Raposo → Surto de secreção de hormônio luteinizante (LH) - mecanismo de feedback positivo Efeito do estrogênio sobre a hipófise antes da ovulação. O LH secretado atua sobre os ovários, estimulando a secreção de estrogênio (responsável pelo desenvolvimento e maturação dos folículos ovarianos). A nova secreção de estrogênio causa mais secreção de LH. Quando o LH atinge a concentração apropriada, o feedback negativo é ativado para inibir esse mecanismo. HIPÓFISE Conexão entre sistema nervoso e sistema endócrino. Atua em conjunto com o hipotálamo Sistema porta hipofisário HORMÔNIOS DA ADENO-HIPÓFISE Liberação: hormônios liberadores do hipotálamo Inibição: hormônios inibidores do hipotálamo Hormônio Célula Função Somatotrofina ou hormônio do crescimento Somatotrofos Cresciment o corporal Tireotrofina ou tireoestimulante (TSH) Tireotrofos Controla as atividades da glândula hipófise Foliculoestimulante (FSH) e luteinizante (LH) Gonadotrofo s Atuam na maturação e produção de células reprodutiva s Prolactina Corticotrofos Produção de leite nas glândulas mamárias Adrenocorticotrofin a (ACTH) Corticotrofos Controla as suprarrenais UC 5 | P2 | Problema 2 | por Laís Raposo Obs: hormônios que controlam a secreção de outros hormônios – hormônios tróficos. HORMÔNIOSDA NEURO-HIPÓFISE Não sintetiza hormônios – apenas armazena e libera. SÍNDROME DE SHEEHAN O aumento da hipófise (30-100% da massa) resulta da hiperplasia dos lactotrofos (células da hipófise que produzem prolactina), estimulados pelo estrogênio. Esse aumento pode comprimir a artéria hipofisária superior e causar isquemia. Não se sabe ao certo, mas supõe-se que o aumento no volume e a manutenção do fluxo de sangue fixo sejam determinantes para a glândula mais suscetível à necrose por causa da hipotensão ou do choque pós-parto. Essa compressão da hipófise leva a uma deficiência hormonal pós parto (hipopituitarismo), decorrente de quadros de hipotensão ou choque por hemorragia durante ou após o pato. Ocorre o infarto da glândula hipofisária, principalmente do lobo anterior (adeno- hipófise) em virtude de baixo fluxo sanguíneo → vasoespasmo, trombose ou compressão vascular. Esse quadro leva à necrose da hipófise. → Aspectos clínicos: UC 5 | P2 | Problema 2 | por Laís Raposo → Diagnóstico: Relatos de partos difíceis e com presença de sangramentos Sinais agudos e crônicos Avaliação de níveis hormonais basais → prolactina, T4 livre (T4L), TSH, ACTH, cortisol, FSH, LH, estradiol e IGF-1 → Radiologia (RM) UC 5 | P2 | Problema 2 | por Laís Raposo 0 0
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