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CONSTITUCIONAL - Poder Judiciário

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CONSTITUCIONAL
< Poder Judiciário >
COMPOSIÇÃO:
I – o Supremo Tribunal Federal – STF;
I – A – o Conselho Nacional de Justiça – CNJ (EC n. 45/2004);
II – o Superior Tribunal de Justiça – STJ;
II – A – o Tribunal Superior do Trabalho – TST (EC n. 92/2016);
III – os Tribunais Regionais Federais (TRF) e os Juízes Federais;
IV – os Tribunais e Juízes do Trabalho;
V – os Tribunais (TSE e TRE) e Juízes Eleitorais;
VI – os Tribunais e Juízes Militares (STM) e auditorias militares;
VII – os Tribunais (TJ) e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios
● O CNJ é parte do Poder Judiciário e realiza um controle interno, no entanto,
entende-se que as Turmas Recursais não são órgãos do Poder Judiciário;
● O STF e demais tribunais superiores tem sede em Brasília e jurisdição em todo o
território nacional;
● CUIDADO!! Tribunais desportivos, de Contas e Arbitrais NÃO integram o Poder
Judiciário;
● Especialmente para as provas objetivas: o STF entende que o princípio do duplo
grau de jurisdição não está previsto nem explícita nem implicitamente na
CF/1988. Ele existiria na legislação supralegal (Pacto de São José da Costa Rica), e
não na Constituição (STF, AI n. 513.044);
1. INGRESSO NA MAGISTRATURA
O cargo inicial para ingresso na magistratura é o de Juiz Substituto, devendo o candidato se
submeter a concurso de provas e títulos, comprovar 03 anos de prática jurídica (quarentena
de entrada) - não existe a obrigatoriedade de o candidato exercer a advocacia - STF: A
contagem tem início da conclusão do curso e não da colação de grau (ADI 3460);
** Pessoas que atuem como agente ou escrivão de polícia também podem usar o exercício
do cargo para fins de comprovação de atividade jurídica;
A comprovação do preenchimento dos requisitos nos concursos, via de regra, acontece na
posse. Contudo, para Magistratura e o Ministério Público, a comprovação deve ser
realizada já na etapa da inscrição definitiva;
2. PROMOÇÃO
A promoção acontece de entrância por entrância e DEPOIS de instância por instância,
alternadamente, em razão de antiguidade e merecimento.
● MERECIMENTO: I. Juiz na lista por 3x consecutivas ou 5x alternadas, II. Mínimo de
02 anos na entrância e integrar a quinta parte dos mais antigos, III. Aferir
merecimento por meio de critérios objetivos;
● ANTIGUIDADE: O Juiz somente poderá ser recusado por voto fundamentado de ⅔
dos membros + direito a ampla defesa.
3. PERDA DO CARGO
Os magistrados, ainda que tenham alcançado a vitaliciedade, poderão ser demitidos em
caso de: condenação criminal transitada em julgado, com penas de reclusão ou detenção.
** Excepcionalmente, membros da magistratura que intefrem CNJ ou CNMP e responderem
por crimes de responsabilidade, poderão perder o cargo por decisão do Senado;
4. CRIAÇÃO DE ÓRGÃO ESPECIAL
Ocorrerá quando oTribunal possuir mais de 25 membros, sendo constituído por, no mínimo
11 e no máximo 25 integrantes. < Tribunal do Pleno > A composição do órgão deverá contar
com metade das vagas preenchida pelo critério de antiguidade, enquanto a outra
metade será por eleição do Tribunal Pleno. caberá ao Plenário do Tribunal definir quais são
as atribuições que delega ao Órgão Especial (STF, MS n. 26.411).
5. CLÁUSULA DE RESERVA DE PLENÁRIO
É a chamada “Full bench”, o controle difuso exercido pelo Juiz de primeiro grau é diferente
do exercido pelo Tribunal. No último caso, o Tribunal somente poderá declarar a
inconstitucionalidade de uma norma pelo voto da maioria de seus membros; as decisões
dos Tribunais são mais importantes e, por isso, não podem ser tomadas monocraticamente
ou por um pequeno número de julgadores (órgão fracionário)
SÚMULA VINCULANTE 10: Viola a cláusula de
reserva de plenário (CF, artigo 97) a decisão de
órgão fracionário de tribunal que, embora não
declare expressamente a inconstitucionalidade de lei
ou ato normativo do poder público, afasta sua
incidência, no todo ou em parte;
IMPORTANTE!!! é desnecessária a submissão do caso à regra da reserva de plenário na
hipótese em que a decisão judicial estiver fundada em jurisprudência do Plenário do STF ou
em súmula desse tribunal (STF, ARE n. 914.045)
❖ Embora a Súmula n. 347 não tenha sido formalmente cancelada, em abril de 2021,
o Plenário do STF afastou a possibilidade de o TC fazer controle de
constitucionalidade dentro de sua atuação (STF, MS n. 35.410).
EXCLUSÕES: Aposentadoria ocmpulsória como forma de punição (reforma administrativa)
e fim das férias coletivas (no âmbito de 1ª e 2ª instâncias - STF e demais Tribunais
superiores permanece) - foi fruto da Reforma do Judiciário e busca manter a Justiça em
pleno funcionamento, em regime de plantão.
6. QUINTO CONSTITUCIONAL
Um quinto das vagas dos tribunais (federais e estaduais) e do trabalho serão preenchidas
por membros do Ministério Público e da OAB, indicados em uma lista sêxtupla que será
reduzida pelo tribunal para uma lista tríplice.
MEMBROS DO MP: Mínimo de 10 anos de efetivo exercício
MEMBROS DA OAB: Mínimo de 10 anos de efetivo exercício + notório saber jurídico +
reputação ilibada;
● o STF entende que viola o princípio da separação dos Poderes norma de
Constituição Estadual que preveja aprovação, pela Assembleia Legislativa, de
candidatos do ⅕ constitucional à vaga no TJ (STF, ADI n. 4.150);
7. GARANTIAS CONSTITUCIONAIS DOS MAGISTRADOS
I. Vitaliciedade: Para os que ingressam por concurso, acontece após 02 anos, já os
que entram por meio do quinto constitucional a recebem imediatamente.
● Cuidado! Vitaliciedade e estabilidade são coisas diferentes. No primeiro caso,
as prerrogativas se mantém mesmo após a aposentadoria, com a exceção
do foro especial (STF);
● O fato de ser vitalício não impede a aposentadoria compulsória!
● No primeiro grau, a vitaliciedade é adquirida após 2 anos de efetivo exercício.
Segundo o art. 93, IV, CF/88, é etapa obrigatória do processo de vitaliciamento
a participação em curso oficial ou reconhecido por escola nacional de formação
e aperfeiçoamento de magistrados.
II. Inamovibilidade: Os Juízes não podem ser removidos de ofício, somente em caso
de interesse público e por meio do voto da maioria absoluta dos membros do
Tribunal ou CNJ. o STF entendeu que a inamovibilidade valeria para os magistrados
titulares e para os substitutos;
** O Supremo afastou o pagamento de auxílio-moradia para magistrados e membros
do MP (AO 1773);
III. Irredutibilidade de salários: Os magistrados não podem incorporar quintos em
regime jurídico diverso (RE 586.381);
8. VEDAÇÕES AOS MAGISTRADOS
i. Exercício de outro cargo ou função: Ainda que esteja em disponibilidade, o magistrado
não poderá exercer outra atividade, salvo o magistério. Nesse sentido, é vedado aos
Juízes exercerem atividades como coachs, mentores ou afins (a mesma vedação se
aplica a integrantes do MP);
ii. Quarentena de saída: Depois de ser aposentado/exonerado o magistrado deverá
obedecer o período de quarentena de 03 anos para poder exercer a atividade advocatícia
no Juízo ou Tribunal que se afastou (a restrição não pode atingir terceiros);
iii. Atividade político-partidária: Acontece somente durante o período de atividade do
magistrado;
9. FORO PARA JULGAMENTO DE JUÍZES E MEMBROS DO MP
JUÍZES ESTADUAIS E DO DF Respectivos Tribunais
MEMBROS DO MP ESTADUAL (C. RESP) Tribunal de Justiça
PGR (COMUM/RESPONSABILIDADE) STF e Senado Federal
MEMBROS MPU (comum/responsabilidade) Tribunais/STJ
MEMBROS MPU 1ª INST. Tribunal
MEMBROS MPDFT (comum/responsab) Tribunal Regional Federal
● Os Tribunais gozam de autonomia administrativa, financeira e orçamentária,
cabendo a eles elaborarem: seus regimentos internos, prover os cargos de Juiz de
carreira, propor a criação de novas varas, prover os cargos necessários por meio de
concursos.
● Os desembargadores que escolhem os integrantes do órgão diretivo do Tribunal
(Juízes vitalícios não podem participar da eleição - ADI 2012);
● Os Tribunais elaborarão as propostas orçamentárias dentro dos limites estipulados
conjuntamente com os demais Poderes na Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO.Caso não enviem a proposta dentro do prazo, os valores utilizados serão os
aprovados na LDO atual, o que é prejudicial pra o Tribunal, visto que as despesas
sempre são crescentes.
● Segundo o STF já decidiu que os tribunais não podem recusar nomes da lista sêxtupla
sem fundamentação, mas apenas se constatarem que algum dos indicados não
preenche os requisitos constitucionais de tempo de profissão e de conhecimento
jurídico (procedimento de controle administrativo 0004132-13.2012.2.00.0000).
● Súmula 649 do STF: É inconstitucional a criação, por Constituição estadual, de órgão
de controle administrativo do Poder Judiciário do qual participem representantes de
outros Poderes ou entidades.
➢ JUIZADOS ESPECIAIS
● Poderão ser compostos por Juízes togados e leigos, competentes para conciliação,
julgamento e execução de causas de menor complexidade e infrações penais de
menor potencial ofensivo;
● Eventuais recursos nos Juizados Especiais devem ser encaminhados às Turmas
Recursais ( o acesso a essas últimas não é considerado promoção, mas
designação!) e a decisão delas será irrecorrível (salvo quando contrariar a CF,
cabendo RE, MS ou HC que serão julgados pelo TJ ou TRF).
● CUIDADO! Eventual violação de legislação federal não enseja a interposição de
recurso especial contra decisão de turmas recursais (Súmula 203 - STJ);
● Atualmente, segundo a Resolução n. 3/2016 (já na vigência do Novo CPC),
entende--se que a parte que se sentir prejudicada com a decisão de Turma Recursal
de juizado Estadual deve ingressar com reclamação no próprio TJ, dessa forma,
caberá reclamação para o TJ Estadual (ou TJDFT) quando a decisão da Turma
Recursal de juizado Estadual contrariar jurisprudência do STJ que esteja
consolidada em: a) incidente de assunção de competência; b) incidente de resolução
de demandas repetitivas (IRDR); c) julgamento de recurso especial repetitivo; d)
enunciados das Súmulas do STJ; e) precedentes do STJ.
● No âmbito federal, há as Turmas Regionais de Uniformização de Juris (TRU) e as
Turmas Nacionais de Uniformização de Juris, podendo existir provocação ao STJ,
que não será feita por meio de recurso especial;
● Decisão é proveniente de turma recursal de juizado especial da Fazenda Pública: a
Lei n. 12.153/2009, que trata dos juizados especiais da Fazenda Pública, também
prevê a possibilidade de a questão ser submetida ao STJ, nas hipóteses de
contrariedade a Súmulas do STJ, ou mesmo para uniformizar a orientação nas
Turmas Estaduais;
➢ PRECATÓRIOS
● É um meio usado para cobrar um débito do Poder Público. de qualquer dos 03
âmbitos, advindo de decisão judicial;
● O pagamento por meio de precatório deve obedecer a uma ordem cronológica de
apresentação;
● Os créditos de natureza alimentar devem ser pagos em preferência dos demais;
● RPV é um valor mínimo que pode ser pago, equivalente ao maior benefício
previdenciário. Ele não entra na fila de precatórios e é pago mais rápido (o prazo é
de 02 meses para os estados e DF);
● Via de regra, não se fraciona o valor do precatório, contudo, em prol dos créditos
preferenciais e com destinatários acima de 60 anos, portadores de deficiência ou
doença grave (+ sucessão hereditária) pode ocorrer o fracionamento e o pagamento
com preferência sobre os demais, no montante equivalente até o triplo do valor
fixado como RPV;
● SÚMULA VINCULANTE 17: Durante o período previsto no §5º, art. 100 para o
pagamento de precatórios não incidem juros de mora!!! (caso pague fora do prazo,
os juros só começam a contar a partir do exercício financeiro seguinte);
● O credor poderá ceder, total ou parcialmente, seus créditos em precatórios a
terceiros, independentemente da concordância do devedor. Entretanto, em caso de
cessão de um crédito “normal”, não se fala em observâncias às regras mais
benéficas olhando para as condições pessoais do adquirente (idade avançada,
doença, necessidades especiais);
● CUIDADO! a cessão de crédito alimentício não implica a alteração da natureza
(STF, RE n. 631.537)
● úmula Vinculante n. 47 dispõe que os honorários advocatícios incluídos na
condenação ou destacados do montante principal devido ao credor são entendidos
como verba autônoma, de natureza alimentar (Serão quitados por meio de RPV);
● As sociedades de economia mista prestadoras de serviço público de atuação própria
do Estado e de natureza não concorrencial submetem-se ao regime de precatório”
(STF, RE n. 852.302). Isso também se aplica às empresas públicas que prestam o
serviço em regime de monopólio, como a Casa da Moeda (STF, RE n. 1.009.828).
● o STF entendeu que os recursos públicos vinculados ao orçamento de estatais
prestadoras de serviço público essencial, em regime não concorrencial e sem intuito
● lucrativo primário, não podem ser bloqueados ou sequestrados por decisão judicial
para pagamento de indenizações trabalhistas, sob pena de violação aos artigos 100
(regra do precatório), 2º e 60 (separação de Poderes), 37 (princípio da eficiência) e
167, que trata do princípio da legalidade orçamentária. O caso julgado envolvia a
Companhia de Habitação do Estado da Paraíba (STF, ADPF n. 588);
● Embora a jurisprudência do STF seja no sentido da natureza autárquica dos
conselhos profissionais/de fiscalização – ex.: CREA, COREN –, a execução dos
débitos desses conselhos não se submete ao sistema de precatório (STF, RE n.
938.837).
● Incidem os juros da mora no período compreendido entre a data da realização dos
cálculos e a da requisição de pequeno valor (RPV) ou do precatório. STF. Plenário.
RE 579431/RS, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 19/4/2017 (repercussão geral) (Info
861).
➢ TRIBUNAIS: COMPOSIÇÃO E COMPETÊNCIAS
Os Tribunais costumam possuir 02 tipos de competências: a originária (o processo é
encaminhado diretamente para seu julgamento) e a recursal (o processo só chega ao
Tribunal em sede de recurso);
● A REGRA é o processo para na 2ª instância (TJ, TRF, TRT, TRE e só em casos
excepcionais, ele “sobe” para o STF e STJ);
;
1. SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF
● Aqui não se fala em listas ou quinto constitucional, são todos BR natos escolhidos
pelo PR;
● Não há a exigência de que o candidato seja bacharel em direito;
● Deve ser aprovado pela maioria absoluta do Senado Federal, que ocorrerá por
meio de voto secreto, após sabatina;
● É o guardião da Constituição e único que pode fazer o controle concentrado de
constitucionalidade (ele e os demais podem realizar o controle difuso);
SÃO DE COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DO STF:
1. O julgamento de ADI, ADC, ADO, ADPF e ADI interventiva (ações do controle
concentrado);
- Os legitimados para a propositura das ações do controle concentrado estão
elencados no art. 103 da CF e alguns precisam comprovar a pertinência temática
(ex: governador de Estado, Mesa da Assembleia legislativa ou da Câmara
Legislativa ou, ainda, a Confederação sindical ou entidade de classe de âmbito
nacional);
2. Infrações penais comuns (abrange crimes eleitorais, militares e contravenções) de:
a) Presidente e vice-presidente da República (Executivo);
b) Membros do Congresso Nacional (Legislativo);
c) Ministros do STF (Judiciário);
d) PGR (Ministério Público)
** CRIMES DE RESPONSABILIDADE: PR: julgado pelo Senado; GOV: julgado pelo
Tribunal Especial, Parlamentares: julgados pelos pares por quebra de decoro, Prefeitos:
Câmara ou TJ/TRF/TRE;
- STF não é responsável por demandas na seara cível e que não estejam inscritas na
Constituição, ainda que contra o PR ou outra autoridade
- Em caso de julgamento contra alguém com foro privilegiado, exclusivamente o STF
(nunca o juiz de 1º grau) pode dizer se é ou não caso de desmembramento. Ou seja,
o certo é mandar tudo para o STF e, se for o caso, ele devolve para a 1ª instância o
julgamento das pessoas sem foro especial (STF, INQ n. 3.983);
- Em caso de mandato cruzado (o dep vira senador, vice e versa) o foro se mantém,
assim como a competência do STF;
3. Infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade de:
a) Ministros de Estado e Comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica;
b)Membros dos Tribunais Superiores (STJ, TSE, TST e STM);
c) Membros do TCU;
d) Chefes de missão diplomática de caráter permanente;
** Equiparam-se a ministros de Estado o Presidente do banco central e o AGU (idade
mínima de 21 anos e o crime de responsabilidade, conexo ou não será julgado pelo
Senado);
4. Habeas Corpus, sendo paciente qualquer das pessoas anteriormente citadas e o
Mandado de Segurança e Habeas Data contra atos do PR, Mesas da Câmara e
Senado, TCU, PGR e próprio STF;
5. Litígios entre Estado Estrangeiro ou organismo internacional contra União, Estados,
DF ou territórios (observe que municípios não entram aqui pois serão tratados pelo
Juiz de 1ª instância, sendo eventual recurso encaminhado ao STJ!!!)
6. Causas e conflitos entre União, Estados, DF, até uns contra os outros, inclusive as
respectivas entidades da Administração Indireta; - conflito federativo;
- A solução de conflitos de atribuições entre ramos diversos dos Ministérios Públicos
pelo CNMP é a mais adequada e é a tese que prevalece, atualmente, no STF, haja
vista o reforço ao mandamento constitucional que lhe atribui o controle de legalidade
das ações administrativas dos membros e órgãos dos diversos ramos ministeriais,
sem que interfira na independência funcional (STF, ACO 843);
- Em caso de ação popular que verse sobre conflito federativo a competência é do
STF;
7. Extradição solicitada por Estado estrangeiro
- Quando outro país solicita a extradição de estrangeiro que esteja localizado no BR,
ele se compromete a não aplicar uma das penas aqui proibidas. Ex: pena de morte,
pena perpétua, etc;
8. Habeas Corpus, quando a autoridade coatora for Tribunal Superior ou o paciente for
autoridade ou funcionário cujos atos estejam sujeitos à jurisdição do STF;
9. Revisão criminal e ação rescisória de seus próprios julgados
- roupa suja se lava em casa, se qm proferiu a sentença foi aquele Tribunal, ele quem
decide sobre a rescisória!
10. Reclamação para preservação de sua competência - A reclamação não é recurso,
mas busca garantir o caráter vinculante e a eficácia erga omnes de algumas decisões
do Supremo, bem como garantir o cumprimento de súmulas;
11. A ação em que todos os membros da magistratura sejam direta ou indiretamente
interessados, e aquela em que mais da metade dos membros do Tribunal de origem
estejam impedidos ou sejam direta ou indiretamente interessados;
12. Os conflitos de competência entre o STJ e quaisquer Tribunais, entre Tribunais
Superiores, ou entre estes e qualquer outro Tribunal;
13. o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for
atribuição do presidente da República, do Congresso Nacional, da Câmara dos
Deputados, do Senado Federal, das Mesas dessas Casas legislativas, do TCU, de um
dos Tribunais Superiores, ou do próprio STF
14. As ações contra o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e contra o Conselho
Nacional do Ministério Público (CNMP)
CONFLITO DE COMPETÊNCIAS ENTRE TRIBUNAIS
Quando é positivo implicar dizer que mais de um Tribunal entende ser competente para
julgar a questão, contudo, se for negativo implica dizer que eles julgam ser
incompetentes para resolver o mérito da questão. Nesse caso, a depender de quem
esteja envolvido no Conflito, a decisão sobre a competência recairá sobre o STF,
vejamos:
1. O Judiciário é uma grande família;
2. O STF é o Lineu e só será incomodado com questões relativas a Bebel ou Tuco
(tribunais superiores);
3. Quem manda é Lineu, então, não existe conflito entre Lineu e Tuco, ou Lineu e
Bebel (ex: STF x TST; STF x TSE;
4. Se o conflito for relativo a irmãos, Tuco e Bebel quem resolve é a respectiva mãe,
assim, TJPE x TJPB = STJ ou TRT6 x TRT1 = TST;
5. Em caso de conflito entre parentes diferentes, como Tuco e Beiçola (TRT x TRF)
serão resolvidos pelo STJ;
6. No caso de Juizados, também recairá sobre o STJ;
7. CUIDADO! O CNJ nunca resolverá conflitos de competência!!!!
8. Entre os MPs, o STF já decidiu que cabe ao CNMP dirimir
9. Na ADI 4412 o STF decidiu por maioria que compete exclusivamente ao STF
processar e julgar ações ordinárias contra decisões e atos administrativos do
Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Conselho Nacional do Ministério Público
(CNMP) proferidas no âmbito de suas atribuições constitucionais
➢ Cabe ao STF, dentro da sua competência recursal a decisão acerca de 02 instrumentos:
o Recurso Ordinário e o Recurso Extradordinário;
● RECURSO ORDINÁRIO (ROC): Será julgado pelo STF nos casos de: HC, MS, HD
ou MI julgados em única instância pelos Tribunais superiores e se denegatória a
decisão OU ainda, em se tratando de crime político;
● RECURSO EXTRAORDINÁRIO (RE): Caberá ao STF julgar o RE em causas
decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida versar sobre:
- Contrariar dispositivo constitucional;
- Declarar inconstitucionalidade de lei ou tratado federal;
- Julgar válida lei local ou ato de governo local contestado em face da CF;
- Julgar válida lei local contestada em face de lei federal.
➢ REPERCUSSÃO GERAL: Foi acrescentada no rol de requisitos de admissibilidade
do Recurso Extraordinário, nesse sentido, para que a parte tenha o RE admitido, é
preciso que comprove a repercussão social/geral que o tema debatido no caso gera
(em termos Jurídicos, Econômicos, Políticos ou Sociais - JEPS), também se
reconhece a repercussão em caso de violação de Súmula ou jurisprudência
dominante;
* A decisão proferida pelo Plenário do STF em RE julgado sob a sistemática da repercussão
geral vincula os demais órgãos do Judiciário
* Cuidado!!! a decisão proferida pelo Plenário do STF em RE julgado sob a sistemática da
repercussão geral vincula os demais órgãos do Judiciário. Ah, não cabe reclamação para o
STF alegando que o tribunal não observou precedente firmado em repercussão geral: (a)
enquanto couberem recursos na instância de origem; e (b) quando a decisão comportar
recurso para o Supremo (STF, RCL 27.798).
➢ SÚMULAS VINCULANTES: São orientações firmadas pelo STF a respeito de
determinado tema. Para que se tornem vinculantes, é preciso que seja aprovada
mediante decisão de ⅔ (8 ministros) de seus membros, por ofício ou mediante
provocação, devendo ser publicada na imprensa oficial e gozará de efeito vinculante.
As súmulas poderão ser revistas ou canceladas de ofício ou mediante provocação, por meio
de uma ação (pedido de revisão ou cancelamento), não sendo cabível ajuizamento de ADI.
Ademais, os legitimados para tanto são os do rol 103 + Defensor Público da União +
Tribunais (superiores, de justiça, regionais, eleitorais ou militares) + Município
(incidentalmente em processo no qual seja parte); Além disso, o autor deve comprovar que
ocorreu: mudança na legislação, alteração na jurisprudência ou modificação concreta no
panorama jurídico-social que evidencie a alteração ou reforma.
*** As Súmulas não vinculam o próprio STF, que poderá revê-las, nem o Poder Legislativo
buscando evitar a fossilização da constituição;
CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA
É o assunto mais cobrado desse tema!
● Trata-se de um órgão que integra o Poder Judiciário e é competente para controlar
internamente a atuação administrativa e financeira desse mesmo poder, devendo
também zelar pelo fiel cumprimento do dever funcional de seus membros (lato
sensu);
● O controle do CNJ recai sobre quase todos os órgãos do Judiciário, com exceção
do STF e de seus ministros!
➢ COMPOSIÇÃO: É composto por 15 membros, sendo 09 do Judiciário, 06 do
MP/OAB/cidadãos, estes últimos indicados pela Câmara e Senado; A presidência do
Conselho recai sobre o presidente do STF e a função de corregedor recai sobre o
Ministro indicado pelo STJ, não mais existindo idade mínima ou máxima para
ocupação de nenhum dos cargos;
- O mandato é de 02 anos, salvo para o presidente, que permanecerá no cargo o
tempo em que presidir o STF.
● Serão julgadas pelo STF as ações constitucionais versadas contra o CNJ (a saber:
HC, HD, MI e MS) e também as ações ordinárias (entendimento de 2020);
SÃO ATRIBUIÇÕES DESTINADAS AO CNJ:
I – zelar pelaautonomia do Poder Judiciário e pelo cumprimento do Estatuto da
Magistratura, podendo expedir atos regulamentares (terão força de ato normativo
primário), no âmbito de sua competência, ou recomendar providências;
II – zelar pela observância do art. 37 e apreciar, de ofício ou mediante provocação, a
legalidade dos atos administrativos praticados por membros ou órgãos do Poder Judiciário,
podendo desconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para que se adotem as providências
necessárias ao exato cumprimento da lei, sem prejuízo da competência do Tribunal de
Contas da União (CNJ não faz controle de constitucionalidade!!!);
III – receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Poder Judiciário,
inclusive contra seus serviços auxiliares, serventias e órgãos prestadores de serviços
notariais e de registro que atuem por delegação do poder público ou oficializados, sem
prejuízo da competência disciplinar e correcional dos tribunais, podendo avocar processos
disciplinares em curso, determinar a remoção ou a disponibilidade e aplicar outras sanções
administrativas, assegurada ampla defesa (não pode punir ministros do STF e a
aposentadoria compulsória não é mais uma forma de punição de magistrados - possui
atuação concorrente e não pode aplicar pena de demissão aos magistrados);
IV – representar ao Ministério Público, no caso de crime contra a administração pública ou
de abuso de autoridade;
V – rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares de juízes e
membros de tribunais julgados há menos de um ano (O CNJ tem o limite de um ano para
rever o processo disciplinar, salvo quando exerça competência originária de apuração;
VI – elaborar semestralmente relatório estatístico sobre processos e sentenças prolatadas,
por unidade da Federação, nos diferentes órgãos do Poder Judiciário;
VII – elaborar relatório anual, propondo as providências que julgar necessárias, sobre a
situação do Poder Judiciário no País e as atividades do Conselho, o qual deve integrar
mensagem do presidente do Supremo Tribunal Federal a ser remetida ao Congresso
Nacional, por ocasião da abertura da sessão legislativa.
** Qualquer pessoa é parte legítima para representar ilegalidades perante o CNJ, haja vista
que a apuração desses fatos é de interesse público (STF - MS 28.620)

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