Buscar

Leia_Digital_-_BB

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 93 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 93 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 93 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

11
Sumário
Língua Portuguesa �������������������������������������������������������������������������������������13
1. Interpretação e Compreensão de Texto .......................................................16
2. Acentuação e Ortografia ...............................................................................22
3. Emprego de Classes de Palavras ...................................................................27
4. Frase ...............................................................................................................56
5. Período Composto ........................................................................................63
6. Sintaxe ............................................................................................................67
Redação �����������������������������������������������������������������������������������������������������77
1. Redação para Concursos Públicos ..............................................................78
2. Dissertação Expositiva e Argumentativa .....................................................89
Raciocínio Lógico-Matemático ���������������������������������������������������������������107
1. Conjuntos Numéricos .................................................................................109
2. Razões e Proporções ....................................................................................116
3. Porcentagem e Juros ...................................................................................122
4. Descontos.....................................................................................................125
5. Taxas ............................................................................................................126
6. Rendas ..........................................................................................................130
7. Sistemas de Amortização e Financiamento ...............................................131
8. Análise de Investimento .............................................................................134
9. Taxa Interna de Retorno (TIR) ..................................................................134
10. Tabelas .......................................................................................................138
11. Noções de Estatística .................................................................................139
Atualidades do Mercado Financeiro �������������������������������������������������������147
1. Dinâmica do Mercado ................................................................................148
2. Blocos Econômicos, Grupos Econômicos e Economia Global .................153
3. Sistema Financeiro Nacional e suas Atualizações .....................................161
4. Instituições Financeiras – IF Monetárias/Bancárias e não Monetárias/
não Bancárias ..................................................................................................170
5. Mercado Bancário ......................................................................................174
Cultura Organizacional ���������������������������������������������������������������������������184
1. Cultura Organizacional ..............................................................................187
2. Ética, Moral, Valores e Virtudes ................................................................197
3. Noções de Ética Empresarial e Profissional e a Gestão da Ética nas 
Empresas Públicas e Privadas .........................................................................202
4. Código de Ética do Banco do Brasil ...........................................................208
5. Código de Conduta da Alta Administração Federal ................................212
6. Estatuto Social do Banco do Brasil ............................................................217
Técnicas de Vendas ����������������������������������������������������������������������������������238
1. Noções de Administração de Vendas e Técnicas de Vendas ....................240
2. Lei nº 8.078/1990 Código de Defesa do Consumidor ...............................255
Atendimento (Focado em Vendas) ���������������������������������������������������������293
1. Marketing ...................................................................................................294
2. Resolução nº 4.433, de 23 de Julho de 2015 ..............................................307
Domínio Produtivo da Informática ��������������������������������������������������������310
12
Sumário
1. Software ........................................................................................................ 316
2. Linux ............................................................................................................. 327
3. Windows ....................................................................................................... 331
4. Editores de Texto.......................................................................................... 337
5. Editores de Planilha ..................................................................................... 362
6. BrOffice Calc – Editor de Planilhas ............................................................ 373
7. Editores de Apresentação ............................................................................ 383
8. Redes de Computadores .............................................................................. 389
9. Segurança da Informação ............................................................................ 399
10. Hardware .................................................................................................... 405
11. Glossário ..................................................................................................... 410
Conhecimentos Bancários �������������������������������������������������������������������������414
1. Políticas Econômicas .................................................................................... 417
2. O Sistema Financeiro Nacional ................................................................... 427
3. Instituições Financeiras ............................................................................... 442
4. Garantias das Operações de Crédito ............................................................ 457
5. Sistema de Seguros Privados: Capitalização, Previdência Complementar 
e Seguros ............................................................................................................ 463
6. Mercado de Capitais ..................................................................................... 471
7. Fundos de Investimentos ............................................................................. 485
8. Mercado de Câmbio ...................................................................................... 492
9. Crime de Lavagem de Dinheiro ................................................................... 499
10. Autorregulação Bancária ........................................................................... 506
Língua Inglesa ��������������������������������������������������������������������������������������������508
1. Pronomes e suas Categorias ........................................................................ 509
2. Tempos Verbais ........................................................................................... 516
3. Verbos Modais .............................................................................................. 524
4. Falsos Cognatos ............................................................................................ 527
5. Marcadores Argumentativos ....................................................................... 532
6. Sentenças Condicionais ............................................................................... 536
7. Discurso Direto e Indireto .......................................................................... 539
16
LÍ
N
G
U
A
 P
O
RT
U
GU
ES
A
1. Interpretação e 
Compreensão de Texto
O que é Interpretar Textos? 
Interpretar textos é, antes de tudo, compreender 
o que se leu. Para que haja essa compreensão, é ne-
cessária uma leitura muito atenta e algumas técnicas 
que veremos no decorrer dos textos. Uma dica im-
portante é fazer o resumo do texto por parágrafos. 
EXERCÍCIO COMENTADO
Causas da infidelidade partidária no Brasil
A infidelidade partidária é uma peculiaridade da 
política brasileira. Não é raro observar parlamentares mi-
grarem de uma legenda para outra durante o mandato. 
Entre 1985 e 1998, por exemplo, cerca de 30% dos depu-
tados federais mudaram de sigla ao longo da legislatura. 
O fenômeno, pouco comum em qualquer democracia, 
é recente no Brasil. No intervalo entre 1946 e 1964, não 
houve muitos casos de mudança de partido.
Identificar os motivos da infidelidade partidária foi o 
objetivo da tese de doutorado de Carlos Ranulfo Félix de 
Melo, cientista político da Universidade Federal de Minas 
Gerais (UFMG). A pesquisa, realizada sobretudo junto à 
Câmara dos Deputados, contou também com outras fon-
tes, como artigos da imprensa. Ranulfo limitou o estudo 
ao período da democracia recente (entre 1985 e 1998) e 
constatou duas causas principais para a inconstância dos 
parlamentares.
Em primeiro lugar, o cientista verificou que a maioria 
das trocas de legenda tem por trás a busca de maior ex-
pressão. “O chamado ‘baixo clero’ procede desse modo 
para ampliar seu poder no estado de origem, adquirir 
cargos e recursos ou simplesmente prolongar a carrei-
ra, pois no Brasil, a renovação da câmara chega a ser de 
40%, contra uma média de 5% dos Estados Unidos”. Em 
segundo lugar, a infidelidade interessa aos líderes dos 
partidos, pois permite que aumentem suas bancadas e, 
portanto, seu poder. “A tendência é que o partido em 
voga cresça”, constata Ranulfo. O PSDB, por exemplo, 
começou o ano de 1994 com 62 deputados federais e ter-
minou 1998 com 96.
Ranulfo identifica ainda um outro tipo de político que 
costuma flutuar entre os partidos: os chamados ‘caci-
ques’. Nem sempre se pode ligar uma única legenda a 
nomes como Jânio Quadros, Itamar Franco, Fernando 
Collor ou César Maia. Segundo o cientista, o fenômeno 
é típico da política brasileira, que personaliza a figura do 
‘salvador da pátria’ em detrimento da linha do partido.
A infidelidade partidária é vista por Ranulfo como pre-
judicial para o processo democrático. A troca de legenda 
reflete uma alteração no comportamento do eleito: um 
político com perfil de ‘esquerdista’ que se transfere para 
uma agremiação de ‘direita’ desgasta a significação do 
partido e enfraquece a representação política.
Para Ranulfo, uma solução possível para o fim da in-
fidelidade partidária poderia ser o uso de mecanismos 
como o sistema de listas, praticado na Europa. “Mas a 
alternativa mais simples seria a adoção de uma nova 
legislação”, avalia. A lei poderia, por exemplo, obrigar 
o deputado a permanecer na mesma legenda até o fim 
do mandato. Já existe um projeto de lei para combater 
a infidelidade partidária, que está em trâmite há algum 
tempo e nunca foi votado. “Evidentemente, por trás 
disso, há um interesse dos próprios deputados”.
(FERREIRA, Pablo Pires. Ciência Hoje, mar. 2001.)
01. (UFPR 2007) Indique a alternativa em que a ex-
pressão entre colchetes pode substituir o trecho 
grifado, mantendo o mesmo sentido da expres-
são original. 
a) A infidelidade partidária é uma peculiaridade 
da política brasileira. [é uma idiossincrasia]
b) (...) cerca de 30% dos deputados federais 
mudaram de sigla ao longo da legislatura. 
[através da legislação]
c) Ranulfo (...) constatou duas causas princi-
pais para a inconstância dos parlamentares. 
[para a inconsistência]
d) Já existe um projeto de lei para combater a 
infidelidade partidária, que está em trâmite 
(...). [está em transe]
e) O chamado ‘baixo clero’ procede desse 
modo para ampliar seu poder no estado de 
origem (...). [O grupo de políticos mais ex-
pressivos]
RESPOSTA: A. Esta questão exige do candidato co-
nhecimento de vocabulário. Da segunda até a quinta 
alternativa, observa-se que os termos entre colchetes 
alteram o significado dos períodos. Idiossincrasia é a 
disposição de um indivíduo para reagir de maneira 
especial à influência de certos agentes. “Ao longo da 
legislatura” não condiz com “através da legislatura”, 
assim como inconstância (volubilidade, instabilidade) 
não tem o mesmo significado de inconsistência (in-
coerente, sem fundamento); estar em trâmite (estar 
a caminho) não é o mesmo que estar em transe (estar 
em crise) e “baixo clero” não tem relação com o grupo 
de políticos mais expressivos.
02. (UFPR 2007) Pode-se inferir, a partir das informa-
ções do texto, que a motivação para o crescimento 
da bancada do PSDB no período de 1994 a 1998 foi:
a) A mobilização dos líderes do partido gover-
nista para aumentar sua bancada.
b) A ausência de “caciques” no partido.
c) O enfraquecimento da oposição ao presi-
dente Fernando Henrique Cardoso.
d) A mudança na legislação eleitoral.
e) A dificuldade de sobrevivência dos partidos 
pequenos.
RESPOSTA: A. O que justifica a marcação da primeira 
alternativa como correta é o excerto: ...a infidelidade
17
LÍ
N
G
U
A
 P
O
RT
U
G
U
ES
A
interessa aos líderes dos partidos, pois permite que 
aumentem suas bancadas e, portanto, seu poder. “A 
tendência é que o partido em voga cresça”, constata 
Ranulfo. O PSDB, por exemplo, começou o ano de 1994 
com 62 deputados federais e terminou 1998 com 96.
Ambiguidade
Ambiguidade ou anfibologia é a falta de clareza 
em um enunciado que lhe permite mais de uma inter-
pretação. É conhecida, também, como duplo sentido. 
Observe os exemplos a seguir:
Ex�: Maria disse à Ana que sua irmã chegou. (A 
irmã é de Maria ou Ana?)
A mãe falou com a filha caída no chão. (Quem es-
tava caída no chão?)
Está em dúvida quanto à configuração da sua 
máquina? Então, acabe com ela agora mesmo! 
(Acabe com a dúvida, com a configuração ou com 
a máquina?)
Em alguns casos, especialmente na publicidade e 
nos textos literários, a ambiguidade é proposital; mas, 
para que ocorra a compreensão necessária, é preciso 
que o leitor tenha conhecimento de mundo suficiente 
para interpretar de maneira literal e não literal. 
No entanto, ela se torna um problema nos textos 
quando causa dúvidas em relação à interpretação. Ela 
também pode gerar problemas e fazer com que o au-
tor seja mal interpretado, como na frase “Sinto falta 
da galinha da minha mãe”.
Ao escrever, para que não haja problemas relacio-
nados à ambiguidade, é necessária atenção do autor e 
uma leitura cuidadosa. 
FIQUE LIGADO
É importante observar que os textos não são 
estáticos e dificilmente apresentarão apenas uma 
tipologia. É comum que o texto seja, por exemplo, 
dissertativo-argumentativo, narrativo-descritivo ou 
descritivo-instrucional. É importante, portanto, iden-
tificar a tipologia que predomina.
Coesão e Coerência
Observe as orações a seguir:
Mariana estava cansada. Viajou a noite toda. Foi 
trabalhar no dia seguinte.
Perceba que a relação entre elas não está clara. 
Agora, veja o que acontece quando são inseridos 
elementos de coesão:
Mariana estava cansada porque viajou a noite to-
da. Mesmo assim, foi trabalhar no dia seguinte.
Os elementos de coesão são responsáveis por 
criar a relação correta entre os termos do texto, tor-
nando-o coerente.
Os elementos de coesão são representados pelas 
conjunções. As principais relações estabelecidas en-
tre eles são:
Concessão Adversidade Conclusão Causa Tempo
embora 
– ainda 
que – se 
bem que 
– mesmo 
que – por 
mais que.
mas – contudo 
– no entanto 
– todavia – se 
bem que 
– porém – 
entretanto.
dessa forma 
– logo – 
portanto 
– assim 
sendo – por 
conseguinte
Porque – 
pois – já 
que – 
visto que 
– uma 
vez que
quando 
– na hora 
em que – 
logo que 
– assim 
que
Leia o trecho a seguir, publicado no jornal Correio 
Popular:
“Durante a sua carreira de goleiro,iniciada no Co-
mercial de Ribeirão Preto, sua terra natal, Leão, de 51 
anos, sempre impôs seu estilo ao mesmo tempo arredio 
e disciplinado. Por outro lado, costumava ficar horas 
aprimorando seus defeitos após os treinos. Ao chegar à 
seleção brasileira em 1970, quando fez parte do grupo 
que conquistou o tricampeonato mundial, Leão não 
dava um passo em falso. Cada atitude e cada declara-
ção eram pensados com um racionalismo típico de sua 
família, já que seus outros dois irmãos são médicos.”
Correio Popular, Campinas, 20 out. 2000.
Observe que neste trecho há problemas de coerência. 
“(...) costumava ficar horas aprimorando seus de-
feitos (...)”
Entende-se o que o redator do texto quis dizer, 
mas a construção é indevida, uma vez que a definição 
para aprimorar, segundo o dicionário, é aperfeiçoar, 
melhorar a qualidade de. Portanto, se interpretada 
seguindo esta definição, entender-se-ia que o jogador 
melhorava seus defeitos.
Além da escolha inadequada do vocábulo, há tam-
bém um problema causado pelo uso indevido dos ele-
mentos de coesão. Observe o uso da expressão “Por 
outro lado”, que deveria indicar algo contrário ao que 
foi dito anteriormente, mas neste caso precede uma 
afirmação que confirma o que foi dito no período an-
terior, deixando o texto confuso.
Perceba, portanto, que:
Coesão é a relação entre as afirmações do texto, de 
maneira a deixá-lo claro e fazer sentido:
Ontem o dia foi bom porque vi Lucas.
Ontem o dia foi bom apesar de eu ter visto Lucas.
A relação de sentido estabelecida pela conjunção 
fará o sentido do texto.
Coerência é o sentido do texto, é o fato de o texto 
fazer sentido e ser compreendido pelo leitor em uma 
primeira leitura. O que torna um texto coerente, en-
tre outras coisas, é a escolha correta das conjunções. 
Por isso, a coesão e a coerência do texto andam juntas 
e muitas vezes se confundem.
18
LÍ
N
G
U
A
 P
O
RT
U
G
U
ES
A
VAMOS PRATICAR
Os exercícios a seguir são referentes ao conteúdo: 
Interpretação e Compreensão de Texto.
É justo que as mulheres se aposentem mais cedo?
A questão acerca da aposentadoria das mulheres 
em condições mais benéficas que aquelas concedi-
das aos homens suscita acalorados debates com po-
sições não somente técnicas, mas também com mui-
to juízo de valor de cada lado. 
Um fato é certo: as mulheres intensificaram sua 
participação no mercado de trabalho desde a segun-
da metade do século 20. 
Há várias razões para isso. Mudanças culturais 
e jurídicas eliminaram restrições sem sentido no 
mundo contemporâneo: um dos maiores e mais an-
tigos bancos do Brasil contratou sua primeira escri-
turária em 1969 e teve sua primeira gerente em 1984. 
Avanços no planejamento familiar e a dissemi-
nação de métodos contraceptivos permitiram a re-
dução do número de filhos e liberaram tempo para a 
mulher se dedicar ao mercado de trabalho. 
Filhos estudam por mais tempo e se mantêm fora do 
mercado de trabalho até o início da vida adulta. Com is-
so, o custo de manter a família cresce e cria a necessidade 
de a mulher ter fonte de renda para o sustento da casa. 
A tecnologia também colaborou: máquinas de 
lavar roupa, fornos micro-ondas, casas menores e 
outras parafernálias da vida moderna reduziram a 
necessidade de algumas horas nos afazeres domés-
ticos e liberaram tempo para o trabalho fora de casa. 
A inserção feminina no mercado de trabalho 
ocorreu, mas com limitações. Em relação aos ho-
mens, mulheres têm menor taxa de participação no 
mercado de trabalho, recebem salários mais baixos e 
ainda há a dupla jornada de trabalho. Quando voltam 
para a casa, ainda têm que se dedicar à família e ao lar.
Essas dificuldades levam algumas pessoas a de-
fender formas de compensação para as mulheres por 
meio de tratamento previdenciário diferenciado. Já 
que as mulheres enfrentam dificuldades de inserção 
no mercado de trabalho, há de compensá-las por 
meio de uma aposentadoria em idade mais jovem. 
A legislação brasileira incorpora essa ideia. Ho-
mens precisam de 35 anos de contribuição para se 
aposentar no INSS; mulheres, de 30. No serviço pú-
blico, que exige idade mínima, as mulheres podem 
se aposentar com cinco anos a menos de idade e 
tempo de contribuição que os homens. 
(Marcelo Abi-Ramia Caetano, Folha de São Paulo, 
21/12/2014.)
01. (FGV) O tema contido na pergunta que serve 
de título ao texto
a) é defendido por uma opinião pessoal do 
autor�
b) é contestado legalmente no corpo do 
texto�
c) é visto como uma injustiça em relação ao 
homem�
d) é tido como legal, mas moralmente 
injusto�
e) é observado de forma técnica e legal�
02. (FGV) “A questão acerca da aposentadoria 
das mulheres em condições mais benéficas 
que aquelas concedidas aos homens suscita 
acalorados debates com posições não somente 
técnicas, mas também com muito juízo de 
valor de cada lado�” 
Ao dizer que há “muito juízo de valor de cada lado”, o 
autor do texto diz que na discussão aparecem
a) questões que envolvem valores da Previ-
dência�
b) problemas que prejudicam economica-
mente os empregadores�
c) posicionamentos apoiados na maior expe-
riência de vida�
d) opiniões de caráter pessoal�
e) questionamentos injustos e pouco inteli-
gentes�
03. (FGV) Dizer que as mulheres intensificaram 
sua participação no mercado de trabalho 
desde a segunda metade do século XX equivale 
a dizer que
a) o trabalho feminino não existia antes 
dessa época�
b) a atividade de trabalho até essa época 
apelava para a força física�
c) as mulheres entraram no mercado de 
trabalho há pouco tempo�
d) os homens exploravam as mulheres até a 
época citada�
e) as famílias passaram a ter menos filhos 
desde o século XX�
04. (FGV) “Mudanças culturais e jurídicas elimina-
ram restrições sem sentido no mundo contem-
porâneo: um dos maiores e mais antigos bancos 
do Brasil contratou sua primeira escriturária 
em 1969 e teve sua primeira gerente em 1984�” 
Os exemplos citados nesse segmento do texto
a) comprovam as mudanças citadas�
b) contrariam as modificações culturais e ju-
rídicas�
c) demonstram o atraso cultural das 
mulheres�
d) indicam a permanência de determinadas 
restrições�
e) provam o despreparo das mulheres para o 
mercado de trabalho masculino�
19
LÍ
N
G
U
A
 P
O
RT
U
G
U
ES
A
05. (FGV) Segundo o texto 1, a necessidade ou 
possibilidade de a mulher trabalhar se prende 
a diferentes motivos� 
As opções a seguir apresentam motivos presentes no 
texto, à exceção de uma. Assinale-a.
a) Aumento do tempo livre, em função da 
redução do número de filhos�
b) O desenvolvimento tecnológico, que 
auxilia nos trabalhos domésticos�
c) A manutenção dos filhos por mais tempo�
d) O desequilíbrio econômico da Previdência�
e) Os métodos contraceptivos, que limitam o 
número de filhos�
06. (FGV) Assinale a opção que indica duas razões 
que mostram as limitações femininas no 
mercado de trabalho�
a) Dupla jornada de trabalho / tecnologia de 
apoio doméstico�
b) Tecnologia de apoio doméstico / necessi-
dade de força física�
c) Necessidade de força física / interrupções 
legais do período de trabalho�
d) Interrupções legais do período de trabalho 
/ salários mais baixos�
e) Salários mais baixos / dupla jornada de 
trabalho�
1 
 
 
 
5 
 
10
 
 
 
 
15 
 
 
 
20 
 
 
 
25 
 
 
 
30 
 
 
 
 
35 
 
 
39
Árvores de Araque
— Você está vendo alguma coisa esquisita nessa paisagem? — perguntou o meu amigo Fred Meyer. 
Olhei em torno. Estávamos no jardim da residência da Embaixada do Brasil no Marrocos, onde ele vive 
— é o nosso embaixador no país — cercados de tamareiras, palmeiras e outras árvores de diferentes tipos. 
Um casal de pavões se pavoneava pelo gramado, uma dezena de galinhas d’angola ciscava no chão, passa-
rinhos iam e vinham. No terraço da casa ao lado, onde funciona a Embaixada da Rússia, havia um mar de 
parabólicas, que devem captar até os suspiros das autoridades locais. Lá longe, na distância, mais tamarei-
ras e palmeiras espetadas contra um céu azul de doer. Tudo me parecia normal.
— Olhaaquela palmeira alta lá na frente.
Olhei. Era alta mesmo, a maior de todas. Tinha um ninho de cegonhas no alto.
— Não é palmeira. É uma torre de celular disfarçada.
Fiquei besta. Depois de conhecer sua real identidade, não havia mais como confundi-la com as demais; mas 
enquanto eu não soube o que era, não me chamara a atenção. Passei os vinte dias seguintes me divertindo em 
buscar antenas disfarçadas na paisagem. Fiz dezenas de fotos delas, e postei no Facebook, onde causaram sensa-
ção. A maioria dos meus amigos nunca tinha visto isso; outros já conheciam de longa data, e mencionaram até 
espécimes plantados no Brasil. Alguns, como Luísa Cortesão, velha amiga portuguesa que acompanho desde os 
tempos do Fotolog, têm posição radicalmente formada a seu respeito: odeiam. Parece que Portugal está cheio de 
falsas coníferas. [...]
A moda das antenas disfarçadas em palmeiras começou em 1996, quando a primeira da espécie foi 
plantada em Cape Town, na África do Sul; mas a invenção é, como não podia deixar de ser, Made in USA. 
Lá, uma empresa sediada em Tucson, Arizona, chamada Larson Camouflage, projetou e desenvolveu a 
primeiríssima antena metida a árvore do mundo, um pinheiro que foi ao ar em 1992. A Larson já tinha 
experiência, se não no conceito, pelo menos no ramo: começou criando paisagens artificiais e camuflagens 
para áreas e equipamentos de serviço.
Hoje existem inúmeras empresas especializadas em disfarçar antenas de telecomunicações pelo mundo 
afora, e uma quantidade de disfarces diferentes. É um negócio próspero num mundo que quer, ao mes-
mo tempo, boa conexão e paisagem bonita, duas propostas mais ou menos incompatíveis. Os custos são 
elevados: um disfarce de palmeira para torre de telecomunicações pode sair por até US$ 150 mil, mas há 
fantasias para todos os bolsos, de silos e caixas d’água à la Velho Oeste a campanários, mastros, cruzes, 
cactos, esculturas.
A Verizon se deu ao trabalho de construir uma casa cenográfica inteira numa zona residencial histórica 
em Arlington, Virgínia, para não ferir a paisagem com caixas de switches e cabos. A antena ficou plantada no 
quintal, pintada de verde na base e de azul no alto; mas no terreno em frente há um jardim sempre conservado 
no maior capricho e, volta e meia, entregadores desavisados deixam jornais e revistas na porta. A brincadeira 
custou cerca de US$ 1,5 milhão. A vizinhança, de início revoltada com a ideia de ter uma antena enfeiando a 
área, já se acostumou com a falsa residência, e até elogia a operadora pela boa manutenção do jardim.
Claro que, a essa altura, já existem incontáveis projetos artísticos sobre as antenas que não ousam dizer 
seu nome. O que achei mais interessante foi o do fotógrafo sul-africano Dillon Marsh, que saiu catando 
árvores artificiais pelo seu país e fez um ensaio com doze imagens que dão, se não motivo para pensar, pelo 
menos razão para umas boas risadas. 
(O Globo, Economia, 22.3.2014)
20
LÍ
N
G
U
A
 P
O
RT
U
G
U
ES
A
07. (CESGRANRIO) No seguinte trecho do texto, 
a vírgula pode ser retirada mantendo-se o 
sentido e assegurando-se a norma-padrão:
a) “cercados de tamareiras, palmeiras” (l� 3)
b) “gramado, uma dezena de galinhas 
d’angola” (l� 4)
c) “o que era, não me chamara a atenção” (l� 12)
d) “fotos delas, e postei no Facebook” (l� 13)
e) “Luísa Cortesão, velha amiga portugue-
sa” (l� 15)
08. (CESGRANRIO) No trecho “casa ao lado, 
onde” (l� 5) a palavra onde pode ser substituí-
da, sem alteração de sentido e mantendo-se a 
norma-padrão, por
a) que
b) cuja
c) em que
d) o qual
e) no qual 
Os cientistas já não têm dúvidas de que as tempe-
raturas médias estão subindo em toda a Terra. Se a 
atividade humana está por trás disso é uma questão 
ainda em aberto, mas as mais claras evidências do 
fenômeno estão no derretimento das geleiras. Nos 
últimos cinco anos, o fotógrafo americano James 
Balog acompanhou as consequências das mudanças 
climáticas nas grandes massas de gelo. Suas andan-
ças lhe renderam um livro, que reúne 200 fotogra-
fias, publicado recentemente. 
Icebergs partidos ao meio e lagos recém-formados 
pela água derretida das calotas de gelo são exemplos. 
Esse derretimento é sazonal. O gelo volta nas esta-
ções frias − mas muitas vezes em quantidade menor, 
e por menos tempo. Há três meses um relatório da 
Nasa, feito a partir de imagens de satélites, mostrou 
que boa parte da superfície de gelo da Groenlândia foi 
parcialmente derretida − transformada em uma es-
pécie de lama de neve − em um tempo recorde desde 
os primeiros registros, feitos trinta anos atrás. Outro 
relatório, elaborado pela National Snow and Ice Data 
Center, mostra que o gelo do Ártico, durante o verão 
do hemisfério norte, teve a maior taxa de derretimen-
to da história, superando o recorde anterior, de 2007. 
Nem sempre, porém, menos gelo significa más 
notícias. A alta da temperatura na Groenlândia per-
mitiu a volta da criação de gado leiteiro e o cultivo 
de vários tipos de vegetais, como batata e brócolis. 
Além disso, o derretimento do gelo no Ártico vai 
permitir a exploração de reservas de petróleo e abrir 
novas rotas de navegação. O que se vê nas fotos de 
James Balog é um mundo em transformação. 
(Adaptado de Carolina Melo. Veja, 7 de novembro de 2012, 
p. 121-122)
09. (FCC) Percebe-se claramente no texto
a) a necessidade do desenvolvimento da 
agropecuária em uma região carente de 
recursos, submetida a condições de tem-
peratura excessivamente baixa� 
b) a ocorrência de fenômenos naturais que 
confirmam plenamente as análises de cien-
tistas sobre as consequências da presença 
do homem em algumas regiões da Terra� 
c) a importância das imagens obtidas por 
satélites, que permitem observação mais 
eficaz de fenômenos naturais ocorridos em 
regiões distantes, muitas vezes inacessíveis� 
d) o papel fundamental dos relatórios feitos 
com base em estudos científicos, que 
propõem medidas de contenção do der-
retimento de geleiras em todo o mundo� 
e) o emprego de recursos auxiliares, como 
o oferecido pela fotografia, nos estudos 
voltados para a preservação das belezas 
naturais existentes no mundo todo�
10. (FCC) O último parágrafo do texto expressa
a) as previsões alarmistas que, ao conside-
rarem os dados resultantes das pesquisas 
sobre o aquecimento global, vêm confir-
mar os riscos de destruição do planeta� 
b) a possibilidade de destruição total de uma 
vasta região do planeta, pondo em risco a 
sobrevivência humana, por escassez de 
água e de alimentos� 
c) as conclusões dos cientistas a respeito das 
evidências do atual aquecimento mais 
rápido do planeta, fenômeno que preju-
dica a agricultura nas regiões polares� 
d) um posicionamento otimista quanto às 
consequências de um fenômeno que, em 
princípio, é visto como catastrófico para 
o futuro do planeta� 
e) uma opinião pouco favorável à explora-
ção econômica, ainda inicial, de uma das 
regiões mais frias do planeta, coberta por 
geleiras�
21
LÍ
N
G
U
A
 P
O
RT
U
G
U
ES
A
01 E 06 D
02 D 07 D
03 C 08 C
04 A 09 C 
05 D 10 D
GABARITO
ANOTAÇÕES
78
RE
D
A
ÇÃ
O
1. Redação para 
Concursos Públicos 
Os editais de concurso público disponibilizam 
o conteúdo programático das matérias que serão 
cobradas nas provas, mas nem sempre deixam ex-
plícito como se preparar para a prova discursiva, ou 
prova de redação – que, na grande maioria dos con-
cursos, é uma etapa eliminatória.
Portanto, é necessário preparar-se com bastante 
antecedência, para que possa haver melhoras grada-
tivas durante o processo de produção de um texto.
Posturas em Relação à Redação
Antes de começar a desenvolver a prática de es-
crita, é preciso que ter algumas posturas em relação 
ao processo de composição de um texto. Em posse 
dessas posturas, percebe-se que escrever não é tão 
complexo se você estiver orientado e fizer da escrita 
um ato constante.
Leitura
Apenas a leitura não garante uma boa escrita. En-
tão, deve-se associar a leitura constante com a escrita 
constante, pois uma prática complementaa outra.
E o que ler? 
Direcione sua prática de leitura da seguinte forma: 
fique atento às ATUALIDADES, que é um conteúdo 
geralmente previsto na prova de conhecimentos ge-
rais. Ademais, conheça a instituição e o cargo a que 
você pretende candidatar-se, como as FUNÇÕES e 
RESPONSABILIDADES exigidas, as quais estão pre-
vistas no edital de abertura de um concurso. E, tam-
bém, tenha uma visão crítica sobre os conhecimentos 
específicos, porque a tendência dos concursos é rela-
cionar um tema ao contexto de trabalho. 
Considere que, nas provas de redação, também po-
dem ser abordados temas sobre algum assunto desa-
fiante para o cargo ao qual o candidato está concorren-
do. Uma dica é estar atento às informações veiculadas 
sobre o órgão público no qual pretende ingressar.
Produção do Texto
A produção de um texto não depende de talento 
ou de um dom. No processo de elaboração de um 
texto, pode-se dizer que um por cento (1%) é inspi-
ração e noventa e nove por cento (99%) é trabalho. 
Escrever um excelente texto é um processo que exige 
esforço, planejamento e organização.
Escrita
O ato de escrever é sempre desta maneira: basta 
começar. Escrever para ser avaliado por um corretor 
é colocar pensamentos organizados e articulados, 
num papel, a partir de um posicionamento sobre 
um tema estabelecido na proposta de redação. 
Tema
O seu texto deve estar cem por cento (100%) ade-
quado à proposta exigida na prova, ou seja, você não 
pode escrever o que quer, mas o que a proposta de-
termina. Desse modo, antes de começar a escrever, é 
necessário entender o TEMA da prova. 
O tema é o assunto proposto que deve ser desenvol-
vido. Portanto, cabe a você entendê-lo, problematizá-
-lo e delimitá-lo, com base no comando da proposta.
Objetividade
Seu texto deve ser objetivo, isto é, o enfoque do 
assunto deve ser direto, sem rodeios. Além disso, as 
bancas dão preferência a uma linguagem simples e 
objetiva. E não confunda linguagem simples com co-
loquialismos, pois é necessário sempre manter a sua 
escrita baseada na norma padrão da língua portuguesa.
Além disso, é fundamental o candidato colocar-
se na posição do leitor. É um momento de estranha-
mento do próprio texto para indagar-se: o que es-
crevi é interessante e de fácil entendimento?
Apresentação do Texto
Para que se consiga escrever um bom texto, é 
preciso aliar duas posturas: ter o hábito da leitura e 
praticar a escrita de textos. Além disso, é importante 
conhecer as propostas das bancas e saber quais são 
os critérios de correção previstos em edital. 
Letra - Legibilidade
Escreva sempre com letra legível. Pode ser letra 
cursiva ou de imprensa. Tenha atenção para o espa-
çamento entre as letras/palavras e para a distinção 
entre maiúsculas e minúsculas.
Respeito às Margens
As margens (tanto esquerda quanto direita) exis-
tem para serem respeitadas, portanto, não as ultra-
passe no momento em que escreve a versão definiti-
va. Tampouco deixe “buracos” entre as palavras. 
Indicação de Parágrafos
É preciso deixar um espaço antes de iniciar um 
parágrafo (mais ou menos dois centímetros).
Título
Colocar título na redação vale mais pontos?
Se o título for solicitado, ele será obrigatório. 
Caso não seja colocado na redação, haverá alguma 
79
RE
D
A
ÇÃ
O
perda, mas não muito. Os editais, em geral, não in-
formam pontuações exatas. No caso de o título não 
ser solicitado, ele se torna facultativo. Logo, se o 
candidato decidir inseri-lo, ele fará parte do texto, 
sendo analisado como tal, mas não terá um valor ex-
tra por isso. 
O título era obrigatório, e não o coloquei��� E 
agora?
Quando há a obrigatoriedade, a ausência do 
título não anula a questão, a menos que haja essa 
orientação nas instruções dadas na prova. Não há 
um desconto considerável em relação ao esqueci-
mento do título, porque a maior pontuação, em 
uma redação para concurso, está relacionada ao 
conteúdo do texto.
É preciso pular linha após o título?
Em caso de obrigatoriedade do título, procure 
não pular linha entre o título e o início do texto, por-
que essa linha em branco não é contada durante a 
correção. 
Quando se deve escrever o título?
O título é a síntese de sua redação, portanto, pre-
fira escrevê-lo ao término da redação.
Erros na Versão Final
Quando você está escrevendo e, por distração, 
erra uma palavra, você deve passar um traço sobre 
a palavra e escrevê-la corretamente logo em seguida:
exeção exceção
FIQUE LIGADO
Não rasure seu texto. 
Não escreva a palavra entre parênteses, mesmo se 
estiver riscada: (exeção) (exeção).
Não use a expressão “digo”.
Translineação
Quando não dá para escrever uma palavra com-
pleta ao final da linha, deve-se escrever até o limite, 
sem ultrapassar a margem direita da linha, e o sinal 
de separação será sempre o hífen.
Sempre respeite as regras de separação silábica. 
Nunca uma palavra será separada de maneira a des-
respeitar as sílabas:
tran-
sformação
Caso a próxima sílaba não caiba no final da linha, 
embora ainda haja um espaço, deixe-a e continue na 
próxima linha.
trans-
formação
FIQUE LIGADO
Em relação ao posicionamento do hífen de separa-
ção, deixe-o ao lado da sílaba. Nunca acima.
Quando a palavra for escrita com hífen e a se-
paração ocorrer justo nesse espaço, você deve usar 
duas marcações. Por exemplo: entende-se
entende-
-se
Se a palavra não tiver hífen em sua estrutura, use 
apenas uma marcação:
apresen-
tação
Impessoalidade
O texto dissertativo (expositivo-argumentativo) é 
impessoal. Portanto, pode-se escrever com verbos em:
- 3ª pessoa:
A qualidade no atendimento precisa ser prioridade.
Percebe-se que a qualidade no atendimento é es-
sencial.
Notam-se várias mudanças no setor público.
- 1ª pessoa do plural:
Observamos muitas mudanças e melhorias no 
serviço público.
FIQUE LIGADO
NÃO escreva na 1ª pessoa do singular: Observo mu-
danças significativas.
Adequação Vocabular 
Adequação vocabular diz respeito ao desempe-
nho linguístico de acordo com o nível de conheci-
mento exigido para o cargo/área/especialidade, e a 
adequação do nível de linguagem adotado à produ-
ção proposta.
Portanto, devem-se escolher palavras adequadas, 
evitando-se o uso de jargões, chavões, termos muito 
técnicos que possam dificultar a compreensão.
80
RE
D
A
ÇÃ
O
Domínio da Norma Padrão da Língua
Deve-se ficar atento aos aspectos gramaticais, 
principalmente:
Estrutura sintática de orações e períodos
Elementos coesivos
Concordância verbal e nominal
Pontuação
Regência verbal e nominal
Emprego de pronomes
Flexão verbal e nominal
Uso de tempos e modos verbais
Grafia
Acentuação
Repetição
Prejudica a coesão textual, e ocorre quando se usa 
muitas vezes a mesma palavra ou ideia, as quais pode-
riam ser substituídas por sinônimos e conectivos. 
Informações Óbvias
Explicações que não precisam ser mencionadas, 
pois já se explicam por si próprias.
Generalização
É percebida quando se atribui um conceito que é 
específico de uma forma generalizada.
Os menores infratores saem dos centros de res-
socialização e retornam ao o do crime. (isso ocorre 
com todos?)
É preciso que o governo tome medidas urgentes 
para resolver esse problema. (que medidas?)
Gerúndio
É muito comum usarmos o gerúndio na fala, mas 
não se usa com tanta recorrência na escrita.
O Texto Dissertativo
Dissertar é escrever sobre algum assunto e pres-
supõe ou defender uma ideia, analisá-la criticamen-
te, discuti-la, opinar, ou apenas esclarecer conceitos, 
dar explicações, apresentar dados sobre um assunto, 
tudo de maneira organizada, quer dizer, com início, 
meio e fim bem claros e objetivos.
A dissertação pode ser classificada quanto à ma-
neira como o assunto é abordado:
I - EXPOSITIVA: são expostos fatos (de conhe-
cimento e domínio público, divulgados em diversos 
meios de comunicação), mas não é apresentada uma 
discussão, um ponto de vista. 
FIQUE LIGADO
A dissertação expositiva também é usada quando a 
proposta exige um texto técnico. Este tipo de texto po-
de ter duas abordagens:Estudo de Caso (em que é feito 
um parecer a partir de sua situação hipotética) e Questão 
Teórica (em que é preciso apresentar conceitos, normas, 
regras, diretrizes de um determinado conteúdo).
II - ARGUMENTATIVA: há a exposição de pon-
tos de vista pessoais, com juízos de valor sobre um 
fato ou assunto.
E qual a melhor maneira de abordar um assunto 
numa prova de redação para concursos públicos?
Para que seu texto seja MUITO BEM avaliado, o 
ideal é conseguir chegar a uma forma mista de abor-
dagem, ou seja, escrever um texto dissertativo em 
que você expõe um assunto e, ao mesmo tempo, dá 
sua opinião sobre ele. Desse modo, os fatos que são 
conhecidos (domínio público) podem se transfor-
mar em exemplificação atualizada, a qual pode ser 
relacionada à sua argumentação de forma contex-
tualiza e crítica. 
Aspectos Gerais da Produção de 
Textos
Em face da limitação de espaço, é muito difí-
cil apresentar muitos enfoques relativos ao tema. 
Por essa razão, dependendo do limite em relação à 
quantidade de linhas, a dissertação deve conter de 4 
a 5 parágrafos, sendo UM para Introdução, DOIS a 
TRÊS para Desenvolvimento e UM para Conclusão.
Além disso, cada parágrafo deve possuir, no mí-
nimo, dois períodos. Cuidado com as frases frag-
mentadas, ambiguidades e os erros de paralelismo.
Procure elaborar uma introdução que contenha, 
de maneira clara e direta, o tema, o primeiro enfo-
que, o segundo enfoque, etc. E mantenha sempre o 
caráter dissertativo. Por isso, no desenvolvimento, 
dê um parágrafo para cada enfoque selecionado, e 
empregue os articuladores adequados. Por fim, fun-
damente sempre suas ideias. 
FIQUE LIGADO
Nunca use frases feitas, chavões.
Não repita palavras ou expressões. Use sinônimos.
Jamais converse com o leitor: nunca use você ou tu. 
Não empregue verbos no imperativo.
81
RE
D
A
ÇÃ
O
Quanto aos exemplos, procure selecionar aque-
les que sejam de domínio público, os que tenham 
saído na mídia: jornais, revistas, TV. E nunca analise 
temas por meio de emoções exageradas – especial-
mente política, futebol, religião, etc. 
Estrutura de um Texto Dissertativo
Para escrever uma dissertação, é preciso que haja 
uma organização do texto a fim de que se obtenha 
um texto claro e bem articulado:
I- INTRODUÇÃO: consiste na apresentação do 
assunto a fim de deixar claro qual é o recorte temáti-
co e qual a ideia que será defendida e/ou esclarecida, 
ou seja, a TESE.
II- DESENVOLVIMENTO: é a parte em que são 
elaborados os parágrafos argumentativos e/ou infor-
mativos, nos quais você explica a sua TESE. É o mo-
mento mais importante do texto, por isso, É NECES-
SÁRIO que a TESE seja explicada, justificada, e isso 
pode ser feito por meio de exemplos e explicações.
III- CONCLUSÃO: esta parte do texto não traz 
informações novas, muito menos argumentos, por-
que consiste no fechamento das ideias apresentadas, 
ou seja, é feita uma reafirmação da TESE. Depen-
dendo do comando da proposta de redação e do te-
ma, pode ser apresentada uma hipótese de solução 
de um problema apresentado na TESE.
TESE
Introdução
- Assunto
- Recorte temático
- TESE
Desenvolvimento - Tópico/TESE + justificativa
Conclusão
- Retomada 
da introdução
- Reafirmação 
da TESE
Introdução 
É o primeiro parágrafo e serve de apresentação 
da dissertação, por essa razão deve estar muito bem 
elaborada, ser breve e apresentar apenas informa-
ções sucintas. Deve apenas apresentar o TEMA e os 
ENFOQUES e ter em torno de cinco linhas.
Desenvolvimento
É a redação propriamente dita. Deve ser consti-
tuído de dois a três parágrafos (a depender do tema 
da proposta), um para cada enfoque apresentado 
na Introdução. É a parte da redação em que argu-
mentos são apresentados para explicitar, em um pa-
rágrafo distinto, cada um dos enfoques. Cada pará-
grafo deve ter de 5 a 8 linhas. Pode-se desenvolver 
os argumentos por meio de relações que devem ser 
usadas para deixar seu texto coeso e coerente. 
Conectores
As relações comentadas acima são estabelecidas 
com CONECTORES:
Prioridade, relevância: em primeiro lugar, antes 
de mais nada, antes de tudo, em princípio, primeira-
mente, acima de tudo, principalmente, primordial-
mente, sobretudo.
Tempo: atualmente, hoje, frequentemente, 
constantemente às vezes, eventualmente, por ve-
zes, ocasionalmente, sempre, raramente, não raro, 
ao mesmo tempo, simultaneamente, nesse ínterim, 
enquanto, quando, antes que, depois que, logo que, 
sempre que, assim que, desde que, todas as vezes 
que, cada vez que, então, enfim, logo, logo depois, 
imediatamente, logo após, a princípio, no momento 
em que, pouco antes, pouco depois, anteriormente, 
posteriormente, em seguida, afinal, por fim, final-
mente, agora.
Semelhança, comparação, conformidade: de 
acordo com, segundo, conforme, sob o mesmo 
ponto de vista, tal qual, tanto quanto, como, assim 
como, como se, bem como, igualmente, da mesma 
forma, assim também, do mesmo modo, semelhan-
temente, analogamente, por analogia, de maneira 
idêntica, de conformidade com.
Condição, hipótese: se, caso, eventualmente.
Adição, continuação: além disso, demais, ade-
mais, outrossim, ainda mais, por outro lado, tam-
bém, e, nem, não só ... mas também, não só... como 
também, não apenas ... como também, não só ... bem 
como, com, ou (quando não for excludente).
Dúvida: talvez, provavelmente, possivelmente, 
quiçá, quem sabe, é provável, não é certo, se é que.
Certeza, ênfase: certamente, decerto, por certo, 
inquestionavelmente, sem dúvida, inegavelmente, 
com toda a certeza.
Ilustração, esclarecimento: por exemplo, só para 
ilustrar, só para exemplificar, isto é, quer dizer, em 
outras palavras, ou por outra, a saber, ou seja, aliás.
Propósito, intenção, finalidade: com o fim de, 
a fim de, com o propósito de, com a finalidade de, 
com o intuito de, para que, a fim de que, para.
Resumo, recapitulação, conclusão: em suma, 
em síntese, em conclusão, enfim, em resumo, por-
tanto, assim, dessa forma, dessa maneira, desse mo-
do, logo, dessa forma, dessa maneira, assim sendo.
Explicação: por consequência, por conseguinte, 
como resultado, por isso, por causa de, em virtude 
de, assim, de fato, com efeito, tão (tanto, tamanho)... 
que, porque, porquanto, pois, já que, uma vez que, 
visto que, como (= porque), portanto, logo, que (= 
porque), de tal sorte que, de tal forma que, haja vista.
82
RE
D
A
ÇÃ
O
Contraste, oposição, restrição: pelo contrá-
rio, em contraste com, salvo, exceto, menos, mas, 
contudo, todavia, entretanto, no entanto, embora, 
apesar de, apesar de que, ainda que, mesmo que, 
posto que, conquanto, se bem que, por mais que, 
por menos que, só que, ao passo que, por outro la-
do, em contrapartida, ao contrário do que se pensa, 
em compensação.
Contraposição: É possível que... no entanto... 
É certo que... entretanto... 
É provável que ... porém...
Organização de ideias: Em primeiro lugar ..., em 
segundo ..., por último ...; por um lado ..., por outro 
...; primeiramente, ...,em seguida, ..., finalmente, ....
Enumeração: É preciso considerar que ...; Tam-
bém não devemos esquecer que ...; Não podemos 
deixar de lembrar que...
Reafirmação/Retomada: Compreende-se, en-
tão, que ...
É bom acrescentar ainda que ...
É interessante reiterar ...
Conclusão
É o último parágrafo. Deve ser breve, contendo 
em torno de cinco linhas. Na conclusão, deve-se re-
tomar o tema e fazer o fechamento das ideias apre-
sentadas em todo o texto e não somente em relação 
às ideias contidas no último parágrafo do desenvol-
vimento. 
Pode-se concluir:
- Fazendo uma síntese das ideias expostas.
- Esclarecendo um posicionamento e/ou ques-
tionamento, desde que coerente, com o desenvolvi-
mento.
- Estabelecendo uma dedução ou demonstrando 
uma consequência dos argumentos expostos.
- Levantando uma hipótese ou uma sugestão 
coerente com as afirmações feitas durante o texto.
- Apresentando possíveis soluções para os pro-
blemas expostos no desenvolvimento, buscando 
prováveis resultados.
Conectores
Pode-se iniciar oparágrafo da conclusão com:
Assim; Assim sendo; Portanto; Mediante os fa-
tos expostos; Dessa forma; Diante do que foi dito; 
Resumindo; Em suma; Em vista disso, pode-se con-
cluir que; Finalmente; Nesse sentido; Com esses da-
dos, conclui-se que; Considerando as informações 
apresentadas, entende-se que; A partir do que foi 
discutido.
Critérios de Correção da Redação 
para Concursos Públicos
Conteúdo
Neste critério, observa-se se há apresentação 
marcada do recorte temático, o qual deve nortear o 
desenvolvimento do texto; se o recorte está contex-
tualizado no texto, por exemplo: quando a proposta 
propuser uma situação hipotética, ela deve estar di-
luída em seu texto. 
Lembre-se: a proposta não faz parte de seu texto, 
ou seja, sua produção não pode depender da pro-
posta para ter sentido claro e objetivo. 
FIQUE LIGADO
O único gênero textual que permite a referência ao 
texto motivador, bem como a cópia de alguns trechos, 
é o estudo de caso, pois é preciso fazer uma análise em 
relação a uma situação hipotética.
Em outras palavras: se há algum texto ou uma 
coletânea de textos, eles têm caráter apenas motiva-
dor. Portanto, não faça cópias de trechos dos textos, 
tampouco pense que o tema da redação é o assunto 
desses textos. É preciso verificar o recorte temático, 
o qual fica evidente no corpo da proposta.
Gênero 
Neste critério, verifica-se se a produção textual está 
adequada à modalidade redacional, ou seja, se o texto 
expressa o domínio da linguagem do gênero: narrar, 
relatar, argumentar, expor, descrever ações, etc. 
Os concursos públicos, quase em sua totalidade, 
têm como gênero textual a dissertação argumentati-
va ou o texto expositivo-argumentativo. Desse mo-
do, a banca avalia a objetividade e o posicionamento 
frente ao tema, a articulação dos argumentos, a con-
sistência e a coerência da argumentação. 
Isso significa que há uma valorização quanto do 
conteúdo do texto: a opinião, a justificativa dessa opi-
nião e a seletividade de informações sobre o tema.
Coerência
Neste critério, avalia-se se há atendimento total 
do comando, com informações novas que eviden-
ciam conhecimento de mundo e que atestam ex-
celente articulação entre os aspectos exigidos pela 
proposta, o recorte temático e o gênero textual re-
quisitado. Ou seja, é preciso trazer informações ao 
texto que não estão disponíveis na proposta. Além 
disso, é essencial garantir a progressão textual, quer 
dizer, seu texto precisa ter uma evolução e não pode 
trazer a mesma informação em todos os parágrafos.
83
RE
D
A
ÇÃ
O
Coesão e Gramática
Neste critério, percebe-se se há erros gramaticais; 
se os períodos estão bem organizados e articulados, 
com uso de vocabulário e conectivos adequados; e se 
os parágrafos estão divididos de modo consciente, a 
fim de garantir a progressão textual. 
Critérios de Correção da Bancas
Cada Banca Examinadora delimita, na publi-
cação do edital de abertura de um concurso, que 
critérios serão utilizados para corrigir as redações. 
Por isso, é essencial que se conheça quais são esses 
critérios e como cada Banca os organiza. A seguir, 
são apresentados critérios de algumas Bancas. Você 
perceberá que são predominantemente os mesmos 
itens; o que muda é a nota atribuída para cada um e 
como a proposta é organizada.
Banca Cespe
Aspectos Macroestruturais
1. Apresentação (legibilidade, respeito às mar-
gens e indicação de parágrafos) e estrutura textual 
(organização das ideais em texto estruturado). 
2. Desenvolvimento do tema
Tópicos da proposta
Aspectos Microestruturais
Ortografia
Morfossintaxe
Propriedade vocabular
FIQUE LIGADO
Quando forem apresentados tópicos, deve-se escre-
ver 1 parágrafo para cada tópico.
Banca FCC
O candidato deverá desenvolver texto disser-
tativo a partir de proposta única, sobre assunto de 
interesse geral. Considerando que o texto é único, 
os itens discriminados a seguir serão avaliados em 
estreita correlação: 
Conteúdo – até 40 (quarenta) pontos: 
 ˃ perspectiva adotada no tratamento do 
tema; 
 ˃ capacidade de análise e senso crítico em 
relação ao tema proposto; 
 ˃ consistência dos argumentos, clareza e coe-
rência no seu encadeamento� 
Obs.: A nota será prejudicada, proporcional-
mente, caso ocorra abordagem tangencial, parcial 
ou diluída em meio a divagações e/ou colagem de 
textos e de questões apresentados na prova. 
Estrutura – até 30 (trinta) pontos: 
 ˃ respeito ao gênero solicitado; 
 ˃ progressão textual e encadeamento de 
ideias; 
 ˃ articulação de frases e parágrafos (coesão 
textual)�
Expressão – até 30 (trinta) pontos: 
A avaliação da expressão não será feita de modo 
estanque ou mecânico, mas sim de acordo com sua 
estreita correlação com o conteúdo desenvolvido. A 
avaliação será feita considerando-se: 
 ˃ desempenho linguístico de acordo com 
o nível de conhecimento exigido para o 
cargo/área/especialidade; 
 ˃ adequação do nível de linguagem adotado à 
produção proposta e coerência no uso; 
 ˃ domínio da norma culta formal, com 
atenção aos seguintes itens: estrutura sin-
tática de orações e períodos, elementos 
coesivos; concordância verbal e nominal; 
pontuação; regência verbal e nominal; 
emprego de pronomes; flexão verbal e 
nominal; uso de tempos e modos verbais; 
grafia e acentuação�
Banca Cesgranrio
A Redação será avaliada conforme os critérios a 
seguir: 
 ˃ adequação ao tema proposto; 
 ˃ adequação ao tipo de texto solicitado; 
 ˃ emprego apropriado de mecanismos de 
coesão (referenciação, sequenciação e de-
marcação das partes do texto); 
 ˃ capacidade de selecionar, organizar e rela-
cionar de forma coerente argumentos per-
tinentes ao tema proposto; e 
 ˃ pleno domínio da modalidade escrita da 
norma-padrão (adequação vocabular, or-
tografia, morfologia, sintaxe de concordân-
cia, de regência e de colocação)� 
Banca Esaf
A avaliação da prova discursiva abrangerá: 
 ˃ Quanto à capacidade de desenvolvimen-
to do tema proposto: a compreensão, 
o conhecimento, o desenvolvimento e a 
adequação da argumentação, a conexão e 
a pertinência, a objetividade e a sequência 
lógica do pensamento, o alinhamento ao 
assunto abordado e a cobertura dos tópicos 
apresentados, valendo, no máximo, 20 
(vinte) pontos para cada questão, que serão 
aferidos pelo examinador com base nos cri-
térios a seguir indicados: 
84
RE
D
A
ÇÃ
O
Conteúdo da resposta (seguem os pontos a dedu-
zir para cada questão): 
Capacidade de argumentação (até 6 ) 
Sequência lógica do pensamento (até 4 ) 
Alinhamento ao tema (até 4 ) 
Cobertura dos tópicos apresentados (até 6 ) 
Quanto ao uso do idioma: a utilização correta 
do vocabulário e das normas gramaticais, valendo, 
no máximo, 10 (dez) pontos para cada questão, que 
serão aferidos pelo examinador com base nos crité-
rios a seguir indicados:
Tipos de erro (seguem os pontos a deduzir): 
Aspectos formais: 
Erros de forma em geral e erros de ortografia 
(-0,25 cada erro) 
Aspectos Gramaticais: 
Morfologia, sintaxe de emprego e colocação, sin-
taxe de regência e pontuação (-0,50 cada erro)
Aspectos Textuais: 
Sintaxe de construção (coesão prejudicada); con-
cordância; clareza; concisão; unidade temática/es-
tilo; coerência; propriedade vocabular; paralelismo 
semântico e sintático; paragrafação (-0,75 cada erro) 
Cada linha excedente ao máximo exigido (-0,40) 
Cada linha não escrita, considerando o mínimo 
exigido (-0,80).
Propostas de Redação
Proposta 01
As vendas de automóveis de passeio e de veículos 
comerciais leves alcançaram 340 706 unidades em 
junho de 2012, alta de 18,75%, em relação a junho 
de 2011, e de 24,18%, em relação a maio de 2012, 
segundo informou, nesta terça-feira, a Federação 
Nacional de Distribuição de Veículos Automotores 
(Fenabrave). Segundo a entidade, este é o melhor 
mês de junho da história do setor automobilístico.
Disponível em: <http://br.financas.yahoo.com>. Acesso em: 3 
jul. 2012 (adaptado).
Na capital paulista, o trânsito lento se estendeu 
por 295 km às 19 h e superou a marca de 293 km, 
registrada nodia 10 de junho de 2009. Na cidade de 
São Paulo, registrou-se, na tarde desta sexta-feira, 
o maior congestionamento da história, segundo a 
Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). Às 19 
h, eram 295 km de trânsito lento nas vias monitora-
das pela empresa. O índice superou o registrado no 
dia 10 de junho de 2009, quando a CET anotou, às 
19 h, 293 km de congestionamento.
Disponível em: <http://noticias.terra.com.br>. Acesso em: 03 
jul. 2012 (adaptado).
O governo brasileiro, diante da crise econômica 
mundial, decidiu estimular a venda de automóveis 
e, para tal, reduziu o imposto sobre produtos indus-
trializados (IPI). Há, no entanto, paralelamente a 
essa decisão, a preocupação constante com o desen-
volvimento sustentável, por meio do qual se busca a 
promoção de crescimento econômico capaz de in-
corporar as dimensões socioambientais.
Considerando que os textos acima têm caráter 
unicamente motivador, redija um texto dissertati-
vo sobre sistema de transporte urbano sustentável, 
contemplando os seguintes aspectos:
 ˃ Conceito de desenvolvimento sustentável; 
(valor: 3,0 pontos)
 ˃ Conflito entre o estímulo à compra de 
veículos automotores e a promoção da sus-
tentabilidade; (valor: 4,0 pontos)
 ˃ Ações de fomento ao transporte urbano 
sustentável no Brasil� (valor: 3,0 pontos)
Proposta 02
I
Venham de onde venham, imigrantes, emigran-
tes e refugiados, cada vez mais unidos em redes so-
ciais, estão aumentando sua capacidade de incidên-
cia política sobre uma reivindicação fundamental: 
serem tratados como cidadãos, em vez de apenas 
como mão de obra (barata ou de elite).
(Adaptado de: http://observatoriodadiversidade.org.br)
II
A intensificação dos fluxos migratórios interna-
cionais das últimas décadas provocou o aumento do 
número de países orientados a regulamentar a imi-
gração. Os argumentos alegados não são novos: o 
medo de uma “invasão migratória”, os riscos de de-
semprego para os trabalhadores autóctones, a perda 
da identidade nacional.
III
Ainda não existe uma legislação internacional sóli-
da sobre as migrações internacionais. Assim, enquan-
to que os direitos relativos ao investimento estran-
geiro foram se reforçando cada vez mais nas regras 
estabelecidas para a economia global, pouca atenção 
vem sendo dada aos direitos dos trabalhadores.
(II e III adaptados de: http://www.migrante.org.br)
Considerando o que se afirma em I, II e III, de-
senvolva um texto dissertativo-argumentativo, po-
sicionando-se a respeito do seguinte tema:
Mobilidade Humana e Cidadania na atualidade.
109
RA
CI
O
CÍ
N
IO
 L
Ó
G
IC
O
-M
A
TE
M
Á
TI
CO
1. Conjuntos Numéricos
Os números surgiram da necessidade de contar 
ou quantificar coisas ou objetos. Com o passar do 
tempo, foram adquirindo características próprias.
Números Naturais
É o primeiro dos conjuntos numéricos. Repre-
sentado pelo símbolo . É formado pelos seguintes 
elementos:
 = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, ... + ∞}
FIQUE LIGADO
O símbolo ∞ significa infinito, o + quer dizer positi-
vo, então +∞ quer dizer infinito positivo.
Números Inteiros
Esse conjunto surgiu da necessidade de alguns 
cálculos não possuírem resultados, pois esses resul-
tados eram negativos. 
Representado pelo símbolo , é formado pelos 
seguintes elementos:
 = {- ∞, ..., -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, ..., + ∞}
Operações e Propriedades dos 
Números Naturais e Inteiros
As principais operações com os números naturais 
e inteiros são: adição, subtração, multiplicação, divi-
são, potenciação e radiciação (as quatro primeiras são 
também chamadas operações fundamentais).
Adição
Na adição, a soma dos termos ou parcelas resulta 
naquilo que se chama total.
Ex�: 2 + 2 = 4
As propriedades da adição são:
Elemento Neutro: qualquer número somado ao 
zero tem como total o próprio número.
Ex�: 2 + 0 = 2
Comutativa: a ordem dos termos não altera o total.
Ex�: 2 + 3 = 3 + 2 = 5
Associativa: o ajuntamento de parcelas não alte-
ra o total.
Ex�: 2 + 0 = 2
Subtração
Operação contrária à adição, também conhecida 
como diferença.
Os termos ou parcelas da subtração, assim como 
o total, têm nomes próprios:
M – N = P; em que M = minuendo, N = subtraen-
do e P = diferença ou resto.
Ex�: 7 – 2 = 5
Quando o subtraendo for maior que o minuen-
do, a diferença será negativa.
Multiplicação
Nada mais é do que a soma de uma quantidade 
de parcelas fixas. Ao resultado da multiplicação cha-
ma-se produto. Os símbolos que indicam a multipli-
cação são o “x” (sinal de vezes) ou o “�” (ponto).
Ex�: 4 x 7 = 7 + 7 + 7 + 7 = 28
7 . 4 = 4 + 4 + 4 + 4 + 4 + 4 + 4 = 28
As propriedades da multiplicação são:
Elemento Neutro: qualquer número multiplica-
do por 1 terá como produto o próprio número.
Ex�: 5 . 1 = 5
Comutativa: ordem dos fatores não altera o produto.
Ex�: 3 . 4 = 4 . 3 = 12
Associativa: o ajuntamento dos fatores não alte-
ra o resultado.
Ex�: 2 . (3 . 4) = (2 . 3) . 4 = 24
Distributiva: um fator em evidência multiplica 
todas as parcelas dentro dos parênteses.
Ex�: 2 . (3 + 4) = (2 . 3) + (2 . 4) = 6 + 8 = 14
FIQUE LIGADO
Na multiplicação existe “jogo de sinais”, que fica 
assim:
Parcela Parcela Produto
+ + +
+ - -
- + -
- - +
Ex�: 2 . -3 = -6
-3 . -7 = 21
110
RA
CI
O
CÍ
N
IO
 L
Ó
G
IC
O
-M
A
TE
M
Á
TI
CO
Divisão
É o inverso da multiplicação. Os sinais que a re-
presentam são: “÷”, “:”, “/” ou a fração.
Ex�: 14 ÷ 7 = 2
25 : 5 = 5
36/12 = 3
FIQUE LIGADO
Por ser o inverso da multiplicação, a divisão tam-
bém possui o “jogo de sinal”.
Números Racionais
Com o passar do tempo alguns cálculos não pos-
suíam resultados inteiros, a partir daí surgiram os 
números racionais, que são representados pela letra 
 e são os números que podem ser escritos sob for-
ma de frações.
= (com “b” diferente de zero → b ≠ 0); em que 
“a” é o numerador e “b” é o denominador.
Fazem parte desse conjunto também as dízimas 
periódicas (números que apresentam uma série 
infinita de algarismos decimais, após a vírgula) 
e os números decimais (aqueles que são escritos 
com a vírgula e cujo denominador são as potências 
de 10).
FIQUE LIGADO
Toda fração cujo numerador é menor que o deno-
minador é chamada de fração própria.
Operações com os Números 
Racionais
Adição e Subtração
Para somar frações deve-se estar atento se os 
denominadores das frações são os mesmos. Caso 
sejam iguais, basta repetir o denominador e somar 
(ou subtrair) os numeradores, porém se os denomi-
nadores forem diferentes é preciso fazer o M.M.C. 
(assunto que será visto adiante) dos denominado-
res, constituir novas frações equivalentes às frações 
originais e, assim, proceder com o cálculo.
+ = 
+ = + = 
Multiplicação
Para multiplicar frações basta multiplicar nume-
rador com numerador e denominador com deno-
minador. 
= 
Divisão
Para dividir frações basta fazer uma multiplicação 
da primeira fração com o inverso da segunda fração.
÷ = = = (Simplificando por 2)
Toda vez que for possível deve-se simplificar a 
fração até sua fração irredutível (aquela que não po-
de mais ser simplificada).
Potenciação
Se a multiplicação é soma de uma quantidade de 
parcelas fixas, a potenciação é a multiplicação de uma 
quantidade de fatores fixos, tal quantidade indicada 
no expoente que acompanha a base da potência. 
A potenciação é expressa por: an, cujo “a” é a base 
da potência e o “n” é o expoente.
Ex�: 43 = 4 . 4 . 4 = 64
As propriedades das potências são:
a0 = 1
30 = 1
a1 = a
51 = 5
a-n = 1/an
 2-3 = = 1/8
am � an = a(m + n)
32 � 33 = 3(2 + 3) = 35 = 243
am : an = a(m - n)
45 : 43 = 4(5 – 3) = 42 = 16
(am)n = am � n
 (22)4 = 22 � 4 = 28 = 256
am/n = 
 72/3 
111
RA
CI
O
CÍ
N
IO
 L
Ó
G
IC
O
-M
A
TE
M
Á
TI
CO
FIQUE LIGADO
Não confunda: (am)n ≠ am n
Não confunda também: (-a)n ≠ -an.
Radiciação
É a expressão da potenciação com expoente fra-
cionário.
A representação genérica da radiciação é: ; cujo 
“n” é o índice da raiz, o “a” é o radicando e “ ” é o 
radical.
Quando o índice da raiz for o 2 ele não precisa 
aparecere essa raiz será uma raiz quadrada.
As propriedades das “raízes” são:
 
 = 
 = am/m = a1 = a
Racionalização: se uma fração tem em seu deno-
minador um radical, faz-se o seguinte:
= · = = 
Transformando Dízima Periódica 
em Fração
Para transformar dízimas periódicas em fração, é 
preciso atentar-se para algumas situações:
 ˃ Verifique se depois da vírgula só há a parte 
periódica, ou se há uma parte não periódica 
e uma periódica�
 ˃ Observe quantas são as “casas” periódicas 
e, caso haja, as não periódicas� Lembrado 
sempre que essa observação só será para os 
números que estão depois da vírgula�
 ˃ Em relação à fração, o denominador 
será tantos “9” quantos forem as casas do 
período, seguido de tantos “0” quantos 
forem as casas não periódicas (caso haja 
e depois da vírgula)� Já o numerador será 
o número sem a vírgula até o primeiro 
período “menos” toda a parte não periódi-
ca (caso haja)�
Ex�: 0,6666��� = 
0,36363636��� = 
0,123333��� = = 
2,8888��� = = 
3,754545454��� = = 
Transformando Número Decimal 
em Fração
Para transformar número decimal em fração, 
basta contar quantas “casas” existem depois da vír-
gula; então o denominador da fração será o núme-
ro 1 acompanhado de tantos zeros quantos forem o 
número de “casas”, já o numerador será o número 
sem a “vírgula”.
Ex�: 0,3 = 
2,45 = 
49,586 = 
Números Irracionais
São os números que não podem ser escritos na 
forma de fração.
O conjunto é representado pela letra e tem co-
mo elementos as dízimas não periódicas e as raízes 
não exatas.
Números Reais
Simbolizado pela letra , é a união do conjunto 
dos números racionais com o conjunto dos números 
irracionais.
Representado, tem-se:
N Z Q
R
I
Colocando todos os números em uma reta, tem-se:
-2 -1 0 1 2
As desigualdades ocorrem em razão de os núme-
ros serem maiores ou menores uns dos outros.
112
RA
CI
O
CÍ
N
IO
 L
Ó
G
IC
O
-M
A
TE
M
Á
TI
CO
Os símbolos das desigualdades são:
≥ maior ou igual a;
≤ menor ou igual a;
> maior que;
˂ menor que.
Dessas desigualdades surgem os intervalos, que 
nada mais são do que um espaço dessa reta, entre 
dois números. 
Os intervalos podem ser abertos ou fechados, de-
pende dos símbolos de desigualdade utilizados.
Intervalo aberto ocorre quando os números não fa-
zem parte do intervalo e os sinais de desigualdade são: 
˃ maior que; 
˂ menor que.
Intervalo fechado ocorre quando os números fa-
zem parte do intervalo e os sinais de desigualdade são: 
≥ maior ou igual a;
≤ menor ou igual a.
Intervalos
Os intervalos numéricos podem ser representa-
dos das seguintes formas:
Com os Símbolos <, >, ≤, ≥
Quando forem usados os símbolos < ou >, os nú-
meros que os acompanham não fazem parte do in-
tervalo real. Já quando forem usados os símbolos ≤ 
ou ≥ os números farão parte do intervalo real.
Ex�: 
2 < x < 5: o 2 e o 5 não fazem parte do intervalo.
2 ≤ x < 5: o 2 faz parte do intervalo, mas o 5 não.
2 ≤ x ≤ 5: o 2 e o 5 fazem parte do intervalo.
Com os Colchetes
Quando os colchetes estiverem voltados para os 
números, significa que farão parte do intervalo. Po-
rém, quando os colchetes estiverem invertidos, sig-
nifica que os números não farão parte do intervalo.
Ex�: 
]2;5[: o 2 e o 5 não fazem parte do intervalo.
[2;5[: o 2 faz parte do intervalo, mas o 5 não faz.
[2;5]: o 2 e o 5 fazem parte do intervalo.
Sobre uma Reta Numérica
Intervalo aberto 2<x<5:
0 2 5
Em que 2 e 5 não fazem parte do intervalo nu-
mérico, representado pela marcação aberta (sem 
preenchimento - O).
Intervalo fechado e aberto 2<x<5:
0 2 5
Em que 2 faz parte do intervalo, representado pe-
la marcação fechada (preenchida - ) em que 5 não 
faz parte do intervalo, representado pela marcação 
aberta (O).
Intervalo fechado 2<x<5:
0 2 5
Em que 2 e 5 fazem parte do intervalo numérico, 
representado pela marcação fechada ( ).
Múltiplos e Divisores
Os múltiplos são resultados de uma multiplica-
ção de dois números naturais.
Ex�: Os múltiplos de 3 são: 0, 3, 6, 9, 12, 15, 18, 
21, 24, 27, 30... (os múltiplos são infinitos).
FIQUE LIGADO
Números quadrados perfeitos são aqueles que re-
sultam da multiplicação de um número por ele mesmo.
Ex�: 4 = 2 . 2
Ex�: 25 = 5 . 5
Os divisores de um “número” são os números 
cuja divisão desse “número” por eles será exata.
Ex�: Os divisores de 12 são: 1, 2, 3, 4, 6, 12.
Números Primos
São os números que têm apenas dois divisores, o 
1 e ele mesmo (alguns autores consideram os núme-
ros primos aqueles que tem 4 divisores, sendo o 1, o 
-1, ele mesmo e o seu oposto – simétrico).
Veja alguns números primos: 
2 (único primo par), 3, 5, 7, 11, 13, 17, 19, 23, 
29, 31, 37, 41, 43, 47, 53, 59, ...
Os números primos servem para decompor ou-
tros números.
A decomposição de um número em fatores pri-
mos serve para fazer o MMC (mínimo múltiplo co-
mum) e o MDC (máximo divisor comum).
MMC e MDC
O MMC de um, dois ou mais números é o menor 
número que, ao mesmo tempo, é múltiplo de todos 
esses números.
113
RA
CI
O
CÍ
N
IO
 L
Ó
G
IC
O
-M
A
TE
M
Á
TI
CO
O MDC de dois ou mais números é o maior nú-
mero que pode dividir todos esses números ao mes-
mo tempo.
Para calcular, após decompor os números, o 
MMC de dois ou mais números será o produto de 
todos os fatores primos, comuns e não comuns, 
elevados aos maiores expoentes. Já o MDC será 
apenas os fatores comuns a todos os números ele-
vados aos menores expoentes.
Ex�: 6 = 2 . 3
18 = 2 . 3 . 3 = 2 . 32
35 = 5 . 7
144 = 2 . 2 . 2 . 2 . 3 . 3 = 24 . 32
225 = 3 . 3 . 5 . 5 = 32 . 52
490 = 2 . 5 . 7 . 7 = 2 . 5 . 72
640 = 2 . 2 . 2 . 2 . 2 . 2 . 2 . 5 = 27 . 5
MMC de 18 e 225 = 2 . 32 . 52 = 2 . 9 . 25 = 450
MDC de 225 e 490 = 5
Para saber a quantidade de divisores de um nú-
mero basta, depois da decomposição do número, 
pegar os expoentes dos fatores primos, somar “+1” 
e multiplicar os valores obtidos.
Ex�: 225 = 32 . 52 = 32+1 . 52+1 = 3 . 3 = 9
Nº de divisores = (2 + 1) . (2 + 1) = 3 . 3 = 9 diviso-
res. Que são: 1, 3, 5, 9, 15, 25, 45, 75, 225.
Divisibilidade
As regras de divisibilidade servem para facilitar 
a resolução de contas, para ajudar a descobrir se um 
número é ou não divisível por outro. Veja algumas 
dessas regras.
Divisibilidade por 2: para um número ser divisí-
vel por 2 basta que o mesmo seja par.
Ex�: 14 é divisível por 2.
17 não é divisível por 2.
Divisibilidade por 3: para um número ser divi-
sível por 3, a soma dos seus algarismos tem que ser 
divisível por 3.
Ex�: 174 é divisível por 3, pois 1 + 7 + 4 = 12
188 não é divisível por 3, pois 1 + 8 + 8 = 17
Divisibilidade por 4: para um número ser divisí-
vel por 4, ele tem que terminar em 00 ou os seus dois 
últimos números devem ser múltiplos de 4.
Ex�: 300 é divisível por 4.
532 é divisível por 4.
766 não é divisível por 4.
Divisibilidade por 5: para um número ser divisí-
vel por 5, ele deve terminar em 0 ou em 5.
Ex�: 35 é divisível por 5.
370 é divisível por 5.
548 não é divisível por 5.
Divisibilidade por 6: para um número ser divisí-
vel por 6, ele deve ser divisível por 2 e por 3 ao mes-
mo tempo.
Ex�: 78 é divisível por 6.
576 é divisível por 6.
652 não é divisível por 6.
Divisibilidade por 9: para um número ser divisí-
vel por 9, a soma dos seus algarismos deve ser divi-
sível por 9.
Ex�: 75 é não divisível por 9.
684 é divisível por 9.
Divisibilidade por 10: para um número ser divi-
sível por 10, basta que ele termine em 0.
Ex�: 90 é divisível por 10.
364 não é divisível por 10.
Expressões Numéricas
Para resolver expressões numéricas, deve-se 
sempre seguir a ordem:
 ˃ Resolva os (parênteses), depois os [colche-
tes], depois as {chaves}, nessa ordem;
 ˃ Dentre as operações resolva primeiro as 
potenciações e raízes (o que vier primeiro), 
depois as multiplicações e divisões (o que 
vier primeiro) e por último as somas e sub-
trações (o que vier primeiro)�
Calcule o valor da expressão:
Ex�: 8 – {5 – [10 – (7 – 3 . 2)] ÷ 3}
Resolução:
8 – {5 – [10 – (7 – 6)] ÷ 3}
8 – {5 – [10 – (1)] ÷ 3}
8 – {5 – [9] ÷ 3}
8 – {5 – 3}
8 – {2}
6
EXERCÍCIOCOMENTADO
01. (FCC) Simplificando-se a expressão (12,15 + 3/40) 
÷ (102/50 – 0,0025) obtém-se um número:
a) Quadrado perfeito.
b) Divisível por 5.
c) Múltiplo de 6.
d) Primo.
e) Ímpar.
114
RA
CI
O
CÍ
N
IO
 L
Ó
G
IC
O
-M
A
TE
M
Á
TI
CO
RESPOSTA: C.
12,15 = 1.215/100
0,0025 = 25/10.000
Somando:
1.215/100 + 3/40 = 2.445/200
102/50 25/10.000 = 20.375/10.000
Então:
2.445/200 ÷ 20.375/10.000 = 
2.445/200 . 10.000/20.375 = 
24.450.000/4.075.000 = 6
VAMOS PRATICAR
Os exercícios a seguir são referentes ao conteú-
do: Conjuntos Numéricos.
01. (MB) Considere x = 10 e y = 20� Calcule o 
valor de (x + y)2 – 2xy�
a) 900
b) 600
c) 500
d) 300
e) 200
02. O conjunto A = {-4, -3, -2, -1, 0, 1} pode ser 
representado por:
a) {x Z | -4 < x < 1} 
b) {x Z | -4 < x ≤ 1} 
c) {x Z | -4 ≤ x ≤ 1} 
d) {x Z | -4 ≤ x < 1} 
e) {x Z | +4 < x < 1}
03. (FCC) O valor da expressão , para 
A = 2 e B = -1 é um número compreendido 
entre:
a) -2 e 1�
b) 1 e 4�
c) 4 e 7�
d) 7 e 9�
e) 9 e 10�
04. (TJ-PR) Um historiador comentou em sala 
de aula: “Meu tataravô nasceu no século 18� 
O ano em que nasceu era um cubo perfeito� 
O ano em que morreu era um quadrado 
perfeito� O quanto viveu, também era um 
quadrado perfeito�” Quantos anos viveu o 
tataravô do historiador? 
a) 36 
b) 30 
c) 32 
d) 34 
e) 40 
05. (CEFET) Os restos das divisões de 247 e 315 
por x são 7 e 3, respectivamente� Os restos das 
divisões de 167 e 213 por y são 5 e 3, respecti-
vamente� O maior valor possível para a soma 
x + y é:
a) 36 
b) 34 
c) 30 
d) 25
06. (FCC) Sejam x e y números naturais, e e 
símbolos com os seguintes significados:
– x y é igual ao maior número dentre x e y, 
com x ≠ y;
– x y é igual ao menor número dentre x e y, 
com x ≠ y;
– se x = y, então x y = x y = x = y.
De acordo com essas regras, o valor da expres-
são [64 (78 64) {92 [(43 21) 21]} é:
a) 92�
b) 78�
c) 64�
d) 43�
e) 21�
07. (PUC-MG) O valor exato de
 é:
a) 3/25 
b) 3/28 
c) 4/34 
d) 6/58 
e) 7/88
08. Sejam x e y números reais dados por suas re-
presentações decimais:
 Pode-se afirmar que:
a) x + y = 1
b) x - y = 8 / 9
c) xy = 0,9
d) 1 / ( x + y ) = 0,9
e) xy = 1
115
RA
CI
O
CÍ
N
IO
 L
Ó
G
IC
O
-M
A
TE
M
Á
TI
CO
09. (ESPP) Sejam as afirmações:
I. A soma entre dois números irracionais é 
sempre um número irracional� 
II. Toda dízima periódica pode ser escrita com uma 
fração de denominador e numerador inteiros.
III. 7π/4 > 11/2
Pode-se dizer que:
a) São corretas somente I e II�
b) Todas são corretas�
c) Somente uma delas é correta�
d) São corretas somente II e III�
10. (FGV) Analise as afirmativas a seguir:
I. é maior que �
II. 0,555��� é um número racional�
III. Todo número inteiro tem antecessor�
Assinale:
a) Se somente as afirmativas I e III estiverem 
corretas�
b) Se somente a afirmativa II estiver correta�
c) Se somente as afirmativas I e II estiverem 
corretas�
d) Se somente a afirmativa I estiver correta�
e) Se somente as afirmativas II e III estiverem 
corretas�
01 C 06 C
02 C 07 E
03 B 08 D
04 A 09 C
05 C 10 E
GABARITO
ANOTAÇÕES
148
A
TU
A
LI
D
A
D
ES
 D
O
 M
ER
CA
D
O
 F
IN
A
N
CE
IR
O
1. Dinâmica do Mercado
Noções de Economia e Políticas 
Econômicas
Com o surgimento do dinheiro, ou seja, das 
moedas, muitos gastaram tudo que auferiam, e ou-
tros poupavam para gastos futuros. Estes dois sim-
ples atos levaram a uma força de oferta e demanda 
por moeda, pois alguns tinham sobrando e outros 
faltando.
Desta forma se iniciaram os processos inflacio-
nários, pois o dinheiro passou a ser o bem principal, 
e não mais os objetos que ele poderia comprar. 
O dinheiro sendo o foco das negociações poderia 
perder ou aumentar seu valor a depender do volume 
em circulação, obedecendo a lei da oferta e procura.
A este evento foi dado o nome de INFLAÇÃO, 
que nada mais é do que o aumento generalizado e 
persistente dos preços dos produtos de uma cesta de 
consumo. 
Para poder controlar este evento econômico, os 
governos precisaram quantificar e nomeá-lo. No 
Brasil, a inflação Oficial recebeu o nome de IPCA – 
Índice de Preços ao Consumidor Amplo. Índice este 
que ficou sob responsabilidade de cálculo do IBGE. 
A partir daí, quando o governo passou a saber a 
quantidade em números destes aumentos, pode se 
utilizar de várias políticas econômicas para contro-
lar seus aumentos ou até mesmo diminuições. Isso 
mesmo, diminuições. A inflação tem um proces-
so oposto chamado DEFLAÇÃO que é tão danoso 
quanto a Inflação.
A inflação Oficial, ou IPCA, é calculada pelo IBGE 
do dia 01 ao dia 30 de cada mês e leva em conta uma 
cesta de consumo de famílias que ganham até 40 sa-
lários-mínimos. 
Existem ainda outros institutos que calculam a 
inflação de forma independente, alguns por terem 
grande alcance, são bastante influentes nas relações 
econômicas. São as chamadas inflações não oficiais, 
e a maior delas é o IGP-M – Índice Geral de Preços 
de Mercado, calculado pela Fundação Getúlio Var-
gas – FGV.
Este IGP-M é composto por 60% do IPA (Índice 
de Preços por Atacado), 30% do IPC-M (Índice de 
Preços ao Consumidor) e 10% do INCC (Índice Na-
cional do Custo da Construção). O IGP-M é calcula-
do do dia 21 do mês atual ao dia 20 do mês anterior, 
o que acaba por aportar uma variação maior nos 
preços, uma vez que sai de um mês e alcança outro. 
A fim de manter o bem estar da população, ga-
rantindo-lhes estabilidade no poder de compra da 
moeda nacional, o CMN estabelece metas para a in-
flação Oficial que devem ser observadas e cumpri-
das rigorosamente pelo Banco Central do Brasil. 
Esta meta é definida através de Resolução e deve 
ser cumprida pelo BACEN ao longo do ano.
Caso o Bacen não cumpra esta meta, seu presi-
dente deve enviar carta aberta ao Ministro da Fa-
zenda explicando os motivos do descumprimento 
e o praz em que adotará políticas para estabilizar a 
inflação dentro da meta proposta. 
6,5 6
4,5
32,5
meta
TETO
Até 2016 Até 2017
Meta de inflação para 2017
CMN diminui margem de tolerância
EM% 
Tipos de Inflação
A inflação pode ser dividida em dois grandes tipos:
Inflação de Demanda
É quando há excesso de demanda em relação à 
produção disponível. As chances de a inflação da 
demanda acontecer aumentam quando a economia 
produz próximo do emprego de recursos.
Para a inflação de demanda ser combatida, é ne-
cessário que a política econômica se baseie em ins-
trumentos que provoquem a redução da procura.
Inflação de Custos
É associada à inflação de oferta. O nível da de-
manda permanece e os custos aumentam. Com o 
aumento dos custos ocorre uma retração da produ-
ção fazendo com que os preços de mercado também 
sofram aumento. As causas mais comuns da infla-
ção de custos são: os aumentos salariais fazem com 
que o custo unitário de um bem ou serviço aumente; 
o aumento do custo de matéria-prima que provoca 
um super aumento nos custos da produção, fazendo 
com que o custo final do bem ou serviço aumente; 
e, por fim, a estrutura de mercado que algumas em-
presas aumentam seus lucros acima da elevação dos 
custos de produção.
149
A
TU
A
LI
D
A
D
ES
 D
O
 M
ER
CA
D
O
 F
IN
A
N
CE
IR
O
Os artigos abaixo de Alexandre Schwartsman defu-
nem bem a influência e as causas da inflação:
No que a inflação influencia?
A inflação gera vários efeitos negativos, em parti-
cular quando atinge patamares mais elevados. Se os 
preços de um produto qualquer sobem, há incentivo 
para famílias reduzirem o seu consumo e para fabri-
cantes aumentarem sua produção, corrigindo even-
tuais desequilíbrios.
A inflação distorce a mensagem do sistema de pre-
ços, levando a respostas ineficientes de produtores e 
consumidores. Afora isto, a inflação tem efeitos distri-
butivos. 
Salários, por exemplo, são tipicamente fixados por 
um ano, de acordo com a inflação esperada neste pe-
ríodo. Caso a inflação seja mais alta que a esperada, o 
salário compra menos, isto é, trabalhadores perdem. 
Na prática, trabalhadores sempre têm mecanismos 
mais fracos de proteção e sofrem perdas em momentos

Outros materiais