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Unificações Tardias ITÁLIA O Reino mais industrializado da Itália era o Piemonte- Sardenha. A unificação visava a união de mercados. Obstáculos Império Austríaco (Lombardia e Veneto); Igreja Católica (Estados Pontifícios); Reino das Duas Sicílias (matriz agrária, teme perder autonomia). Apoiadores: - Carbonari: presentes ao sul. Grupo popular radical, republicano, que defende uma unificação popular. Líderes: - Giuseppe Mazzini: fundador da Jovem Itália, participa da Jovem Alemanha e da Jovem Polônia. Era republicano, e defendia a unificação. - Giuseppe Garibaldi: republicano, participa da Revolução de 1830 na Itália, luta na Grande Guerra do Uruguai e na Revolução Farroupilha. - Casa de Savoia: governava o Piemonte-Sardenha e quer dominar toda a península. O artífice da unificação é o ministro do rei Vitor Emanuel, o Conde de Cavour, que consegue articular as forças envolvidas. 1ª etapa: Guerra ao Sul Tropas do Reino de Piemonte-Sardenha auxiliam Garibaldi contra o Reino das Duas Sicílias (derrotado). 2ª etapa: Guerra ao Norte Piemonte, Carbonaris e III Império Francês contra a Áustria, que é derrotada. “Política de Gorjetas” de Napoleão III: apoio militar em troca de pequenos territórios; nesse caso, demandava Nice e Savoia. 3ª etapa: guerra ao Centro Piemonte e Carbonari contra o Império Francês e a Igreja Católica. A França retira seu apoio ao Piemonte em razão da oposição interna que Luís Piemonte sofria dos católicos franceses. Porém, a França entra em guerra e acaba retirando suas tropas, levando à derrota do Papa e à deposição de Napoleão III. Conclusão da unificação: 1870 A unificação se conclui com a Tomada de Roma em 1870. Questões pendentes após a unificação: - política para unificar a população, com a imposição de língua única - rivalidade norte x sul - Questão Romana: o Papa não aceita a unificação, que não é reconhecida pela Igreja até 1929, quando ocorre o Tratado de Latrão, que criou o Estado Vaticano. ALEMANHA O reino mais industrializado era a Prússia, que almejava a expansão de seus mercados. Obstáculos 1) Reino da Dinamarca: controlava os Ducados 2) Reino da Áustria: hegemonia política 3) Estados do Sul, liderados pela Baviera (católica) Antecedentes - Criação da Confederação Germânica no Congresso de Viena, pelo Império Austríaco. - Zollverein: união aduaneira criada pelo Reino da Prússia, que inicialmente excluía a Áustria, incluída posteriormente. Liderança O processo de unificação é liderado por Otto Von Bismarck, Junker conservador. 1ª etapa: Guerra dos Ducados (norte) Prússia + Áustria x Dinamarca A guerra é vencida pela aliança austro-prussiana. Os Ducados são divididos entre Áustria, que obtém o Holstein (sul), e a Prússia, que obtém o Schleiswig (norte). Assim, os austríacos ficam isolados e Bismarck incita, naquele ducado, o sentimento de pertencimento prussiano. 2ª etapa: Guerra austro-prussiana/ Guerra das Sete Semanas/ Guerra entre irmãos Prússia x Áustria A Prússia vence rapidamente. É criada a Confederação Germânica do Norte, sem a Áustria, e o Zollparlament para a elaboração de uma Constituição. A Áustria destina seu ímpeto expansionista ao sul, e cria o Império Austro-Húngaro em 1867. Bismarck forçou a Áustria a ceder o Veneto à Itália. Atritos com o II Império francês Com o trono espanhol vago, Bismarck sugere a Guilherme I que colocasse Leopoldo. A França se opõe. Então, Bismarck denuncia os planos de Napoleão III de anexar Luemburgo, aos quais a Inglaterra se opõe. Finalmente, Bismarck manipula uma carta de Guilherme I a seu primo Napoleão III, forçando a França a declarar guerra contra a Prússia (Despacho de Ems). 3ª fase: Guerra franco-prussiana A guerra contra a França visava estimular o nacionalismo alemão nos Estados do Sul, como a Baviera. Nesse momento a França deixa de apoiar o Papa. Os franceses perdem para o exército prussiano, que captura Napoleão III e exige pagamento de indenização para sua libertação, à qual a França não atende. Napoleão III cai, funda- se a 3ª República Francesa, que assina o Tratado de Frankfurt, que põe fim à guerra. A Prússia anexa a região da Alsácia-Lorena, e aos franceses cabe o pagamento de indenização. A Alemanha conclui sua unificação com a fundação do II Reich Alemão. Anexação dos Estados do Sul Após o êxito da guerra contra a França, os Estados do Sul foram anexados à Confederação Germânica do Norte, e Guilherme I recebeu o título de Imperador da Alemanha. O novo governo era marcado por eleições nacionais com sufrágio universal masculino e eleições populares para a Câmara Baixaa do Parlamento (Reichstag). A Câmara Alta era o Bundesrat, à qual incumbia aprovar todos os tratados negociados pelo Kaiser. II Reich Alemão Os sistemas de Bismarck: Realpolitik 1871-1878: Primeiro sistema Baseado na Liga dos Três Imperadores: Alemanha + Áustria + Rússia Enfraquecida pela tensão entre austríacos e russos dada a pretensão austríaca de expansão sobre os Bálcãs (Questão Balcânica). Congresso de Berlim (1878): destinado a resolver a questão. A Rússia vencera guerra contra a Turquia (1877-1878), pela qual obteve a Bósnia. A Áustria protesta e convoca o congresso, que decide pela posse austríaca da Bósnia, levando os russos a abandonarem a Liga. 1879-1890: Segundo Sistema Movido pela ambição de ampliação de alianças de Bismarck. Baseado na Aliança Dual (Alemanha + Áustria; futuramente Tríplice Aliança, com a Itália), em uma Aliança com a Rússia (Tratado do Resseguro), e na segunda versão da Liga dos Três Imperadores, fundada em acordos revisados anualmente, que se extinguirá em 1883 em razão da cisão entre Rússia e Áustria pela disputa da Bulgária. Os sistemas de Bismarck eram criticados por sua concentração no continente (política continental), pois foram arquitetados para, em última instância, conter a França, que avança sua política neocolonial em resposta. Por essa razão, Guilherme II, após depor Bismarck, inaugurará a Weltpolitik, que contribuirá à eclosão da IGM.
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