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DIREITO CIVIL CLÁSSICO X DIREITO CIVIL CONTEMPORÂNEO

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DIREITO CIVIL CLÁSSICO X DIREITO CIVIL CONTEMPORÂNEO 
 
PARADIGMAS DO DIREITO CIVIL CONTEMPORÂNEO 
DIREITO CIVIL CLÁSSICO: concebido dentro de uma visão positivista. Por estar associado a esse movimento positivista, o Direito Civil clássico foi influenciado por ele e, em um determinado momento, se tinha a percepção equivocada de que saber Direito Civil era saber os artigos do Código Civil.
 
CARÁTER INSTRUMENTAL - É meio para algo. 
• Quem são os grandes protagonistas do Direito Civil clássico? Patrimonialista 
Atualmente, ocorre o contrário. Qualquer relação jurídica civil transcende aquela relação para repercutir na coletividade. Tal relação jurídica deve estar de acordo e em conformidade com os interesses coletivos para ter legitimidade. 
 
Ex: direito de família - A relativização da teoria de nulidades no casamento, ao contrário dos negócios e atos jurídicos em geral, tem um objetivo: manter o vínculo matrimonial. A lógica das regras de nulidade do casamento é sempre evitar a nulidade e manter o vínculo, porque toda a concepção de casamento é pautada no modelo clássico de Direito Civil. Nele, os institutos de direito civil são fins em si mesmos. Se a pessoa exteriorizou vontade de cumprir um contrato, tem que cumpri-lo, não interessa o porquê nem como, uma vez que a finalidade não é investigada.
 
DIREITO CIVIL CONTEMPORÂNEO 
Pós-positivismo, a estrutural funcional e o Estado Democrático de Direito.
 
O pós-positivismo é um movimento em que a moral passa a interagir com o Direito. O sistema jurídico, que era fechado na visão positivista, agora se abre; e valores que estão fora sistema jurídico ingressam dentro desse sistema por meio de princípios. Analisa-se por duas perspectivas: os valores sociais constitucionais como parâmetros hermenêuticos e os valores sociais constitucionais como causa de justificação (fundamento), integrando conteúdo nos institutos de Direito Civil. Esta é a ideia pós-positivista.
 
, o Direito Civil contemporâneo, ao contrário do Direito Civil clássico, deixa de ser meramente estrutural para ser funcional.
 
No Direito Civil contemporâneo, todos os institutos de Direito Civil são meios para a concretização do valor referência da Constituição Federal, que é a dignidade da pessoa humana. Isso significa que todo instituto, todo direito subjetivo, todo direito potestativo devem estar conectados a uma função, cuja função não é o limite externo e negativo, é um limite interno e positivo, porque essa função é o que legitima o direito. 
 
Obs.: O único “instituto” que é fim em si mesmo é a pessoa humana – uma ideia kantiana. No mais, tudo é instrumento para a concretização da dignidade dessa pessoa.
 
O Direito Civil contemporâneo tem como parâmetro não mais o Estado liberal. Como já estudado na Teoria da Constituição, o Estado liberal era um Estado que não intervinha nas relações privadas, nos chamados direitos fundamentais de primeira geração, as liberdades públicas negativas (não intervenção). Agora, se vive em um Estado Democrático de Direito totalmente socializado e funcionalizado, onde o Estado não apenas tem deveres negativos de não intervenção – os chamados direitos de defesa em relação aos cidadãos nas suas relações privadas –, como também tem deveres de prestação nos casos de direitos de prestação. Então, as liberdades públicas deixam de ser meramente negativas e passam a ser positivas; o Estado passa a impor deveres nas relações privadas – é necessário entender esse ponto para entender, por exemplo, posse, propriedade, direitos reais, contratos e como funciona a tutela externa do crédito.
 
Qual a relevância em entender o Direito Civil a partir dos modelos clássico/liberal e contemporâneo/social? 
 
Porque a nossa sociedade, culturalmente, ainda é muito vinculada à concepção clássica de Direito Civil e o Código Civil. Este, mesmo sendo recente, retrata em demasia o modelo clássico. 
Exemplos: personalidade, incapacidade, direito de família, toda a teoria do casamento, toda a concepção do direito sucessório baseado em uma visão patrimonialista. Sabendo os parâmetros e paradigmas de cada um desses modelos, consegue-se: 
1 – Identificação precisa dos institutos de Direito Civil; 
2 – Compreensão das teorias sobre os institutos;
3 – Definição da lógica da legislação. 
 
DIREITO CIVIL DA ESTRUTURA À FUNÇÃO, PARÂMETROS DO CC – SOCIALIDADE, ETICIDADE E OPERABILIDADE
1. CARACTERÍSTICAS DO MOVIMENTO PÓS-POSITIVISTA
Normatividade dos princípios, centralidade da argumentação jurídica e conexão necessária entre direito e moral;
 
Teoria das fontes (princípio como norma primária), normas (princípio como espécie de normas) e interpretação (casos difíceis – argumentação jurídica);
 
Superação de um sistema de legalidade estrito sem o subjetivismo exagerado do Jusnaturalismo – ascensão dos valores e fortalecimento de princípios e direitos fundamentais.
 
Moral se aproxima do Direito. 
Grande normatividade dos princípios. 
  
NEOCONSTITUCIONALISMO (CF COMO NORMA FUNDAMENTAL) 
Constitucionalização do Direito – irradiação das normas e valores constitucionais para todo o sistema;
Princípios com força normativa;
Reaproximação entre direito e moral;
Judicialização da política e das relações sociais;
Modificação da teoria das normas, fontes e interpretação (hermenêutica);
Teoria dos Direitos Fundamentais – Edificados sob a Dignidade Humana
 
No Positivismo, o protagonista era o legislativo, mas, atualmente, o Judiciário possui mais espaço e se tornou mais ativista
 Qual a consequência do Pós-Positivismo para o Direito Civil?
O movimento Pós-Positivista confere ao Direito Civil um caráter instrumental, ou seja, é vocacionado para a concretização desses valores constitucionais, em especial a dignidade da pessoa humana.
 
As questões existenciais, independentemente do instituto de direito abordado, sempre irão preponderar sobre questões patrimoniais. A constitucionalização promove uma revolução e uma conciliação entre questões existenciais e questões patrimoniais. 
 
O conceito de família eudemonista (instrumental) se refere ao caso em que a família é considerada um meio para concretização da dignidade dos membros que integram o núcleo familiar. 
 
Nesse sentido, vale lembrar que no modelo clássico do Direito Civil o casamento era um vínculo indissolúvel; hoje, possui uma dissolução absoluta. 
 
Por exemplo, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) diz que a adoção é um meio pelo qual se constitui um vínculo de filiação e é irrevogável, ou seja, uma visão clássica, pois parte da premissa de que a família é um fim e não pode se dissolver. Porém, o Superior Tribunal de Justiça, a partir dos novos paradigmas, acrescentou que a adoção também é revogável, uma vez que a filiação também possui caráter instrumento. 
 
Obs.: Impõe constante diálogo entre o intérprete e a norma jurídica (desse diálogo emerge a compreensão) e a funcionalização (finalidade) dos direitos subjetivos. Ex: função social de um contrato pode não corresponder à função social de outro contrato. A relação com o direito é dinâmica, de modo que, em cada situação concreta, deve-se buscar a compreensão e verificar se aquele direito está pautado nos valores sociais constitucionais. 
 
Valores Sociais Constitucionais como novos parâmetros hermenêuticos
• Dignidade da pessoa humana;
• Solidariedade social;
• Igualdade substancial
 
Dignidade – como concretizar esse valor/princípio?
A dignidade da pessoa humana é o principal objetivo do Direito Civil Contemporâneo, pois o ser humano foi colocado no centro do sistema jurídico, tornando-se o grande protagonista das relações jurídicas privadas. 
 
Nesse sentido, é importante frisar que a pessoa humana não pode ser meio para nada, porque a pessoa humana é um fim em si mesmo.
 
Independentemente da relação jurídica privada, a autonomia existencial nada mais é do que permitir que cada pessoa escolha o seu projeto de vida de acordo com seus interesses. 
 
É necessário que o Estado crie mecanismos respeitando a singularidade e individualidade de cada pessoa. 
 
Outro ponto para se alcançara dignidade é o direito ao mínimo existencial, o qual possui duas perspectivas: o mínimo existencial espiritual e o mínimo existencial material. 
 
O mínimo existencial significa que as normas de Direito Civil precisam garantir ao ser humano o mínimo necessário para que ele tenha existência digna no plano espiritual e no plano material.
 
O plano espiritual está relacionado aos chamados Direitos da Personalidade, ou seja, que a pessoa tenha respeitada a sua vida, sua intimidade e sua imagem. Já no plano material, o papel é cumprido pela teoria do patrimônio mínimo, ou seja, o Direito Civil deve resguardar materialmente o mínimo necessário para que a pessoa tenha uma vida digna, a exemplo do art. 1.711 do Código Civil, que aborda os bens de família; e o art. 548, o qual cita que é nula a doação universal de todos os bens sem que doador reserve bens suficientes para sua subsistência.
 O que é e para que serve? Finalidade dos institutos e não apenas conceito
Como consequência da constitucionalização, não é mais possível entender os tipos de Direito Civil apenas a partir dos elementos que compõem a estrutura. É necessário que todos esses institutos, direitos e interesses estejam conectados a uma função que justifica e legitima todo o Direito Civil.
 
O abuso de direito consiste em exercer, ou não, um direito em desacordo com a função que o justifica e o legitima. Tal função é uma imposição da Constituição Federal e está atrelada aos valores de dignidade, solidariedade e igualdade, que além de parâmetros hermenêuticos, passam a integrar o conteúdo
 
DIREITO CIVIL = sintonia entre Direito/função; 
Poder/dever
A finalidade e a funcionalidade passam a condicionar a legitimidade e a validade do próprio direito
 
Paradigmas do Código Civil em função deste novo modelo
• Socialidade (função social);
• Eticidade (boa-fé Objetiva);
Art. 113 – parâmetro de interpretação;
Art. 187 – função de controle; e - Abuso de direito - 
Art. 422 – imposição de deveres de conduta 
• Operabilidade (mecanismo de aplicação): simplificação de vários institutos com o objetivo de dar mais dinamismo e operabilidade ao sistema. 
 
A constitucionalização não altera a estrutura do Direito Civil, uma vez que a questão estrutural continua sendo analisada, ou seja, é o Código Civil que vai definir quais são os elementos que devem integrar a estrutura de qualquer instituto.
 
Os institutos de direito civil são meios para a concretização de direitos fundamentais da pessoa humana, em especial a dignidade e seu núcleo essencial. 
DIREITO CIVIL CLÁSSICO X DIREITO CIVIL CONTEMPORÂNEO 
 
 
 
PARADIGMAS DO DIREITO CIVIL CONTEMPORÂNEO 
 
DIREITO CIVIL CLÁSSICO:
 
concebido dentro de uma 
visão positivista. Por estar associado a esse 
movimento positivista, o Direito Civil clássico foi influenciado por ele e, em um determinado 
momento, se tinha a percepção equivocada de que saber Direito Civil era saber os artigos do 
Código Civil.
 
 
 
CARÁTER 
INSTRUMENTAL
 
-
 
É meio para algo. 
 
• Quem são os grandes protagonistas do Direito Civil clássico? Patrimonialista 
 
Atualmente, ocorre o contrário. Qualquer relação jurídica civil transcende aquela relação para 
repercutir na coletividade. Tal relação jurídi
ca deve estar de acordo e em conformidade com os 
interesses coletivos para ter legitimidade. 
 
 
 
Ex: direito de família 
-
 
A relativização da teoria de nulidades no casamento, ao contrário dos 
negócios e atos jurídicos em geral, tem um objetivo: manter o vín
culo matrimonial. A lógica das 
regras de nulidade do casamento é sempre evitar a nulidade e manter o vínculo, porque toda a 
concepção de casamento é pautada no modelo clássico de Direito Civil. Nele, os institutos de 
direito civil são fins em si mesmos. Se
 
a pessoa exteriorizou vontade de cumprir um contrato, 
tem que cumpri
-
lo, não interessa o porquê nem como, uma vez que a finalidade não é 
investigada.
 
 
 
DIREITO CIVIL CONTEMPORÂNEO 
 
Pós
-
positivismo, a estrutural funcional e o Estado Democrático de Direito.
 
 
 
O 
pós
-
positivismo
 
é um movimento em que a moral passa a interagir com o Direito. O sistema 
jurídico, que era fechado na visão positivista, agora se abre; e valores que estão fora sistema 
jurídico ingressam dentro desse sistema por meio de
 
princípios
. An
alisa
-
se por duas 
perspectivas: os valores sociais constitucionais como parâmetros hermenêuticos e os valores 
sociais constitucionais como causa de justificação (fundamento), integrando conteúdo nos 
institutos de Direito Civil. Esta é a ideia pós
-
positivis
ta.
 
 
 
, o Direito Civil contemporâneo, ao contrário do Direito Civil clássico, deixa de ser meramente 
estrutural para ser funcional.
 
 
 
No Direito Civil contemporâneo, todos os institutos de Direito Civil são meios para a 
concretização do valor referência d
a Constituição Federal, que é a dignidade da pessoa humana. 
Isso significa que todo instituto, todo direito subjetivo, todo direito potestativo devem estar 
conectados a uma função, cuja função não é o limite externo e negativo, é um limite interno e 
positi
vo, porque essa função é o que legitima o direito. 
 
 
 
Obs.: O único “instituto” que é fim em si mesmo é a pessoa humana 
–
 
uma ideia kantiana. No 
mais, tudo é instrumento para a concretização da dignidade dessa pessoa.
 
 
 
O Direito Civil contemporâneo tem co
mo parâmetro não mais o Estado liberal. Como já 
estudado na Teoria da Constituição, o Estado liberal era um Estado que não intervinha nas 
relações privadas, nos chamados direitos fundamentais de primeira geração, as liberdades 
públicas negativas (não inter
venção). Agora, se vive em um
 
Estado Democrático de Direito
 
totalmente socializado e funcionalizado, onde o Estado não apenas tem deveres negativos de 
não intervenção 
–
 
os chamados direitos de defesa em relação aos cidadãos nas suas relações 
privadas 
–
, co
mo também tem deveres de prestação nos casos de direitos de prestação. Então, 
as liberdades públicas deixam de ser meramente negativas e passam a ser positivas; o Estado 
DIREITO CIVIL CLÁSSICO X DIREITO CIVIL CONTEMPORÂNEO 
 
PARADIGMAS DO DIREITO CIVIL CONTEMPORÂNEO 
DIREITO CIVIL CLÁSSICO: concebido dentro de uma visão positivista. Por estar associado a esse 
movimento positivista, o Direito Civil clássico foi influenciado por ele e, em um determinado 
momento, se tinha a percepção equivocada de que saber Direito Civil era saber os artigos do 
Código Civil. 
 
CARÁTER INSTRUMENTAL - É meio para algo. 
• Quem são os grandes protagonistas do Direito Civil clássico? Patrimonialista 
Atualmente, ocorre o contrário. Qualquer relação jurídica civil transcende aquela relação para 
repercutir na coletividade. Tal relação jurídica deve estar de acordo e em conformidade com os 
interesses coletivos para ter legitimidade. 
 
Ex: direito de família - A relativização da teoria de nulidades no casamento, ao contrário dos 
negócios e atos jurídicos em geral, tem um objetivo: manter o vínculo matrimonial. A lógica das 
regras de nulidade do casamento é sempre evitar a nulidade e manter o vínculo, porque toda a 
concepção de casamento é pautada no modelo clássico de Direito Civil. Nele, os institutos de 
direito civil são fins em si mesmos. Se a pessoa exteriorizou vontade de cumprir um contrato, 
tem que cumpri-lo, não interessa o porquê nem como, uma vez que a finalidade não é 
investigada. 
 
DIREITO CIVIL CONTEMPORÂNEO 
Pós-positivismo, a estrutural funcional e o Estado Democrático de Direito. 
 
O pós-positivismo é um movimento em que a moral passa a interagir com o Direito. O sistema 
jurídico, que era fechado na visão positivista, agora se abre; e valores que estão fora sistema 
jurídico ingressam dentro desse sistema por meio de princípios. Analisa-se por duas 
perspectivas: os valores sociais constitucionais como parâmetros hermenêuticos e os valores 
sociais constitucionais como causa de justificação (fundamento),integrando conteúdo nos 
institutos de Direito Civil. Esta é a ideia pós-positivista. 
 
, o Direito Civil contemporâneo, ao contrário do Direito Civil clássico, deixa de ser meramente 
estrutural para ser funcional. 
 
No Direito Civil contemporâneo, todos os institutos de Direito Civil são meios para a 
concretização do valor referência da Constituição Federal, que é a dignidade da pessoa humana. 
Isso significa que todo instituto, todo direito subjetivo, todo direito potestativo devem estar 
conectados a uma função, cuja função não é o limite externo e negativo, é um limite interno e 
positivo, porque essa função é o que legitima o direito. 
 
Obs.: O único “instituto” que é fim em si mesmo é a pessoa humana – uma ideia kantiana. No 
mais, tudo é instrumento para a concretização da dignidade dessa pessoa. 
 
O Direito Civil contemporâneo tem como parâmetro não mais o Estado liberal. Como já 
estudado na Teoria da Constituição, o Estado liberal era um Estado que não intervinha nas 
relações privadas, nos chamados direitos fundamentais de primeira geração, as liberdades 
públicas negativas (não intervenção). Agora, se vive em um Estado Democrático de Direito 
totalmente socializado e funcionalizado, onde o Estado não apenas tem deveres negativos de 
não intervenção – os chamados direitos de defesa em relação aos cidadãos nas suas relações 
privadas –, como também tem deveres de prestação nos casos de direitos de prestação. Então, 
as liberdades públicas deixam de ser meramente negativas e passam a ser positivas; o Estado

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