Anatomia de peixes

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@marina.junqueiraa 
 
 
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animais desenvolvidos em ambiente aquáticos, com adaptações morfofisiológicas e 
 
características hidrodinâmicas. Há espécies que vivem em águas salgadas, águas doces, águas 
profundas, águas paradas, influenciando assim, nas características evolutivas fazendo com que 
esses animais desenvolvem ou percam determinadas estruturas ou habilidades de acordo com 
seu hábito de vida e alimentação. 
- Sistemática geral: Existem 50 mil espécies de vertebrados, dentre eles, 28 mil são peixes. 
 
• Agnatha: vertebrados primitivos, apresentam boca redonda devido a ausência de maxila e 
mandíbula. 
• Gnathostomata: possuem mandíbula e maxila; compreende a maioria dos peixes que vivem 
nos mares e rios e podem ser divididos em Chondrichtyes e Osteichtyes (subdividido em 
Sarcopteryhii e Actinonterygii). 
- Particularidades anatômicas: apresenta estruturas adaptativas como a bexiga natatória 
(auxilia na flutuação) e a linha lateral (comunicação do meio aquático). Ademais, apresentam 
respiração branquial, circulação simples e órgãos e estruturas sensoriais de comunicação; 
- Morfologia externa: podem apresentar simetria lateral (maioria) ou serem assimétricos. Já em 
relação a forma, há o plano transversal e plano longitudinal. 
 
 
 
• Revestimento: 
✓ Pele: é lisa e contínua, com revestimento contínuo (inclusive nos olhos). 
✓ Linha lateral: contém poros onde são encontradas as terminações nervosas 
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mecanorreceptoras que permitem aos peixes perceberem mudanças na pressão ou 
ondulação provocadas por presas e predadores. 
✓ Na derme há produção de muco, responsável pela proteção de agentes físicos e fungos. 
Também auxilia na diminuição do atrito, deslocamento sinalização e comunicação entre as 
espécies. Também há a presença dos cromatóforos, responsáveis pela coloração do peixe 
e apresentam função de proteção (radiação), comunicação, camuflagem e maturidade 
sexual. 
✓ Escamas: responsável pela proteção e diminuição do atrito; e variam com hábitos dos peixes. 
São permanentes, crescem ao longo da vida e se regeneram após lesões. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Divisão corporal: 
• Padrão: fusiforme altura > largura; ou comprimento > altura e largura (hidrodinâmica). 
• Nadadeiras: pode ser do tipo dorsal e anal (estabilidade); peitorais (equilíbrio, freio e 
direção); caudal (propulsão e velocidade); pélvica (direção, equilíbrio e freio). Entretanto, nem 
todas as espécies apresentam todos os tipos de nadadeiras. 
- Aparelho locomotor: o movimento ocorre através de contrações musculares craniocaudais 
que sustentam um esqueleto ósseo ou cartilaginoso; compreende o crânio, a mandíbula, coluna 
vertebral, costelas, cintura peitoral e os pterigióforos, que sustentam os raios das nadadeiras. 
Ademais, o sistema muscular abrange cerca de 60% da massa corporal e existe uma articulação 
dupla entre a coluna vertebral e o crânio, no qual impede o movimento da cabeça. Existem 
também os ossos intramusculares em forma de “Y”, que são os espinhos e dão sustentação aos 
animais. 
- Sistema muscular: a musculatura é do tipo axial, na qual não se insere diretamente nas 
vértebras, os ligamentos conjuntivos unem os segmentos musculares (Miômeros ou miótomos). 
- Estrutura acessória: 
 
• Bexiga natatória: responsável pela sustentação necessária para que atinjam flutuabilidade 
neutra. O fato de determinado peixe possuir ou não a bexiga natatória está mais relacionado 
aos seus hábitos de vida do que a sua posição taxonômica. 
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• Aparelho de Weber: comunica a bexiga natatória e ouvido interno, funcionando como 
amplificadores, aumentando a audição do peixe. 
 
 
 
 
 
- Sistema circulatório: simples na maioria das espécies de peixes, pois apresenta apenas um 
átrio, um ventrículo, seio venoso e um cone arterioso. Diferente dos mamíferos, as hemácias são 
nucleadas e maiores; apresenta um volume sanguíneo de 2 – 8% do peso vivo e o sangue que 
sai do coração é rico em Co2. A oxigenação ocorre nas brânquias; e os resíduos são excretados 
pelas brânquias e rins. 
• Ventrículo e cone arterioso: são mais elásticos e desenvolvidos. 
• Coração: cavidade celomática, localizado caudalmente. 
• Seio venoso: não possui válvulas, pequeno, com paredes delgadas. 
• Átrio: impulsiona o sangue para o ventrículo. 
• Ventrículo: parede grossa, impulsiona o sangue. 
• Bulbo arterial: parede grossa, depósito passivo elástico para uniformizar o fluxo sanguíneo. 
 
- Sistema respiratório: 
 
• Respiração aquática: exclusivamente água. 
• Respiração aérea obrigatória: água e ar. 
• Respiração aérea facultativa: água e ar (não obrigatório). 
 
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Os peixes respiram por meio de brânquias localizadas em uma câmara comum, 
denominada câmara branquial. Nos peixes cartilaginosos há fendas branquiais e nos peixes 
ósseos as brânquias são protegidas pelo opérculo. 
 
• Brânquias: estruturas formadas por pequenos capilares ramificados por onde a água passa 
e por diferença dos gradientes de concentração ocorre a troca. 
- Trocas gasosas: Co2 liberado e O2 difundido para a corrente sanguínea. 
 
✓ Quando o peixe abre a boca, fecha-se o opérculo e forma uma pressão negativa de entrada 
de água. 
✓ Quando o peixe fecha a boca, abre-se o opérculo e forma uma pressão positiva de saída de 
água. 
✓ A alta pressão que faz com que a água passe pelo opérculo força a passagem da água com 
alta pressão e com velocidade sobre as brânquias. 
- Sistema de excreção: 
 
Rim: excreta metabólicos, amônia, metais pesados e outras impurezas vindas da alimentação 
ou respiração. Apresenta o rim posterior e rim anterior, sendo o rim anterior responsável pela 
produção de células sanguíneas (peixes não possuem medula óssea); já o rim posterior é 
adaptado ao processo de excreção. 
- Sistema digestório: sua organização possui função de ingestão, armazenamento e moagem 
dos alimentos, digestão, absorção, armazenamento do bolo fecal e eliminação. Apresenta alta 
capacidade de absorção (presença de vilosidades, moderada quantidade de células mucoides); 
grande capacidade de regulação osmótica; segmento proximal que recebe secreções biliar e 
pancreática. Ademais, possui vilosidades menores porém mais espessas, camada muscular 
desenvolvida, alta capacidade de distensão, retém o excesso de água e desemboca no ânus. 
• Boca: possui diversos formatos e está relacionada diretamente a dieta alimentar. Pode ser 
do tipo inferior, terminal, sub-terminal e superior. No geral, a boca é terminal e sua abertura 
pode ser a frente ou um pouco acima ou abaixo da linha mediana. Peixes que se alimentam 
próximo à superfície possuem a boca voltada para cima e os que se alimentam nas 
profundezas, já pertencem boca voltada para baixo. 
• Dentes: No geral, os dentes dos peixes são cônicos, podendo ter apenas uma cúspide ou 
várias. Algumas espécies possuem placas ásperas que são formadas por inúmeros dentes 
filiformes (estes dentes formam uma espécie de “lixa” dos bagres e mandis). Também são 
comuns, espécies desprovidas de dentes maxilares ou de dentes mandibulares. 
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• Delimitação: cárdica e fundica (glandulares) e pilórica (absorção). 
• Esôfago e estômago: o esôfago é curto e se comunica com o estômago, que pode ter 
diversos formatos ou mesmo estar ausente. Nos peixes carnívoros, o estômago é 
particularmente grande, enquanto nos onívoros e nos herbívoros é menos evidente. 
 
 
Componentes: Boca esôfago estômago cecos pilóricos intestino reto ânus