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Mercado de Carbono

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Curso Mercado de Carbono
23.03 – Mercado de Carbono: uma introdução sob a perspectiva econômica 
Prof. Ronaldo Seroa da Motta
O mercado de carbono ele tem vários órgãos, tem o voluntário (entre empresas e indivíduos, para atender a metas voluntárias) não tem uma imposição regulatória. Existe um conjunto de Entidades que certificam essas reduções. Esse é mercado de balcão, que está passando por uma transformação enorme. Isto porque, existem os mercados internacionais voluntários.
Dentro da Convenção do Clima, temos Bancas (emissões que não tem pátria, como transporte marítimo internacional e aviário), elas são reguladas por convenções que regulam essas atividades. O de aviação é feito pela CORSIA.
Parte das emissões pode ser feita com compras de reduções de outros setores da economia, ou seja, escolher alguns créditos do mercado voluntários.
Esses mercados internacionais regulados têm regras muito estritas, apesar de serem voluntários eles têm metas estipuladas. 
Por fim temos o Mercado Jurisdicional Regulado (mercados nacionais ou subnacionais) que decidem, afora das metas internacionais, metas mais restritas, acaba se tornando um instrumento para atingir as metas que ele se vinculou internacionalmente.
Esses mercados são independentes, mas tem uma conexão, uma vez que os mecanismos do protocolo de Kyoto foram usados nesse mercado da UNFCC. Eles criam regras próprias. Eles tentam alinhar as metas com as alinhadas internacionalmente.
O mercado voluntário não tem regras, mas sofre influencias desses outros mercados. 
Offsets => voluntário, alguém vai utilizar essa minha redução para cumprir as metas.
Essa geração voluntária tem restrições para seu uso.
Mercados Voluntários na era do Acordo de Paris:
Emissões globais são reduzidas pelas medas das NDCs do Acordo de Paris.
A empresa compradora e o país hospedeiro contabilizam mesmo esforço para redução das emissões globais.
Está tendo uma transição no mercado voluntário, ele tem problema de informação. Precisa ter um órgão que certifique e supervisione se esses créditos são corretos. Nunca houve nenhum esforço dos participantes em tentar criar uma plataforma de credenciar registro. É a primeira vez que estão tentando fazer isso.
Hoje, já há uma critica enorme sobre a qualidade do mercado voluntário.
Mercado de Aviação Civil Internacional (CORSIA)
Tem uma fase piloto 2021/2023: voluntária (BR não entrou)
Fase mandatória (2024/2026): BR será obrigado.
Esse mercado dá uma meta de reduções que as empresas tem que atingir, ou seja, melhorando a tecnologia de combustão, voando altitudes mais baixas, etc. São metas que são muito tranquilas do ponto de vista ecológico.
Parte desse cumprimento pode se dar por offseat (escolheram 6 certificadoras confiáveis).
Além disso, se tem alguma regulamentação jurídica já naquela área (ex. reserva legal) não posso emitir créditos.
A coisa mais polemica é que vão exigir que para vender para o CORSIA o país hospedeiro do credito vai ter que ter uma carta da autoridade nacional (designada pela convenção do clima) dizendo que quando apresentar o compromisso no acordo de paris não vai considerar aquele crédito. 
Ele começa a colocar uma trilha para o mercado voluntário.
Cooperação Internacional no Acordo de Paris – Artigo 6
Diferente do protocolo de Kyoto, todos países tem metas, que pode ser quantitativa, como compromissos em fazer o máximo possível (países menos importantes).
A China tem uma meta de intensidade (prometeu a chegar a uma intensidade igual dos países desenvolvidos – já chegou!) => são menos ambiciosas do que as brasileiras.
Resultado de mitigação internacionalmente transferidos - ITMO (países assinam contrato que venderam reduções de emissões). 
O Brasil voltou com a ideia do MDL (mecanismo de desenvolvimento limpo) de trocas entre empresas, implementação conjuntas. Brasil entende que deve ser contado a redução tanto para o país comprador e o que vende. 
50% dos emissores tem metas quantitativas. 
O Brasil quer vender um credito e não descontar da NDCs, ele acha injusto. 
A China emite mais que qualquer país. O que já tem de partículas não vão decair suficiente para que não aumente a temperatura do mundo.
Parte dos recursos dessa venda vai para um fundo para financiar a adaptação dos países vulneráveis e para financiar aquele monitoramento.
Duas NDC não podem ter uso do mesmo crédito carbono e contem para si como compromisso de suas metas, senão a emissão global vai ser menor.
Além disso, não pode ter adicionalidade do projeto, aquele projeto deve mesmo criar uma redução, pois pode dar errado e não reduzir.
Vai ter um custo de transação muito grande do 6.4 (tem que ter muito mais verificação), no ITMO não, é muito mais simples, você faz um contrato estipulando tudo, valores, se der errado, etc. Para que o contrato tenha validade ele tem que ser registrado la no órgão regulador do acordo de paris.
O EUA não quer que esse contrato tenha regulação alguma, já a EU quer dar mais transparência colocando mais regras.
O 6.4 tem relação com implementação conjunta (era entre dois países com meta). 
Para o Brasil vender com ajuste correspondente é muito bom porque alguém vai me pagar para eu reduzir e estou gerando investimento.
Alguns já disseram que não vão vender e comprar sem ajuste correspondente. 
Mercados jurisdicionais:
Há tributos também, principalmente sobre combustíveis e energia. 
EU e USA tem tanto mercado de carbono como tributação. Esse mercado gira por ano 11 bilhões de dólares. 
O Brasil tem uma proposta que vai seguir o internacional, vai ser especifico para industriais, de forma absoluta.
O Mercado do RenovaBio não é o que está sendo proposto (quem produzir x gera um crédito, não é número absoluto => metas de intensidade), é um mercado mal copiado de fora.
Carbono florestal tem não só auxilio para mudança climática como também para preservação da biodiversidade
Brasil tinha que estar dentro desse TaskForce on Scaling Voluntary Carbon Markets => atuando numa regulamentarização do art. 6º.
24.03 – Mercados Regulados e Jurisdicionais
(Prof. Luiz Gustavo – Tauil Chequer)
Precificação de Carbono: o mercado de carbono é uma forma de precificar. A emissão de gases de efeito estufa, nada mais é do que um efeito das atividades econômicas e que tende a ser negativo. Ou seja, é o custo para sociedade: mudanças climáticas, problemas de saúde, etc.
A economia ambiental já tinha notado o problema quando estava lindado com direito de propriedades não muito bem estabelecidos (ex. atmosfera) => emissão desregrada, ninguém tem o direito então não supervisiona aquele bem comum. 
O preço se coloca numa emissão por tonelada de carbono equivalente CO2e=> Ou seja, se for outro gás eu o coloco na medida do supramencionado.
A grande questão é que no imposto meio ambiente tem que estabelecer um preço para emissão (desafio política pública).
Mercado de carbono nada mais é do que um mercado de instrumento econômico. 
As compensações com credito de carbono => alguns sistemas (regulados, voluntários, países) podem demandar a título de compensação. A EU não vai admitir a partir de 2021 esses créditos no mecanismo de desenvolvimento limpo.
Mercado de carbono global:
O protocolo de kyoto tinha como objetivo diminuir as emissões de 5% de 08/12 e 18% 13/20, tinham metas obrigatórias para alguns países e outros não tinham metas estabelecidas (ex. brasil, china, índia)
Acordo de Paris tem uma abordagem de meta global (conter o aquecimento global abaixo de 2graus Celsius). Para isso a abordagem foi bottom-up (cada país diz como pode contribuir para alcançar essa meta global). Todos países vão ter um tipo de obrigação. 
O Brasil pode ocupar um potencial de receber recursos desses créditos de carbono vindas das emissões dos usos das florestas e terras. 
Mercados Regulados: EU ETS, California e China
· EU ETS: O mercado europeu é o grande exemplo de sucesso no sistema de comercio de emissões para atingir o objetivo de descarbonização. Ele abrange empresas aéreas dos voos dentro da união europeia. É um mercado que cobre quase 40% das emissõesde gases da EU. Tem um cap de objetivo de emissões de gases que vem sendo reduzida periodicamente, a ideia é atingir o 0 até 2050. As empresas que não atingiram o cap podem adquirir daquelas que ficam acima.
Esse mercado não foi um sucesso nos primeiros anos, as multas eram mais baixas. 
· California: mercado subnacional. A politica estadual da Califórnia foi estabelecida em 2006, com objetivo de alcançar 15% de reduções em relação aos níveis de 1990. A nova meta é 40% até 2030. As partes obrigadas são as atividades de geração de energia elétrica e também as grandes fontes industriais. Várias empresas químicas saíram d estado da Califórnia por conta dessas medidas mais restritivas, porém uma forma de mitigar isso é trabalhando com esses allawance (direito de emissão) para essas empresas mais sensíveis.
A ideia é que as compensações sejam subsidiarias, ela permitia os offsets na ordem de 8%, agora só 4%, ou seja de processos específicos em setores que não são cobertos pelo programa, como por exemplo o setor florestal.
· China: é voltado para o setor de geração de energia elétrica. A China tem algumas experiencias subnacionais, tais como da cidade de Beijing. Eles têm metas de intensidade e não de teto (cap).
· PNMC: Brasil – política nacional de mudança climática. Compromisso voluntário de redução de emissões. A politica nacional de que haja uma integração com outras politicas e planos regulamentais. Entre os objetivos da política nacional está o mercado brasileiro de redução de emissões (MBRE), isso foi um grande fracasso, nunca foi colocado em pratica, nem operacionalizado. Isto porque não teve regulamentação e também desafios na demanda (ele também é mercado - bem arquitetado, o que não foi, se não cria demanda para aquele mercado ele não sai do papel, houve uma falta de estudos para garantir essa demanda).
Existe um projeto de lei 528/21: pretende regulamentar o mercado brasileiro, fala-se em mercado voluntario, mas ainda precisa ser ajustado isso.
O instrumento de mercado para regulação do meio ambiente também deu super errado no novo código florestal (titula para compensar reserva legal deficitária). Além da tardia regulamentação, os estudos econômicos de oferta e demanda também não foram feitos de forma adequada.
	O setor de transportes é o grande contribuinte dentro do setor de energia brasileira
· RenovaBio: política de reconhecimento do papel estratégico dos biocombustíveis na matriz energética Brasileira até para uma indução à eficiência econômica, energética e ambiental. O elemento central é utilização do instrumento de mercado, ele não é um imposto, no brasil ele convive com mandato volumétrico. O RenovaBio se foca em criar um mercado para descarbonização nesse setor de transporte. O RenovaBio passou por diversos decretos, portarias, resoluções. O mercado entrou em funcionamento.
Esse mercado funciona da seguinte maneira: tem a ANP que credencia algumas instituições firmas inspetoras, que vão nas unidades de produção de biocombustível fazem uma auditoria do ciclo de vida para produção daquele biocombustível e entregam um certificado que tem uma nota de eficiência energética ambiental (mais créditos aquela usina vai poder vender => créditos de descarbonização)
Cria-se uma oferta de créditos de descarbonização, com receita extra para essas usinas, criando um incentivo para melhorar sua nota e vender créditos de descarbonização. O CNPE estabelece metas de descarbonização, que são desdobradas para os distribuidores de energia, elas são obrigadas a comprar uma determinada quantidade de créditos que estão disponíveis no mercado. Esses créditos passam pela validação numa plataforma da ANP e são escrituradas por instituições financeiras e depois ficam disponíveis em bolsa. As empresas de distribuição que não conseguem atingir suas metas de descarbonização tão sujeitas a multas muito altas.
Glasglow: o mercado de carbono global já está funcionando, já tem acordo bilateral Peru-Suíça. Desafios acomodar os certificados de emissão do MDL. 
25.03 – Mercados Voluntários de Carbono:
(Prof. Plínio Ribeiro)
O Brasil o principal responsável pelas emissões de GEEs é o desmatamento (47,5%). 
Toda essa regulação, acordos, está se descolando desses mercados. 
Kyoto era mercado de carbono pois tinha uma regra muito clara de redução para alguns países e outros não, que até podiam vender dentro do MDL. Segundo Plinio, o acordo de paris não é mercado de carbono.
As iniciativas para redução de emissões podem ser (i) taxação sobre o carbono ou (ii) mercado de carbono, a melhor hipótese é combinar as duas.
Enquanto em 2020 o mercado voluntario movimentou 5.8 GtCO2, o mercado voluntário movimento 0,2 GtCO2. O Mercado regulado não traz adicionalidade, como traz o voluntário. Mercado regulado é uma licença de emissão dada as vezes sem custo a empresa, em alguns casos via leilão, enquanto o voluntario são créditos de programa que demonstraram o sequestro de carbono ou redução de emissão.
Existem 28 mercados de carbono regulados no mundo, cobrindo o equivalente a 10,7% das emissões globais.
Alta histórica do preço no mercado europeu regulado de 40 euros em fev/2021
O mercado voluntário ainda não tem demanda, tem uma expectativa de demanda alta.
O mercado voluntário começa com um projeto (sequestre carbono da atmosfera ou que evite uma emissão de acontecer), existe uma certificação – um ou dois padrões – e um auditor que audita se aquelas emissões de fato foram de reduzidas/sequestradas. Normalmente, temos um desenvolvedor de projetos que implementa o projeto de acordo com a metodologia escolhida e comercializa os créditos de carbono. 
Os canais de venda desses créditos podem ser diversos (brokers – só faz a intermediação, consultoria ambiental, trader – monta posição – , plataforma) até chegar no comprador final (uma empresa que está buscando a neutralização de parte ou integralidade das emissões), foi no mercado voluntário encontrar o produto que neutraliza aquele montante que ela resolveu neutralizar.
Os projetos de carbono se dividem em diferentes categorias e metodologias de projetos. 
As maiores emissões de credito de carbono voluntario são na asia, américa latina e África. Na Ásia tem uma concentração muito grande de créditos de energia.
Em 2050, o brasil vai ser responsável por 40% da alimentação mundial.
A tendência é a categoria AFOLU (é a metodologia mais usada REDD – redução das emissões por desmatamento e degradação florestal) continuar crescendo mais de todos, é usado na convenção do clima também no art. 5 no acordo de paris).

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