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2 - Alérgenos e métodos diagnósticos em alergia clinica e rinite alérgica

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Isadora Nunes Delaia – MED 101 
ALÉRGENOS E MÉTODOS 
DIAGNÓSTICOS EM ALERGIA CLÍNICA 
Alérgenos inaláveis: 
Os inalantes são antígenos em suspensão no ar. Ao penetrar na via aérea, frequentemente serão os responsáveis por 
causar asma, rinossinusite e conjutivites alérgicas 
São divididos conforme sua origem: 
 Vegetal: fungos, pólen, tabaco, algodão 
 Animal: ácaros, epitélio de animais, restos de insetos 
 Mista: poeira domiciliar  principal alérgeno (junta mofo + epitélio animal + acaro +...) 
 Química: formol, querosene 
 
Poeira domiciliar: 
Constituída de: 
 Ácaros 
 Insetos: fragmentos e fezes de diversos insetos 
 Animais: pelos e epitélio de cães, gatos e ratos 
 Fungos: Aspergillus fumigatus 
 Pólens: grama, arbustos, árvores 
Contém os antígenos que mais produzem sensibilidade alérgica no nosso meio 
Principal exposição: na cama 
Poeira de rua x poeira domiciliar 
 Poeira de rua: se você respira a poeira de rua e espirra, vai conter minérios, rocha, terra. É um irritante, mas não 
um alérgeno 
 
Ácaros: 
Principais responsáveis pelas RHS (reação de hipersensibilidade) na via aérea 
O alérgeno mais importante são suas fezes 
Reproduzem em locais com umidade adequada, temperatura entre 18 e 26°C, pouca luminosidade e que acumulam pó, 
incluindo colchões e travesseiros 
Se alimentam de descamações do epitélio humano (caspa) e de animais 
Os ácaros mais importantes no nosso meio são: 
 Dermatophagoides pteronyssinus 
 D. farine 
Isadora Nunes Delaia – MED 101 
 Blomia tropicalis 
 
Animais e insetos: 
A descamação epidérmica é mais alergizante do que o pelo 
Ser alérgico a cão não significa ser alérgico a gato e vice-versa 
Os gatos geralmente produzem sintomas mais importantes 
Existem alérgenos também na saliva e na urina 
A barata doméstica é um importante aeroalérgeno, em ambientes urbanos de menor poder aquisitivo 
 
Alérgenos alimentares: 
Maioria cursa com sintomas do TGI, mas podem cursar com sintomas cutâneos e respiratórios 
Podem cursar com anafilaxia 
A alergia pode ser devida a algum aditivo: conservantes, inseticidas, corantes etc 
 
Leite de vaca: 
As proteínas são os principais sensibilizantes: 
 80% - Caseínas 
 20% - Proteínas do soro 
- Betalactoglobulina – não presente no leite humano 
- Alfalactoalbumina 
- Soroalbumina 
- Imunoglobulina 
Queijo brando – feito com soro (ex. requeijão) – pode substituir o leite pelo de cabra 
Queijo duro – feito principalmente com o coalho (caseínas) – geralmente faz reação cruzada com qualquer leite de 
mamífero 
 
Ovo: 
A sensibilidade ao ovo pode ser somente à clara crua 
 Mais raramente – clara cozida e gema 
Alergia ao ovo é mais comum em < 2 anos – tende a desaparecer na idade adulta 
Principais alérgenos – ovoalbumina e ovomucóide 
Obs: geralmente a gema se encontra contaminada com as proteínas da clara 
 
Isadora Nunes Delaia – MED 101 
Crustáceos: 
Alimentos que mais comumente causam RHS imediata em adultos 
Crustáceos comestíveis – camarão, caranguejo e lagosta – geralmente, há reação cruzada 
Princiapis manifestações – urticária, angioedema e reações anafiláticas 
 
Métodos diagnósticos em alergia: 
Avaliação clínica 
 Sinais e sintomas a certas exposições 
 Caráter paroxístico – em crises 
 Uso de medicamentos 
 Hábitos de vida – fuma? Pratica esporte? 
 Ambiente domiciliar e de trabalho 
Provas imunológicas cutâneas: 
Existem 3 técnicas usuais: 
 Teste de puntura (Prick test) 
 Teste intradérmico 
 Teste de contato (patch test) 
 
Prick test 
Uma gota da substância antigênica é aplicada sobre a pele e trespassada por um instrumento perfurante rompendo a 
epiderme, permitindo a entrada da substância na epiderme 
Não pode sangrar 
Resultado em 15-20 min 
Reação tipo urticariana com formação de pápulas – o tamanho é comparado com o controle (sem antígeno) 
A intensidade da resposta ao teste não corresponde com a intensidade dos sintomas clínicos  ser muito reativo significa 
que é alérgico, mas não significa que vai ter muitos sintomas 
Medicamentos que devem ser descontinuados para realização do teste 
 Anti-histamínico 
- De 1ª geração – 2 a 3 dias antes 
- De 2ª geração – 7 dias antes 
 Corticosteroides – podem ser mantidos em doses baixas (até 10-15 mg/dia) 
São considerados o exame de escolha para doenças alérgicas mediadas por IgE 
Isadora Nunes Delaia – MED 101 
 
Outros métodos de diagnóstico em alergia: 
Dosagem de IgE sérica total 
Não existe um valor exato que diferencia os alérgicos dos não alérgicos 
 Estudos sugerem valor > 100 UI/ml – margem de erro de 20% 
Não se pode afirmar que existia uma relação direta entre IgE total e as manifestações clínicas da alergia 
 
Dosagem de IgE sérica específica (RAST) 
O resultado depende da correlação clínica para o diagnóstico 
Relacionado com o alérgeno especifico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Isadora Nunes Delaia – MED 101 
 
RINITE ALÉRGICA 
Definição geral: 
Rinite é a inflamação mucosa de revestimento nasal, sendo caracterizada por alguns dos seguintes sintomas nasais 
 Obstrução nasal 
 Rinorréia anterior e/ou posterior 
 Espirros 
 Prurido nasal 
 Hiposmia 
 
Mucosa nasal: 
Epitélio colunas pseudo-estratificado ciliado, com células caliciformes e glândulas serosas, mucosa e seromucosa 
Células olfatórias no teto da cavidade 
Captação de partículas inspiratórias – filtrar o ar 
Aquecimento e umidificação do ar 
Aquecimento e umidificação do ar 
Primeira barreia imunológica 
 
Rinites: 
Rinite alérgica – forma mais comum, induzida por inalação de alérgeno em indivíduos sensibilizados, e mediada por IgE 
Rinites infecciosas – agudas, autolimitadas, causadas por vírus, e menos frequente por bactérias 
Rinite não alérgica não infecciosa – grupo heterogêneo (irritativa, gustativa, do idoso, da gestante...) 
Rinite mista – expressão significante em pacientes com rinite crônica, com mais de um agente etiológico 
 
Isadora Nunes Delaia – MED 101 
Rinite e faixa etária: 
 
Classificação da rinite alérgica – ARIA: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Impacto na qualidade de vida: 
Limitação para exercícios / atividade habituais 
Dificuldade de concentração 
Comprometimento do sono 
Limitação da interação social 
Perda de produtividade na escola / trabalho 
Gasto com controle ambiental / medicamentos 
Intermitente 
< 4 dias por semana 
Ou < 4 semanas 
Persistente 
> ou = 4 dias por semana 
E > ou = 4 semanas 
Ou < 4 semanas 
Leve 
Nenhum dos itens abaixo 
 Perturbação do sono 
 Interferência nas 
atividades diárias, 
esportivas e no lazer 
 Interferência na 
escola ou no trabalho 
Moderado/grave 
Um ou mais dos itens abaixo 
 Perturbação do sono 
 Interferência nas 
atividades diárias, 
esportivas e no lazer 
 Interferência na 
escola ou no trabalho 
Isadora Nunes Delaia – MED 101 
 
O alérgeno está em contato com o epitélio nasal. A célula dendritica vai captar esse alérgeno e mostrar para o linfócito T. O 
linfócito T helper ativa o linfócito B. O linfócito B libera IgE que é especifico para o alérgeno em questão. O IgE vai se ligar ao 
mastócito e vai fazer a degranulação. 
 
O mastócito degranulando, libera histamina, leucotrieno e prostaglandina. Isso causa os sintomas. A histamina é um 
mediador imediato, sendo responsável pelos primeiros sintomas 
Sintomas de rinite alérgica: 
Principais 
 Espirros 
 Prurido nasal/ocular (rinoconjutive) 
 Coriza hialina 
 Obstrução nasal 
Outros 
 Descarga nasal posterior, tosse 
 Dor / irritação na garganta 
 Prurido no palato, faringo-traqueal auditivo 
 Halitose 
 Hipernasalidade 
 Baixo rendimento escolar, problemas comportamentais 
 Baixo rendimento laborativo 
 
Isadora Nunes Delaia – MED 101 
Exame físico: 
 
Saudação do alérgico (prega em dorso nasal) Dupla prega palpebral (linhas de DennieMorgan) Olheira alérgica 
 
 Conjuntivite alérgica; hiperemia de asas nasais Hipertrofia de cornetos nasais 
Comorbidades: 
As principais comorbidades associadas a rinite alérgica são: 
 Asma – o asmático geralmente é rinitico 
 Conjuntivite alérgica 
 Rinossinusite aguda/crônica 
 Otite média com efusão 
 Alterações do desenvolvimento craniofacial das crianças respiratórias bucais – palato ogival, face alongada 
 Apnéia e hipopnéia obstrutiva do sono, tanto em crianças como em adultos 
 
Diagnóstico: 
O diagnóstico de rinite é essencialmente clínico 
É preciso avaliar o tempo de evolução da rinite, seus sintomas e os de outras atopias 
História familiar e as características dos ambientes de habitação e trabalho 
O diagnóstico é baseado na fusão entre a história clínica e os testes diagnósticos 
Os testes diagnósticos são baseados na demonstração da presença de IgE específica para antígenos inalatórios da pele 
(prick test) ou no sangue (IgE específica, como o RAST 
O diagnóstico de IgE total não auxilia no diagnóstico de rinite alérgica 
 
 
 
 
 
 
Isadora Nunes Delaia – MED 101 
Tratamento: 
 
O soro fisiológico para lavar o nariz é sempre indicado 
A Cromona nasal basicamente evita que o mastócito desgranule – pouco usado 
O corticoide nasal + anti histamínico são padrão ouro no tratamento 
O uso de Anti-leucotrieno ainda não está bem estabelecido quando deve ser usado, mas o professor usa para evitar a 
cronicidade da doença 
Controle ambiental: 
 Forrar colchoes e travesseiros com capas impermeáveis 
 Lavar roupas de cama com água quente (> 55°C) uma vez por semana 
 Remoção de carpetes e moveis estofados do dormitório 
 Uso de aspirador de pó com filtro especial 
 Melhorar o sistema de ventilação da casa 
 Limpar regularmente os aparelhos de ar condicionado 
 Remoção do animal, ou restrição do seu acesso ao quarto + higiene 
 Limpeza e dedetização do ambiente 
 
As cruzes representam o quanto melhora, sendo 3 + o maior 
Imunoterapia: 
Principais objetivos: 
 Em curto prazo – reduzir a resposta imediata aos alérgenos 
 Em longo prazo – reduzir a inflamação crônica e a progressão para doença 
Isadora Nunes Delaia – MED 101 
 Tratamento longo e persistente 
 Única estratégica terapêutica capaz de modificar o curso da doença alérgica, tanto ao prevenir novas 
sensibilizações, quanto alterando a história natural da doença atópica 
 Estudo controlados comprovaram na sua eficácia na alergia respiratória para 
 Estudos controlados comprovam sua eficácia na alergia respiratória para: 
- Ácaro 
- Pólens 
- Fungos 
- Alérgenos de gato 
Caso clinico 1: 
Criança, 8 anos, apresentando quadro de congestão nasal há 4 dias, associado a secreção nasal clara, espirros em salvas, 
mal-estar, tosse e diminuição do apetite. Mae relata que a criança estava quente, porém não aferiu a temperatura. Fez uso 
todos estes dias de Alllegra, sem melhoras. 
HPP – asma brônquica diagnóstica aos 3 anos 
H familiar – pai tabagista. Mãe com rinite alérgica 
 
Hipótese diagnóstica: Resfriado comum 
 
Caso clínico 2: 
Homem, 27 anos, relata que não aguenta mais “viver com nariz entupido”. Apresenta prurido ocular e nasal diariamente, 
tosse noturna, espirros e roncos. Tem dormido muito mal, e acaba fazendo uso de descongestionante nasal para conseguir 
dormir. Já fez alguns tratamentos clínicos ao longo dos anos, sem grandes melhoras satisfatórias. E agora, nem futebol que 
costumava jogar, ele consegue mais 
Qual a hipótese diagnóstica? Rinite alérgica 
Como confirmar este diagnóstico? História clínica 
Segundo o ARIA, qual a classificação da rinite do paciente? Persistente moderada/grave 
Quais alterações no exame físico podem encontrar deste paciente? Saudação do alérgico, dupla prega palpebral, secreção 
nasal, olheira alérgica 
Como você orientaria este paciente em relação ao tratamento sintomático? Controle ambiental, anti-histaminico, corticoide 
nasal 
Este paciente apresenta indicação para imunoterapia? sim

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