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Conteúdo:
SISTEMAS 
OPERACIONAIS
Andreo Costa
TRANSMISSÃO 
DE DADOS
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OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM 
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
• Diferenciar interfaces serial e paralela;
• Identificar os modos de transmissão;
• Comparar os tipos de transmissão síncrona e assíncrona.
INTRODUÇÃO
O processo de transmissão existe independentemente dos sistemas de 
processamento de dados, ou seja, este processo está inserido em nossas 
tarefas habituais. No simples diálogo entre duas pessoas, através de um 
aparelho telefônico, estamos consolidando este processo.
COMUNICAÇÃO SERIAL
O Serial é um protocolo muito utilizado para comunicação de dispositivos que 
vem como padrão em quase todos os computadores. A maioria dos desktops 
possuem duas portas seriais baseadas em RS-232, macho e fêmea. Alguns 
notebooks, quando possuem tal portam, tem apenas a porta fêmea. Tais 
saídas estão ilustradas na figura abaixo:
Figura 1: Conector Serial Fêmea e Macho
DB9 FÊMEA DB9 MACHO
A figura 2, detalha a pinagem de um conector serial encontrada nos PC’s. É 
utilizada para muitos propósitos, entre eles, conectar uma impressora serial 
(impressão de cupons fiscais).
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Figura 2: Detalhamento dos Pinos
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SIGLA
DCD Carrier Detect 1
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RX Receive Data
TX Transmit Data
DTR Data TerminalReady
GND Ground
DSR Data Set Ready
RTS Request toSend
CTS Clear to Send
RI Ring Indicator
DESCRIÇÃO PINO
Sintetizando a Comunicação Serial, podemos afirmar que a transmissão e 
recepção dos dados por esta porta são feitos bit a bit, que caminham um 
após o outro por apenas uma via na linha de transmissão formando uma 
série de pulsos. Este tipo de transmissão é mais lenta que a Comunicação 
Paralela, que permite a transmissão de um byte inteiro por vez, porém ela é 
mais simples e pode ser usada em distâncias maiores. Por exemplo, a IEEE 
488 - especificações para comunicação paralela - diz que o cabeamento entre 
equipamentos não pode ter mais que 20 metros no total, com não mais que 
2 metros entre dois dispositivos. O Serial pode, no entanto, se estender até 
1200 metros. A menor velocidade e uma maior complexidade de interfaces é 
então a sua desvantagem. A transmissão e recepção de dados na comunicação 
via RS-232 é Full-Duplex, onde os dados podem ser enviados e recebidos ao 
mesmo tempo.
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Normalmente, a Serial é usada para transmitir dados ASCII (o Standard ASCII 
possui valores de 0 a 127 (7 bits), já o Extended ASCII usa de 0 a 255 (8 bits)). 
A comunicação é completada usando 3 linhas de transmissão: 
1 – Terra.
2 – Transmissão.
3 – Recepção.
Para duas portas de comunicação, estes parâmetros devem corresponder:
Taxa de Transmissão (Baud rate): uma medida de velocidade para comunicação. 
Isto indica o número de bits transmitidos por Segundo. Por exemplo, 100 
baud são 100 bits por segundo. Quando nos referimos a um ciclo de clock nós 
medimos a taxa de transmissão. Por exemplo, se o protocolo pedir uma taxa 
de transmissão de 2400, então o clock está rodando a 2400Hz. Isto significa 
que a porta serial está amostrando a linha de dados a 2400Hz.
Bits de Dados (Data bits): uma medida dos bits de dados atuais e uma 
transmissão. Quando o computador envia um pacote de informação, a 
quantidade de dados pode não ser um 8 bits completo. Os valores padrão 
para pacotes de dados são 5, 7, e 8 bits. A configuração você deve escolher 
depende de qual informação você está transferindo.
Bits de parada (Stop bits): usado para sinalizar o fim da comunicação para um 
único pacote. Os valores típicos são 1, 1.5, e 2 bits.
Paridade: uma forma simples de verificação de erro que é utilizada na 
comunicação serial. 
COMUNICAÇÃO PARALELA
A porta paralela, dotada de 25 pinos, é geralmente utilizada para a ligação 
de impressora com o padrão Centronics de comunicação e muito mais rápida 
em relação à comunicação serial, padrão este que não é tão usual nos dias 
atuais. Possui um conector Amphenol de 36 pinos do lado da impressora e 
um conector com 25 pinos, ligado na porta paralela.
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Na transmissão paralela são enviados vários bits ao mesmo tempo através 
de 8 vias separadas, transmitindo um byte completo de cada vez. Apesar de a 
comunicação paralela ser mais rápida, ela exige cabos com 25 vias no máximo 
8 metros, diferente da comunicação serial que utiliza cabos mais simples e 
permite maiores distâncias entre os equipamentos.
A figura abaixo mostra um exemplo da Porta Paralela.
Figura 3: Porta Paralela
Esta porta é a interface mais simples de um PC. Ela é geralmente utilizada para 
conectar impressoras, mas com o surgimento da porta paralela bidirecional 
(EPP/ECP), outros equipamentos puderam utilizá-la, tais como:
Scanners
ZIP drives (discos portáteis)
Gravadores de CDs
Adaptadores SCSI
Câmeras digitais
Tipos de porta paralela
SPP (standard parallel port) é o tipo original que permite somente comunicação 
unidirecional e lenta, projetando para as impressoras mais antigas. Sua velocidade 
é de aproximadamente 0,15 Mbps. É um modelo de transmissão Unidirecional.
EPP (enharced parallel port) utilizado em periféricos com conectores de 
passagem direta (pass through) que não são impressoras. Sua velocidade é 
de aproximadamente 3 Mbps. É um modelo de transmissão bidirecional.
ECP (enhanced capability port) é o melhor tipo de porta para impressoras do 
tipo paralelas. Sua velocidade é de aproximadamente 3 Mbps. É um modelo 
de transmissão bidirecional.
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Transmissão Síncrona
Uma transmissão é síncrona quando, no dispositivo receptor, é ativado um 
mecanismo de sincronização relativamente ao fluxo de dados proveniente 
do emissor. Este mecanismo de sincronização é um relógio (clock) interno 
no dispositivo de recepção, por exemplo, o modem, e determina de quantas 
em quantas unidades de tempo é que o fluxo de bits recebidos deve ser 
segmentado, de modo a que casa segmento assuma o mesmo tamanho e 
formato com que foi emitido.
Consiste na transmissão de forma contínua da mensagem dividida em blocos 
de dados de tamanho fixo enviados de uma só vez. O sincronismo é sempre 
estabelecido por dois octetos (dois bytes), no início da transmissão de um 
bloco. Características: Permite altas velocidades de transmissão. Eficiente, 
pois dispensa elementos de início e fim entre octetos. Não há pausa de 
transmissão entre octetos.
Transmissão Assíncrona
Uma transmissão assíncrona quando não é estabelecido, no receptor, 
nenhum mecanismo de sincronização relativamente ao emissor e, portanto, 
as seqüências de bits emitidos têm de conter em si uma indicação de inicio 
e do fim de cada agrupamento. Neste caso, o intervalo de tempo entre cada 
agrupamento de bits transmitidos pode variar constantemente pois não há 
mecanismo que imponha sincronismo. A leitura dos dados terá de ser feita 
pelo receptor com base unicamente nas próprias seqüências dos bits recebidos.
Consiste na transmissão onde o sincronismo entre as estações é mantido 
durante o tempo necessário para a envio de apenas um octeto (1 byte), ou 
seja, para transmitir cada octeto é necessário restabelecer o sincronismo, que 
é realizado através do uso de bit de “Start” no início e “Stop” no final do octeto.
TRANSMISSÕES SIMPLEX, HALF-DUPLEX E FULL-DUPLEX
Quanto ao sentidos em que a informação pode ser transmitida através de um 
canal entre emissores e receptores, as transmissões de dados podem ser de 
3 tipos: Semplex, Half-Duples e Full-Duplex
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Simplex
Neste caso, as transmissões podem ser feitas apenas num só sentido, temos 
um dispositivo Transmissor e outro dispositivo Receptor, sendo que este papel 
não se inverte no período de transmissão. É o que se passa, por exemplo, 
numa emissão de rádio ou televisão analógica, em redes de computadores, 
normalmente, as transmissões não são desse tipo.
(Exemplo: rádios AM e FM);
Fonte: Shutterstock
Half-Duplex
Nesta modalidade, uma transmissão pode ser feita nos dois sentidos, mas 
alternadamente, isto é, ora numsentido ora no outro, e não nos dois sentidos 
ao mesmo tempo. Este tipo de transmissão é bem exemplificado pelas 
comunicações entre computadores (quando um transmite o outro escuta e 
reciprocamente), é o que ocorre em muitas situações na comunicação entre 
computadores. 
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Durante uma transmissão half-duplex, em determinado instante um 
dispositivo A será transmissor e o outro B será receptor, em outro instante 
os papéis podem se inverter. Por exemplo, o dispositivo A poderia transmitir 
dados que B receberia; em seguida, o sentido da trasmissão seria invertido e 
B transmitiria para A a informação se os dados foram corretamente recebidos 
ou se foram detectados erros de transmissão. A operação de troca de sentido 
de transmissão entre os dispositivos é chamada de turn-around e o tempo 
necessário para os dispositivos chavearem entre as funções de transmissor e 
receptor é chamado de turn-around time.
(Exemplo: Radio comunicador)
Fonte: Shutterstock
Full-Duplex
Uma comunicação é dita full duplex (também chamada apenas duplex) 
quando temos um dispositivo Transmissor e outro Receptor, sendo que os 
dois podem transmitir dados simultaneamente em ambos os sentidos (a 
transmissão é bidirecional). Poderíamos entender uma linha full-duplex como 
funcionalmente equivalente a duas linhas simplex, uma em cada direção. 
Como as transmissões podem ser simultâneas em ambos os sentidos e não 
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existe perda de tempo com turn-around (operação de troca de sentido de 
transmissão entre os dispositivos), uma linha full-duplex pode transmitir mais 
informações por unidade de tempo que uma linha half-duplex, considerando-
se a mesma taxa de transmissão de dados.
(Exemplo: telefone)
Fonte: Shutterstock 
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REFERÊNCIAS
ALVES, Fabiano. Entenda o funcionamento da porta paralela. [2013] Disponível em: 
<http://www.guiadatecnologia.com/2013/03/entenda-o-funcionamento-da-porta-
paralela.html> Acesso em 14/03/2017
ALVES, Fabiano. Entenda o funcionamento da porta serial. [2013] Disponível em: 
<http://www.guiadatecnologia.com/2012/07/hardware-como-funciona-uma-porta-
serial-rs-232.html> Acesso em 14/03/2017
TANEMBAUM, Andrew S.; WOODHULL, Albert S. Sistemas Operacionais: Projetos e 
Implementação - O Livro do Minix 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2008.
OLIVEIRA, Rômulo Silva de; CARISSIMO, Alexandre da Silva; TOSCANI, Simão Sirineo . 
Sistemas operacionais – 4. ed. – Dados eletrônicos – Porto Alegre : Bookman, 2010.
http://www.guiadatecnologia.com/2013/03/entenda-o-funcionamento-da-porta-
http://www.guiadatecnologia.com/2012/07/hardware-como-funciona-uma-porta-
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