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Apostila Ento_0104

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1 
 
Área 01, Aula 04 
Morfologia Externa de Insetos 
 
 
1ª Edição 
Junho de 2018 
CONASEMS - Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde 
ProEpi - Associação Brasileira de Profissionais de Epidemiologia de Campo 
 
 
 
Copyright © 2018, Associação Brasileira de Profissionais de Epidemiologia de 
Campo. 
Todos os direitos reservados. 
A cópia total ou parcial, sem autorização expressa do(s) autor(es) ou com o 
intuito de lucro, constitui crime contra a propriedade intelectual, conforme 
estipulado na Lei nº 9.610/1998 (Lei de Direitos Autorais), com sanções previstas 
no Código Penal, artigo 184, parágrafos 1° ao 3°, sem prejuízo das sanções 
cabíveis à espécie. 
 
 
 
 
Expediente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de 
Saúde - CONASEMS 
Quadro Geral da Organização 
DIRETORIA EXECUTIVA 
Presidente – Mauro Guimarães Junqueira 
Vice-Presidente – Charles Cezar Tocantins 
Vice-Presidente – Wilames Freire Bezerra 
Diretora Administrativo – Cristiane Martins Pantaleão 
Diretora administrativo- Adjunto- Silva Regina Cremonez Sirena 
Diretor Financeiro – Hisham Mohamad Hamida 
Diretora Financeiro-Adjunto – Iolete Soares de Arruda 
Diretor de Comunicação Social – Diego Espindola de Ávila 
Diretora de Comunicação Social–Adjunto – Maria Célia Valladares Vasconcelos 
Diretora de Descentralização e Regionalização – Stela dos Santos Souza 
Diretora de Descentralização e Regionalização–Adjunto – Soraya Galdino de Araújo Lucena 
Diretor de Relações Institucionais e Parlamentares – Carmino Antônio de Souza 
Diretor de Relações Institucionais e Parlamentares- Adjunto- Erno Harzheim 
Diretor de Municípios de Pequeno Porte - Murilo Porto de Andrade 
Diretora de Municípios de Pequeno Porte–Adjunto – Débora Costa dos Santos 
Diretor de Municípios com Populações Ribeirinhas e em Situação de Vulnerabilidade – 
Vanio Rodrigues de Souza 
Diretor de Municípios com Populações Ribeirinhas e em Situação de Vulnerabilidade – 
Adjunto – Afonso Emerick Dutra 
2º Vice-Presidente Regional - Região Centro Oeste – André Luiz Dias Mattos 
1º Vice-Presidente Regional - Região Nordeste – Normanda da Silva Santiago 
2º Vice-Presidente Regional - Região Nordeste – Orlando Jorge Pereira de Andrade de Lima 
1º Vice-Presidente Regional - Região Norte – Januário Carneiro Neto 
1º Vice-Presidente Regional - Região Sudeste – Luiz Carlos Reblin 
2º Vice-Presidente Regional - Região Sudeste – Geovani Ferreira Guimarães 
2° Vice-Presidente Regional – Região Sul - Rubens Griep 
Conselho Fiscal 1º Membro – Região Norte – Oteniel Almeida dos Santos 
 
 
 
Conselho Fiscal 1º Membro – Região Nordeste – Leopoldina Cipriano Feitosa 
Conselho Fiscal 2º Membro – Região Nordeste - Angela Maria Lira de Jesus Garrote 
Conselho Fiscal 1º Membro - Região Centro-Oeste –Aparecida Clestiane de Costa Souza 
Conselho Fiscal 2º Membro - Região Centro-Oeste–Maria Angélica Benetasso 
Conselho Fiscal 1º Membro - Região Sudeste - José Carlos Canciglieri 
Conselho Fiscal 2° Membro – Região Sudeste - Tereza Cristina Abrahão Fernandes 
Conselho Fiscal 1º Membro - Região Sul - João Carlos Strassacapa 
Conselho Fiscal 2º Membro – Região Sul- Sidnei Bellé 
Representantes no Conselho Nacional de Saúde – Arilson da Silva Cardoso e José Eri Borges 
de Medeiros 
RELAÇÃO NACIONAL DOS COSEMS 
COSEMS - AC - Tel: (68) 3212-4123 
Daniel Herculano da Silva Filho 
COSEMS - AL - Tel: (82) 3326-5859 
Izabelle Monteiro Alcântara Pereira 
COSEMS - AM - Tel: (92) 3643-6338 / 6300 
Januário Carneiro da Cunha Neto 
COSEMS - AP - Tel: (96) 3271-1390 
Maria de Jesus Sousa Caldas 
COSEMS - BA - Tel: (71) 3115-5915 / 3115-5946 
Stela Santos Souza 
COSEMS - CE - Tel: (85) 3101-5444 / 3219-9099 
Josete Malheiros Tavares 
COSEMS - ES - Tel: (27) 3026-2287 
Andréia Passamani Barbosa Corteletti 
COSEMS - GO - Tel: (62) 3201-3412 
Gercilene Ferreira 
COSEMS - MA - Tel: (98) 3256-1543 / 3236-6985 
Domingos Vinicius de Araújo Santos 
COSEMS - MG - Tels: (31) 3287-3220 / 5815 
 
 
 
Eduardo Luiz da Silva 
COSEMS - MS - Tel: (67) 3312-1110 / 1108 
Wilson Braga 
COSEMS - MT - Tel: (65) 3644-2406 
Silvia Regina Cremonez Sirena 
COSEMS - PA - Tel: (091) 3223-0271 / 3224-2333 
Charles César Tocantins de Souza 
COSEMS - PB - Tel: (83) 3218-7366 
Soraya Galdino de Araújo Lucena 
COSEMS - PE - Tel: (81) 3221-5162 / 3181-6256 
Orlando Jorge Pereira de Andrade Lima 
COSEMS - PI - Tel: (86) 3211-0511 
Leopoldina Cipriano Feitosa 
COSEMS - PR - Tel: (44) 3330-4417 
Cristiane Martins Pantaleão 
COSEMS - RJ - Tel: (21) 2240-3763 
Maria da Conceição de Souza Rocha 
COSEMS - RN - Tel: (84) 3222-8996 
Débora Costa dos Santos 
COSEMS - RO - Tel: (69) 3216-5371 
Afonso Emerick Dutra 
COSEMS - RR - Tel: (95) 3623-0817 
Helenilson José Soares 
COSEMS - RS - Tel: (51) 3231-3833 
Diego Espíndola de Ávila 
COSEMS - SC - Tel: (48) 3221-2385 / 3221-2242 
Sidnei Belle 
COSEMS - SE - Tel: (79) 3214-6277 / 3346-1960 
Enock Luiz Ribeiro 
COSEMS - SP - Tel: (11) 3066-8259 / 8146 
 
 
 
Carmino Antonio de Souza 
COSEMS - TO - Tel: (63) 3218-1782 
Vânio Rodrigues de Souza 
Equipes do Projeto 
EQUIPE TÉCNICA 
Alessandro Aldrin Pinheiro Chagas 
Elton da Silva Chaves 
José Fernando Casquel Monti 
Kandice de Melo Falcão 
Márcia Cristina Marques Pinheiro 
Marema de Deus Patrício 
Nilo Bretas Júnior 
EQUIPE TÉCNICO-OPERACIONAL 
Alessandro Aldrin Pinheiro Chagas 
Catarina Batista da Silva Moreira 
Cristiane Martins Pantaleão 
Fábio Ferreira Mazza 
Hisham Mohamad Hamida 
Jônatas David Gonçalves Lima 
José Fernando Casquel Monti 
Joselisses Abel Ferreira 
Kandice de Melo Falcão 
Luiz Filipe Barcelos 
Murilo Porto de Andrade 
Nilo Bretas Júnior 
Sandro Haruyuki Terabe 
Wilames Freire Bezerra 
 
 
 
 
Sobre o CONASEMS 
 
Fazendo jus ao tamanho e à diversidade do Brasil, o Conselho Nacional de 
Secretarias Municipais de Saúde representa a heterogeneidade dos milhares de 
municípios brasileiros. 
Historicamente comprometido com a descentralização da gestão pública de 
saúde, o CONASEMS defende o protagonismo dos municípios no debate e 
formulação de políticas públicas e contribui para o aumento da eficiência, o 
intercâmbio de informações e a cooperação entre os sistemas de saúde do país. 
Conheça nossas três décadas de atuação acessando www.conasems.org.br. 
 
 
 
 
Equipe Técnica da Associação Brasileira de Profissionais de 
Epidemiologia de Campo - ProEpi 
 
Supervisão 
Érika Valeska Rossetto 
Coordenação 
Sara Ferraz 
Coordenação Pedagógica 
Hirla Arruda 
Gestão Pedagógica e de Tecnologia da Informação 
Renato Lima 
Conteudista 
Rodrigo Gurgel 
Apoio Técnico ao Núcleo Pedagógico 
Danielly Xavier 
Revisão 
Carlois Campelo 
Rafaella Albuquerque 
Sara Ferraz 
Veruska Maia 
Ilustração 
Guilherme Duarte 
Mauricio Maciel 
Diagramação 
Mauricio Maciel 
Design Instrucional 
Guilherme Duarte 
Colaboradores 
Fernanda Bruzadelli 
 
Faculdade de Ciências da Saúde – Universidade de Brasília 
Supervisão 
Jonas Brant 
 
 
 
 
Sobre a ProEpi 
 
Fundada em 2014, a Associação Brasileira de Profissionais de 
Epidemiologia de Campo une pessoas comprometidas com a saúde pública e 
estimula a troca de ideias e o aperfeiçoamento profissional entre elas. Ofertando 
dezenas de horas de conteúdo profissionalizante em nossa plataforma de ensino 
a distância, curadoria de notícias, treinamentos presenciais e a mediação de 
oportunidades de trabalho nacionais e internacionais, a ProEpi busca contribuir 
para o aprimoramento da saúde pública no Brasil e no mundo. 
Apenas nos últimos dois anos, 5 materiais de ensino a distância já 
alcançaram mais de 3.000 pessoas pelo Brasil e países parceiros, como 
Moçambique, Paraguai e Chile, e mais de 30 treinamentos levaram os temas 
mais relevantes para profissionais de saúde pública, como comunicação de risco 
e investigação de surtos. Além do público capacitado com nossos conteúdoseducacionais, unimos 10.000 seguidores no Facebook e impactamos 
semanalmente cerca de 30.000 com nossa curadoria de notícias. 
A ProEpi também atua na resposta a emergências de saúde pública ao 
redor do mundo. Foram mais de duas dezenas de profissionais de saúde 
enviados para missões em Angola, Bangladesh e África do Sul que contribuíram 
para o bem-estar da população local e vivenciaram experiências de trabalho 
transformadoras. 
Você pode fazer parte dessa evolução ao tornar-se membro de nossa rede: 
converse conosco escrevendo para contato@proepi.org.br. 
 
 
 
 
Sobre a ferramenta EAD autoinstrutiva em Entomologia 
Aplicada à Saúde Pública 
 
Os insetos são os animais mais bem-sucedidos do planeta e encontram 
no Brasil condições muito favoráveis para sua multiplicação. Em nosso clima 
quente e, em geral, úmido, eles encontram as circunstâncias ideias para 
sobreviver, se reproduzir e transmitir doenças. Como consequência, são motivo 
de preocupações cada vez maiores por parte da população e dos profissionais 
de saúde de todo o país. 
Pensando em preparar estes profissionais para os desafios do 
enfrentamento das doenças transmitidas pelos insetos - em especial por Aedes 
aegypti - o CONASEMS desenvolveu em parceria com a ProEpi, via TRPJ nº 
0125/2017, a ferramenta EAD autoinstrutiva em Entomologia Aplicada à Saúde 
Pública. 
Neste material, serão apresentados conceitos fundamentais para a 
identificação das espécies de maior importância médica, informações sobre seu 
comportamento, ciclo de vida e as doenças transmitidas por elas. Temas como 
a importância da Vigilância Epidemiológica, os métodos de captura, transporte e 
armazenamento de insetos e os indicadores entomológicos para as principais 
espécies também serão abordados. Por fim, temas de aplicação prática como os 
métodos de controle vetorial, o manejo integrado de vetores e os conceitos de 
segurança no trabalho serão discutidos. 
As aulas estão cheias de convites para que o profissional reflita sobre sua 
realidade local e interaja com seus colegas, além de exercícios que destacam e 
promovem a fixação dos conceitos mais fundamentais de cada tema. O objetivo 
é que o profissional se sinta preparado para aplicar em seu município as técnicas 
aprendidas aqui. 
Sucesso! 
 
 
 
Sumário 
Aula 4 - Morfologia Externa de Insetos ............................................................ 12 
1 - Tegumento .............................................................................................. 14 
1.1 - Cabeça .............................................................................................. 19 
1.1.2 - Suturas e áreas da cabeça ......................................................... 19 
1.1.3 - Apêndices móveis da cabeça ..................................................... 22 
1.2 - Tórax ................................................................................................. 31 
1.2.1 - Apêndices torácicos ................................................................... 32 
1.3 - Abdome ............................................................................................. 36 
Vamos relembrar? ........................................................................................ 39 
 
12 
 
Aula 4 - Morfologia Externa de Insetos 
Olá, agora que já conhece o conceito de Entomologia, 
suas subáreas e as principais características dos 
insetos. 
Vamos aprender os aspectos morfológicos externos de 
um inseto. Ao final desta aula você será capaz de: 
• Conhecer o que é morfologia e entender como 
ela se aplica aos insetos; 
• Identificar todas as partes externas de um 
inseto; 
 
Vamos compreender o que é morfologia. 
A palavra morfologia tem sua origem do grego “morpho”, que significa forma e 
“logos” estudo. Na Biologia, a morfologia estuda a formação dos seres e seu 
desenvolvimento, ou seja, as estruturas que compõem o organismo ou parte dele. 
Saber disso é fundamental para a identificação e classificação das espécies. 
Isso significa que você verá quais são as partes de um inseto, suas formas, 
diferenças e semelhanças. 
A palavra “inseto” vem da palavra latina intersectum que significa “entrecortado”, 
representa a divisão do inseto em partes, como se estivesse cortado. 
Fonte: Própria, 2018 
 
13 
 
Essa divisão começa ainda na fase 
embrionária do inseto. 
Anteriormente, você aprendeu o que é 
o exoesqueleto. Viu que ele é 
fundamental para os insetos, pois dá 
sustentação, resistência e proteção. 
Agora, você conhecerá a formação e 
as partes do corpo dos insetos. 
Você sabe como é composto o corpo de um inseto? 
Agora, você conhecerá a formação e as partes do corpo dos insetos. 
Corpo do inseto é dividido em segmentos e apresenta simetria bilateral. 
Mas o que é simetria bilateral? 
Simetria bilateral significa que os dois lados do corpo do inseto são iguais. 
Fonte: Própria, 2018 
Fonte: Arnstein Staverløkk, 2017 (Licença CC3) 
 
14 
 
1 - Tegumento 
O tegumento, também 
conhecido como tecido 
tegumentar, é responsável 
por revestir o exterior e 
cobrir toda a superfície 
corpórea do inseto 
constituindo o exoesqueleto. Ele fornece proteção externa ao animal, impedindo 
a perda da umidade, proporciona a sustentação muscular e a percepção do 
ambiente, a partir das sensilas. É o tecido que forma algumas dobras internas 
no corpo, representando as inserções dos músculos, o chamado endoesqueleto. 
O tegumento dos insetos tem função similar à pele nos seres humanos, ficando 
exposto ao ambiente. 
Como o tecido tegumentar do insetos é formado? 
O tecido tegumentar é formado por três camadas: 
• Membrana basal: Uma camada de polissacarídeos secretada por 
hemócitos, células com função de separar a epiderme da hemocele 
(cavidade por onde flui a linfa), pode ser descrita como a base sobre a 
qual as outras camadas se apoiam. 
Fonte: Desconhecida 
Fonte: Desconhecida 
 
15 
 
• Epiderme: É a camada responsável pela formação da cutícula. A 
epiderme é composta por células justapostas de vários tipos epiteliais (de 
formato poligonar) e especializadas (glândulas dérmicas, enócitos e 
tricógenos), sendo que os tricógenos são as células responsáveis pelo 
senso táctil nos insetos. 
• Cutícula: Composta por três camadas distintas acelulares, a epicutícula 
(não quitinosa), exocutícula (a mais quitinizada de todas) e a endocutícula 
(quitinosa), trocada no processo de muda. Sua principal função é evitar a 
perda de água pelo tegumento.Devemos lembrar que o endurecimento do 
tegumento dos insetos é devido à associação de esclerotina com a 
quitina, sendo reguladas por diversos hormônios, como o hormônio juvenil 
(neotenina). 
Devemos lembrar que o endurecimento do tegumento dos insetos é devido à 
associação de esclerotina com a quitina, sendo reguladas por diversos 
hormônios, como o hormônio juvenil (neotenina). A estimulação da síntese do 
hormônio juvenil varia de espécie para espécie, podendo ser influenciada por 
fatores sazonais como temperatura e fotoperíodo. Este hormônio age sobre a 
epiderme fazendo com que a nova cutícula permaneça características juvenis. 
Neste sentido, fica claro que em todos os estágios em que o hormônio juvenil 
está presente ocorre apenas o crescimento do animal. 
O crescimento dos insetos está relacionado à substituição do revestimento da 
cutícula. Essa troca é regulada por processos hormonais que configuram a 
ecdise, que é a troca do exoesqueleto. 
A quantidade de ecdises pode variar de acordo com a espécie de inseto. 
Mas como ocorre o mecanismo de ecdise? 
Antes de iniciar o processo de ecdise, ocorre a separação entre a cutícula velha 
e a epiderme do inseto. Posteriormente há a produção de um novo exoesqueleto. 
Após a formação do novo exoesqueleto, ocorre a digestão e absorção da antiga 
endocutícula (sem alterar a forma da exocutícula e da epicutícula) as quais irão 
originar a exúvia do animal.Dessa forma, a epiderme produz uma nova 
 
16 
 
procutícula e ocorre o rompimento do tegumento, havendo a expansão do novo 
tegumento seguido de pigmentação e esclerotinização. 
O tegumento é o tecido de revestimento externo do corpo que constitui o 
exoesqueleto. Ele fornece proteção externa ao animal e é formado por três 
camadas: membrana basal, epiderme e cutícula. De acordo com o texto. Marque a 
alternativa correta. 
O endurecimento da cutícula ocorre pela associação da esclerotina com a quitina, 
sendo regulada pela ação de hormônios como o: 
a. ( ) Hormônio juvenil 
b. ( ) Hormônio senil 
c. ( ) Hormônio de desenvolvimento 
d. ( ) Hormônio da idade 
Aprendemos que o exoesqueleto dos insetos é uma cutícula formada por duas 
camadas: procutícula, composta por proteínas e quitina, e epicutícula, composta 
de proteínas e lipídios. 
A quitina é uma substância importante, pois dá rigidez ao exoesqueleto, e forma 
placas que nomeamos de escleritos. A união dos escleritos forma o que 
chamamos de tegumento. 
Lembrando que o tegumento é o tecido que reveste o corpo do inseto 
constituindo o exoesqueleto e tem a função de proteger o animal. 
Fonte: Sally_Monster, 2015 (Licença CC3) 
 
17 
 
Depois, os escleritos se unem para formar as porções do corpo que possuem as 
partes orgânicas do corpo do inseto: os metâmeros. 
O corpo dos insetos é metamerizado. Isso significa que ele é dividido em 
metâmeros. Inicialmente, a larva é dividida em segmentos, que mais tarde se 
transformarão em metâmeros. O metâmero é cada um dos segmentos do corpo do 
inseto que se unirão formando o tagma. Tagma é a união dos metâmeros que 
formam as partes do corpo do inseto. 
O corpo do inseto é formado por 3 tagmas, que são: 
• Cabeça: Onde se localizam os órgãos dos sentidos, os órgãos de ingestão 
de alimentos e o sistema nervoso central; 
• Tórax: Possui a função do movimento, além da inserção das pernas e das 
asas; 
• Abdome: Onde se processam a digestão e absorção de alimentos, a 
excreção e as funções reprodutoras. 
 
Fonte: Bruce Marlin, 2006 (Licença CC2.5) 
 
18 
 
Você já pensou em como as características dos insetos podem auxiliar no seu 
trabalho? A partir do conhecimento de hábitos e comportamentos como podemos 
controlar os insetos? 
O conhecimento sobre as características do inseto é muito importante no trabalho 
da vigilância, pois permite identificá-los e traçar estratégias de controle de vetores 
a partir do comportamento das espécies identificadas, as quais podem apresentar 
diferente importância em saúde pública. Conhecer a morfologia dos insetos será útil 
para compreender as ações que permitem a quebra do ciclo de transmissão dos 
patógenos. 
Adiante, nos próximos módulos, será abordado com maior ênfase o trabalho da 
vigilância. Por isso, persista! 
Essa é uma parte teórica fundamental para o seu desempenho neste curso. 
Agora que você adquiriu a noção geral de morfologia, vamos detalhar as partes do 
corpo do inseto. 
 
 
19 
 
1.1 - Cabeça 
Formada pela junção de 5 a 6 segmentos primitivos (tagmas) que formam uma 
cápsula externa, geralmente globosa. Na cabeça estão: o cérebro (órgão de 
coordenação nervosa e memória), os principais órgãos dos sentidos (antenas, 
olhos compostos e ocelos) e os órgãos para ingestão de alimentos (mandíbulas 
e maxilas). As antenas e as peças bucais são consideradas apêndices móveis, 
enquanto que os olhos compostos e ocelos são fixos. 
A cabeça apresenta suturas e áreas intersuturais. Estas suturas apresentam-se 
na forma de sulcos localizados na superfície externa da cabeça. 
1.1.2 - Suturas e áreas da cabeça 
Agora, você conhecerá as placas que formam a cabeça dos insetos: 
Fonte: Agzam (Licença CC0) 
Fonte: Desconhecida 
 
20 
 
• Frontal: Delimitada pelas suturas frontais. 
• Fronto-clipeal: Está no centro frontal da cabeça, ficando entre as antenas 
e o clípeo. Como você viu na Aula 2, na parte frontal da cabeça há o 
clípeo, que é a parte final localizada entre as peças bucais e o labro. 
• Parietais: Compreende a região superior entre os olhos compostos. 
• Vértice: Conhecido por epicrânio se localiza na parte superior da cabeça. 
• Clípeo: É a área que está entre a fronte e o lábio superior. 
• Genais: É a área localizada na parte inferior da cabeça, indo da parte que 
está atrás dos olhos compostos até as mandíbulas. A área é similar a área 
das bochechas em animais mamíferos. 
• Subgenais: Essas áreas são estreitas e estão entre as áreas genais e as 
peças bucais. 
• Pós-genais: Localiza-se na base do arco occipital. 
• Occipital: Em forma de um arco, localiza-se entre as suturas occipital e 
pós-occipital 
• Pós-occipital: Localiza-se entre a sutura pós-occipital e o cérvice 
(“pescoço”) geralmente móvel, que une a cabeça ao tórax. 
 Já as suturas são linhas que delimitam as áreas da cabeça, como: 
Fonte: Desconhecida 
 
21 
 
• Epicranial: Em forma de Y invertido, localiza-se na parte frontal da 
cabeça. A linha principal é chamada de sutura coronal, enquanto as 
divisões são nomeadas de suturas frontais; 
• Pós-frontal: Forma o arco em que se situam os ocelos; 
• Epistomal ou Clipeal: Separa o clípeo da fronte. 
• Labro-clipeal ou Clípeo-labral: Separa o clípeo do lábio superior. 
• Subgenais: Localizam-se nas regiões laterais próximas às articulações 
das mandíbulas. 
• Oculares: Circundam os olhos compostos. 
• Suboculares: Se originam nas suturas oculares e se projetam até a base 
da cabeça, em direção à mandíbula. 
• Antenais: Estão em torno das antenas 
• Subantenas: Se originam nas suturas antenais e se projetam na cabeça 
na direção das mandíbulas. Occipital: se localiza na parte de trás da 
cabeça. 
• Pós-occipital: Logo atrás da occipital. 
Nesta segunda parte da aula, vimos que os insetos são formados por segmentos 
que chamamos de metâmeros. Esses metâmeros se unem formando as porções do 
corpo que chamamos de tagma. 
Sendo assim, os insetos possuem 3 tagmas: a cabeça, o tórax e o abdome. 
Até aqui, você já estudou a cabeça. 
Sobre a cabeça, marque a opção correta que mostra os principais órgãos dos 
sentidos: 
a. ( ) Antenas, maxilas e ocelos 
b. ( ) Olhos compostos, mandíbula e maxila 
c. ( ) Ocelos, maxilar e antenas 
d. ( ) Antenas, olhos compostos e ocelos 
 
22 
 
1.1.3 - Apêndices móveis da cabeça 
Atenção aos apêndices móveis da cabeça dos insetos! 
Os apêndices móveis possuem funções olfativas, auditivas, gustativas e tácteis. Na 
cabeça, os apêndices móveis são as antenas e as peças bucais. 
a. Antenas 
Cada inseto possui 2 antenas. Elas são formadas por artículos divididos em 
escapo, pedicelo e flagelo, e se apresentam de forma variadas dependendo da 
espécie. 
As antenas possuem funções sensoriais e dão estabilidade ao corpo, podendo 
auxiliar os machos de algumas espécies a segurarem as fêmeas durante a 
cópula. 
Fonte: Desconhecida 
 
23 
 
Em algumas espécies pode ocorrer o dimorfismo antenal, onde indivíduos 
machos e fêmeas possuem antenas diferentes (em relação ao tamanho, a forma, 
o número de artículos e inserção). Um exemplo de dimorfismo antenal pode ser 
encontrado nas espécies do mosquito Aedes, onde os machos possuem antenas 
do tipo plumoso enquanto que as fêmeas apresentam antenas do tipo pilosas. 
A 
 
A. Mosquito macho, com presença de antenas plumosas 
B 
 
B. Mosquito fêmea, com presença de antenas pilosas. 
Existem diversas variações na forma das antenas dos insetos com importância 
taxonômica na identificação das espécies. 
Os tipos mais comuns de antenas encontrados na classe Insecta são: 
 
Aristadas: Flagelo possui apenas um artículo 
achatado, em forma de raquete, possuindo 
“pêlos” (aristas). Ex: Moscas. 
Clavadas: Possui a parte terminal do flagelo 
dilatada, apresentando a forma de uma clava. 
Ex: Borboletas. 
 
 
24 
 
 
Estiladas (estiliformes): São formadas por 
estruturas curtas, com artículos adaptadosem 
estiletes na extremidade do flagelo. Ex: 
Mutucas. 
Lamelada: Apresentam expansões nos três 
últimos segmentos. Ex: besouros. 
 
 
Filiformes: Possui os artículos com o mesmo 
diâmetro por toda a extensão da antena. Ex: 
baratas e grilos. 
Moniliformes: Possui os segmentos 
arredondados, semelhantes a um colar de 
contas. Ex: Cupins 
 
 
Setácea: Os artículos diminuem de diâmetro da 
base para a extremidade, semelhante a uma 
seta. Ex: Libélulas. 
 
25 
 
Serrada: Os artículos possuem dilatações em 
formas de espinhos ou dentes. Ex: besouro. 
 
 
Plumosas: Os flagelos apresentam com várias 
cerdas que circundam todos os artículos, 
lembrando uma “pluma”. Ex: antenas dos 
mosquitos machos de Aedes. 
 
As antenas do mosquito macho de Aedes são do tipo plumosa, que serão melhor 
detalhadas na Área 2 - Taxonomia e biologia de insetos vetores. Tenha atenção ao 
gênero Aedes! 
As espécies desse gênero são vetores para diversas doenças de importância em 
Saúde Pública, como dengue e zika, por isso, são o foco do nosso aprendizado! 
b. Peças Bucais 
As peças bucais dos insetos se encontram na parte exterior da boca e auxiliam 
o processo da alimentação. Elas variam conforme espécie e a diversidade de 
hábitos alimentares. Alguns insetos sugam e outros trituram ou cortam o 
alimento. Porém, todos apresentam as peças bucais com até oito partes (labro, 
duas mandíbulas, duas maxilas, lábio, epifaringe e hipofaringe). 
• Labro ou Lábio Superior – A função do lábio superior é proteger e 
manter o bolo alimentar. Se localiza unido ao clípeo e tem formatos 
diferentes, que podem ser triangular, retangular ou quadrado. 
 
26 
 
• Mandíbulas – Funcionam como um triturador, que pode cortar, moer, 
perfurar, modelar, transportar e defender dependendo do inseto. É 
posicionado ao lado do labro. 
• Maxilas – Auxiliam as mandíbulas e tem função sensorial. Também 
servem para apreender e transportar alimentos. Localizado atrás das 
mandíbulas. 
• Lábio Inferior – É constituído por uma única peça. Formado pelo pós-
mento ou pós-lábio, pré-mento, sub-mento e o mento. Além de possuir um 
par de palpos labiais, glossas e paraglossas. Sua localização é o oposto 
ao Lábio Superior. 
• Epifaringe – Apresenta a função gustativa, ou seja, está relacionada à 
alimentação. Faz parte do Labro no clípeo. 
• Hipofaringe – Possui a função tátil, ou seja, está relacionada ao sentido 
do tato do inseto e a função gustativa. Localizado dentro da cavidade do 
aparelho bucal. 
E a boca do inseto? 
A boca é o orifício de porta de entrada do aparelho digestivo e fica acima e entre 
as peças bucais. 
 
27 
 
O tipo de aparelho bucal que o inseto possui reflete os hábitos alimentares 
específicos de cada espécie. Dessa maneira, podemos classificar os tipos de 
aparelho bucal em: 
• Mastigador ou triturador: Apresentam as oitos peças bucais 
mencionadas acima. Ocorre na maioria dos insetos e funciona como um 
triturador para os alimentos, por sua função de mastigação. 
• Sugador labial: Chamado também de picador-sugador, as peças bucais 
são semelhantes a estiletes. O lábio é formado por um tubo onde estão 
os estiletes. Durante a alimentação, as mandíbulas, a epifaringe e a 
hipofaringe, sugam o alimento enquanto as maxilas o perfuram. Os 
principais exemplos de insetos com esse tipo de aparelho bucal são os 
que realizam a hematofagia, isso significa que se alimentam de sangue. 
Ex: mosquitos, flebotomíneos, Aedes aegypti, entre outros. 
• Sugador maxilar: As maxilas se assemelham a um tubo longo e 
enrolado, conhecido como espirotromba. O alimento é ingerido por meio 
desse tubo. Representa uma característica exclusiva das borboletas e 
mariposas. 
• Lambedor: As maxilas e o lábio inferior estão unidos em um único 
aparelho e formam o órgão lambedor e possuem um labro comum. As 
mandíbulas são adaptadas para furar, cortar, moldar e transportar cera. 
São comuns em espécies que extraem o néctar das flores. Ex: Abelhas. 
Ainda em relação ao aparelho bucal que o inseto possui, outra característica que 
varia conforme espécie é a posição das peças bucais. Dessa forma, podem ser 
classificadas como: 
 
28 
 
• Hipognata: Onde as peças bucais estão posicionadas para baixo, 
formando um ângulo de 90°. A cabeça é vertical em relação ao eixo do 
corpo. Ex: gafanhotos, baratas, abelhas 
• Prognata: As peças bucais estão posicionadas para frente com a cabeça 
formando um ângulo de 180°. Ex: cupins 
• Opistognata: Peças bucais voltadas para baixo e para trás, formando um 
ângulo menor que 90°. Ex: percevejos e pulgas. 
Os insetos que apresentam desenvolvimento hemimetábolos e holometábolos 
podem sofrer modificações durante o processo de metamorfose, transformando 
totalmente o tipo de aparelho bucal entre sua fase larvária e adulta, como é o 
caso dos metagnatos. As seguintes classificações representam essas variações: 
 
Menorrincos: Insetos que possuem 
aparelho do tipo sugador labial em 
todas as fases do desenvolvimento, 
desde o nascimento até a fase 
adulta. Ex: Barbeiros 
 
Menognatos: Insetos que possuem 
aparelho bucal do tipo mastigador em 
todas as fases, desde o nascimento 
até a fase adulta. Ex: baratas 
Fonte: Sharadpunita, 2011 (Licença CC3); Fir0002, 2007 (Licença CC3); USDA, 2015 (Licença CC2) 
 
29 
 
 
Metagnatos: Ocorre nos insetos que 
apresentam o aparelho bucal do tipo 
mastigador durante o 
desenvolvimento, e na fase adulta 
aparelho bucal sugador maxilar ou 
labial. Ex: borboletas e mosquitos. 
 
Qual a diferença entre hemimetábolos e holometábolos? 
Como já vimos, cada inseto se desenvolve de maneiras diferentes. Eles são muito 
complexos e diversos! 
Há insetos que em sua fase de desenvolvimento se apresentam inicialmente como 
ovos, se transformam em ninfa e depois, na fase adulta, se transformam em imago. 
A transformação desses insetos é relativamente menor que em outras espécies, 
caracterizada por uma metamorfose incompleta. Esse desenvolvimento é chamado 
de hemimetabolismo, ou seja, é comum dos hemimetábolos. Como exemplos nós 
temos os gafanhotos, grilos, cigarras, cupins e baratas. 
Em aulas anteriores do curso falamos sobre metamorfose. O processo de mudança 
da metamorfose é um processo de desenvolvimento mais complexo, onde o inseto 
muda totalmente a sua forma. Os insetos que apresentam esse tipo de 
desenvolvimento são os holometábolos. Por exemplo, temos a borboleta, abelha 
e besouro. 
 
O corpo dos insetos é dividido em 3 tagmas. 
Você lembra o que são tagmas? 
Quantos e quais são os tagmas que dividem o corpo dos insetos? 
Fonte: Xavier Vázquez, 2007 (Licença CC3) 
 
30 
 
Basicamente, o tagma é uma parte específica do corpo. Cada tagma é composto 
por metâmeros, que são seções menores originadas de segmentos primitivos que 
marcam a fase embrionária do inseto. 
Na fase adulta, os insetos 
possuem 3 tagmas: cabeça, 
tórax e abdome. 
Até agora, você viu o primeiro 
tagma a cabeça, que abriga os 
apêndices móveis, antenas e 
peças bucais, e é dividida em 
áreas e suturas. 
 As antenas são diferentes em cada espécie de inseto. Cada tipo possui uma função 
diferente, o que inclui funções de estabilidade do corpo e acasalamento. No gênero 
Aedes, os machos possuem antenas plumosas e as fêmeas têm antenas pilosas. 
 
Falamos sobre os apêndices móveis da cabeça dos insetos, que são as antenas, e 
os aparelhos bucais, que possuem funções sensoriais. Cada inseto possui 2 
antenas e podem apresentar cerca de 8 peças bucais, que têm a função de auxiliar 
na alimentação e na sensorialidade do inseto. 
De acordo com o que estudou sobre peças bucais dos insetos, escolha as palavras 
mais adequadas para completar a frase: 
As _________ dos insetos se encontram na parte _________ da boca e auxiliam o 
processo da _________. 
 
a) alimentação b) exterior c) peças bucais 
 
Fonte: E A Goeldi 1905 (Domínio Público) 
 
31 
 
1.2 - Tórax 
 O tórax é a segundaregião do corpo dos insetos onde se encontram os 
apêndices locomotores terrestres, aquáticos (pernas) e aéreos (asas). É formado 
por três segmentos: 
• Protórax: Ligado à cabeça, é o segmento onde se encontra o primeiro 
par de pernas; 
• Mesotórax: Compreende o segmento mediano do inseto. É onde está 
localizado o segundo par de pernas do animal e o primeiro par de asas; 
• Metatórax: É a porção do tórax ligada ao abdome, nela se encontra o 
terceiro par de pernas e o segundo par de asas. 
A região dorsal do tórax, 
chamada de tergo ou noto: 
pronoto, mesonoto, 
metanoto. Cada segmento é 
constituído por quatro pares 
de tergitos chamados de 
escuto, prescuto, escutelo e 
pós-escutelo. Já a porção 
ventral (externo) é formada 
por um par de esternitos, que 
Fonte: Desconhecida 
Fonte: Desconhecida 
 
32 
 
são ligados lateralmente por uma área membranosa, chamada pleura, que 
contém 02 pleuritos, divididos em: epímero e episterno. A imagem ao lado 
ilustra um segmento do tórax com a indicação dessas áreas. 
1.2.1 - Apêndices torácicos 
São as estruturas que se localizam nas porções do tórax, responsáveis pela 
locomoção do inseto (pernas e asas). 
a. Pernas: 
São estruturas destinadas à locomoção terrestre e aquática do animal. Em 
algumas espécies, elas se adaptam para escavar, coletar alimentos, capturar 
presas ou correr. Os três pares de pernas dos insetos se articulam na região 
posterior de cada segmento torácico (na região intermediária do epímero e o 
episterno). A perna pode ser dividida em: 
Coxa: Parte geralmente mais curta e 
grossa, a coxa se articula ao segmento 
torácico através da cavidade coxal. 
Trocanter: É considerado um segmento 
curto, localizado entre a coxa e o fêmur. 
Fêmur: É a estrutura mais desenvolvida da 
perna do inseto, sendo fixa ao trocanter, ou 
em algumas espécies, ligada diretamente à 
coxa. 
Tíbia: Considerado um segmento delgado e 
desenvolvido, de resistência próxima a do 
fêmur, pode apresentar espinhos ou 
esporões e sofrer modificações 
morfológicas dependendo da ordem do 
inseto. 
Fonte: Própria, 2018 
 
33 
 
Tarso: É formado por diversos artículos (tarsômeros) que podem variar em 
quantidade (1 a 5) nos diferentes pares de pata do indivíduo. 
Pós-tarso: Tem como função auxiliar na imobilização do animal, sendo a parte 
mais distal da perna. 
O tipo de perna que o inseto possui está interligado ao comportamento da 
espécie, existindo diferentes tipos de pernas: 
Ambulatória: Presente na maioria da 
ordem insecta, estas pernas são 
desenvolvidas para caminhar ou correr. 
Ex: formigas, mosquitos. 
Saltatória: Possui a região do fêmur e 
tíbias desenvolvidas e alongadas, 
própria para saltos. Ex: Pernas 
posteriores dos gafanhotos e pulgas. 
Natatória: A parte mediana e posterior 
da pata é adaptada a nadar, 
apresentando fêmur, tíbia e tarso 
achatados, sendo encontradas em 
insetos aquáticos. Ex: Percevejos 
aquáticos 
Raptatória: O fêmur e tíbia apresentam 
numerosos espinhos que auxiliam na 
captura de outros insetos. Ex: Louva-
Deus 
Coletora: No terceiro par de pernas, é 
adaptado a recolher e transportar grãos 
de pólen. Ex: Abelhas 
 
34 
 
b. Asas: 
A principal função da asa é permitir a locomoção do inseto por meio do voo. 
Entretanto, existem alguns grupos (ápteros), como por exemplo o piolho e a 
pulga, que não possuem asas ou não são utilizadas para voar, como o caso do 
bicho-da-seda e recebem o nome de aptésicos. Além do voo, as asas podem 
auxiliar na proteção, na produção de som, como órgão de equilíbrio corpóreo e 
como fonte coletora de calor. 
As asas são formadas por duas cutículas no exoesqueleto separadas por veias, 
que dão a sustentação. 
A asa se une ao tórax por uma porção membranosa de escleritos chamada de 
pterália. Já as veias transversais e longitudinais são expansões traqueais 
enrijecidas que se distribuem por toda asa, conferindo a sustentação e possui 
grande importância taxonômica. Sendo que os espaços delimitados pelas veias 
ou pelo bordo da asa são chamadas de células. 
Dessa maneira, basicamente a asa é formada por: 
• Área auricular (que está articulada ao tórax). 
• Ala (região da asa em si) 
• Anal ou vanal (região triangularizada que separa a ala pela dobra anal) 
• Jugal (pequena região localizada na margem interna da asa). 
Fonte: Desconhecida 
 
35 
 
Assim como as pernas, as asas dos insetos podem ser de diferentes tipos: 
• Membranosas: São asas finas e flexíveis com nervuras bem distintas, 
algumas podem conter escamas ou microcerdas ou ser nuas. É o tipo 
mais comum no segundo par de asas da maioria dos insetos; 
• Tégmina: Com aspecto pegaminoso ou coriáceo, geralmente são asas 
estreitas e alongadas. Ex: baratas, gafanhotos, grilos. 
• Hemiélitro: Possui a região basal da asa coriácea e a parte apical 
membranosa. Ex: percevejos 
• Élitros: Par de asas anterior é esclerotizado, cobrindo o par de asas 
posterior membranoso. Ex: besouros 
• Balancins ou halteres: O segundo par de asas são atrofiados, em forma 
de halter, e configuram equilíbrio durante o vôo. Ex: mosquitos e moscas. 
• Pseudo-halteres: As asas anteriores são atrofiadas. 
• Franjada: As asas são estreitas com longos pelos nas laterais 
Os apêndices locomotores são responsáveis pelas habilidades móveis do inseto. 
As pernas são as estruturas de locomoção terrestre e aquática do animal. As asas 
são responsáveis pelo voo, mas podem não existir em algumas espécies de insetos. 
Fonte: Desconhecida 
 
36 
 
Além disso, alguns insetos apresentam asas que não possuem a função de voar. 
Marque a alternativa correta. 
A parte do inseto onde os apêndices locomotores (pernas e asas) estão inseridos é 
no: 
a. ( ) Cabeça 
b. ( ) Corpo 
c. ( ) Tórax 
d. ( ) Abdome 
1.3 - Abdome 
Considerada a terceira região do corpo do inseto, o abdome é uma região 
segmentada, ou seja, possui metâmeros. Morfologicamente, o abdome se 
destaca pela visível divisão do corpo e pela ausência de apêndices locomotores 
(restritos ao tórax). 
Na parte final do abdome, há o ânus, posicionado entre os escleritos protetores. 
A abertura genital está localizada logo abaixo do ânus nas fêmeas, onde os 
segmentos VIII e IX são fundidos, formando o ovipositor. Já nos machos, junto 
a abertura genital, há uma estrutura em forma de tubo (aedeagus) que penetra 
na fêmea durante a cópula. 
A região do abdome pode ser subdividida em 03 agrupamentos distintos, 
segundo o posicionamento dos urômeros, sendo: 
• Segmentos pré-genitais ou viscerais: São os urômeros de I a VII (nas 
fêmeas) e de I a VIII (nos machos); 
• Segmentos genitais: Correspondem aos urômeros VIII ao IX (nas 
fêmeas) e ao IX nos machos. É nessa região onde se encontram as 
estruturas genitais do inseto. 
• Segmentos pós-genitais: Correspondem aos urômeros X e XI que são 
de difícil separação visual, por apresentam fusão. 
 
37 
 
Durante o desenvolvimento embriológico, algumas espécies de insetos podem 
desenvolver os apêndices abdominais, que geralmente somem após a eclosão 
do estágio imaturo ou permanecem. Os apêndices que ficam permanentes se 
transformam em estruturas funcionais, como: cercos (função sensorial), estilos 
(auxilia na locomoção) e sifúnculos (liberação feromônio), brânquias (função 
respiratória na fase larval). 
O tipo de abdome está estritamente relacionado ao modo que a região abdominal 
se funde à região torácica, podendo ser classificado em: 
• Séssil ou aderente: Estão presentes em insetos que o abdome se liga 
por completo ao tórax em toda sua largura. Ex: baratas, besouros; 
• Livre: Compreende os animais que possuem uma pequena constrição 
abdominal. Ex: moscas 
• Pedunculado: Presença de constrição acentuada nos segmentos 
abdominais, onde o 1° segmento encontra-se fundido ao metatórax. Ex. 
Vespas e formigas. 
Fonte: Donald Borror, Charles Triplehorn e Norman Johnson, 1992 
Fonte: Amada44, 2008 (Domínio Público); Desconhecida;Castlelow (Licença CC0) 
 
38 
 
O abdome é a parte responsável pela respiração do inseto. É uma região 
segmentada, ou seja, possui metâmeros. Como você viu nesta aula, os metâmeros 
são os segmentos do corpo do inseto que formam os tagmas. Não há nenhum 
apêndice locomotor no abdome e está dividido em 3 agrupamentos. 
Quais são os tipos de agrupamento que se encontram no abdome? Marque a 
alternativa correta. 
a. ( ) Tergitos, tagma e metâmeros 
b. ( ) Abdome, pernas e asas 
c. ( ) Pré-genitais, genitais e pós-genitais 
d. ( ) Mosquitos, baratas e borboletas 
 
Você aprendeu sobre insetos e sua morfologia. Além de se aprofundar sobre as 
estruturas externas como a função das asas em que alguns insetos não possuem 
asas e outros possuem, mas não voam. Se gostou dessa aula e quer saber mais 
sobre esses insetos, você irá gostar da matéria “Estudo detecta queda preocupante 
na população de insetos voadores e intriga cientistas”, da BBC Brasil, que você 
encontra em no link abaixo. Nele, os cientistas encontraram uma estranha redução 
na população de insetos voadores. Boa leitura! 
Clique aqui 
bit.ly/inseto_voadores 
http://www.bbc.com/portuguese/internacional-41681707
http://www.bbc.com/portuguese/internacional-41681707
http://www.bbc.com/portuguese/internacional-41681707
http://www.bbc.com/portuguese/internacional-41681707
http://www.bbc.com/portuguese/internacional-41681707
http://www.bbc.com/portuguese/internacional-41681707
 
39 
 
Vamos relembrar? 
Aprendemos que morfologia é o estudo da forma. Na 
Biologia, a morfologia estuda a formação dos seres e 
seu desenvolvimento, uma área de conhecimento da 
Entomologia. 
Apesar dos variados tipos de insetos, existem 
características que os distinguem dos demais animais. 
Os insetos são animais que possuem simetria bilateral, 
isso significa que seu corpo é dividido em duas partes 
iguais. 
Apresentam uma parte fundamental que é o 
exoesqueleto, composto por proteínas, lipídeos e 
quitina. O exoesqueleto dá rigidez ao organismo 
invertebrado. 
São compostos essencialmente por cabeça, tórax e 
abdome: 
A cabeça apresenta suturas, carenas (semelhante a 
cristas), áreas intersuturais, peças bucais e antenas. 
Há vários tipos de antenas que se diversificam em 
diferentes espécies. São 6 peças bucais: labro, 
mandíbulas, maxilas, lábio, epifaringe e hipofaringe. 
Assim como as antenas, os aparelhos bucais são 
diferentes de acordo com as especificidades das 
espécies, e ocorrem em 4 tipos: mastigador ou 
triturador, sugador labial, sugador maxilar e lambedor. 
Além dos tipos de aparelho bucal, as peças bucais 
podem ser classificadas de acordo com a sua posição 
em relação à cabeça do animal, que são: hipognata, 
prognata e opistognata. Assim, durante a metamorfose 
 
40 
 
os insetos podem modificar completamente os 
aparelhos bucais, sendo divididos em três tipos: 
menorrincos, menognatos e metagnatos. 
Os insetos também possuem tórax. Essa é a parte do 
corpo do inseto responsável pela locomoção, porque é 
nela que estão inseridos os apêndices locomotores: 
pernas e asas. O tórax está dividido em protórax, 
mesatórax e metatórax. Além disso, o dorso do tórax é 
chamado de tergo e é constituído por quatro pares de 
tergitos: escuto, prescuto, escutelo e pós-escutelo. As 
asas e as pernas também possuem divisões. 
A última região do corpo do inseto é o abdome, 
responsável pelo centro da respiração do animal. Ele 
se destaca pela visível segmentação corpórea e pela 
ausência de apêndices locomotores (restritos ao tórax). 
São três tipos de tórax: séssil ou aderente, livre e 
pendulucado. 
Compreendemos termos novos e as variações da 
forma externa do inseto. Isso mostra a complexidade 
do inseto, que apresenta suas peculiaridades que os 
distingue dos outros seres vivos. 
Na próxima aula vamos aprofundar o estudo, 
conhecendo a morfologia interna do inseto. 
Até a próxima! 
 
 
41 
 
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42 
 
Referências 
DONALÍSIO MR 1999. O dengue no espaço habitado. Hucitec, São Paulo. 
FRANCO O 1969. Reinfestação do Pará por Aedes aegypti. Rev. Bras. 
Malariol. Doencas Trop. 21(4):729-731. 
FUNASA 2001. Plano de Intensificação das Ações de Controle da Dengue. 
Brasília: Fundação Nacional de Saúde, Ministério da Saúde. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde (2016). 
Relatório da Reunião Internacional para Implementação de Alternativas 
para o Controle do Aedes aegypti no Brasil. Boletim epidemiológico. Vol. 47 
(15): 2-9. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Vírus Zika no 
Brasil: a resposta do SUS [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria 
de Vigilância em Saúde. – Brasília: Ministério da Saúde, 2017. 
 
 
43 
 
Respostas dos exercícios (em ordem de aparição) 
1. Você conheceu o histórico de ações de vigilância que permitiram a criação do 
PNCD- Programa Nacional de Controle da Dengue. Anteriormente, dengue não 
era um problema de saúde pública no Brasil. Entretanto, o fortalecimento do 
programa de controle da febre amarela urbana indiretamente promoveu o 
controle da dengue, uma vez que estas duas doenças partilham o mesmo vetor. 
Com base nisso, complete as lacunas com os termos adequados. 
a. A reintrodução de Aedes aegypti foi detectada no Brasil em 1967, no 
Pará, e em 1969, no Maranhão. 
b. A Fundação Nacional de Saúde (FUNASA) foi criada, em 1990, 
ficando responsável pela coordenação das ações de controle de 
dengue. 
c. O PNCD integrou as ações de controle de dengue à atenção básica, 
com a mobilização do PACS e do PSF. 
2. Você conheceu um pouco dos documentos técnicos e políticas de combate à 
dengue. O Manual de Diretrizes Nacionais para a Prevenção e Controle de 
Epidemias de Dengue, publicado em 2009, apresenta um esquema de 
classificação de risco que permitirá avaliar, orientar, encaminhar, coletar e 
registrar dados para subsidiar o médico quanto ao diagnóstico, estadiamento e 
tratamento do paciente com suspeita de dengue. 
Com base no segundo tópico, marque verdadeiro ou falso. 
a. (V) As diretrizes de combate a dengue preveem ações para o período 
epidêmico e não epidêmico. 
b. (F) O manual não trata de ações de avaliação e orientação, apenas de 
manejo clínico de dengue. 
c. (V) A classificação de risco é necessária para aprimorar a vigilância e 
evitar óbitos. 
d. (V) As diretrizes nacionais preveem ações de gestão e financiamento 
das atividades de combate à dengue 
e. (F) Aedes aegypti não transmite zika ou chikungunya, por isso as duas 
doenças não precisam de combate. 
 
44 
 
f. (F) A CGPNCMD realiza ações apenas de combate à dengue. 
g. (V) A preocupação no combate ao Aedes aegypti se fortaleceu após a 
declaração da emergência de zika. 
	8BAula 4 - Morfologia Externa de Insetos 
	0B1 - Tegumento
	2B1.1 - Cabeça
	5B1.1.2 - Suturas e áreas da cabeça
	6B1.1.3 - Apêndices móveis da cabeça
	3B1.2 - Tórax
	7B1.2.1 - Apêndices torácicos
	4B1.3 - Abdome
	1BVamos relembrar?

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