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Martha Nussbaum, TESE E ARGUMENTO No capítulo dois do livro apresentado, Martha suscita o questionamento acerca do que representa o progresso para um país e para a sua democracia, de que forma alcançar tal progresso e qual a sua relação com a educação e com o ensino das humanidades. A princípio, a autora defende que o crescimento econômico de um país não determina o seu sucesso enquanto democracia, além de não garantir os direitos básicos e o bem-estar da população, como explicitado na página 15 "produzir crescimento econômico não significa produzir democracia". Por conseguinte, a educação não deve objetivar apenas o crescimento econômico, pois torna-se um ensino puro que exige somente o básico, que pretere as humanidades e que não garante um acesso igualitário, tendo em vista que o crescimento econômico de um país não depende do senso crítico ou do acesso à educação de todas as pessoas da nação, como explicitado em sua afirmação "um país pode muito bem crescer enquanto os camponeses pobres continuam analfabetos (...)" (pág.20). Portanto, torna-se novamente evidente que o produto interno bruto não é o instrumento ideal para mensurar o desenvolvimento de uma democracia. Assim, um ensino voltado para a economia não tem como fito valorizar as humanidades, as quais estimulam o senso crítico e o reconhecimento da realidade histórica, social e econômica de um país, como evidenciado no trecho "uma percepção refinada e desenvolvida é um inimigo especialmente perigoso da estupidez (...)" (pág.24) Portanto, a autora apresenta o Paradigma do Desenvolvimento humano como a alternativa ao anterior, sendo um modelo que preza pelos direitos humanos e pela proteção da democracia, além de estimular o senso crítico e consequente valorizar as humanidades.
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