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Ana Clara Quirino – 69 
Página | 1 
 
FACULDADE DE MEDICINA DE BARBACENA 
GASTROENTEROLOGIA, CLÍNICA MÉDICA I 
AULA 6 – Prof. José Eugênio 
 
HALITOSE 
 
 Introdução 
o Grande impacto social: causa constrangimento e afeta a comunicação; 
o Ainda com muitas controvérsias, por falta de protocolos; 
o “O mau hálito é o melhor anticoncepcional” Millor Fernandes 
o A quem pertence a abordagem da boca: 
 Gastroenterologista? Geralmente é a primeira consulta por achar 
que o mau hálito é um problema de estômago. 
 Otorrinolaringologista? 
 Dermatologista? 
 Endocrinologista? 
 Periodontistas? Responsável pela gengiba 
o Avaliação multidisciplinar 
 
 Epidemiologia 
o Brasil: 15% 
o Japão: 20% 
o China: 25% 
o Suiça: 28% 
o EUA: 43% da população acima de 60 anos 
 
 Etiologia 
o 92%: Oral  grande maioria (problema dentro da boca) 
o 5%: OTL e Pulmonares 
o 2%: Gastroenterólogico 
o 1%: Endocrinológico 
 
 Origem 
o Existe 1 bilhão de bactérias por mg de placa bacteriana dental e 100 
milhões de bactérias por ml de saliva; 
o Apenas o intestino grosso tem mais bactéria que a boca; 
o Bactérias provocam halitose por causa de nichos pobres em oxigênio - 
principais locais “fétidos”: 
 Dorso da língua: onde acumula saburra 
 Sulco gengival (placas bacterianas) 
 Amígdala (cáseos) 
o Existe uma degradação microbiana da mucosa oral, formando 
aminoácidos (cisteina, cistina e metionina) ricos em enxofre, que formam 
compostos sulforados voláteis (CSV). 
Ana Clara Quirino – 69 
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o CSV mais importantes, produzidos por bactérias gram negativo e 
anaeróbios (locais pobres em oxigênio): 
 Sulfidreto 
 Metilmercaptano 
 Dimetilsulfeto 
o Fácil retenção de bactérias devido à aspereza da língua  quem usa 
raspador de língua aumenta ainda mais a aspereza (forma errada de 
tratar). 
 
 Tipos de halitose: 
 
1. Halitose por patologia oral 
o 92 % das halitoses 
 Saburra lingual em 54% 
 Gengivite / Periodondite em 14 % 
 Saburra + Gengivite / Periodontite em 22% 
o A presença de saburra lingual (língua branca, imagem ao 
lado) é a causa mais comum da halitose. A saburra é a 
SALIVA acumulada encima da língua! A halitose ocorre pela 
formação de CSVs presentes na saliva (vilã do mau hálito). 
 
a) Hálito matinal 
o Halitose fisiológica: devido à produção reduzida de saliva durante a 
noite (não fala e nem mastiga - fundamental para produzir saliva 
nova); 
Ex: pessoa comeu 21-22h  produziu saliva  4-6 hrs depois a saliva 
já esta apodrecendo e as bactérias estão produzindo CSVs  halitose. 
o Hipoglicemia noturna leva a metabolização de lipídios e proteínas para 
produção de energia, e por consequencia aminoácidos ricos em CSV. 
o Aumento da putrefação anaeróbica depois de 4 horas da última 
refeição; 
o É uma halitose não patológica; 
o Quem não come de manhã: não produz saliva nova  halitose. Não 
basta escovar o dente, tem que mastigar/comer. 
 
b) Halitose odontológica: avaliado pelo dentista, se ver que não tem nada 
encaminha para o médico 
o Má higiene oral 
o Cárie dentaria 
o Placa bacteriana 
o Dentadura com acrílico em má conservação (junta fungos e propicia 
retenção de bactérias) 
o Gengivite 
o Periodontite 
Ana Clara Quirino – 69 
Página | 3 
 
c) Xerostomia 
o É a sensação/percepção de boca seca por falta de produção de saliva; 
o Causas de Xerostomia: 
 Desidratação (ex: quem pratica muita atividade física) 
 Respiração bucal 
 Sono, sobretudo em período de baixa umidade do ar 
 Falar muito 
 
d) Hipossialia 
o É a diminuição do fluxo salivar 
o Causas de hipossialia: 
 Estresse, ansiedade 
 Doenças autoimunes: síndrome de Sjogren; IgG4; lupus 
 Diabetes 
 Patologias das glândulas salivares (pós-radioterapia de tumor 
de cabeça e pescoço) 
 Etilismo 
 Fármacos (antidepressivos – sobretudo tricíclicos no inicio do 
tratamento + remédios para reduzir o apetite – hiporexigenos) 
 
2. Halitose da OTL / Pulmonares 
o 5% das halitoses 
o Sinusites 
o Rinites 
o Gotejamento pós-nasal (GPN): tipo de sinusite crônica com pigarro 
o Amigdalite 
o Caseum: bolinhas brancas fétidas que tem na língua 
o Bronquiectasia: dilatação dos bronquíolos que acumula secreção 
o Metabolismo expirado de alimentos ou bebidas (bafo da cachaça)  
principal 
 
3. Halitose Gastroenterológica 
o 2% das halitoses 
o Divertículo de Zencker 
o Estase esofagiana – por megaesôfago, neo de esôfago (comida fica 
parada no esôfago) 
o Hemorragia 
o Oclusão intestinal: vômito fecaloide 
o Encefalopatia hepática: cheiro de amônia 
 
4. Halitose Endocrinológica 
o 1 % das halitoses 
o Diabetes (+ hipossialia) 
o Insuficiência suprarrenal 
Ana Clara Quirino – 69 
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o Trimetilaminúria (síndrome do odor do peixe) 
o Tirosinemia 
 
 Classificação topográfica 
o Halitose oral – 92% 
o Halitose extraoral – 8% 
o Halitose extraoral não transportada no sangue 
 Com origem nas vias aéreas; 
 Com origem no aparelho digestório (ex: CA de esôfago, 
bronquiectasia). 
o Halitose extraoral transportada no sangue (alimentos, cachaça). 
 
 Classificação clinica 
o Halitose Subclinica 
o Halitose Clinica 
o Halitose Mista 
 
a) Halitose subclinica 
 Paciente SENTE MAS NÃO TEM (só ele que percebe); 
 Halitose retro nasal: somente as células olfativas localizadas na parte 
posterior do nariz do paciente percebe o mau cheiro, porem não o 
bastante para o olfato do seu interlocutor sentir. 
b) Halitose clinica 
 Paciente TEM MAS NÃO SENTE; 
 Fadiga olfatória: paciente habitua com o odor e não sente (seja 
agradável ou não). Situação bastante comum. 
 Paciente SENTE E TEM; 
 Maioria dos casos que procuram assistência médica e/ou 
odontológica. 
 
 Diagnóstico da halitose 
o Exame organoléptico 
o Estudo da halitose: 
 Halimetria 
 Sialometria 
 Teste da cisteína 
 
 Exame organoléptico: feito por dentistas. 
► Sentir o odor do paciente: 
 Odor da boca: manter distancia de 15 cm do paciente 
 Odor da saliva 
 Odor da saburra após coleta por raspado 
 
 
São duas doenças que o 
teste do pezinho detecta 
 
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 Estudo da halitose - Halimetria 
► Utiliza-se o halimeter – Interscan 
► Quantifica os CSV em parte por bilhões (ppb) 
► Coletas: 
 Intraoral 
 Fossa nasal direita 
 Fossa nasal esquerda 
 Pulmão (pela expiração) 
 
 
 Halímetro 
 
Resultados e valores de referencia: 
 
 
 Estudo da halitose - Sialometria 
► Analise quantitativa e qualitativa do fluxo salivar, realizada de forma 
BASAL e por ESTIMULO MECANICO; 
► Tubo de ensaio com funil  coloca a saliva dentro durante um 
minuto  forma basal; 
► Dá um silicone pra mastigar e a saliva vai caindo no tubo  estimulo 
mecânico; 
► Valores de referência: 
 
 
Ana Clara Quirino – 69 
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► Turvidez: 
+ normal 
++ moderada descamação epitelial e quantidade de mucina 
+++ severa descamação epitelial e quantidade de mucina 
► Viscosidade: 
+ normal 
++ baixa produção da parótida 
+++ muito baixa produção da parótida 
 
 Estudo da halitose - Teste da cisteína 
► A cisteína é metabolizada por gram negativos e anaeróbios, e como 
resultado final produz CSV causadores do odor; 
► Dá 6 m.mol cisteina para o paciente bochechar  cospe  coloca o 
tubinho na boca e liga o aparelho e vê a quantidade de CSV; 
► Teste positivo: quando confirma colonização da boca, devido a 
elevação de concentração dos CSV. 
 
Exemplo 1: 
 
 
 
o Teste da Cisteína: positivo; 
o Conclusão do estudo da Halitose: halimetria + sialometra + teste da 
cisteína  halitose severa com hipossialia. 
Ana Clara Quirino – 69 
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Exemplo 1 – comentários: 
o A halitose detectada é de origem oral; 
o Não houve detecçãode halitose através das fossas nasais, portanto 
descartada patologias da otorrinolaringologia como fonte da mesma; 
o Também não foi detectada halitose de origem respiratória, portanto 
descartada causas de origem sistêmica com consequente metabolismo 
e eliminação de CSV por meio da expiração; 
o A hipossialia (redução do fluxo salivar) detectada, mesmo após 
estimulação, ocasiona saliva turva, viscosa com produção de mucina 
(formadora de saburra), fonte principal da halitose severa detectada. 
 
Exemplo 2 
 
 
 
 
 
o Teste da Cisteína: positivo; 
o Conclusão do Estudo da Halitose: halimetria + sialometra + teste da 
cisteína  halitose perceptível com normossialia. 
 
Ana Clara Quirino – 69 
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Exemplo 2 – comentários: 
o A halitose detectada é originária das fossas nasais; 
o Não houve detecção de halitose através da boca, portanto descartada 
patologias intraorais como fonte da mesma; 
o Também não foi detectada halitose de origem respiratória, portanto 
descartada causas de origem sistêmica com conseqüente metabolismo 
e eliminação de CSV por meio da expiração; 
o Não foi detectada hipossialia (redução do fluxo salivar ) na sialometria 
basal ou estimulada; 
o Recomendado avaliação por otorrinolaringologista (sinusite). 
 
 Cuidados gerais 
o Faça uma limpeza da língua conforme orientação especifica: passa gaze 
de água molhada com bicarbonato na língua sem raspar; 
o Tome bastante chá verde e coma à vontade pera e maçã; 
o Mastigue chicletes “Trident”, para estimular a salivação; 
o Não fique mais de 4 horas com estômago vazio; 
o Tome o café da manhã com algum alimento sólido, (bolo, pão, biscoito) 
pois é importante mastigar bastante, principalmente pela manhã; 
o Evite alimentos muito temperados, ou que tenham cebola e alho. Evite o 
uso frequente e exagerado de bebidas alcoólicas e se for fumante, pare 
de fumar; 
o Escova o dente e a língua 4 vezes ao dia e passe gaze umedecida com 
bicarbonato na língua; 
o Tome 2 litros de água por dia; 
o Mastigar gengibre de preferência salgado, para estimular a salivação; 
o Evite os colutorios (enxaguantes), que aumentam os CSV, a maioria 
contem álcool nas formulas (os colutorios que contenham perborato de 
sodio devem ter a preferência); 
o Caso esteja com a boca seca, pingar 5 gotas de limão em 10 ml em 
água com sal, bochechar e cuspir. 
 
 
 Tratamento 
 Sialogogos: estimulantes de salivação 
 Gustatórios: azedos, picantes, ácidos 
 Cristais de gengibre salgado 
 Gotas de limão com água e sal 
 Gomas de mascar sem açúcar e/ou azedas 
 Ameixas do tipo Umebochi (japonesa) 
 Mecânicos: silicone (hiperbolóide) 
 Quimico: pilocarpina 2% - colirio (xerostomia) 
 Eletrico: laser, tens 
 
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Aumentam a salivação: 
 Halitherapy (lactoperoxidase, lactoferrina, lisozima) 
 Enxaguante Halitus (perborato de sodio) 
 Kin hidrat spray (peróxido de carbamida) 
 Flagyl líquido (metronidazol) 
 
Limpeza da língua – técnica DC 
 
 
 
5. Receita para halitose 
 
Halitherapy_______________________________ 3 frascos 
Bochechar uma tampa cheia por 30 segundos, 3 vezes ao dia (não engolir), 
e não comer nem beber duas horas após. 
Kin hidrat spray_____________________________ 3 frascos 
2 vezes ao dia, aplicar 2 jatos na boca.. 
Flagyl (metronidazol) liquido _________________ 2 frascos 
Bochechar 7,5ml por 1 minuto e engolir em seguida, de 12/12 hs por 10 
dias. 
Tomar 2 litros de água por dia 
Oral Balance Gel da Biotene__________________ 2 tubos 
Passar na língua e com ajuda desta passar na gengiva e na bochecha, ao 
deitar e após café da manhã.

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