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A Questão do Método O Método Dialético O Método dialético consiste na elaboração de um diálogo que possui diferentes pontos de vista a respeito de um assunto incomum. Tal discurso propõe-se a fundar a verdade por meios de argumentos lógicos. Enfim, o resultado do diálogo entre a teoria apresentada e sua antítese provoca uma síntese. Essa resultante vai ser algo que irá além da teoria original bem como de sua antítese. Assim sendo, embora preserve elementos da teoria original e sua antítese, a síntese será uma parada completamente nova. O que por sua vez gera uma nova teoria. O Método que Sócrates empregava para alcançar a verdade era a chamada Maiêutica. Segundo ele, a Maiêutica era um diálogo focado em aflorar o conhecimento nas pessoas de maneira paulatina. Isto é, aos poucos ir se aproximando da verdade por meio de um diálogo lento e gradual. Por fim, o Método é uma questão importantíssima para a Filosofia, bem como para a nossa vida, visto que afeta diretamente nossos afazeres cotidianos. Buscando um caminho para chegarmos aos nossos objetivos, acabamos por buscar o Método que nos levará a nosso destino. Do Geocentrismo ao Heliocentrismo Geocentrismo Segundo este modelo cosmológico, a Terra estaria parada no centro do universo e os demais corpos celestes (Sol, Lua, Planetas, demais astros) estariam girando ao seu redor. Todavia, foi um sujeito chamado Ptolomeu quem apresentou a versão mais lapidada – e mais aceita – do Geocentrismo em sua grande síntese conhecida como “Almagesto”. Nesse trabalho, Ptolomeu defendia que os planetas moviam-se em círculos, semelhante ao conceito de órbitas, girando em torno da Terra. Além disso, existia uma ordem desses círculos. Partindo da Terra, viria a Lua, Mercúrio, Vênus, Sol, Marte, Júpiter, Saturno. Heliocentrismo Esse modelo propunha que os astros se moviam ao redor do Sol em detrimento do modelo anterior em que a Terra era o centro das coisas. Ora, a palavra grega para Sol é Hélios, portanto o modelo ficou conhecido como Heliocentrismo, ou seja, o Sol no centro. Depois, o astrônomo Johannes Keppler aperfeiçoou o modelo ao criar as chamadas leis de Kepler. Elas são usadas para descrever os movimentos dos planetas do sistema solar a partir de modelos heliocêntricos. O bacana foi que as teorias de Keppler eram empíricas. Isto é, para confirmar seus modelos, o astrônomo fez uso de métodos que possibilitaram o teste e a generalização das leis de Keppler. Galileu Galilei e as novas ciências Para Galileu, as teorias de outrora, embora ainda aceitas, pareciam-lhe um tanto quanto equivocadas. Afinal, na época de Galileu, os paradigmas estavam mudando. No século XVII, muito se teorizava sobre o mundo à luz de uma nova perspectiva que há algum tempo vinha ganhando força. Vários eram os intelectuais que queriam pensar sem os grilhões da religião, o que levou a um crescente movimento de revolução em relação à autonomia do pensamento. Galileu Galilei investigou os céus acima da Itália e comparou seus estudos com aqueles publicados pelos mestres da antiguidade. Suas conclusões se aproximaram mais das ideias heliocêntricas de Erastóstenes do que daquelas propostas por Ptolomeu e endossadas pela igreja, cuja ideia fundamental era o Geocentrismo. Os estudos de Galileu foram a base para o desenvolvimento das teorias acerca da Mecânica de outro filósofo, o Isaac Newton. Este foi outro sujeito que revolucionou a maneira como conhecemos o mundo. Por conta de toda essa fundamentação de teorias que ainda viriam, além da sua eximia metodologia de trabalho, Galileu transformou a maneira dos filósofos fazerem ciência. Isso porque foi um dos pioneiros do Renascimento, juntamente com outros filósofos como Giordano Bruno e Francis Bacon.