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Cil��� Ro��� OFICINA 4 Objetivos de Aprendizagem Atenção à saúde da criança na rede cegonha Intencionalidade: Compreender a Rede Cegonha com ênfase nos componentes da Política de Atenção Integral à Saúde da Criança que assegure o direito ao nascimento seguro e ao crescimento e desenvolvimento saudáveis, considerando e contextualizando o perfil epidemiológico (indicadores de morbimortalidade infantil, demográficos e as condições de vida da população). OBJETIVOS: 1. Entender a política nacional de atenção integral à saúde da criança 2. Identificar quais são os pontos de atenção da Rede Cegonha 3. Conhecer a abordagem de atenção integral à saúde da criança em suas diferentes faixas etárias (0 a 2/2 a 10/ adolescentes) 4. Conhecer o papel da atenção básica em relação a saúde da criança 5. Entender o perfil epidemiológico infantil (morbimortalidade, principais doenças) 6. Conhecer os componentes da Rede Cegonha (organização) 7. Compreender o papel da equipe na atenção à saúde da criança na rede cegonha Cil��� Ro��� 1. Entender a política nacional de atenção integral à saúde da criança: A PNAISC tem por objetivo promover e proteger a saúde da criança e o aleitamento materno, mediante a atenção e cuidados integrais e integrados, da gestação aos nove anos de vida, com especial atenção, à primeira infância e populações de maior vulnerabilidade, visando à redução da morbimortalidade e contribuir para um ambiente facilitador à vida com condições dignas de existência e pleno desenvolvimento. Os princípios da PNAISC vêm ao encontro dos compromissos do Brasil com os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio e com o Pacto de Redução da Mortalidade Materna e Neonatal. A PNAISC está estruturada em 7 (sete) eixos estratégicos, com a finalidade de orientar e qualificar as ações e serviços de saúde da criança no território nacional, considerando os determinantes sociais e condicionantes para garantir o direito à vida e à saúde (BRASIL, 2015). Eixo I – Atenção humanizada e qualificada à gestação, ao parto, ao nascimento e ao recém-nascido: Consiste na melhoria do acesso, cobertura, qualidade e humanização da atenção obstétrica e neonatal, integrando as ações do pré-natal e acompanhamento da criança na atenção básica com aquelas desenvolvidas nas maternidades, conformando-se uma rede articulada de atenção (BRASIL, 2015). (...) Eixo II – Aleitamento materno e alimentação complementar saudável: Estratégia ancorada na promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno, iniciando na gestação, considerando-se as vantagens da amamentação para a criança, a mãe, a família e a sociedade, bem como a importância de estabelecimento de hábitos alimentares saudáveis (BRASIL, 2015). (...) Eixo III – Promoção e acompanhamento do crescimento e do desenvolvimento integral: Consiste na vigilância e estímulo do pleno crescimento e desenvolvimento da criança, em especial do “Desenvolvimento na Primeira Infância (DPI)”, pela atenção básica à saúde, conforme as orientações da “Caderneta de Saúde da Criança”, incluindo ações de apoio às famílias para o fortalecimento de vínculos familiares (BRASIL, 2015). (...) Eixo IV – Atenção integral a crianças com agravos prevalentes na infância e com doenças crônicas: Consiste em estratégia para o diagnóstico precoce e a qualificação do manejo de doenças prevalentes na infância e ações de prevenção de doenças crônicas e de cuidado dos casos diagnosticados, com o fomento da atenção e internação domiciliar sempre que possível (BRASIL, 2015). (...) Eixo V – Atenção integral à criança em situação de violências, prevenção de acidentes e promoção da cultura de paz: Consiste em articular um conjunto de ações e estratégias da rede de saúde para a prevenção de violências, acidentes e promoção da cultura Cil��� Ro��� de paz, além de organizar metodologias de apoio aos serviços especializados e processos formativos para a qualificação da atenção à criança em situação de violência de natureza sexual, física e psicológica, negligência e/ou abandono, visando à implementação de linhas de cuidado na Rede de Atenção à Saúde e na rede de proteção social no território (BRASIL, 2015). (...) Eixo VI – Atenção à saúde de crianças com deficiência ou em situações específicas e de vulnerabilidade: Consiste na articulação de um conjunto de estratégias intersetoriais e intersetoriais, para inclusão dessas crianças nas redes temáticas de atenção à saúde, mediante a identificação de situação de vulnerabilidade e risco de agravos e adoecimento, reconhecendo as especificidades deste público para uma atenção resolutiva (BRASIL, 2015). (...) Eixo VII – Vigilância e prevenção do óbito infantil, fetal e materno: Consiste na contribuição para o monitoramento e investigação da mortalidade infantil e fetal e possibilita a avaliação das medidas necessárias para a prevenção de óbitos evitáveis (BRASIL, 2015). (...) Referência: Primeira Infância Melhor. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança – PNAISC. 2019. Disponível em: http://www.pim.saude.rs.gov.br/site/politica-nacion al-de-atencao-integral-a-saude-da-crianca-pnaisc/. Acesso em: 24 de out de 2020. UNA-SUS. Atenção integral à saúde da criança: políticas e indicadores de saúde. Disponível em: https://ares.unasus.gov.br/acervo/html/ARES/9258 /1/livro_saude_crianca.pdf. Acesso em: 24 de out de 2020. 2. Identificar quais são os pontos de atenção da Rede Cegonha: A Rede Cegonha é um pacote de ações para garantir o atendimento de qualidade, seguro e humanizada para todas as mulheres. O trabalho busca oferecer assistência desde o planejamento familiar, passa pelos momentos da confirmação da gravidez, do pré-natal, pelo parto, pelos 28 dias pós-parto (puerpério), cobrindo até os dois primeiros anos de vida da criança. Tudo dentro do Sistema Único de Saúde (SUS). A Rede Cegonha é estruturada a partir de quatro componentes: pré-natal, parto e nascimento, puerpério e atenção integral à saúde da criança e sistema logístico que refere-se ao transporte sanitário e regulação. Conforme aponta Carneiro (2013), cada um desses componentes alcança outras ações de atenção à saúde, como: http://www.pim.saude.rs.gov.br/site/politica-nacional-de-atencao-integral-a-saude-da-crianca-pnaisc/ http://www.pim.saude.rs.gov.br/site/politica-nacional-de-atencao-integral-a-saude-da-crianca-pnaisc/ https://ares.unasus.gov.br/acervo/html/ARES/9258/1/livro_saude_crianca.pdf https://ares.unasus.gov.br/acervo/html/ARES/9258/1/livro_saude_crianca.pdf Cil��� Ro��� Referência: BRASIL. Ministério da Saúde. Rede Cegonha. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/folder/rede_cegonha .pdf. Acesso em: 24 de out de 2020. IMAGEM: UNA-SUS. Redes de Atenção à Saúde: Rede Cegonha. Disponível em: https://ares.unasus.gov.br/acervo/html/ARES/2445 /1/UNIDADE_2.pdf. Acesso em: 24 de out de 2020. 3. Conhecer a abordagem de atenção integral à saúde da criança em suas diferentes faixas etárias (0 a 2/2 a 10/ adolescentes): ● De 0-2 anos: ➔ Ações estratégicas do eixo de atenção humanizada e qualificada à gestação, ao parto, ao nascimento e ao recém-nascido: I - A prevenção da transmissão vertical do HIV e da sífilis II - A atenção humanizada e qualificada ao parto e ao recém-nascido no momento do nascimento, com capacitação dos profissionais de enfermagem e médicos para prevenção da asfixia neonatal e das parteiras tradicionais (BRASIL, 2015) III - A atenção humanizada ao recém-nascido prematuro e de baixo peso, com a utilização do “Método Canguru” (BRASIL, 2015) IV - A qualificação da atenção neonatal na rede de saúde materna, neonatal e infantil, com especial atenção aos recém-nascidos graves ou potencialmente graves, internados em Unidade Neonatal, com cuidado progressivo entre a Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), a Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal Convencional (UCINCo) e a Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal Canguru (UCINCa) (BRASIL, 2015) V - A alta qualificada do recém-nascido da maternidade, com vinculaçãoda dupla mãe-bebê à Atenção Básica, de forma precoce, para continuidade do cuidado, a exemplo da estratégia do “5º Dia de Saúde Integral”, que se traduz em um conjunto de ações de saúde essenciais a serem ofertadas para a mãe e bebê pela Atenção Básica à Saúde no primeiro contato após a alta da maternidade (BRASIL, 2015). VI - O seguimento do recém-nascido de risco, após a alta da maternidade, de forma compartilhada entre a Atenção Especializada e a Atenção Básica (BRASIL, 2015) VII - As triagens neonatais universais (BRASIL, 2015). ➔ Ações estratégicas do eixo de aleitamento materno e alimentação complementar saudável I - A Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC) (BRASIL, 2015). II - A Estratégia Nacional para Promoção do Aleitamento Materno e Alimentação Complementar Saudável no SUS - Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil (EAAB) (BRASIL, 2015). http://bvsms.saude.gov.br/bvs/folder/rede_cegonha.pdf http://bvsms.saude.gov.br/bvs/folder/rede_cegonha.pdf https://ares.unasus.gov.br/acervo/html/ARES/2445/1/UNIDADE_2.pdf https://ares.unasus.gov.br/acervo/html/ARES/2445/1/UNIDADE_2.pdf Cil��� Ro��� III - A Mulher Trabalhadora que Amamenta (MTA) (BRASIL, 2010b, 2015). IV - A Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano (BRASIL, 2015). V - A implementação da Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes, para Crianças de Primeira Infância, Bicos,Chupetas e Mamadeiras (NBCAL) (BRASIL, 2015) VI - A mobilização social em aleitamento materno (BRASIL, 2015) ● De 2-10 anos: ➔ Ações estratégicas do eixo de promoção e acompanhamento do crescimento e do desenvolvimento integral da criança ➔ Ações estratégicas do eixo de atenção integral a crianças com agravos prevalentes na infância e com doenças crônicas ➔ Ações estratégicas do eixo de atenção integral à criança em situação de violências, prevenção de acidentes e promoção da cultura de paz ➔ Ações estratégicas do eixo de atenção à saúde de crianças com deficiência ou em situações específicas e de vulnerabilidade Referência: UNA-SUS. Atenção integral à saúde da criança: políticas e indicadores de saúde. Disponível em: https://ares.unasus.gov.br/acervo/html/ARES/9258 /1/livro_saude_crianca.pdf. Acesso em: 24 de out de 2020. 4. Conhecer o papel da atenção básica em relação a saúde da criança: UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE: As ações de promoção da saúde e prevenção dos principais agravos à saúde da criança, desde o processo educativo até a criação de um ambiente favorável para o crescimento e desenvolvimento de crianças saudáveis, são fundamentais; entre elas, destacamos (BRASIL, 2015): » A disponibilização da “Caderneta de Saúde da Criança”, com atualização periódica de seu conteúdo; » A qualificação do acompanhamento do crescimento e desenvolvimento da primeira infância pela Atenção Básica à Saúde; » O Comitê de Especialistas e de Mobilização Social para o Desenvolvimento Integral da Primeira Infância, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS); e » O apoio à implementação do Plano Nacional pela Primeira Infância. Referência: UNA-SUS. Atenção integral à saúde da criança: políticas e indicadores de saúde. Disponível em: https://ares.unasus.gov.br/acervo/html/ARES/9258 https://ares.unasus.gov.br/acervo/html/ARES/9258/1/livro_saude_crianca.pdf https://ares.unasus.gov.br/acervo/html/ARES/9258/1/livro_saude_crianca.pdf https://ares.unasus.gov.br/acervo/html/ARES/9258/1/livro_saude_crianca.pdf Cil��� Ro��� /1/livro_saude_crianca.pdf. Acesso em: 24 de out de 2020. 5. Entender o perfil epidemiológico infantil (morbimortalidade, principais doenças): Taxas das principais causas de mortalidade em menores de 5 anos por 1.000 nascidos vivos (NV). Brasil, 1990 e 2015: Referência: IMAGEM: FRANÇA, E. B.; et al.; Principais causas da mortalidade na infância no Brasil, em 1990 e 2015: estimativas do estudo de Carga Global de Doença. Rev BRas epidemiol maio 2017; 20 sUppl 1: 46-60. 6. Conhecer os componentes da Rede Cegonha (organização): São quatro os componentes da Rede Cegonha: I - Pré-natal; II - Parto e nascimento; III - Puerpério e atenção integral à saúde da criança; e IV - Sistema logístico (transporte sanitário e regulação). I – Componente PRÉ-NATAL: a) realização de pré-natal na Unidade Básica de Saúde (UBS) com captação precoce da gestante e qualificação da atenção; b) acolhimento às intercorrências na gestação com avaliação e classificação de risco e vulnerabilidade; c) acesso ao pré-natal de alto de risco em tempo oportuno; d) realização dos exames de pré-natal de risco habitual e de alto risco e acesso aos resultados em tempo oportuno; e) vinculação da gestante desde o pré-natal ao local em que será realizado o parto; f) qualificação do sistema e da gestão da informação; g) implementação de estratégias de comunicação social e programas educativos relacionados à saúde sexual e à saúde reprodutiva; h) prevenção e tratamento das DST/HIV/Aids e Hepatites; e i) apoio às gestantes nos deslocamentos para as consultas de pré-natal e para o local em que será realizado o parto, os quais serão https://ares.unasus.gov.br/acervo/html/ARES/9258/1/livro_saude_crianca.pdf Cil��� Ro��� regulamentados em ato normativo específico. II – Componente PARTO E NASCIMENTO: a) suficiência de leitos obstétricos e neonatais (UTI, UCI e Canguru) de acordo com as necessidades regionais; b) ambiência das maternidades orientadas pela Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 36/2008 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA); c) práticas de atenção à saúde baseada em evidências científicas, nos termos do documento da Organização Mundial da Saúde, de 1996: “Boas práticas de atenção ao parto e ao nascimento”; d) garantia de acompanhante durante o acolhimento e o trabalho de parto, parto e pós-parto imediato; e) realização de acolhimento com classificação de risco nos serviços de atenção obstétrica e neonatal; f) estímulo à implementação de equipes horizontais do cuidado nos serviços de atenção obstétrica e neonatal; e g) estímulo à implementação de Colegiado Gestor nas maternidades e outros dispositivos de co-gestão tratados na Política Nacional de Humanização. III – Componente PUERPÉRIO E ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DA CRIANÇA: a) promoção do aleitamento materno e da alimentação complementar saudável; b) acompanhamento da puérpera e da criança na atenção básica com visita domiciliar na primeira semana após a realização do parto e nascimento; c) busca ativa de crianças vulneráveis; d) implementação de estratégias de comunicação social e programas educativos relacionados à saúde sexual e à saúde reprodutiva; e) prevenção e tratamento das DST/HIV/Aids e Hepatites; e f) orientação e oferta de métodos contraceptivos. IV – Componente SISTEMA LOGÍSTICO: TRANSPORTE SANITÁRIO E REGULAÇÃO: a) promoção, nas situações de urgência, do acesso ao transporte seguro para as gestantes, as puérperas e os recém nascidos de alto risco, por meio do Sistema de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU Cegonha, cujas ambulâncias de suporte avançado devem estar devidamente equipadas com incubadoras e ventiladores neonatais; b) implantação do modelo “Vaga Sempre”, com a elaboração e a implementação do plano de vinculação da gestante ao local de ocorrência do parto; e c) implantação e/ou implementação da regulação de leitos obstétricos e neonatais, assim como a regulação de urgências e a regulação ambulatorial (consultas e exames). Os Municípios que não contam com serviços próprios de atenção ao parto e nascimento, incluídos os exames especializados na gestação, poderão aderir a Rede Cegonha no componente PRÉ-NATAL desde que programados e pactuados nos Colegiados de Gestão Regional (CGR). Referência: BRASIL, Ministério da Saúde. Rede Cegonha. Disponível em: http://aps.saude.gov.br/ape/cegonha. Acesso em: 24 de out de 2020. Coren. Rede Cegonha: princípios, objetivos e ações de atenção à saúde. 2016. Disponível em: http://www.corensc.gov.br/2016/03/16/rede-cegonh a-principios-objetivos-e-acoes-de-atencao-a-saude/.Acesso em: 24 de out de 2020. http://aps.saude.gov.br/ape/cegonha http://www.corensc.gov.br/2016/03/16/rede-cegonha-principios-objetivos-e-acoes-de-atencao-a-saude/ http://www.corensc.gov.br/2016/03/16/rede-cegonha-principios-objetivos-e-acoes-de-atencao-a-saude/ Cil��� Ro��� 7. Compreender o papel da equipe na atenção à saúde da criança na rede cegonha: (respondida em outros objetivos) Referência:
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