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Tecido ósseo- parte 1

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Tecido ósseo
Tipo de tecido conjuntivo.
	Células 
Osteoblastos 
Osteócitos
Osteoclastos (célula derivada de células sanguíneas, responsável pela destruição da matriz óssea)
Ativos (fase secretora) – células mais altas, sendo perpendicular à superfície 
Inativos (não secretam matriz) – aspecto achatado na superfície 
 
Matriz extracelular 
Fibras 
Substância fundamental amorfa
	
Duas diferenças dos outros tecidos conjuntivos:
· Matriz mineralizada
· Vascularizado (diferentemente da dentina e cemento)
Os osteoblastos têm a função de proteger o tecido ósseo contra reabsorção, uma vez que todo tecido mineralizado que entra em contato direto com o tecido conjuntivo sofre reabsorção. A solução encontrada foi revestir as superfícies com osteoblastos para isolar a matriz óssea mineralizada dos tecidos conjuntivos adjacentes. 
Tecidos mineralizados conjuntivos: ósseo, dentina e cemento. 
Tecido mineralizado epitelial: esmalte dentário (maior grau de mineralização).
Osteoclatos são células grandes, muito acidófilas, sem forma definida e, quando ativos, são encontrados em contato direto com a superfície óssea. 
Matriz extracelular 
67% material inorgânico - cristais de hidroxiapatita 
Ca10(PO)4(OH)2, Mg, K, Na, F, C, metais pesados e elementos radioativos. 
33% material orgânico
Colágeno tipo I – 25%
Proteínas não colagenosas 
Proteínas morfogênicas do osso (estimulam síntese de matriz)
Osteonectinas
Sialoproteínas
Osteocalcinas
Osteopontinas
Fibronectinas (interação das células e matriz)
Mineralização da matriz 
Fibras colágenas possuem estriações, há presença de microespaços, devido à formação por polimerização de tropocolágeno através de ligações cruzadas. Nos tecidos mineralizados conjuntivos, esses pequenos espaços são úteis, pois é onde os cristais de hidroxihepatita começam a ser nucleados/ formados, ou seja, a mineralização se inicia dentro da fibra colágena e se expande para os espaços entre as fibras, dando maior resistência mecânica aos tecidos ósseos. 
Tipos de deposição de matriz 
Tecido ósseo compacto/ lamelar:
· Depositado em camadas consecutivas (lamelas ósseas)
· Nenhum orifício visíveis
· Periferia, formando a cortical do osso 
Tecido ósseo esponjoso/ trabecular:
· Produzido formando pequenas colunas que crescem umas em direção às outras e se fundem, delimitando pequenos espaços (espaços medulares)
· Colunas chamadas de trabéculas 
· No interior do osso
Ambos possuem a mesma composição, entretanto, a maneira de deposição é mudada. 
Todo osso do corpo apresenta os dois tipos. 
Membranas conjuntivas envolventes
Periósteo:
· Superfície externa 
· Tecido conjuntivo denso ordenado
· Vasos sanguíneos 
Endósteo:
· Internamente, cada uma das trabéculas
· Tecido conjuntivo frouxo 
· Capilares sanguíneos 
Ambos possuem as mesmas funções: nutrição, drenagem de catabólitos, oxigenação, formação óssea, regeneração e reabsorção. Possuem células mesenquimais, que formam osteoblastos, havendo crescimento dos ossos e regeneração. 
Funções desempenhadas pelos ossos
· Sustentação 
· Movimentação (+ sistema nervoso + muscular)
· Proteção de órgãos 
· Abrigar a medula óssea 
· Reservatório de íons (cálcio e fosfato)
Medula óssea
Tecido conjuntivo mieloide, estroma de sustentação reticular (colágeno III), várias células tronco responsáveis pela formação de células sanguíneas e plaquetas. Células adiposas uniloculares e capilares sanguíneos sinusóides (luz ampla e parede cheia de orifício), facilitando a entrada de células sanguíneas na corrente sanguínea a medida que elas se maturam. 
Megacariócitos, células grandes, acidófilas e com núcleo central, que emitem projeções citoplasmáticas para o interior dos capilares e fragmentam esses prolongamentos no interior da corrente sanguínea, cada fragmento é uma plaqueta, ou seja, são células formadoras de plaqueta. Estima-se que cada um pode formar cerca de 3.000 plaquetas. 
Na medida que o ser humano cresce, a medula vai sendo inativada no interior de alguns ossos, permanecendo ativa na vida adulta apenas no esterno, na cintura escapular e na cintura pélvica. Isso acontece para adequar a necessidade de formação de células sanguíneas ao volume corporal que vai crescendo. As hemácias são as células sanguíneas que vivem mais tempo, cerca de quatro meses. A necessidade de produzir células sanguíneas para substituir as que vão morrendo é constante, porém, quando se nasce, além de produzir células sanguíneas para substituição, também é necessário produzi-las para aumentar o volume de sangue, uma vez que o sistema circulatório cresce e, consequentemente, sua capacidade volumétrica. Essa inativação da medula é um aspecto fisiológico que adapta a produção de células sanguíneas à necessidade do organismo. As células tronco param de se dividir, as células percursoras de células sanguinas vão diminuir e os espaços que sobrarem vão ser ocupados por novas células adiposas. 
Calcemia 
Cálcio é essencial para o metabolismo do corpo. Contração muscular depende de cálcio, portanto movimentação, coração, ventilação pulmonar, além de sinapses nervosas, secreções, ligações de células, entre outros. 
Valor normal da calcemia= 9mg/ml
Variações nessa concentração causam problemas
Hipocalcemia: tetanias (6mg/ml) ou letal (4mg/ml)
Hipercalcemia: diminuição da ação do sistema nervoso (12mg/ml) ou precipitação de cristais (17mg/ml)
Hora o tecido ósseo estará sofrendo destruição para que o cálcio seja disponibilizado pelo sangue e hora ele estará sendo produzido para que o excesso de cálcio seja retirado do sangue. Remodelação óssea fisiológica, visando manter a calcemia em torno de 9mg/ml, sendo regulada hormonalmente. Tireoide e partireoide são as glândulas endócrinas produtoras desses hormônios.
Paratormônio – PTH
Principal hormônio regulador da calcemia, produzido pelas células principais das paratireoides, que são pequenas glândulas associadas à tireoide em sua face posterior, normalmente são encontradas em quatro. Secretado quando a calcemia diminui. 
A paratireoide possui dois tipos de células, as principais e as oxifílas. As células principais apresentam um receptor para cálcio em sua membrana, ele é de baixa afinidade (liga e desliga rapidamente), portanto, se há uma concentração normal ou elevada de cálcio, o receptor se mantém ocupado. Entretanto, se a calcemia diminui, quando um íon se dissociar vai demorar para outro se associar e esses receptores vão se desocupar, o que estimula a produção de paratormônio e, consequentemente, eleva a concentração de cálcio no sangue. 
· Estimula a reabsorção óssea. Aumenta a formação de osteclastos e a ativação de osteoclastos já existente, destruindo a matriz óssea, devolvendo o cálcio à corrente sanguínea.
· Aumenta a reabsorção de cálcio nos rins, diminuindo a expressão de cálcio na urina. 
· Indução de uma nova oxidação da 1-(OH) vit D nos rins, faz com que as células renais adicione uma nova hidroxila no carbono 25 da vitamina D, que se torna ativa e, ao passar pelo intestino, estimula células epiteliais no intestino a aumentar a quantidade de receptor de cálcio na sua superfície, aumentando a absorção de cálcio. 
Se aumenta a concentração de cálcio, os receptores das células principais da paratireoide ficam constantemente ocupados e param de secretar paratormônio, cessando a reabsorção óssea e iniciando a produção de matriz óssea, a partir da retirada do cálcio da corrente sanguínea para a mineralização, começando novamente a reabsorção, uma vez que a calcemia cai. 
Nos ossos, os osteoblastos têm receptor para paratormônio. Quando o paratormônio se liga ao receptor, o osteoblasto libera uma molécula chamada M-CSF, que atrai os monócitos. Os osteoblastos também expressam na membrana uma molécula chamada RANK-L, uma proteína transmebrana, que tem uma afinidade de ligação com o receptor de membrana que os monócitos possuem, o que os levam a se transformarem em pré-osteoclastos ao invés de se transformarem em macrófago. Os pré-osteoclastos se fundem, formando osteoclastos. O M-CSF também cai na corrente sanguínea e estimulaa produção de novos monócitos. 
Na ausência de paratormônio, os osteoblastos produzem uma proteína chamada osteoprotegerina, que possui alta afinidade de ligação com RANK-L, impedindo o monócito de se interagir ao RANK-L, se transformando em macrófago.
Calcitonina 
Produzida pela tireoide, uma glândula folicular. Entre os folículos existem células grandes chamadas parafoliculares ou células C, são as produtoras de calcitonina.
Secretada quando a calcemia é elevada. 
· Inativa os osteoclastos, contribuindo para cessar a reabsorção óssea.
· Ativa os osteoblastos, iniciando a secreção de matriz óssea. 
Quando o osteoclasto está ativo, reabsorvendo o osso, ele apresenta uma borda estriada, aumentando a capacidade reabsortiva. Na presença de calcitonina, ele desfaz a borda estriada e se torna inativo, com metabolismo diminuído.
Taxas normais de remodelação óssea
Osso compacto 2-3% ao ano
Osso esponjoso 20% ao ano
A medida que se envelhece, o metabolismo diminui. A capacidade de reconstrução de matriz se torna menor que a taxa de reabsorção.
A partir de 30-40 anos:
· Balanço no periósteo – levemente positivo
· Endósteo cortical – levemente negativo
· Endósteo haversiano - zero 
· Endósteo trabecular – negativo 
Ossos crescem quando tracionados de forma constante. Uma maneira é praticando exercícios. Quando jovens, é necessário tornar os ossos mais robustos, dessa forma, quando o balanço se tornar negativo, não haverá impacto, pois o osso era mais robusto e forte. 
Pressão constante Reabsorção 
Tração constante Deposição
Vibração

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