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resenha filme o povo brasileiro

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Módulo 3.2 – O povo brasileiro
A. Recupere na memória e escreva a história com a maior riqueza de detalhes a obra que você assistiu.
O filme “O povo brasileiro” busca mostrar três matrizes que o autor Darcy Ribeiro considera que o Brasil é formado, sendo os índios os primeiros que já habitavam no país, os portugueses que vieram colonizar a terra e os escravos africanos. O filme se inicia falando que ninguém sabe como vai ser o mundo daqui cinquenta anos, porém sabe-se que será muito diferente do que é atualmente. Além disso é citado o exemplo da guerra, que ninguém sabia quando iria acabar e quando acabou, não esperavam que ocorreria diversas mudanças. Desta forma, Darcy Ribeiro avisa que é necessário que o povo brasileiro invente o Brasil que todos querem.
Logo após é retratada uma cena de Caetano Veloso, que lê no livro sobre como o brasileiro foi formado, da união de diferentes povos, entre eles: os invasores portugueses, os índios nativos e os negros africanos. O Brasil é feito de uma fusão de diferentes culturas, uma união de povos que agem como um só, evitando olhar para o passado, tentando seguir em frente, para o futuro.
A próxima cena retrata a diversidade e a beleza da natureza que está presente no Brasil, como as florestas, cachoeiras, rios e animais. Segundo Darcy Ribeiro há cartas que consideram que o nome do Brasil veio da “Ilha Brasil”, como era chamado antigamente e não da árvore Pau-Brasil. O país já existia antes da “descoberta” dos portugueses em 1500, existia fisicamente, biologicamente e humanamente com os indígenas. Estes eram povos um pouco diferentes, mas que agradeciam pelo fato do mundo ser tão bonito e além disso, criaram uma boa relação com a natureza. Visto que acreditavam que precisavam aproveitar suas vidas fazendo o que todos deveriam, que era somente viver a vida da melhor maneira possível.
A primeira parte do filme fala sobre o Tupi Matriz, que são os povos indígenas. O filme mostra também que estes povos eram divididos conforme a língua que falavam e habitavam em diversas regiões do Brasil. Posteriormente é retratado os Tupis-Guaranis, que vieram da Amazônia provavelmente, e quando chegaram ao sul, se dividiram. Estes povos viveram por anos, de modo que pudessem conhecer cada detalhe da natureza, o que podiam comer ou não. Moravam em aldeias, chamadas de Malocas, que podiam suportar até 600 pessoas lá dentro, e conviviam bem uns com os outros, visto que dentro do local não havia divisões.
Os índios eram autossuficientes, sabiam construir suas casas, instrumentos de caça e de pesca, além de conseguir fazer suas próprias comidas, artesanatos e também sabiam identificar plantas para curar doenças e ferimentos. Estes Tupinambás tinham como costume se dedicar para a guerra, para conquistar territórios e também capturar inimigos, fazendo vários escravos, mas além disso celebravam inúmeras festividades. 
Os indígenas acreditavam em espíritos, que estavam em cada canto que andavam, ou em cada atividade que faziam. Eles também tinham o costume de passar conhecimento dos mais velhos para os mais novos, não existia homofobia e havia divisão de tarefas: o homem era educado desde pequeno para ser um caçador e guerreiro, de modo que pudesse defender sua tribo e trazer comida, já a mulher, trabalharia cozinhando e também no artesanato. Se um casal quisesse terminar o casamento, era muito simples, porém se ocorresse algum adultério poderia acontecer algum espancamento entre os envolvidos. 
Para Ribeiro, os índios têm uma identificação íntima, de modo que eles se reconheçam índios, com suas culturas. Quando guerreavam, havia uma enorme festividade, envolvendo rituais, que depois de feitos e com o inimigo preso em uma muçurana, este receberia golpes na cabeça, sendo então sacrificados, e logo após as mulheres da tribo os preparavam toda a comida e todos da aldeia comiam o banquete.
Uma outra tribo retratada no filme, são os índios Caapor, que queria dizer “moradores da mata”, são índios semelhantes aos povos Tubinambás. Uma diferença é que nesta aldeia cada índio tem sua casa, mas ninguém é dono da terra em que vivem. O chefe da tribo é um representante da cultura daquela tribo, mas de maneira alguma dá ordens a alguém.
O filme mostra diversas culturas dos índios que são retratadas e herdadas até os dias atuais no país, como por exemplo os frutos, ervas, vindos da natureza, banho diário, mas a maior herança que o índio deixou foi como é capaz do ser humano conviver bem com a natureza, sem devastá-la.
A segunda parte do filme retrata sobre os colonizadores portugueses. Um português que é descrito é o Príncipe Dom Henrique, que decidiu começar a construir navios que não existiam na Europa, com a finalidade de explorar os mares. Visto que Portugal é cercada deles, por conta disso, Portugal foi considerado um país de navegadores.
Foi através dos árabes que os países europeus conseguiram de desenvolver, como os navios ou até mesmo os números, que antigamente, era utilizado os números romanos, a língua árabe também era muito encontrada no país. O mesmo príncipe dito anteriormente acreditava que existiu um tempo onde era retratado no Antigo Testamento da Bíblia que havia um Deus, já no Novo Testamento, para Dom Henrique, seria o tempo do Espírito Santo, onde os homens ergueriam um paraíso na terra.
Em 1288, em Portugal, o português vira língua oficial do país, Lisboa se torna uma metrópole e é instaurada a primeira universidade. O povo diminui suas crenças no sagrado e começa a pensar mais no capital. Dom Henrique estimula cada vez mais a inovação e os estudos, principalmente da navegação. O príncipe então envia quinze expedições com a intenção de ultrapassar o Cabo Bojador, que era até onde um europeu já teria ido. A maioria dos navegadores eram pescadores ou camponeses e essa navegação só foi possível com a chegada do Renascimento, que buscava cada vez mais conhecimentos. Já que anteriormente a Igreja Católica condenava quem fosse contra seus ideais.
Em 1488 chegaram até o Cabo da Boa Esperança, descobrindo assim o Mar Índico. Com a navegação, os portugueses estabelecem alguns pontos comerciais, nas zonas costeiras, dominando assim o comércio de produtos locais, além de escravizarem negros. Os navegadores buscavam ganhar honra pela sua valentia ao enfrentar os perigos do mar. Já em 1498, Vasco da Gama chega na Índia, conhecendo um novo mundo, com pessoas diferentes, animais e línguas estranhas. 
A terceira parte do filme retrata a África, lugar que os humanos nasceram, um país com culturas e línguas variadas. Alguns povos saíram da África em direção ao Brasil, como por exemplo: povos de Angola, Congo, Moçambique, Nigéria. Estes negros começaram a ser o principal meio de construir o Brasil através de sua força, porém sendo escravos do povo branco.
Os Bantus, um dos povos da África que vieram para o Brasil, eles eram autossuficientes, faziam trabalhos de cerâmica, criavam gados e praticavam agricultura, conheciam uma variedade de plantas e também entendiam de metalurgia. Conheciam também o comércio, a moeda, o trabalho e por consequência a escravidão. Os Bantus se importavam com o ferro, atribuindo um valor importante a ele, criaram então deuses metalúrgicos. Porém a figura sagrada sempre esteve presente nestes povos, eles também acreditavam em dois mundos, sendo o visível aos olhos humanos e o invisível e que ambos se relacionavam. Além disso, acreditavam também em um criador de tudo, da natureza e dos homens.
Na cultura do povo Bantu eles prestavam cultos aos seus ancestrais, ou seja, aos mortos, já que acreditavam que estes ajudariam na fertilidade do solo, para uma boa colheita, na fertilidade das mulheres e proteção contra diversos perigos. Já no Congo, havia três divisões da sociedade, a aristocracia, os homens livres e os escravos. Para se tornar um rei, deveria praticar incesto com sua irmã, sendo assim era considerado um sem família e deste modo poderia governar a todos. Cabe lembrar que os Bantus eram um povo que dominava a arte da guerra.
No Congo, aqueles nos cargos maisaltos, colocavam os escravos para trabalhar no cultivo dos campos e estes poderiam ser comprados ou vendidos. Eram utilizados também como soldados ou agricultores ou também usados como moeda de troca no comércio.
Outros povos começaram a vir para o Brasil, como os Jejes, Nagôs e Hauçás, estes povos definiram a fisionomia cultural e biológica do povo da Bahia, Recife e de São Luís do Maranhão. Trouxeram o Candomblé, que tem suas particularidades e crenças. Os Hauçás na África tinham influência dos povos Islâmicos, então aprenderam a ler e escrever em árabe. Quando chegaram ao Brasil, por serem povos com mais conhecimentos, não poderiam fazer o mesmo serviço para os brancos poderosos, que os outros escravos realizavam.
Um outro povo conhecido como Nagô, estava presente em diferentes regiões e desta maneira, cultuavam diferentes deuses. Um dos principais deuses era Ogum, o Deus do ferro, mas também da tecnologia. Os povos africanos se desenvolviam em quatro partes: a pessoa, a comunidade, a natureza e a criação e também a tradição, o passado e a história. Tentavam representar tudo isso em arte, criando assim, estruturas artísticas singulares. O africano que veio para o Brasil perdeu sua identidade, era visto como um marginal. Para a mulher do filme, todo o trabalho feito pelos negros foi conservado e existe até hoje, diversas lutas e garras que eles tiveram para serem o que são hoje e terem seus espaços. Os mesmos mostram para todos que há muita coisa além do que o dinheiro pode comprar e vai muito além do ser da carne, mas do espírito e do sentimento. Eles contribuíram com suas crenças religiosas, músicas e também na gastronomia.
Como já foi dito acima, o povo brasileiro é a união de diversos povos, como os indígenas, que trouxeram o conhecimento da natureza e como conviver com ela, além disso, ocorreu uma fusão cultural com os portugueses e também com os negros. Estes negros trouxeram uma criatividade e uma diversidade de cultura para o Brasil, que até hoje existe.
O autor Darcy Ribeiro tenta pensar como foi a chegada dos portugueses no Brasil, os índios vendo os navios se aproximarem, e se reunindo para saber o que estava acontecendo. Estes como tinham costume, nus, com suas pinturas corporais e penas esperando o que viria. Já os portugueses viam os índios e ficavam impressionados com o comportamento destes, com a falta de vestimenta, coisas que não havia visto em nenhum local, mas ficaram encantados com tudo que viram.
O escrivão Pero Vaz de Caminha descreveu o Brasil para Portugal, como um lugar que não se sabia ainda se tinha riquezas como ouro, mas que a terra era muito bonita, com uma abundância de mares, que dariam qualquer fruto que ali perto fosse plantado, porém o que era necessário principalmente, era salvar os índios que ali estavam. Contudo, Portugal estava mais interessado com as riquezas vindas da Ásia, que não se importaram com o que tinha no Brasil.
No entanto os navegantes portugueses que ali estavam decidiram conhecer um pouco mais sobre aquela terra desconhecida. Se depararam com a árvore de madeira vermelha chamada Pau-Brasil, na qual se retira um corante para fabricar tecidos em Portugal, e em troca davam aos índios espelhos, miçangas, e outros objetos. Porém coube aos índios o papel de cortar as árvores e carregá-las até os navios portugueses.
Ao se referir a mestiçagem no Brasil, esta ocorreu de variadas formas. Uma forma retratada foi o cunhadismo, que seria uma prática feita pelos índios, com a finalidade de inserir os portugueses na sua comunidade. Desta forma eles davam uma índia e esta engravidava de um português, formando um mameluco, que seria o mestiço do índio, não era considerado índio, nem português. 
A notícia que Brasil é uma terra rica chega até Holanda e França, então os Portugueses, para conseguir proteger “suas” riquezas vão para o Brasil em 1531, de modo que começam a povoar vilas. Além de ter o intuito de fazer uma colônia que dessem riquezas e frutos para os portugueses. Porém para conseguirem isso, praticaram muito genocídio, matando os índios que ali viviam, e outras tribos conseguiram fugir para o interior, mas, quando eram encontrados, eram presos e viravam escravos. 
 Com um tempo começaram a trazer africanos para trabalhar nos engenhos de açúcar, junto com estes homens também traziam uma jovem para os senhores donos de escravos. Quando essas jovens engravidavam dos seus senhores brancos, davam origem aos mulatos, que não eram considerados africanos, nem portugueses, ou seja, eram ninguém. Estes mulatos e os mamelucos, ambos considerados “ninguém”, foram dando origem aos brasileiros. Todo brasileiro traz consigo heranças indígenas ou negras, carregam consigo a música, o jeito de falar, o jeito de andar. O filme então mostra cenas de pessoas de diferentes regiões do Brasil, para retratar como somos uma diversidade de povos, como ninguém é igual a ninguém, possuindo feições e características diferentes.
Nos primórdios da história, os franceses ou alemães, consideravam ser uma “raça pura”, criando uma certa realidade. O Brasil deve mostrar aos outros países a necessidade de aceitar o outro, aceitar as diferentes culturas, que juntas, criarão uma originalidade na mesma. Desde sempre o Brasil foi assim e então a sociedade brasileira deve inventar e melhorar a forma de viver no país.
Uma outra parte do filme mostra que o Brasil por volta do século XVI e XVII tinha uma grande riqueza através do açúcar. Ribeiro também deixa claro que cerca de 100 milhões de negros foram retirados de seu país, sua moradia, para irem às Américas, e no Brasil, vieram cerca de 12 milhões, sendo que metade faleceu no caminho ou de doenças e 3 milhões trabalhavam na produção de açúcar. O autor compara o negro a um saco de carvão, onde quando um morre, logo é substituído por outro sem importância nenhuma.
 Com a civilização do açúcar, o senhor de engenho tinha todo o poder na sua terra, mas para ter um engenho, precisava de algumas tecnologias e também vários escravos para trabalhar no local. Os donos de escravos podiam fazer tudo o que quisessem com eles, violentá-los, por exemplo a mulher do dono de escravo que ao descobrir que seu marido se relacionava com uma escrava, mandou que arrancassem todos os dentes da jovem para que esta ficasse feia. Estes escravos viviam nas senzalas, que eram como uma caixa, de modo que eles ficavam amontoados uns aos outros. Além de todo o sofrimento que passavam, eles sempre buscavam louvar aos seus orixás.
Os grupos africanos que vieram para o Brasil, não trouxeram nada de material, mas a sua energia, criatividade, ritmo, instrumentos musicais e crenças vieram consigo. Também é retratado no filme a mistura de sons, habilidade que o negro tem de criar e fundir ritmos musicais, como o rap. Ainda é visto preconceitos das pessoas com os negros na sociedade brasileira, mas já diminuiu bastante em vista como era antigamente. Ribeiro questiona por quê que há países que dá certo, mas o Brasil não? Por que o povo brasileiro considera mais o mercado mundial do que o próprio país?
Na segunda parte do filme, Darcy Ribeiro começa falando dos sertanejos, que moram no sertão do Nordeste. Um lugar onde há muito sol, com um calor intenso e pouca chuva, fazendo com que não tenha muita água no solo e este fique árido. Mesmo com toda a dificuldade que ali existe, os sertanejos conseguiram se adaptar com tudo a sua volta. É uma mistura de cultura diversificada, uma enorme criatividade, mas com uma cultura retrógrada. Muitos pensam que só há seca no Nordeste, porém esquecem do Rio São Francisco por exemplo, que nas suas margens é possível plantar uva. 
Os europeus quando vieram para o Brasil, trouxeram consigo vacas e touros, para dar carne para os patrões, estes ficavam perto dos engenhos, mas precisavam construir cercas fortes, pois se não conseguissem segurar os animais, estes iriam comer tudo que ali estava plantado. Desta forma, para evitar que o prejuízo acontecesse, afastaram os animais. Começou-se então uma economia pastoreia, que por meio da troca, trocavama carne e couros, por açúcar. As atividades pastoris eram difíceis, mas os vaqueiros conseguiram aumentar cada dia mais o número do gado.
O filme mostra que os sertanejos são uma mistura dos ameríndios com os mestiços que se deslocaram aumentando ainda mais seu número. Ao se falar do Nordeste lembra-se muito da música, dança, comidas típicas, mas a cultura do nordestino e consequentemente do sertanejo é muito rica também. Tudo começou no século XVIII, nos currais do Piauí, com a criação de gado, porém quando a seca chegava, começava a migração de famílias em busca de um lugar melhor para viver, bois morriam por falta de comidas e águas.
Os sertanejos utilizam do couro para inúmeras coisas, como cordas, malas, mochilas e outros exemplos. Foi instaurado o coronelismo, ou seja, coronéis que comandavam as inúmeras terras, que os sertanejos prestavam serviços. Estes coronéis eram respeitados por todos e viviam cercados de jagunços. No Nordeste também havia cangaceiros, que buscavam através de sua força, vingança pelos mais necessitados, roubando dos mais ricos. Porém além disso, também havia muita festa e alegria no cangaço, com músicas animadas e danças,
Caberia lembrar ainda que os sertanejos acreditavam em espíritos, profecias e aparições, Deus e Diabo, como também sacis, lobisomens e mula sem cabeça. A religião buscava sempre procurar uma salvação, “curar” os povos que sofriam. Quando as crenças no catolicismo aumentaram, alguns sertanejos ficaram cegos com tamanha devoção e faziam coisas inexplicáveis, como por exemplo, matar crianças para usar o sangue inocente para salvar o povo todo. As pessoas por sua interminável busca por uma vida melhor, exercia todas as vontades do beato que comandava toda a capela, por exemplo.
Em busca de uma vida melhor, os sertanejos saem do Nordeste e vão para o sul do Brasil trabalhar na pecuária ou para o Sudeste, em São Paulo por exemplo, para trabalhar nas indústrias e também ajudar na construção de cidades. Com suas malas e objetos eles levam consigo a cultura nordestina, com seu forró, suas danças e comidas, miscigenando e espalhando a cultura mais ainda pelo Brasil.
No Brasil caipira é mostrado que este é o morador de São Paulo, Minas Gerais, Goiás e outros estados, que se originou da mistura do índio e dos portugueses. A língua falada era uma adaptação do tupi pelos Jesuítas, ou seja, uma língua geral. É notório também a quantidade de cidades com nomes de origem indígenas, mostrando a influência que a língua tupi teve, mas que precisou ser substituída pelo português por pressão dos próprios portugueses.
Os paulistas como forma de trabalho praticaram o bandeirismo, de modo que pudessem ampliar as terras paulistas e paralelamente a isso capturavam índios, ou para que trabalhassem em suas vilas ou como moeda de troca para açúcar. Além de ampliar as terras, também procuravam pedras preciosas ou minas de ouro. Logo após os bandeirantes acharam uma pedra preta e como não reconheceu, mostrou para os portugueses, que recolheram os ouros. Estes construíam cada dia mais igrejas majestosas e as vilas iam aumentando.
Contudo o ouro acaba e vão para Minas Gerais, Goiás, procurando sempre mais. Levam consigo o gado, criam porcos, fazem toucinhos e queijos. Produzindo então a cultura que temos hoje. Com o fim do ouro, os bandeirantes se separaram e vão em busca de outra maneira de se sobreviver, alguns viram fazendeiros e outros caipiras.
Com um tempo, os escravos africanos que vieram para o Brasil, começaram a ser utilizados para as plantações de café, desta forma os caipiras passam também a praticar elementos da cultura africana, como a congada, batuque e outros. Há a formação de bairros, ou seja, casas próximas às outras e longe dos centros urbanos. Desta forma havia uma boa relação entre os moradores, já que um necessitava da ajuda do outro.
O caipira no seu lazer podia pescar, caçar, fazer coisas que gostavam, e este divertimento se aproximava das atividades que os índios praticavam. O filme também mostra a rotina de uma mulher que faz queijos e frango, enquanto seu marido trabalha tirando leite.
Com o avanço da tecnologia, os caipiras começaram a serem julgados “atrasados”, pois não tinham supermercados, eles faziam suas feiras com o que produziam, não havia indústria, já que estes produziam seus artesanatos. Posteriormente, tiveram que transformar o modo de ser, de pensar e de agir para se adequarem à nova onda da tecnologia. Ficando subordinados ao capitalismo, porém sem dinheiro para comprar tudo que queriam, sendo assim, o seu lazer diminui e começa a trabalhar dobrado. Muitos desses caipiras vão para São Paulo, cidade grande, para trabalhar na construção civil, ser porteiro ou qualquer emprego que fosse possível e sobra a periferia para morar.
O filme mostra um caipira falando sobre a sua primeira impressão ao chegar na cidade grande, este fala que ficou impressionado com a quantidade de carros, de pessoas, prédios altos. Já que na cidade que ele veio era de terra, não passava carro direito, então não estava acostumado com tudo aquilo que viu.
As pessoas que viviam nas cidades utilizam das músicas caipiras para montar festivais, como por exemplo os rodeios. Cada dia que passa os veículos da mídia divulgam propagandas de produtos com a finalidade de aumentar cada vez mais o consumismo, sendo assim, estes povos, que não têm muitas condições e dinheiro, entram na marginalização.
Na outra parte do filme também é retratado os gaúchos, uma cultura totalmente diferente das outras já retratadas. No Brasil sulino teve sua origem através dos Jesuítas espanhóis, porém antes ainda existiam os índios Guaranis. Estes Jesuítas queriam reconstruir o humano entre os índios, de modo que fizeram templos, catequizando-os, ensinando-os o latim e criaram uma sociedade. Além de conquistarem territórios, também buscavam mudar o índio, pois o índio ideal seria aquele que não eram índios, ou seja, eram disciplinados para mudar seu jeito de agir.
Os gaúchos eram uma etnia de novos mestiços de índios com os brancos pobres, com diferentes costumes e línguas. Na tentativa dos portugueses para expandir seus territórios, houve uma grande complicação para que conseguissem defender o território sul, mas conseguiram. O filme mostra diversas cenas das cidades do sul do país, principalmente a arquitetura das construções. 
Estes gaúchos eram constituídos por duas raízes: os açorianos e os poveiros. Os açorianos, das ilhas de Açores realizavam festas religiosas como por exemplo, a Festa do Divino Espírito Santo e no filme mostra toda a movimentação para fazer tal festa. Já os poveiros da Póvoa de Varzim, usavam muito da navegação para conseguir peixes.
Logo após mostrar elementos de uma casa gaúcha, o filme segue falando que os descendentes de italianos, alemães e poloneses desenvolveram a economia do Sul, onde não havia muitas pessoas habitando, existiam aqueles mais pobres, no interior. O filme mostra uma mulher fazendo a massa do macarrão e outros tipos de comidas. Além de mostrar o lazer de outros moradores, a produção de carroças e moinhos.
Algumas regiões do sul adotam a técnica dos “faxinais”, um sistema onde utilizam da terra ocupada para uso comum, tanto de pastagens como de florestas, escolhendo situações que a produção familiar combina com os recursos naturais. Tem como origem em Portugal e seria uma solução para o futuro do país. Cada família tem alguém que cuida do gado também, que fica preso entre cercas. O sul do Brasil até hoje há diferentes culturas e o filme retrata cenas de algumas delas.
Um outro povo é da Amazônia, um povo que teve uma miscigenação de brancos e africanos, dando origem aos caboclos. A Amazônia é um lugar incrivelmente vasto, com suas florestas majestosas, uma exuberância que poucos têm. Neste local há lendas e mitos, lugar das mulheres guerreiras, dos gigantes e anões, de plantas importantíssimas e animais diferentes.
Neste local também é possível notar a diversidade da natureza, como o Rio Negro e claros e uma grande biodiversidade de árvores. Esta se manteve “intacta”por diversos anos. Havia muitos índios que viviam ali, com aldeias relativamente grandes. Um século depois, com o crescimento dos europeus que ali estavam, foram matando os índios, com suas doenças como sarampo, gripe e outras. Com isso, a maioria dos índios que ali viviam, se extinguiram e depois de algum tempo, uma população que não tinha um “clã” e juntamente com os mestiços se formou uma nova sociedade.
Cabe lembrar que durante um longo período, não se falava o português na região da Amazônia, e sim, o Tupi-Guarani como primeira língua, o português só começa a ser falado oficialmente quando Dom Pedro faz uma tentativa de uniformizar uma só língua no país.
Em 1880 a região Amazônica recebe extrativistas, uma cultura de exportação e importação e uma economia que sugava mais do que deixava os investimentos naquele local. Havia naquele lugar a cultura do aviamento onde o patrão pagava com comida e tecidos e o seringueiro devia entregar os produtos coletados, mas sempre devia seu patrão.
A região da Amazônia foi preenchida no final do século XIX e no começo do século XX por pessoas do Ceará, alguns pensam que quem habita lá é descendente de índios, mas é de índios cearenses. O nordestino na Amazônia virou outra pessoa, uma outra cultura. Com a quebra da economia, Manaus, que era uma cidade desenvolvida para aquela região, que possuía eletricidade, bondes para se locomoverem, perde alguns habitantes e perde também a luz elétrica.
A rodovia Transamazônica foi feita na época da ditadura, onde os militares tentaram ligar a região da Amazônia que seria mais “atrasada” com as outras regiões do país. Porém no mesmo lugar acontece uma briga por territórios, conflitos agrários e extermínio de vários povos indígenas, que perdem seu espaço para os homens brancos. 
O filme mostra como há áreas que os donos de terra nunca pisaram, mas que são donos, ou seja, quando aquele local for interessante para ele, ele irá até lá fazer o que pretende com a área, podendo até tirar indígenas que ali moram. Posteriormente o filme retrata também os diferentes tipos de trabalhos e artesanatos da região. Além de mostrar também uma reunião de barcos em um rio para celebrar uma santa da religião católica.
Ribeiro mostra que o Brasil não é um local com economia emergente que busca competir com outros países, mas que é um local onde não se importa tanto com o índio, e muitas vezes esquece que ele está lá, isolando-o da civilização. Porém é preciso evitar que estas pessoas entrem na marginalização e desemprego. Cabe lembrar também que os índios possuem um enorme conhecimento que poderia ser repassado para os que vivem nas cidades, conhecimento sobre plantas e frutos. A região da Amazônia é importante e pode ser próspera se bem cuidada. Logo após há cenas que mostram alguns produtos vindos da floresta.
Além disso, o filme retrata que cabe à região da Amazônia saber como pertencer também a economia brasileira e internacional. É necessário “colonizar” a energia solar que o Brasil tem visto que é importante para a diversidade de produtos cultivados. Como ainda cuidar dos maiores rios do mundo que estão ali. É de uma beleza exuberante, “o jardim da terra” e que segundo Darcy Ribeiro deveria ter uma abertura controlada para todos, de modo que a sociedade pudesse conhecer tudo de belo que há ali.
Na última parte do filme é mostrado que o povo brasileiro se diversificou através do amor e da força. Quando os portugueses chegaram no Brasil, ao verem os índios, com suas belezas e particularidades, acreditaram que estavam no paraíso. Pois além do que foi dito anteriormente, a beleza das florestas, rios, e da natureza no geral, fez com que também pensassem que estavam em um lugar maravilhoso.
O Brasil formou uma cultura diversificada, mesclando religiões, Deuses, danças, músicas e outras. Além disso, por ter na sua história indígenas, pessoas de Portugal, outros imigrantes, africanos, vindos da floresta, foi criada uma cultura homogênea. Porém este processo não foi tranquilo e harmônico, os povos antigos passaram por muita coisa para se ter o Brasil que é hoje.
O filme também retrata que houve diversas lutas, já que os povos eram diferentes, porém os mais ricos e poderosos, mandavam generais para que colocassem fim nestas lutas. Uma das lutas retratadas foi a guerra dos Cabanos, onde a população que havia ali era de mestiços, índios e negros, e que todos eram explorados pelos brancos. A guerra se deu com uma revolta do povo pobre que moravam nas margens dos rios e com os proprietários de terras e comerciantes portugueses. A população da Amazônia queria viver autonomicamente, sem ter que trabalhar e ser explorados pelos brancos. Estes cabanos ganharam diversas batalhas, mas quando perderam, foram mortos, se tornando extintos.
Os escravos criaram suas sociedades, mas criaram os Palmares, que buscavam suas liberdades através das lutas, onde ganharam algumas, mas quando perdiam eram mortos ou devolvidos para seus donos.
No Brasil existiram diversos motins e guerras com a finalidade de tirar os portugueses do país e em busca da independência. Porém com a independência, as revoltas continuaram, como a dos Malês, Farroupilha, Guerra de Canudos e outras. Na guerra de Canudos, o beato conseguiu seguidores sertanejos, para lutar contra os donos de terra, de modo que conseguissem lugares para plantar. Os donos de terra então tentaram acabar com este movimento, pois temiam perder suas áreas para estes povos revoltados e matou todos que aderiram ao movimento.
O Brasil com toda a sua diversidade continua se formando e se inventando, através da tecnologia, genética, simbólica. O filme mostra também que se comparar o país com os Estados Unidos, vão acreditar que o Brasil foi algo que não deu certo, mas muita coisa deu certo. O que não deu certo foi a parte da economia, e a parte social, onde poucos tem muito e muitos têm quase nada, a educação e a saúde pública também deixam a desejar, além dos problemas de convivência e de organização. Então cabe reconhecer que há coisas para se tentar mudar e há riquezas que outros países não tem, como a enorme variedade da cultura.
Por fim, mostram que é preciso construir um país mais feliz, habitável para todos os povos que há nele, com comida para todos, emprego para todos e sem abandono de crianças por exemplo. O mais importante é inventar o Brasil que todos querem. O filme finaliza com uma variedade de imagens de algumas regiões do Brasil, do sertão à cidade grande e desenvolvida, dos diferentes povos e da beleza da natureza existente no país.
B. Indique em que local e época transcorre a história do filme? 
A história do filme se passa no Brasil em geral, em todas as suas regiões, na época da chegada dos portugueses e também no período colonial.
C. Qual é o tema central do filme e a importância para o tempo presente?
O autor buscou responder por que o Brasil não deu certo, mostrando a composição do povo brasileiro, que é formado por uma enorme miscigenação. Visto que o Brasil recebeu uma grande diversidade de povos vindos de vários países, como por exemplo os índios que já viviam no Brasil, os colonizadores portugueses, logo após os imigrantes e também os negros vindos da África, isso sem contar com todos os povos frutos de miscigenação durante a história. O filme é importante porque além de contar a história do Brasil, ele também mostra como a sociedade brasileira é formada, já que há herança genética de índios, portugueses e africanos. Além disso também tenta conscientizar a população de que não se deve ter preconceitos, pois somos um só povo, com diferentes características, porém rico em culturas. Lembrando ainda, de que a sociedade deveria se importar com a natureza, aprendendo a conviver com ela e não sem ela.
D. Explique se a perspectiva histórica do filme afirma ou se problematiza a sociedade.
O filme problematiza, visto que mostra como o Brasil foi “atacado” pelos portugueses, pois os índios já estavam no país há muito tempo. Porém os portugueses em busca de mais riquezas não se importaram de matar todos queestavam em seu caminho, mas além disso, também miscigenaram a população, formando os mamelucos. Ao mostrar o período de escravidão dos africanos no Brasil, o filme também mostra como estas pessoas ainda sofrem preconceitos raciais e sociais nos dias atuais, além de retratar como também aconteceu a miscigenação destes povos, formando os mulatos. Cabe lembrar ainda sobre como as pessoas desrespeitam e estereotipam alguns povos do próprio país e este preconceito ainda está enraizado nestas pessoas.
Desta forma pelo filme é possível concluir que o povo brasileiro é formado por uma enorme variedade de culturas e povos diferentes, por exemplo os indígenas, portugueses e africanos e todo o resultado das miscigenações. Ainda assim, o filme também questiona porque o Brasil não é tão importante como alguns países de fora, já que possui uma enorme variedade de culturas, mas não recebe o seu real valor. Além de mostrar para a nova geração de como os negros e índios sofreram no passado, e ainda sofrem com todas as desigualdades.
E. Aponte momentos do filme que mais tenha chamado sua atenção, para isso, escolha algumas cenas ou alguma sequência fílmica importante para a compreensão da obra;
Um momento do filme que me chamou a atenção foi quando uma pessoa responde sobre porque o Brasil se comparado com os países de fora, é tão desvalorizado. Visto que no país há um mosaico de miscigenação, ou seja, uma grande variedade de povos e culturas. E então afirmam que não entendem o por que que o Brasil não deu certo, com diversos motivos que a sociedade deveria tentar modificar, melhorando assim o país para todos.
F. Destaque os trechos que foram pouco compreendidos no filme ou que ficaram mais confusos no seu entendimento, para isso escolha uma cena ou sequência que tenha lhe produzido estranheza;
Um trecho que foi pouco compreendido no filme foi alguns poemas lidos que foram feitos há muito tempo, pela linguagem mais coloquial e terem sido feitos por portugueses. Além disso fiquei sem entender como se dava a prática chamada “faxinais” utilizadas no sul do país, e também como se deu a formação da população sulina, visto que é dividido por açorianos e poveiros. 
G. De acordo com os textos de apoio, indique os aspectos relativos as técnicas de filmagem do filme, exemplos:
· Ritmo das imagens: normal.
· Coloração/iluminação: algumas imagens em preto e branco, iluminação natural (luz do dia) e iluminação artificial.
· A linearidade na sequência dos acontecimentos: não linear.
· A fotografia: cena rodada durante o dia.
· A distância entre a câmera e o objeto/sujeito que foi filmado: de perto, às vezes distante.
· Os ângulos que a câmera assume para capturar o objeto filmado: câmera através do plano geral (mostra uma paisagem ou um cenário completo), plano de conjunto (mostra um enquadramento de um cenário, no qual um ou mais personagens podem ser vislumbrados e identificados facilmente), plano médio (mostra um trecho de um ambiente, geralmente com pelo menos um personagem no quadro), plano americano (mostra um único personagem enquadrado da cabeça até o joelho), primeiro plano (mostra o personagem mais fechado que o plano americano), close-up (mostra o rosto de um personagem em plano próximo ou grande plano), câmera normal (na mesma altura do olho do ator), frontal (personagem ou objeto de frente), lateral (personagem é visto de lado), traseiro (personagem é visto por trás), ¾ e ¼. 
· Os movimentos de câmera: a câmera permanece fixa em alguns momentos, outros momentos ocorre o travelling (deslocamento de câmera horizontal e vertical).
· Os cortes de cena bruscos ou não: há vários cortes durante a cena. 
· Repetições: há repetições em algumas cenas.

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