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FISIOPATOLOGIA DO COVID-19 ETIOLOGIA: · COVID-19: nome da doença causada pelo vírus SARS-CoV-2 (novo coronavírus). · Vírus de RNA fita positiva. Ou seja, o material genético do vírus é semelhante ao RNA mensageiro das células somáticas e está pronto para sofrer o processo de tradução e produção de proteínas virais após a infecção da célula. · Sars-CoV: 2003, na China. Síndrome Respiratória Aguda Grave. · Mers-CoV: 2012, na Arábia Saudita. Síndrome Respiratória do Oriente Médio. · Sars-CoV-2: 2019. Pandemia devido à grande capacidade de transmissão horizontal. TRANSMISSÃO: · RESERVATÓRIO: · Camelo, gado, gatos, morcegos e pangolim. · Transmissão zoonótica. · DESVIO ANTÍGÊNICO: · Ocorre quando uma célula hospedeira em um organismo é coinfectada por vírus de diferentes stirps. · Essa coinfecção pode produzir uma nova linhagem de vírus capaz de infectar outras espécies simultaneamente. · SARS-CoV, MERS-CoV e SARS-CoV-2, foram as 3 espécies que adquiriram essa capacidade. · Persistência do SARS-CoV-2 em superfícies por até 5 dias dependendo da superfície. · INFECTIVIDADE: · Gotículas respiratórias: produzidas por indivíduo infectado ao tossir ou espirrar. · Período de incubação: 5-12 dias. · PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE: · Para o SARS-CoV: 7 dias do D1. · Para o SARS-CoV-2: pode ocorrer mesmo sem o aparecimento de sinas e sintomas. · Recuperados: · 14 dias após D1. · Repetição de 2 testes negativos. · 72hs assintomático após 7 dias. · TRANSMISSÃO VERTICAL: · Não há presença do SARS-CoV-2 no leite materno, líquido amniótico e no sangue do cordão umbilical. · Deve ser mantido o aleitamento materno. EPIDEMIOLOGIA · GRUPO DE RISCO: · Cardiopata: uso de medicamentos da classe IECA, BRA e MRA aumentam a expressão de ECA-2. (Ex: captopril, enalapril, losartana e valsartana) · Pneumopata, imunossuprimidos e idosos. · Alguns anti-inflamatórios:ibuprofeno. FISIOPATOLOGIA: · Penetra nas células dos pneumóticos tipo 2. · O SARS-CoV-2 possui espículas com grande afinidade aos receptores de ECA-2. · Medicamentos da classe IECA, BRA e MRA aumentam a expressão de ECA-2. · Pacientes que usam esses medicamentos tem maior biodisponibilidade de receptores de ECA-2 em decorrência dos usos dos medicamentos. Isso facilita a entrada das do vírus nas células. · Propostas terapêuticas: vacinas, bloqueador de receptor de ECA-2, produzir receptor de ECA-2 solúvel para interagir com as spykes, bloqueando o vírus, ou um inibidor da molécula TMPRSS2. · SARS-CoV-2 não produz transcriptase reversa ou integrade. Expressa protease viral. O vírus é envolopado. O material genético não adentra no núcleo e sim no citoplasma. · Ao sair das células o vírus leva consigo parte da membrana plasmática da célula e isso serve com um envelope que protege o vírus contra o sistema complemento. · O pneumócito tipo 2 é o responsável por produzir novos pneumócitos tipo 1 que morrem naturalmente. · O pneumócito 2 infectado acaba morrendo levando a uma inflamação nos setos alveolares. Ocorre edema nos alvéolos. RESPOSTA IMUNE AOS VÍRUS: Mecanismos pelos quais a imunidade inata e adaptativa previne e erradica as infecções de vírus. · BARREIRAS IMUNES INATAS: · Físicas e químicas. · AÇÕES BIOLÓGICAS DOS INTERFERONS TIPO I: · IFN-alfa e beta. · INFs induzem a expressão de enzimas que bloqueiam a replicação viral. · Inibição da síntese da proteína viral, degradação do RNA viral e inibição da expressão do gene viral e montagem do vírion. · PKR, proteinoquinase ativada por RNA de dupla fita. · Aumentam a suscetibilidade das células à morte mediada pelo CTL. · IMUNIDADE CELULAR INATA: · Células NK: · Citotoxidade via baixa expressão de MHC-I. · Degranulação de vesículas com Perforinas e Granzimas. · IMUNIDADE CELULAR ADAPTATIVA: · Licenciamento pelos linfócitos TCD4. · Produção de citocina INF-gama e ligação CD40L. · Linfócitos TCD8 CTL: · Citotoxidade de MHC-I. · Degranulação de vesículas com Perforinas e Granzimas. · IMUNIDADE HUMORAL ADAPTATIVA: · ANTICORPOS: · Neutralização: um anticorpo interage com vários vírus ao mesmo tempo precipitando-os e impedindo de que eles infectem novas células. · Servem de intermediários a ADCC (citotoxidade celular dependente de anticorpos) · Opsonização: interagem nas superfícies dos vírus e induzir a fagocitose por parte dos macrófagos, neutrófilos e células dendríticas. · Podem desencadear a via clássica do sistema complemento. QUADRO CLÍNICO: · ASSINTOMÁTICOS. · SÍNDROME GRIPAL. · Febre de início súbito+ tosse seca ou dor de garganta ou dispneia, cefaleia, rinorreia, anorexia, cansaço, mialgia e sintomas gastrointestinais. · SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE. · Síndrome gripal + sinais de gravidade. (hipoxemia, taquipneia ou cianose) · Sinais Graves Cardiovasculares: hipotensão. · Outros sinais: piora do quadro, alteração do estado mental, febre mais de 3 dias e infecções secundárias.
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