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PROJETO - O PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA (1) (4)

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UNICATHEDRAL 
CENTRO UNIVERSITÁRIO CATHEDRAL 
CURSO DE DIREITO 
 
 
 
JHULLY RODRIGUES CARVALHO 
 
 
 
 
 
O PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA BASEADO NA OBRA "NA 
COLÔNIA PENAL" DE FRANZ KAFKA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CIDADE-UF 
2021 
2 
 
 
JHULLY RODRIGUES CARVALHO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA BASEADO NA OBRA "NA 
COLÔNIA PENAL" DE FRANZ KAFKA 
 
Projeto de pesquisa elaborado sob a orientação de 
conteúdo do Prof. Esp (Ms ou Dr.) João da Silva e 
orientação metodológica da Profª. Drª. Gisele Silva Lira 
de Resende, para fins de avaliação na disciplina de TCPP, 
do curso de Direito, do UniCathedral – Centro 
Universitário Cathedral 
 
 
 
 
 
CIDADE-UF 
2021 
3 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO ................................................................................ 4 
2. OBJETIVOS..................................................................................... 6 
2.1 GERAL ....................................................................................................... 6 
2.2 ESPECIFICO .............................................................................................. 6 
3. METODOLOGIA ............................................................................. 7 
4. JUSTIFICATIVA .............................................................................. 8 
5. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ....................................................... 9 
6. CRONOGRAMA ............................................................................ 13 
REFERENCIAS ....................................................................................... 14 
 
 
4 
 
1. INTRODUÇÃO 
A análise de obras literárias para a discussão de questões jurídicas é muito comum. 
Em um de seus artigos, Godoy (2003, p. 134) afirma que “ao expressar uma visão de 
mundo, a literatura traduz o que a sociedade pensa do direito. A literatura de ficção 
fornece subsídios para a compreensão da justiça e seus operadores”. Godoy se refere a 
muitas obras de ficção que nos permitem refletir sobre diferentes aspectos do direito. 
Fazer uma análise do Direito e da Literatura não significa apenas identificar 
semelhanças entre os dois ramos do conhecimento. Para estabelecer um vínculo produtivo 
entre essas disciplinas, a primeira tarefa é identificar e examinar a intersecção existente; 
depois, converta-o em melhorias teóricas individuais; em outras palavras, analisa-se o 
ponto de encontro das disciplinas, na medida em que esta análise pode beneficiar ambas, 
em um mundo acadêmico cada vez mais interdisciplinar. 
A empresa dos sonhos apresentada desempenha um papel importante na 
compreensão do conceito de direito presente no romance. O direito, na obra analisada, é 
uma instituição fantasiosa da sociedade. Por isso, é uma respeitável fonte de reflexão, em 
particular para as ciências jurídicas e também para várias outras áreas de estudo, visto que 
tem um carácter interdisciplinar. Uma característica marcante da obra que chama a 
atenção é a expressiva comparação que ocorre entre a sociedade onírica do caso narrado 
e o sistema contemporâneo, uma vez que encontramos diversos eventos atuais 
semelhantes, que embora pareçam absurdos e fictícios, são verdadeiros. (SILVA et al, 
2001) 
O combate ao crime é um tema recorrente na sociedade e merece atenção especial, 
pois envolve principalmente seres humanos, seja do lado do acusado ou da vítima. 
Encontrar alternativas viáveis capazes de proporcionar à população um sentimento de 
seguridade social e tranquilidade diante de uma ordem jurídica é uma tarefa 
extremamente difícil (MANSUR, 2019). O aumento da criminalidade produz insegurança 
que permeia todos os níveis da sociedade e ganha visibilidade na mídia. O resultado é a 
busca pelo imediatismo na solução de problemas. E a consequência é apelar para o direito 
penal para resolver o problema do crime. (COLUCCI, 2020) 
A presunção de inocência ou o princípio da inocência é um princípio 
constitucional no domínio do direito penal, que estabelece a condição de inocência como 
pré-requisito para todo acusado de ter cometido um crime. Está previsto no art. 5º, LVII 
5 
 
da Constituição Federal (ninguém será declarado culpado até que seja proferida a 
sentença definitiva), indicando que somente após o término do processo (para o qual não 
há outro remédio) e que o culpado do réu possui mostrado que o estado pode 
legitimamente impor uma sentença ao indivíduo. (MANSUR, 2019) 
A presunção de inocência é uma garantia concebida desde o princípio da 
dignidade da pessoa humana e desenvolvida a partir do devido processo legal que se 
encontra nos principais diplomas internacionais e nas constituições de praticamente todas 
as pessoas. Tão logo foi afirmado pela Constituição de 1988 (art. 5º, LVII), iniciou-se um 
processo interpretativo dos tribunais, principalmente no Supremo Tribunal Federal - “o 
guardião da Constituição”, a fim de conhecer a influência deste, agora, regra 
constitucional. 
Em um estado de direito democrático, o direito penal funciona como um limite ao 
poder de intervenção do Estado e como um meio legal para combater o crime, protegendo 
assim o indivíduo da repressão estatal incomensurável e protegendo a sociedade e seus 
membros. indivíduos. Assim, são delimitados os dois componentes do direito penal: o 
que corresponde ao Estado de Direito, protetor das liberdades individuais, e o que 
corresponde ao Estado social e conservador do interesse social, ainda que signifique 
restringir a liberdade do indivíduo. a lei prevê penas severas que, via de regra, privam ou 
restringem direitos, com prioridade sobre a privação ou restrição da liberdade. 
Este princípio pode ser implantado ou analisado a partir de duas perspectivas 
jurídicas para sua fiel aplicação, a saber, como regra de tratamento e como regra de teste. 
Como regra de tratamento, parece que o acusado deve ser considerado inocente em todo 
o processo, ou seja, desde o início do processo até a sentença final e como regra de prova, 
postula-se que o ônus, o ônus, o ônus de provar as acusações contra o acusado cabe 
inteiramente ao acusador, e o ônus de "provar sua inocência" é claramente proibido. É 
uma garantia individual genuína, fundamental e intransponível no sistema brasileiro, vista 
como corolário do Estado Democrático de Direito. (COLUCCI, 2020) 
 
6 
 
2. OBJETIVOS 
2.1 GERAL 
 Analisar o princípio da presunção de inocência baseado na obra "Na colônia 
penal" de Franz Kafka. 
2.2 ESPECIFICO 
 Contextualizar o principio da presunção de inocência; 
 Analisar comparativamente a realidade atual presente na obra De Kafka; 
 Investigar os conceitos presentes na obra e aplicáveis no direito da atualidade. 
7 
 
3. METODOLOGIA 
Devido à crise da pandemia de COVID-19, a metodologia será em uma análise 
bibliográfica, utilizando artigos e livros referentes ao tema, buscou-se material que 
contemplasse a proposta da pesquisa. Utilizou-se a base de dados Scielo e Google 
acadêmico, onde-se utilizou-se os buscadores: Princípio da presunção de inocência; Na 
colônia penal; Franz Kafka. 
Considerou-se como validos os artigos a partir de 1999 e livros de datas livres, 
sendo que o processo de análise teve 3 etapas. A primeira que consistiu na busca de termos 
e analise dos títulos, a segunda que foi a de leitura dos resumos e prefácios, e a terceira 
que foi a análise e seleção dos artigos. 
 
8 
 
4. JUSTIFICATIVA 
A literatura de Kafka antecipa aos seus leitores que a trama de um personagem, 
acusado por um desconhecido de ter cometido um crime desconhecido, é justamente a 
extinção da ordem penal vigente. E, diante dessas ideias, os juristas não duvidarão do 
caráter essencial dos estudos de Direito e Literatura, principalmente se se basearem em 
um homem de letras como Kafka, capaz de promover entre seus leitores a passagem de 
uma postura não-crítica.a uma postura crítica. 
Todas as pessoas são iguais perante as cortes e tribunais. Na determinação de 
qualquer acusação criminal contra ele, ou de seus direitos e obrigações em uma ação 
judicial, todos têm direito a uma audiência justa e pública por um tribunal competente, 
independente e imparcial estabelecido por lei. 
A imprensa e o público podem ser excluídos de todo ou parte de um julgamento 
por razões de moral, ordem pública (ordre public) ou segurança nacional em uma 
sociedade democrática, ou quando o interesse da vida privada das partes assim o exigir, 
ou na medida estritamente necessária na opinião do tribunal, em circunstâncias especiais 
em que a publicidade prejudique os interesses da justiça. Justifica-se a necessidade desse 
estudo, para que se possa melhor entender a relação do direito com a vida em sociedade. 
Ressalte-se que à época da conspiração existia um Estado de Direito, ou seja, 
estava em vigor o princípio básico do devido processo legal, que previa que todo cidadão 
teria direito a um procedimento ”que ocorre considerado natural, contraditório, 
garantindo ampla defesa, com documentos públicos e decisões fundamentadas, em que a 
presunção de inocência seja assegurada ao arguido, devendo o processo ser desenvolvido 
em prazo razoável ” 
O desconhecimento do motivo da denúncia, o desconhecimento de seus juízes, o 
desconhecimento do funcionamento do Poder Judiciário, revela por parte do autor da obra 
uma total insatisfação com o Poder Judiciário de sua época, expressa por meio deste livro, 
na forma de crítica, revelando também a arbitrariedade deste Poder, e opina deixando a 
obra para demonstrar porque o sistema é defeituoso, vulnerável, ilegítimo e injusto. 
 
9 
 
5. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
Devido à gravidade e severidade das penas, é necessário definir com a maior 
clareza possível, e por lei, as condutas que podem ser consideradas crimes e as penas 
aplicadas a quem pratica atos contrários à lei. há muito é chamado de "princípio da 
legalidade". Pelo mesmo motivo, devido à gravidade das sanções impostas, o direito penal 
deve ser utilizado como último recurso (ultima ratio) do Estado para proibir as condutas, 
exigindo também um procedimento judicial penal para verificar e provar a conduta 
incriminada e as suas consequências. consequências. circunstâncias., para que, quando 
necessário e justificado, sejam aplicadas sanções penais. (MANSUR, 2019) 
A presunção de inocência está prevista no art. 5º, inciso LVII, da Constituição 
Federal e é entendida como garantia constitucional de que o réu na ação não será 
considerado “culpado até a sentença transitada em julgado e sem recurso à condenação 
criminal”. Trata-se de um mecanismo de extrema importância no direito processual, que 
estabelece que somente o réu cuja culpa tenha sido comprovada em sentença sem 
apelação (ou seja, contra quem não haja apelação) será efetivamente considerado culpado. 
(JESKE, 2014) 
Deve-se notar também que a punição é necessária para garantir a ordem 
democrática e a harmonia social. No entanto, existem etapas a serem seguidas para tais 
penas, que estão previstas no Código de Processo Penal. Isso é de grande importância no 
contexto democrático. É isso que garante a segurança jurídica, ou seja, se o acusado 
cometer um crime previsto pelos tribunais, certamente passará por certas etapas que estão 
garantidas. (MANSUR, 2019) 
Do ponto de vista jurídico, este princípio tem dois aspectos: como um padrão de 
tratamento (no sentido de que o acusado deve ser tratado como inocente durante todo o 
processo, desde o início até a decisão final da decisão final) e como um padrão. da prova 
(no sentido de que o ônus da prova das acusações contra o acusado recai inteiramente 
sobre o acusador, o que não é o ônus de "provar sua inocência", como é regra). É uma 
garantia individual fundamental e inevitável, um corolário lógico do Estado democrático 
de direito. 
O princípio do estado de inocência, também conhecido como presunção de 
inocência, ou presunção de culpa, está consagrado em diversos diplomas internacionais e 
foi consagrado na legislação brasileira com a Constituição de 1988. A Declaração 
10 
 
Universal dos Direitos Humanos de 1948 no Artigo XI, 1, afirma: “Toda pessoa acusada 
de um ato criminoso tem direito à presunção de inocência até que sua culpa seja provada 
de acordo com a lei, em um julgamento público durante o qual todos foram concedidas 
as garantias necessárias à sua defesa. (JESKE, 2014) 
A Convenção Americana sobre Direitos Humanos, conhecida como Pacto de San 
José na Costa Rica, em seu artigo 8, 2, afirma: "Toda pessoa acusada de um crime tem o 
direito de ser presumida inocente até que a culpa seja legalmente provada.”. a 
Constituição Federal (CF) no inciso LVII do art. 5º diz que “Ninguém será declarado 
culpado até que haja uma sentença definitiva e sem recurso à sentença penal”, vemos 
Portanto, o FC deu uma garantia ainda maior ao direito do inocente, uma vez que garante 
até a sentença final e sem recurso à sentença penal, e não somente até que seja provada a 
culpabilidade do acusado, conforme estabelece a Declaração Universal e o Pacto de San 
José de Costa Rica. (MANSUR, 2019) 
O processo é um romance de Franz Kafka, que conta a história de um bancário 
(José K.) que foi processado sem saber o motivo. K. era um funcionário exemplar, 
trabalhava para um banco renomado e ocupava uma posição de grande responsabilidade. 
Ele desempenhou sua função com muita dedicação, o que o levou, em pouco tempo, a 
crescer na empresa. Na manhã de seu 30º aniversário, Josef K. foi detido em seu próprio 
quarto por dois guardas, que tomaram o café que deveria ser seu e mais tarde sugeriram 
que eram corruptos. Nesse ponto começa o pesadelo de Josef K., que foi detido sem feri-
lo. A princípio pensei que fosse uma piada dos meus colegas do banco porque não 
conseguia acreditar no que estava acontecendo. (ANTUNES, 2013) 
Josef K. acreditava que todos os mal-entendidos seriam esclarecidos e que o 
questionamento seria o momento certo para tal solução. No entanto, isso não aconteceu. 
Apesar disso, K. pediu esclarecimentos, mas em vão, pois nem o inspetor nem os guardas 
sabiam o motivo de sua prisão. Além disso, toda a história continua sem saber quem 
denunciou K. às autoridades e o verdadeiro motivo de sua prisão. A figura central luta o 
tempo todo para descobrir do que é acusado, quem o está acusando e com que base legal. 
Ele contratou um advogado na esperança de encontrar uma saída e obter informações 
sobre seu caso, mas imediatamente o despediu porque ele não estava prestando muita 
atenção ao seu caso. Todo o processo não lhe pareceu fiel, os acusadores e testemunhas 
tiveram atitudes questionáveis e absurdas. (MIRZA, 2010) 
11 
 
Que Kafka se preocupava com a Justiça, no sentido jurídico ou jurídico, deduz-se 
não só da circunstância de ter estudado Direito e de exercer a profissão de assessor 
jurídico de seguradora, mas também do fato de ser um dos poucos teóricos que escreveu 
foi o intitulado "Sobre a questão das leis". O processo permite compreender até onde 
podem chegar os regimes autoritários e as consequências do exercício arbitrário do poder 
sobre os direitos dos indivíduos; a corrupção de entidades judiciais; a violação das 
garantias processuais e, o mais interessante, a presença de uma sociedade indefesa que 
vive e assume situações absurdas com naturalidade e consegue se adaptar a elas para 
sobreviver. (JESKE, 2014) 
Os aspectos jurídicos que podemos destacar neste trabalho são muitos. A literatura 
nos ajuda a entender as instituições jurídicas de forma mais próxima e direta, e o processo 
Kafka é um claro exemplo disso, pois reflete a necessidade de certos valores e princípios 
nos quais se baseia o Estado de direito. deve necessariamente estar presente. (SILVA et 
al, 2001) 
Assim, entendemos com mais clareza a importância de instituições comoa 
segurança jurídica; a garantia do devido processo; a lei entendida como a única que emana 
do Poder Legislativo e que deve respeitar os direitos fundamentais garantidos na 
Constituição; e, finalmente, a exigência de que o Poder se submeta a essa lei porque o 
Estado existe porque a Lei o concebe e lhe concede poderes específicos unicamente com 
o objetivo de que os direitos dos cidadãos e seus direitos sejam respeitados, 
materializados e garantidos. (ANTUNES, 2013) 
Uma das preocupações de Kafka que emerge do Processo é em relação ao valor 
da segurança jurídica, que constitui um princípio fundamental do Estado de direito. 
Implica a necessidade de que todas as pessoas de uma determinada sociedade conheçam 
as leis, o sistema jurídico que rege seu comportamento para saber quais são as 
consequências jurídicas de suas ações, para as quais deve ser o conteúdo da lei, da lei. 
público e acessível a todos. (COLUCCI, 2020) 
Esse princípio pretende que as pessoas, levando em consideração 
antecipadamente as consequências de seus atos, decidam livremente como desejam se 
comportar: respeitar ou não as imposições da norma. A segurança jurídica é a certeza que 
o cidadão tem de que, ao se comportar de determinada maneira, obterá um resultado 
12 
 
concreto que antes estava previsto na norma jurídica, resultado que deve ser garantido 
pelo Estado. (MIRZA, 2010) 
Outro dos princípios e valores fundamentais dos sistemas jurídicos baseados no 
Estado de Direito e que não existe na obra em discussão é o devido processo legal. Isso 
supõe a obrigação do Estado e de seus poderes públicos de no exercício do poder 
respeitarem a regra de forma irrestrita, o que significa que toda vez que se vincularem ao 
cidadão devem garantir um conjunto de direitos: o direito à defesa; a presunção de 
inocência; o direito à segunda instância; ser ouvido com todas as devidas garantias em 
um prazo razoável; ser julgado por juízes naturais; e, finalmente, o direito de não 
testemunhar contra si mesmo. (MANSUR, 2019) 
O que se pretende com este valor é que qualquer cidadão submetido a julgamento 
ou à autoridade do poder público, seja ele judicial ou administrativo, tenha o direito de 
participar de canal processual (processo ou procedimento) previamente estabelecido, 
dentro do qual a oportunidade não apenas conhecer os motivos que deram origem às ações 
objeto de seu julgamento, mas também pode expressar as considerações de fato e de 
direito que julgar convenientes para alegar; bem como fornece as evidências relevantes 
que apoiem o seu raciocínio e que o órgão de decisão os leve em consideração. 
Ao fazer um breve passeio histórico pela dogmática criminal, um dos conceitos 
que talvez tenha oferecido as maiores dificuldades aos teóricos em sua delimitação 
conceitual é o da teoria do bem jurídico. Os obstáculos epistemológicos surgiram quando 
um despertar intelectual foi vislumbrado na humanidade com o iluminismo. A partir desse 
momento, surgiram questões profundas em torno da finalidade do direito penal, ou seja, 
qual seria o objeto de interesse e proteção do mesmo. (JESKE, 2014) 
13 
 
6. CRONOGRAMA 
Atividades Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov 
Pesquisa do 
tema 
 
Pesquisa 
bibliográfica 
 
Coleta de 
Dados 
 
Apresentação 
e discussão 
dos dados 
 
Elaboração do 
trabalho 
 
 
14 
 
REFERENCIAS 
 
ANTUNES, Flavio Augusto. Presunção de Inocência e direito penal do inimigo. Núria 
Fabris, 2013. 
COLUCCI, Pedro Henrique do Prado Haram. As Dimensões do Lawfare e a Insegurança 
Jurídica: A Normalização de um Estado Kafkiano. Revista Cadernos Internacionais, v. 
2020, n. 2, 2020. 
JESKE, Thaís Garcia. Súmula vinculante: uma abordagem à luz de Kafka. Amicus 
Curiae, v. 11, 2014. 
MANSUR, Samira Schultz. Processo judicial e empatia: estudo de caso da obra" O 
processo", de Franz Kafka. Direito-Florianópolis, 2019. 
MIRZA, Flavio. Processo justo: o ônus da prova à luz dos princípios da presunção de 
inocência e do in dubio pro reo. Revista eletrônica de direito processual, v. 5, n. 5, 
2010. 
SILVA, Wanise Cabral et al. Liberdade de imprensa x presunção de inocência. 2001.

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