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Ecologia dos Mangais e Corais

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ECOLOGIA DOS PRINCIPAIS ECOSSISTEMAS MARINHOS
ECOLOGIA DO MANGAL
Mangal, Manguezal, mangue ou mangrove é um ecossistema costeiro de transição entre os ambientes terrestre e marinho, zona úmida característica de regiões tropicais e subtropicais. Associado às margens de baías, enseadas, barras, desembocaduras de rios, lagunas e reentrâncias costeiras, onde haja encontro de águas de rios com a do mar, ou diretamente expostos à linha da costa, está sujeito ao regime das marés, sendo dominado por espécies vegetais típicas, às quais se relacionam outros componentes vegetais e animais.
Ao contrário do que acontece em praias arenosas e dunas, a cobertura vegetal do manguezal instala-se em substratos de vasa de formação recente, de pequena declividade, sob a ação diária das marés de água salgada ou, pelo menos, salobra.
O termo "mangal" também se aplica às espécies arbóreas características desse habitatnatural.
O dia do manguezal é no dia 26 de julho.
Características 
O solo 
cos de  
O solo do mangal caracteriza-se por ser úmido, salgado, lodoso, pobre em oxigênio e muito rico em nutrientes. Por possuir grande quantidade de matéria orgânica em decomposição, por vezes apresenta odor característico, mais acentuado se houver poluição. Essa matéria orgânica serve de alimento à base de uma extensa cadeia alimentar, como por exemplo, crustáceos e algumas espécies de peixes. O solo do mangal serve como habitat para diversas espécies, como caranguejos.
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Fruto de Avicennia officinalis, espécie típica do mangue.
Vegetaçao 
Em virtude do solo salino e da deficiência de oxigênio, nos manguezais predominam os vegetais halófilos, em formações de vegetação litorânea ou em formações lodosas. As suas longas raízes permitem a sustentação das árvores no solo lodoso.
Importância[editar | editar código-fonte]
Pelicano em ambiente de mangue.
Rhizophora a florescer.
Os mangais desempenham um importante papel como exportador de matéria orgânica para os estuários, contribuindo para a produtividade primária na zona costeira. Por essa razão, constituem-se em ecossistemas complexos e dos mais férteis e diversificados do planeta. A sua biodiversidade faz com que essas áreas se constituam em grandes "berçários" naturais, tanto para as espécies típicas desses ambientes, como para animais, aves, peixes, moluscos e crustáceos, que aqui encontram as condições ideais para reprodução, eclosão, cria douro e abrigo, quer tenham valor ecológico ou económico.
Com relação à pesca, os mangais produzem mais de 95% do alimento que o homem captura no mar. Por essa razão, a sua manutenção é vital para a subsistência das comunidades pesqueiras que vivem em seu entorno.
Com relação à dinâmica dos solos, a vegetação dos manguezais serve para fixar os solos, impedindo a erosão e, ao mesmo tempo, estabilizando a linha de costa.
As raízes do mangal funcionam como filtros na retenção dos sedimentos. Constituem ainda importante banco genético para a recuperação de áreas degradadas, por exemplo, como aquelas por metais pesados.
A destruição dos mangais gera grandes prejuízos, inclusive para economia, directa ou indirectamente, uma vez que são perdidas importantes fracções ecológicas desempenhadas por esses ecossistemas. Entre os problemas mais observados destacam-se o desmatamento e o aterro de mangais para dar lugar a portos, estradas, agricultura, carcinicultura estuarina, invasões urbanas e industriais, derramamento de petróleo, lançamento de esgotos, lixo, poluentes industriais, agrotóxicos, assim como a pesca predatória, onde é muito comum a captura do caranguejo-ucá durante a época de reprodução, ou seja, nas "andadas", quando torna-se presa fácil. É preciso conhecer e respeitar os ciclos naturais dos manguezais para que o uso sustentado de seus recursos seja possível.
Utilização sustentável dos mangais[editar | editar código-fonte]
Muitas actividades podem ser desenvolvidas no mangal sem lhe causar prejuízos ou danos, entre elas:
· Pesca esportiva, artesanal e de subsistência, desde que se evite a sobrepesca, a pesca de pós-larvas, juvenis e de fêmeas voadas;
· Utilização da madeira das árvores, desde que se assegure a reflorestação;
· Cultivo de ostras e outros organismos aquáticos;
· Cultivo de plantas ornamentais (orquídeas e bromélias);
· Criação de abelhas para a produção de mel;
· Desenvolvimento de actividades turísticas, recreativas, educacionais e de pesquisacientífica.
Localização[editar | editar código-fonte]
Em verde, a distribuição dos manguezais no planeta.
O ecossistema incide em regiões tropicais e subtropicais, no encontro de rios e mares, sobretudo nas costas do Atlântico e Pacífico. Estima-se que, em todo o planeta, existam cerca de 172 000 km² de mangais.
Em Moçambique[editar | editar código-fonte]
Em Moçambique constitui uma das formações vegetais mais abundantes (cobrindo cerca de 450 mil hectares) encontrando-se com maior relevância nas províncias de Nampula, Zambézia e Sofala. Em Moçambique, ocorrem 8 espécies de mangal verdadeiro: o mangal branco (Avicennia marina),vermelho (Rhizophora mucronata), negro (Bruguiera gymnorrhiza), amarelo (Ceriops tagal), maçã (Sonneratia alba), Lumnitzera racemosa, Heritiera litoralis e bola de canhão (Xylocarpus granatum).
ECOLOGIA DOS CORAIS
Recifes de corais-conceito.
SEALE (s/d) O termo recife deriva da palavra árabe "razif", que corresponde literalmente a pavimento, sendo inicialmente utilizado para a identificação de qualquer projecção rochosa, presente na superfície dos oceanos, capaz de ocasionar obstáculos para as embarcações.
Para a língua portuguesa, o termo recife está também relacionado com rochedo, ou série de rochedos, situados próximos à costa ou a ela directamente ligados, submersos ou à pequena altura da superfície do mar. 
Os recifes também podem ser definidos como rochedos à flor do mar ou a uma profundidade perigosa à navegação. O termo recife refere-se a uma estrutura rochosa, ficando em geral próximo ao nível do mar e representando qualquer obstáculo à navegação.
Também podemos designar de construção calcária constituída principalmente de esqueletos de corais, em geral encontrados associados a crostas de algas calcárias e briozoários incrustantes, somadas a outras estruturas de carbonato de cálcio de origem orgânica, como carapaças e conchas, tendo aspecto circular ou elíptico.
ASSIS (2007) define recifes de coral como sistemas complexos que incluem muitos animais e plantas, para além dos próprios corais, que são animais. 
Eles providenciam alimento e protecção a uma grande variedade de organismos vivos: trataram-se aliás, ao lado das florestas tropicais, dos sistemas com maior diversidade biológica concentrada, são formados por camadas muito finas de carbonato de cálcio que foram produzidas ao longo de milhares de anos por bilhões de pequenos cnidários coralinos.
SILVA (2009), concebe recifes de coral como um dos mais antigos e ricos ecossistemas da terra. Sendo assim, sua importância ecológica, social e económica é indiscutível. Os ambientes recifais são considerados, juntamente com as florestas tropicais, uma das mais diversas comunidades naturais do planeta.
Os recifes têm uma estrutura complexa, com muitos buracos e reentrâncias, compartilhados por diferentes animais. Eles são construídos a partir da deposição de carbonato de cálcio nos esqueletos de diversos organismos marinhos, principalmente os corais, as algas calcárias e os moluscos que tem conchas. Quando estes organismos morrem, deixam seus esqueletos que vão funcionar como fundação para novos organismos se estabelecerem, isto é, habitat destes (SILVA;2009).
Os corais são conjuntos de animais de pequenas dimensões que segregam um exosqueleto calcário ou de matéria orgânica e que formam colónias em zonas de águas muito limpas e pouco produtivas.
 
Figuras 1 e 2 ambiente recifal de corais. Fonte: André Sale-artesub.com
Localização 
Segundo SILVA (2009), os recifes de corais crescem na região fótica de mares tropicais, de forte acção de ondas suficientes para manter disponívelna coluna de água alimento e oxigénio dissolvido mas também dependendo de águas limpas e pobres em nutrientes para crescer, ao longo da linha de costa, sendo o mais difundido; sua expansão depende da inclinação do fundo marinho e da intensidade do crescimento dos corais; quando apresenta idade mais avançada, a borda do recife se projecta para o oceano e a região interior da superfície recifal submerge, devido à erosão, formando uma laguna com poucos metros de profundidade, tendo uma extensão de mais de 100 metros e apresentando um bordo recifal estreito, imediato ao litoral.
O maior recife de coral vivo encontra-se na Grande Barreira de Coral, na costa de Queensland, na Austrália.
Distribuição mundial dos recifes de coral e factores limitantes
Para CORREIA & SOVIERZOSKI (2005), a maioria das formações recifais distribuem-se no mundo entre as regiões oceânicas tropicais e subtropicais, onde a temperatura média anual da água seja igual ou superior a 20ºC, tanto com relação ao hemisfério norte quanto ao sul. Existem duas grandes extensões recifais principais: a Indopacífica e a Atlântica. Ambas as regiões possuem inúmeras formações recifais, com características e biodiversidade próprias. A região recifal Atlântica estende-se por mais de 5.900 km, desde 32º e 30'N na área das Bermudas, até 23º e 00'S no litoral do Rio de Janeiro, estando dividida em quatro províncias: Bermudas, Caribe, Brasileira e África Ocidental.
No que diz respeito a factores limitantes, a luz é essencial para o desenvolvimento das algas zooxantelas simbiontes dos corais, pois é com esta que se pode realizar a fotossíntese.
 Outro factor limitante é a salinidade, pois os recifes apresentam um maior desenvolvimento em águas cuja salinidade varia entre 32 e 35%.
Aspectos ecológicos
Para a manutenção das comunidades recifais são necessários alguns factores físicos e químicos, como a temperatura da água (igual ou superior a 20ºC), a salinidade, a ausência de turbidez, as taxas de oxigênio dissolvido e dos nutrientes, além de substratos para a fixação das larvas. Com relação às formações de recifes ao longo das costas tropicais, estas construções ocorrem em ambientes com temperatura da água superior a 20ºC, profundidades de até 40 metros, águas limpas, salinidade alta e constante. Os recifes são constituídos por esqueletos e outras estruturas calcárias de organismos mortos, principalmente invertebrados, que sofreram processos de sedimentação, estando frequentemente associados a animais coloniais de pequeno porte e algas calcárias (CORREIA & SOVIERZOSKI; 2005).
OLIVEIRA (2007), avança que os recifes de coral constituem-se em um tipo de ecossistema bentônico extremamente dependente de condições ambientais locais. Para que possa surgir é preciso a combinação dos seguintes factores:
1. Substracto calcário.
1. Ondas fortes, garantindo boa oxigenação da água e suprimento de nutrientes;
1. Salinidade constante, entre 32 e 35 ‰;
1. Pouca profundidade, até 70 metros, o que assegura boa luminosidade;
1. Temperatura alta, acima de 20 °C;
1. Águas limpas, com poucos sedimentos em suspensão.
Os recifes são verdadeiros jardins submarinos de colorido exuberante. Neles circulam cerca de 400 espécies de peixes tropicais. Para a Geografia, eles são considerados como formações rochosas que geralmente ocorre em águas costeiras relativamente rasas, cujo topo normalmente projecta-se acima da superfície do mar, pelo menos na maré baixa. Eles são construídos pelos corais, colônias de pequenas anêmonas com esqueleto calcário, que crescem sobre os esqueletos de gerações anteriores, formando verdadeiras montanhas no mar, os recifes.
Tipos de recifes
Segundo origens geológicas existem dois tipos de formações recifais de acordo com CORREIA & SOVIERZOSKI (2005):
Recife de coral
São de construção calcária constituída principalmente de esqueletos de corais, em geral se encontram associados a crostas de algas calcárias e briozoários incrustantes, somadas a outras estruturas de carbonato de cálcio de origem orgânica, como carapaças e conchas, tendo aspecto circular ou elíptico.
Recife de arenito
Constituído de arenito, resultante da consolidação de antigas praias ou a partir de um ou mais bancos de areia consolidada, à custa de sedimentação com carbonato de cálcio ou óxido de ferro, posicionado paralelamente à linha de costa.
Ainda segundo CORREIA & SOVIERZOSKI (2005), existem dois principais tipos de formações recifais, que podem originar todas as demais formas encontradas no litoral:
Recife costeiro
Localiza-se ao longo da linha da costa, sendo o mais difundido; a sua expansão depende da inclinação do fundo marinho e da intensidade do crescimento dos corais; quando apresenta idade mais avança, a borda do recife se projecta para o oceano e a região interior da superfície recifal submerge, devido à erosão, formando uma laguna com poucos metros de profundidade, tendo uma extensão de mais de 100m e apresentando um bordo recifal estreito imediato ao litoral.
Recife de plataforma
Forma-se sobre a plataforma continental ou ocorre em zonas distantes com influência desta, ou ainda em pleno oceano, rodeado em todas as partes por águas profundas, o que proporciona o seu crescimento em todas as direcções, originando-se em qualquer área do fundo marinho que se eleva até ao nível do mar, desde que existam condições ecológicas adequadas para o crescimento de corais e outros invertebrados suficientes para formá-los
Principais tipos de recifes de coral.
Para RÉ (2000), os corais podem ser de seguintes tipos:
1. Recifes em franja - são encontrados junto às massas continentais;
1. Recifes em barreira - possuem um maior desenvolvimento, usualmente com uma lagoa interna;
1. Atóis - tem formato de anel de coral com lagoa central.
 SILVA (2009) acrescenta o seguinte: 
1. Recifes em franja - crescem perto da costa ao redor de ilhas e continentes. Eles são separados da costa por estreitas e rasas lagoas. São os mais comuns, encontrados praticamente ao longo de toda a faixa tropical do litoral.
1. Recifes em barreira - também são paralelos a costa, mas separados por lagoas profundas e largas. 
 
Figuras 3 e 4. Recifes de barreira e de franja respectivamente. Fonte: WESTMACOTT; (2006).
1. Atóis - são anéis formados pelo crescimento de corais ou algas calcárias que criam uma lagoa protegida e se localizam no meio dos oceanos. O atol geralmente se forma quando topos de ilhas rodeadas por recifes em franja afundam no mar ou o nível do mar se eleva ao redor deles onde o recife em franja contínua crescendo e eventualmente forma círculos com lagoas interiores ou por outra, eles surgem quando um recife de franja se forma ao redor de um vulcão que, depois, recua embaixo da superfície do oceano enquanto o recife continua crescendo.
 
Figura 3. Atol. Fonte: WESTMACOTT; (2006) e SALE sd.
1. Recifes em mancha são pequenos, isolados e crescem na base da plataforma continental ou das ilhas. Eles ocorrem entre os recifes de franja e os recifes em barreira e variam de tamanho, raramente alcançando a superfície da água.
1. Chapeirões- são formações típicas dos recifes, com formato de coluna ou de cogumelo, que podem atingir de 5 a 25m de altura, encontrados principalmente no sul da Bahia.
Para RÉ (2000), os recifes de coral estabelecem geralmente os limites do ambiente marinho tropical. São constituídos essencialmente por madreporários, contribuindo também para a massa calcária algas (calcárias) bem como outros organismos que segregam carbonato de cálcio (ex. foraminíferos, poliquetas serpulídeos, briozoários, moluscos, cirripédios).
Segundo o mesmo autor, existem dois tipos de corais: 
Corais hermatípicos ou duros - são corais construtores em associação ou em simbiose com as microalgas zooxantelas e outras, que lhes fornecem oxigénio, carbono e compostos orgânicos nutritivos, por consequência da fotossíntese, recebendo em troca nutrientes, como por exemplo o Nitrogénio, Fósforo e gás carbónico.
Estes são somente encontrados em regiões tropicais e subtropicais e são corais durosque formam recifes, secretam carbonato de cálcio para formar um esqueleto rígido. 
Corais ahermatípicos ou moles - não formam recifes (mas podem se fixar neles) porque não constroem um esqueleto rígido, os esqueletos são proteínas em vez de calcário e somente são encontrados em zonas polares e temperadas. Não fazem simbiose com as microalgas unicelulares zooxantelas e se alimentam do plâncton.
Reprodução 
Segundo SILVA (2009), existem diferentes mecanismos de reprodução sexuada e assexuada entre os corais, dependendo da espécie. Na reprodução sexuada (encontro de células sexuais masculinas e femininas), algumas espécies são hermafroditas, ou seja, produzem espermatozóides e óvulos na mesma colónia, outras produzem apenas óvulos ou espermas em cada colónia. A fecundação (encontro dos espermatozóides e óvulos) pode ocorrer dentro dos pólipos femininos, sendo libertada na água uma larva pronta ora se fixar e gerar uma nova colónia, ou essas células são libertadas no oceano e a fecundação ocorre na água. A larva resultante da fecundação em ambos os casos é chamada de plãnula. Já a reprodução assexuada acontece por meio da divisão simples de um pólipo em dois sem ocorrer um encontro de células sexuais, este tipo de reprodução resulta na formação de clones de um pólipo original e normalmente é realizada para uma colónia crescer em tamanho, aumentando o número de pólipos.
No que tange á modo de nutrição, os pólipos carnívoros se alimentam fundamentalmente de meroplanctontes exclusivos dos recifes e o papel desempenhado pelas algas simbiontes (zooxantelas) servem indubitavelmente de alimento aos pólipos herbívoros (RÉ; 2000).
Importância
CORREIA & SOVIERZOSKI (2005), avançam que a importância dos recifes baseia-se principalmente na grande biodiversidade, tanto de animais quanto de vegetais. Muitos organismos vivem directa ou indirectamente dos encossistemas recifais, utilizando-os principalmente como área de reprodução, alimentação e refúgio. Os ecossistemas recifais possuem alta diversidade biológica, sendo o número de espécies existentes semelhante quando comparado ao das florestas tropicais. Existem espécies permanentes que passam todo o ciclo de vida junto a estas áreas, além de outras ocasionais e oportunistas que utilizam os recifes para a reprodução e alimentação.
 
Figura 4. Habitat recifal. Fonte: CORREIA & SOVIERZOSKI (2005)
ASSIS (2007) acrescenta que os recifes possuem a seguinte importância:
• Produção de alimento – em 1 km2 de recife de coral se produz cerca de 30 toneladas de pescado por ano.
• Protecção da costa - formam barreiras e evitam a erosão.
• Providenciam alimento, abrigo e protecção á cerca de um milhão de espécies marinhas, sendo um importante habitat para os peixes em crescimento.
• Proporcionam empregos através da pesca e da indústria do turismo;
• São importante atractivo turístico para os mergulhadores que querem vê-los, filmar e tirar fotografias.
• Na Medicina, Farmacologia, Odontologia - são fonte de substâncias com valor medicinal que ajudam a combater várias doenças (ex: reconstrução do tecido ósseo nos seres humanos)
• Indústria de cosméticos
• Economia - turismo
• Lazer
• Ornamentação (jóias).
Benefício dos recifes
1. Constituem uma barreira contra a força das ondas evitando a erosão; 
1. Constituem uma fonte de proteínas para a dieta alimentar da população costeira - calcula-se que num km2 de recife de coral produz cerca de 30 toneladas de pescado por ano; 
1. Propiciam alimento, abrigo e protecção a cerca de um milhão de espécies marinhas, sendo um importante viveiro para os peixes em crescimento; 
1. Proporcionam empregos através da pesca e da indústria do turismo; 
1. São importantes atractivos turístico para os mergulhadores que querem vê-los, filmar e tirar fotografias; 
1. São fonte de substâncias com valor medicinal, (SEALE s/d) 
Medidas de protecção aos recifes
Os recifes de corais estão ameaçados pelas práticas humanas e por ser um dos ecossistemas mais frágeis do mundo, nos últimos dias, cerca de 35 milhões de recifes de corais foram destruídos pelo Homem em 93 países, daí a necessidade de se desenvolver actividades que visam abrandar as ameaças, como por exemplo:
• Criação e manutenção de parques marinhos, reservas e áreas de protecção ambiental;
• Regulamentação e fiscalização da pesca – proibição da pesca de arrasto, dragas;
• Educação ambiental;
• Turismo ecológico;
• Gestão integrada dos ambientes recifais, envolvendo a comunidade;
• Pesquisas;
• Restauração de áreas degradadas (SEALE s/d).
Branqueamento de corais
Este caso encontra-se no topo das alterações nas comunidades coralinas actualmente.
Segundo WESMACOT (2006), a atmosfera e o oceano têm vindo a aquecer desde o final do século XIX e vai continuar a aquecer, devido ao aumento dos gases com efeito de estufa.
Os fenómenos El Niño Southern Oscilation (ENSO) têm aumentado de frequência e intensidade nas últimas décadas. Esta combinação, de aumento de temperatura e casos de El Niño, provocam o aumento da ocorrência de branqueamento dos corais. O branqueamento descreve a perda da relação simbiótica que os corais têm com as algas (zooxanthellae) ou com outros hospedeiros dos
quais dependem para obter parte do seu alimento. A maioria dos pigmentos dos corais coloridos depende da presença destas células de plantas. O tecido vivo dos corais sem as algas são translúcidos, e por isso o esqueleto feito de carbonato de cálcio é exposto, resultando no
aparecimento do coral branqueado.
O branqueamento dos corais é uma resposta ao stress por baixas ou altas temperaturas, luz intensa, variação de salinidade, e por outros factores físicos. 
O branqueamento é o caso extremo da variação natural das populações de algas que ocorrem em muitos corais.
Existem 3 tipos de mecanismos de branqueamento que estão associados a altas temperaturas ou luz segundo WESMACOT (2006):
1- “Animalstress bleaching”(branqueamento por stress animal),
2- “Algal-stress bleaching”(branqueamento por stress de algas) e
3- “Physiological bleaching”(branqueamento psicológico).
Embora todos sejam importantes para compreensão da interacção dos corais com o clima, dois deles são particularmente importantes para os interesses actuais: “algal-stress bleaching”, sendo uma resposta aguda ao decréscimo da fotossíntese pelas temperaturas altas e luz intensa, e “physiological bleaching”, que reflecte a depleção das reservas, a redução do tecido e biomassa e a menor capacidade para estabelecer relações simbióticas com as algas.
A temperatura limite para o branqueamento não é um valor absoluto, mas sim um valor relacionado com outros factores ambientais (WESMACOT; 2006)
O branqueamento resultante dum stress térmico não é limitado a áreas que normalmente se registam temperaturas altas. Contudo, regiões onde é normal registarem-se temperaturas mais elevadas, parecem estar mais vulneráveis ao aumento do “physiological bleaching”. 
As maiores preocupações, resultante do branqueamento de corais, são a elevada mortalidade e a prolongada fraqueza dos sobreviventes com crescimento lento e taxas de reprodução baixas.
Recifes de corais em Moçambique
MOÇAMBIQUE possui e continua apostado na protecção de recifes de corais, uma das principais riquezas marinhas nacionais. De acordo com o Quinto Relatório Nacional da Implementação da Convenção da Biodiversidade, actualmente o país possui recifes de corais com uma área de cobertura de 1890 quilómetros quadrados. 
Os corais em Moçambique encontram-se distríbuidos quase continuamente ao longo da costa norte, desde o rio Rovuma até as ilhas Primeiras e Segundas, no norte do banco de Sofala, sendo na sua maior parte corais duros, embora em algumas áreas se encontram corais moles e a partir do arquipélago de Bazaruto para Ponta do Ouro, predomina os corais moles onde podemos encontrar as ilhas de Santa Carolina e ilha de Rock.
Na Ilha de Bazaruto encontramos por exemplo o peixe azul e verde.

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