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@medvetresume O avanço da fronteira agrícola, desmatamento e queimadas, a caça de subsistência e a caça predatória, o tráfico de animais silvestres (captura e venda ilegal, para dentro e fora do País) e a introdução de espécies exóticas são fatores que geram riscos para as espécies da fauna brasileira Toda essa exploração desordenada do território brasileiro, degradam os habitats dos animais, o que leva a riscos de extinção e de mudanças ecológicas globais, como mudanças de climas além do surgimentos de epidemias Os efeitos dessas ameaças podem ser medidos pelo crescente número de animais em risco de extinção incluídos na “lista vermelha” do Ibama, elaborada, por mais de 200 cientistas, em conjunto com a Fundação Biodiversitas, a Sociedade Brasileira de Zoologia e a Conservação Internacional do Brasil. Com o devido aumento da exploração humana, houve-se um maior contato de humanos e outras espécies de animais, o que pode acarretar a disseminação de doenças zoonóticas e transmissão de doenças entre animais domésticos e selvagens. Para isso surgiu a medicina da conservação que busca compreender a dinâmica das doenças nas populações animais e seu efeito na saúde animal e humana, ou seja, no planeta. Seu objeto de estudo são as interações entre dos organismos patogênicos, as espécies e os ecossistemas. “As mudanças ecológicas globais, como intensificação da agricultura, mudança no clima do planeta, alteração e fragmentação de florestas, bem como o aumento do comércio global e as viagens intercontinentais, têm propiciado o surgimento de epidemias” - Alessandra Nava Por exemplo, podemos perceber isso, com o surgimento do SARS-CoV-2, o coronavírus, em que se acredita que o vírus passou do morcego para um mamífero intermediário, e dele para o ser humano. A transmissão de um morcego diretamente para um humano também foi apontada como uma hipótese possível e provável. Temos inúmeros exemplos de surtos e epidemias ocorrendo em diversas localidades do planeta que advém de mudanças ecológicas globais. A Medicina da Conservação une os conhecimentos em Epidemiologia e Biologia da Conservação, e busca executar ações que promovam a saúde do ecossistema através da conservação ambiental. .Os pesquisadores brasileiros Mangini e Silva (2006) definiram medicina da conservação como “a ciência para a crise da saúde ambiental e a consequente perda da diversidade biológica, desenvolvida por meio da transdisciplinaridade na execução de https://pt.wikipedia.org/wiki/Patog%C3%AAnico https://pt.wikipedia.org/wiki/Esp%C3%A9cie https://pt.wikipedia.org/wiki/Ecossistema @medvetresume pesquisas, ações de manejo e políticas públicas ambientais voltadas à manutenção da saúde de todas as comunidades biológicas e seus ecossistemas”. Lista vermelha Em 2003, o IBAMA registrou 395 espécies em perigo, entre mamíferos, aves, répteis, anfíbios e invertebrados. A maior parte dos animais ameaçados de extinção está na Mata Atlântica. Em maio de 2004, o Ministério do Meio Ambiente (através do Ibama) adicionou à lista de 2003 outras 159 espécies de peixes e 79 espécies de invertebrados aquáticos que não foram incluídas na primeira relação As duas listas somadas totalizam 633 espécies em extinção, entre animais terrestres e aquáticos. A lista classifica os animais em extintos, criticamente em perigo, em perigo e vulneráveis, de acordo com a variação dos critérios estabelecidos. São eles: redução no tamanho da população, na extensão de ocorrência ou na área de ocupação e no número de indivíduos adultos. Os critérios utilizados pelos especialistas para classificar as espécies são os adotados pela União Mundial para a Natureza (IUCN), referência internacional na elaboração das Listas Vermelhas. A indicação oficial de que alguns animais estão em perigo cumprem o papel de dar foco e prioridade nas ações de recuperação. Referências Medicina da Conservação. Almanaque Brasil socioambiental (pp.199). Capítulo: Biodiversidade. Editores: Instituto Socio Ambiental, janeiro de 2002
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