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RESUMO - FINANCIAMENTO E ALOCAÇÃO DE RECURSOS EM SAÚDE NO BRASIL

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FINANCIAMENTO E ALOCAÇÃO DE RECURSOS EM SAÚDE NO BRASIL 
ALGUNS CONCEITOS SOBRE FINANCIAMENTO DE SISTEMAS DE SAÚDE 
 Financiamento dos sistemas de saúde: fontes de recursos por meio das quais se dá o gasto em 
saúde de uma dada sociedade. 
 Esse gasto pode ser efetuado: pelo Estado (tributos ou empréstimos e doações internacionais), 
pelas famílias (compra direta de serviços e produtos, pagamento pela aquisição de planos privados 
ou poupanças individuais) e pelas empresas (compra de planos coletivos). 
 Fontes de recursos do gasto público: 
O gasto público é financiado fundamentalmente por tributos – impostos e contribuições sociais. 
o Impostos diretos – incidem sobre a renda das famílias e empresas (Imposto de renda, pessoa 
física ou jurídica) 
o Impostos indiretos – transferidos ao consumidor final, embutidos nos preços das mercadorias 
comercializadas. 
o Impostos progressivos – incidem mais do que proporcionalmente sobre aqueles que têm mais 
renda; 
o Impostos proporcionais – penalizam igualmente todos os segmentos sociais; 
o Impostos regressivos – penalizam mais do que proporcionalmente aqueles que têm menos 
renda (os mais pobres). 
Qual a esfera de governo mais adequada à competência tributária? 
Esfera local (mais transparência, melhor resposta às necessidades locais) x Governos centrais (mais 
equidade). 
 Financiamento e tipos de gastos privados em saúde 
Se dá com base na renda das famílias e das empresas. 
Exemplos de seguros e planos privados de saúde: 
o Seguro puro – cunho liberal; a saúde é de inteira responsabilidade do indivíduo e o Estavo 
intervém na provisão para grupos específicos. (EUA). 
o Seguro substitutivo – alternativo; os cidadãos devem optar por um tipo de seguro: público ou 
privado. (Holanda e Chile). 
o Seguro suplementar – os cidadãos podem optar por obter um plano se saúde que lhes 
ofereçam diferencial na hotelaria hospitalar e ambulatorial. (França e Alemanha). 
o Seguro complementar – oferece cobertura de serviços excluídos ou parcialmente cobertos pelo 
sistema público. (Canadá). 
o Brasil – suplementar. Porém não se enquadra, pois é adicional ao SUS, que é universal. Isto é, 
é um tipo de seguro privado duplicado. 
Tipos de gasto privado: 
o Pagamentos diretos: compra de bens e serviços. 
o Copagamentos ou coparticipações: utilização de serviços prestados por esquemas privados 
de asseguramento ou sistemas públicos que introduziram o usuário no financiamento 
setorial. 
o Poupanças individuais compulsórias: contas exclusivas para gastos em saúde. 
 
 
 
 Modelos de sistemas de saúde e seu financiamento 
Modelo Bismarckiano 
- Sistema de seguro social; 
- Caixas ou institutos de previdência social constituídos por grupos fechados; 
- Fonte de financiamento: contribuições individualizadas, compulsórias, proporcionais à renda, que se 
dão sobre a folha de salário, advindas de trabalhadores e/ou empresas que os contratam. 
- São contribuições obrigatórias e sem relação com o risco de adoecer. 
- Grupos de trabalhadores de acordo com: categoria profissional, setor de atividades ou trabalhadores 
de uma empresa específica. 
Modelo Liberal 
- Regulado pelo mercado; 
- Financiado predominantemente pelo gasto privado, tanto o direto quanto o decorrente da compra de 
planos e seguros de saúde privados. 
Modelo Beveridgiano 
- Sistemas nacionais de saúde, de acesso universal e regidos pela lógica da solidariedade – 
seguridade social. 
- Financiado por impostos gerais, diretos e progressivos. 
- Gasto público representa mais de 70% do gasto total. 
o Nos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econêmico (OCDE) 
observou-se uma elevação do gasto em saúde nos últimos anos em valores per capita. Motivos: 
envelhecimento populacional e a incorporação de tecnologias de alto custo em serviços destinados 
a todas as faixas etárias. 
o Modelo de asseguramento privado: maior gasto, boa parte da população é descoberta e sistema 
fortemente regressivo. Modelo de seguro social: maior gasto e menos progressivo que nos países 
com sistema nacional de saúde. 
 
FINANCIAMENTO DO SISTEMA DE SAÚDE BRASILEIRO 
O Brasil exibe uma estrutura de gato que em nada se assemelha à dos sistemas nacionais de 
saúde de cunho beveridgiano, mas se aproxima do padrão estadunidense, tido como sistema típico do 
modelo liberal. Isso acontece porque no Brasil, a participação do setor público no gasto nacional em saúde 
é baixo relativo ao gasto do setor privado, sendo o gasto público (42%) inferior ao norte-americano, cujo 
sistema é do modelo liberal. 
 Estrutura de financiamento do SUS 
Década de 1990 – forte centralização do sistema de saúde e seu financiamento em nível federal; 
Nova Carta Constitucional – Implementação da emenda constitucional n. 29 (PEC 29): ampliou a 
competência tributária de estados e municípios e elevou os níveis de transferências de tributos às esferas 
subnacionais do governo. 
Aumento da participação das esferas infranacionais no financiamento do SUS – municípios: 29% do gasto 
público estados: 26%. 
O financiamento do SUS teve considerável recuperação, mas o crescimento total dos recursos (aumentou 
1% dos gastos do PIB) ainda é insuficiente para colocar o Brasil mais próximo de outros países que 
também possuem sistema universal. 
2010 – gasto público em saúde: 3,77% do PIB 
O gasto privado no Brasil é predominantemente constituído por pagamentos diretos e secundariamente 
pelo gasto em planos e seguros de saúde. 
Os medicamentos representam o mais forte item de gasto privado direto. Mais elevada quanto menor é a 
renda. 
 Alocação de recursos 
Equidade: o princípio que rege funções distributivas, as quais têm por objetivo compensar ou superar as 
desigualdades existentes, consideradas socialmente injustas. 
A alocações de recursos para custeio deve ser realizada mediante sucessivos austes da base 
populacional, levando em conta o perfil demográfico, as desigualdades entre os custos de tratamentos 
requeridos por segmento populacional e as desigualdades entre as necessidades de saúde.

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