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Prática Processual em Audiência de Conciliação e Mediação

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UNIVERSIDADE PAULISTA INTERATIVA - UNIP 
Fabiana de Araujo Pattete Coelho - RA 0516719 
Fernando Titara Fukui - RA 1992217 
Soliane Cardias de Oliveira - RA 1985414 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cejusc – Mediação e Conciliação 
Projeto Integrado Multidisciplinar PIM VI 
 
 
 
 
 
 
 
 
Guarulhos - SP 
2020 
 
 
 
UNIVERSIDADE PAULISTA INTERATIVA - UNIP 
Fabiana de Araujo Pattete Coelho - RA 0516719 
Fernando Titara Fukui - RA 1992217 
Soliane Cardias de Oliveira - RA 1985414 
 
 
 
 
Cejusc – Mediação e Conciliação 
Projeto Integrado Multidisciplinar PIM VI 
 
 
 
 
 
Projeto Integrado Multidisciplinar VI 
apresentado à Universidade Paulista 
Interativa – UNIP, como parte da 
avaliação para obtenção do título de 
Gestor de Serviços Jurídicos 
Notariais e de Registro. 
Professor orientador: Walter Cariri de 
Lima 
 
 
 
 
Guarulhos - SP 
2020 
 
 
RESUMO 
 
Essa pesquisa analisa sob a ótica das disciplinas estudadas nesse 
bimestre a característica da prática processual em audiência de Conciliação e 
Mediação no Cejusc, como bases de estudo foram analisados os aspectos sociais, 
psicológicos, conceitos de Direito e a comunicação verbal do mediador, aonde se 
destaca a importância da condução, bem como a sua devida aplicação para o 
êxito e celeridade na resolução de conflitos nas audiências conciliatórias, 
contribuindo positivamente para execução do Direito nos litígios, desde a sua 
elaboração à sua finalização, sem a necessidade de haver parte vencedora ou 
perdedora. 
Palavras-chave: Cejusc, Mediador, pré-processual, celeridade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
This research analyzes, from the perspective of the disciplines studied 
in this two-month period, the characteristic of procedural practice in the audience of 
Conciliation and Mediation at Cejusc, as bases of study the social, psychological 
aspects, concepts of Law and the verbal communication of the mediator were 
analyzed, where it stands out the importance of driving, as well as its proper 
application for the success and speed in resolving conflicts in conciliatory hearings, 
contributing positively to the execution of the Law in litigation, from its preparation 
to its conclusion, without the need for a winning or losing party. 
 
Keywords: Cejusc, Mediator, pre-procedural, speed. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO 6 
2. DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO 7 
3. PESQUISA DIRIGIDA 10 
3.1. Como funcionam os Cejuscs (ou as audiências prévias de conciliação no 
fórum)? 10 
3.2. A estrutura dos Cejuscs (ou das audiências prévias de conciliação no 
fórum) favorece o trabalho em equipe? 10 
3.3. Como são gerenciados administrativamente os processos encaminhados 
aos Cejuscs (ou as audiências de conciliação prévia no fórum)? 11 
3.4. Quais os aspectos mais relevantes para a boa gestão dos Cejuscs, 
considerando as audiências pré-processuais e processuais de conciliação e 
mediação? 13 
3.5. Quais são os procedimentos relevantes da audiência de conciliação no 
fórum ou JEC? 13 
3.6. É obrigatório que as partes estejam assistidas por advogado nas sessões 
de conciliação e mediação pré-processual e processual? 14 
4. CONCLUSÃO 15 
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 16 
 
6 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
O Projeto Integrado Multidisciplinar (PIM) tem como principal 
característica o desenvolvimento do trabalho analítico, com base nos conceitos 
estudados nas disciplinas do período, aplicados à prática de gestão jurídica e 
administrativa. O projeto do trabalho apresentado no PIM consiste em propiciar 
condições para que o aluno desenvolva, de forma prática, seus conhecimentos 
teóricos baseados na integração multidisciplinar com as disciplinas de Formação 
para a Prática Processual; Fundamentos de Direito Administrativo; e Mediação, 
Conciliação, Negociação e Arbitragem. Nessa oportunidade de trabalho, os alunos 
poderão aplicar suas percepções e suas conclusões, bem como as técnicas e as 
metodologias típicas de uma produção científica, a partir da elaboração de 
relatório conclusivo complementado por suas ponderações. O PIM VI tem por 
finalidade inserir os estudantes no contexto das práticas de gestão, tendo em vista 
a atuação do gestor como facilitador de estratégias organizacionais. Ao propiciar 
aos estudantes uma visão ampla e integrada das formas de implementação, 
execução e avaliação dos modelos jurídico-administrativos, o PIM VI se torna mais 
uma ferramenta pedagógica a contemplar o processo de ensino-aprendizagem 
como uma metodologia de estudo teórica e prática dinâmica e inclusiva. A 
abordagem desse tema é importante, pois durante todas as atividades do Gestor 
Jurídico Notarial e de Registro faz-se necessário o conhecimento prático/teórico 
da realização e fundamentos das pratica das audiências de Conciliação e 
Mediação bem como a sua estrutura e importância, ampliando assim a nossa 
visão dos modelos das práticas jurídicas e administrativas em nossa sociedade, 
para assim atuarmos como facilitadores nas estratégias organizacionais. 
 
 
 
 
7 
 
2. DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO 
 
A conciliação e mediação foram criadas no intuído de agilizar os 
processos, pois sendo feitas assim as partes tem um momento de dialogar e tendo 
autonomia para buscar uma solução que venha a ser de interesse para ambas 
sem ter o desgaste financeiro e emocional de um processo judicial. 
De acordo com a Resolução n.125/2010 tanto o mediador quanto o 
conciliador tem como principio alguns elementos que o norteiam para que a 
audiência de conciliação ou mediação ocorra de maneira legal, sendo elas: 
competência, imparcialidade, boa-fé, confidencialidade, validação entre outros. A 
conciliação, segundo Calmon (2007), baseia-se no modelo para que as partes, 
através de diálogo na presença de conciliador, encontrem uma solução final para 
o conflito, que seja possível a ambos os envolvidos. O autor esclarece que a 
conciliação é: 
[…] o mecanismo para a obtenção da autocomposição tradicionalmente 
utilizado no processo judicial, bem como em iniciativas para processuais do Poder Judiciário, 
atividade exercida pelo juiz ou por auxiliar, funcionário da Justiça ou nomeado […] Em virtude dos 
ordenamentos processuais de civil law, o juiz é orientado a propor ou indagar sobre a possibilidade 
de acordo em diversas fases do processo judicial. Essa tradição que vem se formando nas últimas 
décadas, o Poder Judiciário tem se estruturado em grupos de conciliadores, que atuam sob 
supervisão dos juízes, substituindo-os nas audiências de conciliação, criando opções variadas e 
insistentes para a realização do acordo. (CALMON, 2007, p 141). 
Desta forma, sob o olhar das disciplinas estudadas, assistimos à 
Audiência Civil de Conciliação 09, disponível na plataforma online do site 
www.audienciasonline.com.br, referente ao Processo 0809544-39.20018.12.0001 
realizada em 19 de Junho de 2018 às 16 horas na Cidade e Comarca de Campo 
Grande/MS, 14ª vara Cível. 
Iniciado o pregão, certificaram-se as seguintes presenças: o autor 
Cristovam Rodrigues Dias, acompanhado do Dr. Ilton Pereira Barreto, Defensor 
Público; os requeridos Demerson Vieira e Dayane Sulveira, acompanhados do 
Defensor Público, Dr. Aparecido. Presentes, também, os acadêmicos Bruna Cotrin 
e Pedro Dias. Como Presidente do ato o Juiz de Direito José de Andrade Neto 
8 
 
como conciliador. O tema da audiência de tentativa de conciliação foi 
Reintegração de Posse. 
O conciliador inicia a audiência conhecendo as partes, em seguida 
citando a petição inicial e conversando com os interessados sobre o que 
ocasionou o conflito, esclarecendo a possibilidade de resolverem o litígio com um 
acordo entre as partes de forma amigável ou prosseguindo com o andamento do 
processo judicial, também aproveitou o momento para informar às partes que a 
audiência seria gravada para o desenvolvimento do projeto para estudoacadêmico, e que se aceitassem a audiência em questão, teria o seu teor 
disponibilizado em plataforma online para estudo acadêmico de acesso público. 
As partes aceitaram e a audiência seguiu com duração de aproximadamente 13 
minutos, contando desde a apresentação das partes, defensores e conciliador até 
o registro e leitura do acordo firmado. 
As partes tiveram a possibilidade de relatarem seus interesses, e o réu 
reconheceu estar em posse de um imóvel que não o pertence, propondo pagar 
pelo imóvel o valor de R$ 10.000,00 de forma parcelada. A proposta inicial foi 
rejeitada pelo autor que requereu a desocupação do seu imóvel, e expos seus 
motivos. O réu mais uma vez demostrou estar disposto a negociar e pediu um 
prazo de 60 dias para a desocupação. O requerente, por sua vez não aceitou o 
prazo, pedindo assim 30 dias. 
Ao perceber que as partes estavam dispostas a negociar, mas não 
chegava a um acordo, o conciliador atuou apresentando propostas de acordos que 
pudessem beneficiar ambas as partes, e também intervindo em momentos aonde 
a discussão do conflito começava a ficar um pouco mais acalorada, ou quando 
havia desvio do assunto/objetivo principal, ele trazia as partes para o objetivo 
central, sempre de forma respeitosa, imparcial e em alguns momentos trazendo 
propostas à resolução do litígio, o que tornou a conciliação entre as partes mais 
tranquila, chegando ao acordo entre as partes, a audiência foi finalizada após a 
leitura do termo de assentada. 
Com a leitura do acordo foi explicado os procedimentos a serem 
adotados e a audiência encerrada. Observamos que a postura e a atuação do 
conciliador favoreceram muito na dinâmica da audiência, que transcorreu de forma 
9 
 
rápida e “pratica”, pois o mesmo conduziu os interesses apresentados pelas 
partes observando os princípios da imparcialidade e das diretrizes estudadas na 
matéria Mediação, Conciliação, Negociação e Arbitragem. 
Outro ponto relevante, foi à forma com que o conciliador, iniciou a 
audiência, ao explicar aos participantes sobre a gravação da audiência para 
estudos acadêmicos, esse ato vem de encontro aos conceitos estudados na 
disciplina Fundamentos do Direito Administrativo sobre a responsabilidade 
objetiva, subjetiva, civil e criminal e da confidencialidade sobre o exercício da sua 
função do funcionário público. 
Conseguimos identificar outros pontos preponderantes na audiência 
conciliatória, quando o conciliador, mencionou que antes da audiência, foi 
verificado pelo oficial de justiça a veracidade da queixa, constatado a ocupação do 
imóvel pelo réu, e sobre o dever do cumprimento do acordo, conforme o que foi 
firmado. Destacamos assim a relevância dos estudos da Formação para a Prática 
Processual, que nos conteúdos abordados constatamos aspectos positivos quanto 
à responsabilidade dos auxiliares da justiça e do próprio conciliador. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
3. PESQUISA DIRIGIDA 
3.1. COMO FUNCIONAM OS CEJUSCS (OU AS AUDIÊNCIAS PRÉVIAS 
DE CONCILIAÇÃO NO FÓRUM)? 
O Poder Judiciário dispõem de uma unidade especializada em 
atendimento ao público para solução de conflitos o CEJUSC - Centro Judiciário de 
Solução de Conflitos e Cidadania - o qual tem como objetivo a solução consensual 
de conflitos e orientação nas matérias relativas à cidadania. O atendimento é 
voltado ao auxilio dos interessados em resolver seus problemas por meio do 
diálogo, em busca de um bom acordo que represente solução justa, rápida e 
pacificadora, com a utilização de técnicas de conciliação e mediação, sem a 
propositura de uma ação judicial. 
Toda a audiência é realizada por Conciliadores ou Mediadores 
capacitados e registrados junto ao NUPEMEC - Núcleo Permanente de Métodos 
Consensuais de Solução de Conflitos, vinculado ao Tribunal de Justiça. O Cejusc 
pode funcionar em parceria com entidades privadas, como universidades e 
associações públicas. 
O cidadão que busca a solução de um conflito, ao comparecer ao 
Cejusc, será atendido por funcionário, conciliador ou mediador para registro da 
reclamação, com um breve relato do caso. Será agendada reunião de tentativa de 
conciliação entre os cidadãos e o Cejusc emitirá carta convite à pessoa(s) 
convidada(s). No dia e horário marcados, as partes se reunirão com o conciliador 
para tentar resolver o conflito existente por meio de um acordo. 
 
3.2. A ESTRUTURA DOS CEJUSCS (OU DAS AUDIÊNCIAS PRÉVIAS DE 
CONCILIAÇÃO NO FÓRUM) FAVORECE O TRABALHO EM 
EQUIPE? 
Por ser um dos órgãos judiciário responsáveis pelo bom funcionamento 
da Política Pública, o Cejusc é estruturado basicamente por três setores: setor 
pré-processual, setor processual e setor de cidadania (artigo 10 da Resolução 
CNJ n. 125/2010). Na estrutura dos Cejuscs deve haver necessariamente um juiz 
coordenador e, eventualmente, com um adjunto, devidamente capacitados, aos 
11 
 
quais cabe a administração dos três setores e a fiscalização do serviço de 
conciliadores e mediadores. 
Devem possuir, também, ao menos um servidor com dedicação 
exclusiva, capacitado em métodos consensuais de solução de conflitos, para 
triagem e encaminhamento adequado de casos (artigo 9º da Resolução CNJ n. 
125/2010), bem como a prestação de informação e orientação aos jurisdicionados 
para garantia do legítimo direito ao acesso à ordem jurídica justa, favorecendo 
assim o desenvolvimento do trabalho em equipe. 
 
3.3. COMO SÃO GERENCIADOS ADMINISTRATIVAMENTE OS 
PROCESSOS ENCAMINHADOS AOS CEJUSCS (OU AS 
AUDIÊNCIAS DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA NO FÓRUM)? 
O Cejusc desenvolve um trabalho de fácil acesso e prático levando em 
consideração demais órgãos do judiciário. Ele presta atendimento a vários temas 
de litígio de ordem cível, familiar, fazendária, previdenciária; e podem ter como 
partes tanto pessoas físicas como jurídicas em ambos os polos. 
Para as reclamações pré-processuais no CEJUSC, não há regra de 
competência, contudo, há casos que não se pode tratar no CEJUSC, como: 
crimes contra a vida, situações previstas na Lei Maria da Penha, recuperação 
judicial, falência, invalidade de matrimônio, adoção, poder familiar, interdição e 
outros. 
Partindo da reclamação pré-processual o interessado deverá 
comparecer pessoalmente em uma unidade do Cejusc, portando seus 
documentos pessoais e dados que facilite o contato com as partes envolvidas para 
solicitar o agendamento de audiência para tentativa de acordo, na sequencia será 
expedido o termo de ajuizamento (um relatório resumido do litígio), será agendada 
a audiência de conciliação e encaminhada à carta convite para cientificar a outra 
parte. 
Na sessão agendada, se uma das partes não comparecer, a 
reclamação é arquivada. Se ambas as partes comparecem, realiza-se a audiência. 
Se não houver acordo, a reclamação é arquivada. Se as partes firmarem acordo, é 
12 
 
proferida a sentença homologatória (se for o caso, dá-se vista ao Ministério 
Público). A sentença homologatória faz coisa julgada e, se não cumprida, terá 
eficácia de título executivo judicial. 
Considerando que, para as reclamações pré-processuais do Cejusc, 
não há regra de competência, abrange-se várias matérias, tais como: divórcios 
(com possibilidade de expedição de carta de sentença, se houver partilha de bens 
imóveis, se o divórcio for consensual ou se houver dissolução de união estável), 
alimentos, reconhecimento de paternidade, desapropriação, inventário, partilha, 
guarda de menores, acidente de trânsito, desfazimento de negócio, dívidas em 
bancos e financeiras, relação de consumo, problemas de condomínio, cobrança, 
entre outros. No entanto, há casos que não se pode tratar no Cejusc, como: 
crimes contra a vida, situações previstas na Lei Maria da Penha, recuperação 
judicial, falência, invalidade de matrimônio, adoção, poder familiar, interdição e 
outros. 
No que diz respeito aos processos judiciais enviados ao Cejusc, na 
tentativa da solução do conflito, agenda-seuma data de sessão intima-se as 
partes e realiza-se a audiência. Caso não haja acordo, o processo permanece no 
mesmo estado anterior. Havendo acordo, é proferida sentença homologatória. 
Quanto às reclamações pré-processuais, essas são proferidas pelo juiz 
coordenador do Cejusc. As sentenças homologatórias, proferidas em processos 
judiciais, são elaboradas pelo juiz do cartório competente. Qualquer processo que 
se encontre no Tribunal de Justiça, aguardando julgamento de apelação, poderá 
ser remetido ao Cejusc, desde que envolva direito disponível, partes capazes e 
tenha havido citação pessoal na primeira instância. 
Neste caso, a homologação de eventual acordo será feita pelo 
Desembargador Presidente da Seção de Direito Privado. Vale ressaltar que os 
processos judiciais, ainda que tramitem na forma digital, podem ser encaminhados 
ao Cejusc. 
 
13 
 
3.4. QUAIS OS ASPECTOS MAIS RELEVANTES PARA A BOA GESTÃO 
DOS CEJUSCS, CONSIDERANDO AS AUDIÊNCIAS PRÉ-
PROCESSUAIS E PROCESSUAIS DE CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO? 
Tanto nos casos de reclamações pré-processuais, como nos processos 
judiciais, as sessões são realizadas por mediadores ou conciliadores, os quais 
devem se utilizar de técnicas adequadas, não se afastando dos princípios 
norteadores dos métodos mediativos, dispostos no Código de Ética da Resolução 
nº 125/2010 do CNJ, o CPC e a Lei de Mediação, os princípios da mediação e 
conciliação são: informalidade, oralidade, confidencialidade, busca do consenso, 
boa-fé, imparcialidade, independência e autonomia, empoderamento, isonomia 
entre as partes, autonomia da vontade, decisão informada, validação, respeito à 
ordem pública e às leis vigentes, e competência. 
 
3.5. QUAIS SÃO OS PROCEDIMENTOS RELEVANTES DA AUDIÊNCIA 
DE CONCILIAÇÃO NO FÓRUM OU JEC? 
As sessões conciliatórias nos Cejuscs são sempre um convite. As 
conciliações são conduzidas por conciliadores (do quadro próprio do Tribunal, 
mantendo-se assim a imparcialidade das sessões), capacitados pelo próprio 
Tribunal e com dedicação integral nos Cejuscs. As partes dispõem de tempo 
adequado para as tratativas conciliatórias, buscando sempre que as partes saiam 
satisfeitas com a conciliação (chegando a um acordo ou não). O Cejusc tem a 
supervisão, em tempo integral, de um juiz coordenador, que dá todo o respaldo ao 
conciliador e as partes, podendo também participar diretamente das conciliações 
no auxílio da composição entre as partes. 
Nas audiências de conciliação e mediação, as quais podem ser 
realizadas nos Cejuscs ou nos Fóruns é assegurada às partes, a confidencialidade 
das sessões conciliatórias. Os conflitos são tratados de maneira a satisfazer 
ambas as partes e de maneira mais célere. Outro ponto importante é que, as 
partes é quem decidem a melhor forma para resolução dos conflitos, enquanto na 
justiça comum quem decide o litigio é o juiz. 
 
14 
 
3.6. É OBRIGATÓRIO QUE AS PARTES ESTEJAM ASSISTIDAS POR 
ADVOGADO NAS SESSÕES DE CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO PRÉ-
PROCESSUAL E PROCESSUAL? 
Os Cejuscs são órgãos de natureza diversa, tendo por função primária 
fomentar e homologar os acordos a que as partes chegarem, atividade puramente 
formal sem caráter de jurisdição stricto sensu. Desta forma, em relação à 
reclamação pré-processual, a parte poderá estar acompanhada de advogado, o 
que não é obrigatório. Importante mencionar que neste procedimento, não há 
custas processuais nem limite do valor da causa, como também não há regra de 
competência, podendo, ainda, as partes, escolherem a unidade do Cejusc que 
melhor lhe convierem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
4. CONCLUSÃO 
Percebemos que a prática da conciliação e da mediação é muito 
importante para o cumprimento da justiça no Brasil. Contudo, há uma necessidade 
eminente em inserir os paradigmas utilizados nesse processo em nossa cultura 
através da educação, desde a mais tenra idade, para que assim possamos formar 
uma sociedade mais disposta a conciliar harmoniosamente os conflitos, os quais 
são naturais na convivência em sociedade, objetivando o bem comum, às práticas 
da boa fé, confiança e à cooperação, sem que para isso tenha que demandar a 
atuação do Poder Judiciário, contribuindo para que este, somente exerça sua 
função jurisdicional nos casos em que não seja admitida a autocomposição. A 
celeridade pela qual se obtém ou não os acordos através das audiências de 
mediação ou as conciliatórias tem apresentado resultados positivos, no que diz 
respeito a desafogar o judiciário. Também observamos com essa pesquisa, 
aspectos ambivalentes, sendo positiva a disponibilidade de justiça gratuita 
independente do valor da causa e não havendo necessidade do requerente em 
instituir advogado. Por outro lado, existe a necessidade não só das partes, mas 
também dos advogados em estarem dispostos e aptos a conciliar. Apesar de ter 
uma administração muito bem estruturada, o Poder Judiciário não atua sozinho 
por meio dos Centros Judiciários de Solução Consensual de Conflitos. As 
audiências de mediação e conciliação é uma ferramenta extremamente potente, 
basta saber maneja-la a favor de um Direito justo, contribuindo positivamente para 
que a justiça seja exercida com a menor margem de erro, haja vista, que nos 
acordos efetivados não há parte vencedora ou vencida. 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
LAGRASTA, Valeira Ferioli – Guia Prático de Funcionamento do 
Cejusc – 2ª Edição, São Paulo: IPAM – Instituto Paulista de Magistrado, 2016. 
CALMON, Petrônio. Fundamentos da mediação e da conciliação. Rio 
de Janeiro: Forense, 2007, p. 141. 
SARRO, Luis Antonio Giampaulo - Novo Código de Processo Civil: 
Principais Alterações do Sistema Processual Civil - São Paulo - Rideel, 2014. 
TAKAHASHI, Bruno - Manual de Mediação e Conciliação na Justiça 
Federal - Brasília, Fevereiro de 2019, p. 27/41. 
GUILHERME ALMEIDA, Luiz Fernando Do Vale De - Manual dos 
MESCs – Meios Extrajudiciais de Solução de Conflito - Editora Manole - Edição: 1° 
(2016). 
CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO - CNJ – Disponível em 
https://www.cnj.jus.br/programas-e-acoes/conciliacao-e-mediacao/ - Acessado em 
29/05/2020 
AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO 09 – Disponível em 
https://audienciasonline.com.br/#/audiencia/5c82b72378b3e14e47219056 - 
Acessado em 25/05/2020 
TERMO DE ASSENTADA – Disponível em 
https://cdn.audienciasonline.com.br/attachements/5c82b72378b3e14e47219056/2-
termo-assentada-audiencia-conciliacao-10.pdf - Acessado em 26/05/2020 - 
Acessado em 25/05/2020 
PETIÇÃO INICIAL – Ação de reintegração de posse com pedido liminar 
– Disponível em 
https://cdn.audienciasonline.com.br/attachements/5c82b72378b3e14e47219056/1-
peticao-inicial-audiencia-civel-conciliacao-10.pdf - Acessado em 25/05/2020 
 
 
https://audienciasonline.com.br/#/audiencia/5c82b72378b3e14e47219056%20-%20Acessado%20em%2025/05/2020
https://audienciasonline.com.br/#/audiencia/5c82b72378b3e14e47219056%20-%20Acessado%20em%2025/05/2020
https://cdn.audienciasonline.com.br/attachements/5c82b72378b3e14e47219056/1-peticao-inicial-audiencia-civel-conciliacao-10.pdf%20-%20Acessado%20em%2025/05/2020
https://cdn.audienciasonline.com.br/attachements/5c82b72378b3e14e47219056/1-peticao-inicial-audiencia-civel-conciliacao-10.pdf%20-%20Acessado%20em%2025/05/2020

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