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UNIVERSIDADE PAULISTA INTERATIVA - UNIP Fabiana de Araujo Pattete Coelho - RA 0516719 Fernando Titara Fukui - RA 1992217 Soliane Cardias de Oliveira - RA 1985414 Cejusc – Mediação e Conciliação Projeto Integrado Multidisciplinar PIM VI Guarulhos - SP 2020 UNIVERSIDADE PAULISTA INTERATIVA - UNIP Fabiana de Araujo Pattete Coelho - RA 0516719 Fernando Titara Fukui - RA 1992217 Soliane Cardias de Oliveira - RA 1985414 Cejusc – Mediação e Conciliação Projeto Integrado Multidisciplinar PIM VI Projeto Integrado Multidisciplinar VI apresentado à Universidade Paulista Interativa – UNIP, como parte da avaliação para obtenção do título de Gestor de Serviços Jurídicos Notariais e de Registro. Professor orientador: Walter Cariri de Lima Guarulhos - SP 2020 RESUMO Essa pesquisa analisa sob a ótica das disciplinas estudadas nesse bimestre a característica da prática processual em audiência de Conciliação e Mediação no Cejusc, como bases de estudo foram analisados os aspectos sociais, psicológicos, conceitos de Direito e a comunicação verbal do mediador, aonde se destaca a importância da condução, bem como a sua devida aplicação para o êxito e celeridade na resolução de conflitos nas audiências conciliatórias, contribuindo positivamente para execução do Direito nos litígios, desde a sua elaboração à sua finalização, sem a necessidade de haver parte vencedora ou perdedora. Palavras-chave: Cejusc, Mediador, pré-processual, celeridade. ABSTRACT This research analyzes, from the perspective of the disciplines studied in this two-month period, the characteristic of procedural practice in the audience of Conciliation and Mediation at Cejusc, as bases of study the social, psychological aspects, concepts of Law and the verbal communication of the mediator were analyzed, where it stands out the importance of driving, as well as its proper application for the success and speed in resolving conflicts in conciliatory hearings, contributing positively to the execution of the Law in litigation, from its preparation to its conclusion, without the need for a winning or losing party. Keywords: Cejusc, Mediator, pre-procedural, speed. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 6 2. DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO 7 3. PESQUISA DIRIGIDA 10 3.1. Como funcionam os Cejuscs (ou as audiências prévias de conciliação no fórum)? 10 3.2. A estrutura dos Cejuscs (ou das audiências prévias de conciliação no fórum) favorece o trabalho em equipe? 10 3.3. Como são gerenciados administrativamente os processos encaminhados aos Cejuscs (ou as audiências de conciliação prévia no fórum)? 11 3.4. Quais os aspectos mais relevantes para a boa gestão dos Cejuscs, considerando as audiências pré-processuais e processuais de conciliação e mediação? 13 3.5. Quais são os procedimentos relevantes da audiência de conciliação no fórum ou JEC? 13 3.6. É obrigatório que as partes estejam assistidas por advogado nas sessões de conciliação e mediação pré-processual e processual? 14 4. CONCLUSÃO 15 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 16 6 1. INTRODUÇÃO O Projeto Integrado Multidisciplinar (PIM) tem como principal característica o desenvolvimento do trabalho analítico, com base nos conceitos estudados nas disciplinas do período, aplicados à prática de gestão jurídica e administrativa. O projeto do trabalho apresentado no PIM consiste em propiciar condições para que o aluno desenvolva, de forma prática, seus conhecimentos teóricos baseados na integração multidisciplinar com as disciplinas de Formação para a Prática Processual; Fundamentos de Direito Administrativo; e Mediação, Conciliação, Negociação e Arbitragem. Nessa oportunidade de trabalho, os alunos poderão aplicar suas percepções e suas conclusões, bem como as técnicas e as metodologias típicas de uma produção científica, a partir da elaboração de relatório conclusivo complementado por suas ponderações. O PIM VI tem por finalidade inserir os estudantes no contexto das práticas de gestão, tendo em vista a atuação do gestor como facilitador de estratégias organizacionais. Ao propiciar aos estudantes uma visão ampla e integrada das formas de implementação, execução e avaliação dos modelos jurídico-administrativos, o PIM VI se torna mais uma ferramenta pedagógica a contemplar o processo de ensino-aprendizagem como uma metodologia de estudo teórica e prática dinâmica e inclusiva. A abordagem desse tema é importante, pois durante todas as atividades do Gestor Jurídico Notarial e de Registro faz-se necessário o conhecimento prático/teórico da realização e fundamentos das pratica das audiências de Conciliação e Mediação bem como a sua estrutura e importância, ampliando assim a nossa visão dos modelos das práticas jurídicas e administrativas em nossa sociedade, para assim atuarmos como facilitadores nas estratégias organizacionais. 7 2. DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO A conciliação e mediação foram criadas no intuído de agilizar os processos, pois sendo feitas assim as partes tem um momento de dialogar e tendo autonomia para buscar uma solução que venha a ser de interesse para ambas sem ter o desgaste financeiro e emocional de um processo judicial. De acordo com a Resolução n.125/2010 tanto o mediador quanto o conciliador tem como principio alguns elementos que o norteiam para que a audiência de conciliação ou mediação ocorra de maneira legal, sendo elas: competência, imparcialidade, boa-fé, confidencialidade, validação entre outros. A conciliação, segundo Calmon (2007), baseia-se no modelo para que as partes, através de diálogo na presença de conciliador, encontrem uma solução final para o conflito, que seja possível a ambos os envolvidos. O autor esclarece que a conciliação é: […] o mecanismo para a obtenção da autocomposição tradicionalmente utilizado no processo judicial, bem como em iniciativas para processuais do Poder Judiciário, atividade exercida pelo juiz ou por auxiliar, funcionário da Justiça ou nomeado […] Em virtude dos ordenamentos processuais de civil law, o juiz é orientado a propor ou indagar sobre a possibilidade de acordo em diversas fases do processo judicial. Essa tradição que vem se formando nas últimas décadas, o Poder Judiciário tem se estruturado em grupos de conciliadores, que atuam sob supervisão dos juízes, substituindo-os nas audiências de conciliação, criando opções variadas e insistentes para a realização do acordo. (CALMON, 2007, p 141). Desta forma, sob o olhar das disciplinas estudadas, assistimos à Audiência Civil de Conciliação 09, disponível na plataforma online do site www.audienciasonline.com.br, referente ao Processo 0809544-39.20018.12.0001 realizada em 19 de Junho de 2018 às 16 horas na Cidade e Comarca de Campo Grande/MS, 14ª vara Cível. Iniciado o pregão, certificaram-se as seguintes presenças: o autor Cristovam Rodrigues Dias, acompanhado do Dr. Ilton Pereira Barreto, Defensor Público; os requeridos Demerson Vieira e Dayane Sulveira, acompanhados do Defensor Público, Dr. Aparecido. Presentes, também, os acadêmicos Bruna Cotrin e Pedro Dias. Como Presidente do ato o Juiz de Direito José de Andrade Neto 8 como conciliador. O tema da audiência de tentativa de conciliação foi Reintegração de Posse. O conciliador inicia a audiência conhecendo as partes, em seguida citando a petição inicial e conversando com os interessados sobre o que ocasionou o conflito, esclarecendo a possibilidade de resolverem o litígio com um acordo entre as partes de forma amigável ou prosseguindo com o andamento do processo judicial, também aproveitou o momento para informar às partes que a audiência seria gravada para o desenvolvimento do projeto para estudoacadêmico, e que se aceitassem a audiência em questão, teria o seu teor disponibilizado em plataforma online para estudo acadêmico de acesso público. As partes aceitaram e a audiência seguiu com duração de aproximadamente 13 minutos, contando desde a apresentação das partes, defensores e conciliador até o registro e leitura do acordo firmado. As partes tiveram a possibilidade de relatarem seus interesses, e o réu reconheceu estar em posse de um imóvel que não o pertence, propondo pagar pelo imóvel o valor de R$ 10.000,00 de forma parcelada. A proposta inicial foi rejeitada pelo autor que requereu a desocupação do seu imóvel, e expos seus motivos. O réu mais uma vez demostrou estar disposto a negociar e pediu um prazo de 60 dias para a desocupação. O requerente, por sua vez não aceitou o prazo, pedindo assim 30 dias. Ao perceber que as partes estavam dispostas a negociar, mas não chegava a um acordo, o conciliador atuou apresentando propostas de acordos que pudessem beneficiar ambas as partes, e também intervindo em momentos aonde a discussão do conflito começava a ficar um pouco mais acalorada, ou quando havia desvio do assunto/objetivo principal, ele trazia as partes para o objetivo central, sempre de forma respeitosa, imparcial e em alguns momentos trazendo propostas à resolução do litígio, o que tornou a conciliação entre as partes mais tranquila, chegando ao acordo entre as partes, a audiência foi finalizada após a leitura do termo de assentada. Com a leitura do acordo foi explicado os procedimentos a serem adotados e a audiência encerrada. Observamos que a postura e a atuação do conciliador favoreceram muito na dinâmica da audiência, que transcorreu de forma 9 rápida e “pratica”, pois o mesmo conduziu os interesses apresentados pelas partes observando os princípios da imparcialidade e das diretrizes estudadas na matéria Mediação, Conciliação, Negociação e Arbitragem. Outro ponto relevante, foi à forma com que o conciliador, iniciou a audiência, ao explicar aos participantes sobre a gravação da audiência para estudos acadêmicos, esse ato vem de encontro aos conceitos estudados na disciplina Fundamentos do Direito Administrativo sobre a responsabilidade objetiva, subjetiva, civil e criminal e da confidencialidade sobre o exercício da sua função do funcionário público. Conseguimos identificar outros pontos preponderantes na audiência conciliatória, quando o conciliador, mencionou que antes da audiência, foi verificado pelo oficial de justiça a veracidade da queixa, constatado a ocupação do imóvel pelo réu, e sobre o dever do cumprimento do acordo, conforme o que foi firmado. Destacamos assim a relevância dos estudos da Formação para a Prática Processual, que nos conteúdos abordados constatamos aspectos positivos quanto à responsabilidade dos auxiliares da justiça e do próprio conciliador. 10 3. PESQUISA DIRIGIDA 3.1. COMO FUNCIONAM OS CEJUSCS (OU AS AUDIÊNCIAS PRÉVIAS DE CONCILIAÇÃO NO FÓRUM)? O Poder Judiciário dispõem de uma unidade especializada em atendimento ao público para solução de conflitos o CEJUSC - Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania - o qual tem como objetivo a solução consensual de conflitos e orientação nas matérias relativas à cidadania. O atendimento é voltado ao auxilio dos interessados em resolver seus problemas por meio do diálogo, em busca de um bom acordo que represente solução justa, rápida e pacificadora, com a utilização de técnicas de conciliação e mediação, sem a propositura de uma ação judicial. Toda a audiência é realizada por Conciliadores ou Mediadores capacitados e registrados junto ao NUPEMEC - Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos, vinculado ao Tribunal de Justiça. O Cejusc pode funcionar em parceria com entidades privadas, como universidades e associações públicas. O cidadão que busca a solução de um conflito, ao comparecer ao Cejusc, será atendido por funcionário, conciliador ou mediador para registro da reclamação, com um breve relato do caso. Será agendada reunião de tentativa de conciliação entre os cidadãos e o Cejusc emitirá carta convite à pessoa(s) convidada(s). No dia e horário marcados, as partes se reunirão com o conciliador para tentar resolver o conflito existente por meio de um acordo. 3.2. A ESTRUTURA DOS CEJUSCS (OU DAS AUDIÊNCIAS PRÉVIAS DE CONCILIAÇÃO NO FÓRUM) FAVORECE O TRABALHO EM EQUIPE? Por ser um dos órgãos judiciário responsáveis pelo bom funcionamento da Política Pública, o Cejusc é estruturado basicamente por três setores: setor pré-processual, setor processual e setor de cidadania (artigo 10 da Resolução CNJ n. 125/2010). Na estrutura dos Cejuscs deve haver necessariamente um juiz coordenador e, eventualmente, com um adjunto, devidamente capacitados, aos 11 quais cabe a administração dos três setores e a fiscalização do serviço de conciliadores e mediadores. Devem possuir, também, ao menos um servidor com dedicação exclusiva, capacitado em métodos consensuais de solução de conflitos, para triagem e encaminhamento adequado de casos (artigo 9º da Resolução CNJ n. 125/2010), bem como a prestação de informação e orientação aos jurisdicionados para garantia do legítimo direito ao acesso à ordem jurídica justa, favorecendo assim o desenvolvimento do trabalho em equipe. 3.3. COMO SÃO GERENCIADOS ADMINISTRATIVAMENTE OS PROCESSOS ENCAMINHADOS AOS CEJUSCS (OU AS AUDIÊNCIAS DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA NO FÓRUM)? O Cejusc desenvolve um trabalho de fácil acesso e prático levando em consideração demais órgãos do judiciário. Ele presta atendimento a vários temas de litígio de ordem cível, familiar, fazendária, previdenciária; e podem ter como partes tanto pessoas físicas como jurídicas em ambos os polos. Para as reclamações pré-processuais no CEJUSC, não há regra de competência, contudo, há casos que não se pode tratar no CEJUSC, como: crimes contra a vida, situações previstas na Lei Maria da Penha, recuperação judicial, falência, invalidade de matrimônio, adoção, poder familiar, interdição e outros. Partindo da reclamação pré-processual o interessado deverá comparecer pessoalmente em uma unidade do Cejusc, portando seus documentos pessoais e dados que facilite o contato com as partes envolvidas para solicitar o agendamento de audiência para tentativa de acordo, na sequencia será expedido o termo de ajuizamento (um relatório resumido do litígio), será agendada a audiência de conciliação e encaminhada à carta convite para cientificar a outra parte. Na sessão agendada, se uma das partes não comparecer, a reclamação é arquivada. Se ambas as partes comparecem, realiza-se a audiência. Se não houver acordo, a reclamação é arquivada. Se as partes firmarem acordo, é 12 proferida a sentença homologatória (se for o caso, dá-se vista ao Ministério Público). A sentença homologatória faz coisa julgada e, se não cumprida, terá eficácia de título executivo judicial. Considerando que, para as reclamações pré-processuais do Cejusc, não há regra de competência, abrange-se várias matérias, tais como: divórcios (com possibilidade de expedição de carta de sentença, se houver partilha de bens imóveis, se o divórcio for consensual ou se houver dissolução de união estável), alimentos, reconhecimento de paternidade, desapropriação, inventário, partilha, guarda de menores, acidente de trânsito, desfazimento de negócio, dívidas em bancos e financeiras, relação de consumo, problemas de condomínio, cobrança, entre outros. No entanto, há casos que não se pode tratar no Cejusc, como: crimes contra a vida, situações previstas na Lei Maria da Penha, recuperação judicial, falência, invalidade de matrimônio, adoção, poder familiar, interdição e outros. No que diz respeito aos processos judiciais enviados ao Cejusc, na tentativa da solução do conflito, agenda-seuma data de sessão intima-se as partes e realiza-se a audiência. Caso não haja acordo, o processo permanece no mesmo estado anterior. Havendo acordo, é proferida sentença homologatória. Quanto às reclamações pré-processuais, essas são proferidas pelo juiz coordenador do Cejusc. As sentenças homologatórias, proferidas em processos judiciais, são elaboradas pelo juiz do cartório competente. Qualquer processo que se encontre no Tribunal de Justiça, aguardando julgamento de apelação, poderá ser remetido ao Cejusc, desde que envolva direito disponível, partes capazes e tenha havido citação pessoal na primeira instância. Neste caso, a homologação de eventual acordo será feita pelo Desembargador Presidente da Seção de Direito Privado. Vale ressaltar que os processos judiciais, ainda que tramitem na forma digital, podem ser encaminhados ao Cejusc. 13 3.4. QUAIS OS ASPECTOS MAIS RELEVANTES PARA A BOA GESTÃO DOS CEJUSCS, CONSIDERANDO AS AUDIÊNCIAS PRÉ- PROCESSUAIS E PROCESSUAIS DE CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO? Tanto nos casos de reclamações pré-processuais, como nos processos judiciais, as sessões são realizadas por mediadores ou conciliadores, os quais devem se utilizar de técnicas adequadas, não se afastando dos princípios norteadores dos métodos mediativos, dispostos no Código de Ética da Resolução nº 125/2010 do CNJ, o CPC e a Lei de Mediação, os princípios da mediação e conciliação são: informalidade, oralidade, confidencialidade, busca do consenso, boa-fé, imparcialidade, independência e autonomia, empoderamento, isonomia entre as partes, autonomia da vontade, decisão informada, validação, respeito à ordem pública e às leis vigentes, e competência. 3.5. QUAIS SÃO OS PROCEDIMENTOS RELEVANTES DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO NO FÓRUM OU JEC? As sessões conciliatórias nos Cejuscs são sempre um convite. As conciliações são conduzidas por conciliadores (do quadro próprio do Tribunal, mantendo-se assim a imparcialidade das sessões), capacitados pelo próprio Tribunal e com dedicação integral nos Cejuscs. As partes dispõem de tempo adequado para as tratativas conciliatórias, buscando sempre que as partes saiam satisfeitas com a conciliação (chegando a um acordo ou não). O Cejusc tem a supervisão, em tempo integral, de um juiz coordenador, que dá todo o respaldo ao conciliador e as partes, podendo também participar diretamente das conciliações no auxílio da composição entre as partes. Nas audiências de conciliação e mediação, as quais podem ser realizadas nos Cejuscs ou nos Fóruns é assegurada às partes, a confidencialidade das sessões conciliatórias. Os conflitos são tratados de maneira a satisfazer ambas as partes e de maneira mais célere. Outro ponto importante é que, as partes é quem decidem a melhor forma para resolução dos conflitos, enquanto na justiça comum quem decide o litigio é o juiz. 14 3.6. É OBRIGATÓRIO QUE AS PARTES ESTEJAM ASSISTIDAS POR ADVOGADO NAS SESSÕES DE CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO PRÉ- PROCESSUAL E PROCESSUAL? Os Cejuscs são órgãos de natureza diversa, tendo por função primária fomentar e homologar os acordos a que as partes chegarem, atividade puramente formal sem caráter de jurisdição stricto sensu. Desta forma, em relação à reclamação pré-processual, a parte poderá estar acompanhada de advogado, o que não é obrigatório. Importante mencionar que neste procedimento, não há custas processuais nem limite do valor da causa, como também não há regra de competência, podendo, ainda, as partes, escolherem a unidade do Cejusc que melhor lhe convierem. 15 4. CONCLUSÃO Percebemos que a prática da conciliação e da mediação é muito importante para o cumprimento da justiça no Brasil. Contudo, há uma necessidade eminente em inserir os paradigmas utilizados nesse processo em nossa cultura através da educação, desde a mais tenra idade, para que assim possamos formar uma sociedade mais disposta a conciliar harmoniosamente os conflitos, os quais são naturais na convivência em sociedade, objetivando o bem comum, às práticas da boa fé, confiança e à cooperação, sem que para isso tenha que demandar a atuação do Poder Judiciário, contribuindo para que este, somente exerça sua função jurisdicional nos casos em que não seja admitida a autocomposição. A celeridade pela qual se obtém ou não os acordos através das audiências de mediação ou as conciliatórias tem apresentado resultados positivos, no que diz respeito a desafogar o judiciário. Também observamos com essa pesquisa, aspectos ambivalentes, sendo positiva a disponibilidade de justiça gratuita independente do valor da causa e não havendo necessidade do requerente em instituir advogado. Por outro lado, existe a necessidade não só das partes, mas também dos advogados em estarem dispostos e aptos a conciliar. Apesar de ter uma administração muito bem estruturada, o Poder Judiciário não atua sozinho por meio dos Centros Judiciários de Solução Consensual de Conflitos. As audiências de mediação e conciliação é uma ferramenta extremamente potente, basta saber maneja-la a favor de um Direito justo, contribuindo positivamente para que a justiça seja exercida com a menor margem de erro, haja vista, que nos acordos efetivados não há parte vencedora ou vencida. 16 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS LAGRASTA, Valeira Ferioli – Guia Prático de Funcionamento do Cejusc – 2ª Edição, São Paulo: IPAM – Instituto Paulista de Magistrado, 2016. CALMON, Petrônio. Fundamentos da mediação e da conciliação. Rio de Janeiro: Forense, 2007, p. 141. SARRO, Luis Antonio Giampaulo - Novo Código de Processo Civil: Principais Alterações do Sistema Processual Civil - São Paulo - Rideel, 2014. TAKAHASHI, Bruno - Manual de Mediação e Conciliação na Justiça Federal - Brasília, Fevereiro de 2019, p. 27/41. GUILHERME ALMEIDA, Luiz Fernando Do Vale De - Manual dos MESCs – Meios Extrajudiciais de Solução de Conflito - Editora Manole - Edição: 1° (2016). CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO - CNJ – Disponível em https://www.cnj.jus.br/programas-e-acoes/conciliacao-e-mediacao/ - Acessado em 29/05/2020 AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO 09 – Disponível em https://audienciasonline.com.br/#/audiencia/5c82b72378b3e14e47219056 - Acessado em 25/05/2020 TERMO DE ASSENTADA – Disponível em https://cdn.audienciasonline.com.br/attachements/5c82b72378b3e14e47219056/2- termo-assentada-audiencia-conciliacao-10.pdf - Acessado em 26/05/2020 - Acessado em 25/05/2020 PETIÇÃO INICIAL – Ação de reintegração de posse com pedido liminar – Disponível em https://cdn.audienciasonline.com.br/attachements/5c82b72378b3e14e47219056/1- peticao-inicial-audiencia-civel-conciliacao-10.pdf - Acessado em 25/05/2020 https://audienciasonline.com.br/#/audiencia/5c82b72378b3e14e47219056%20-%20Acessado%20em%2025/05/2020 https://audienciasonline.com.br/#/audiencia/5c82b72378b3e14e47219056%20-%20Acessado%20em%2025/05/2020 https://cdn.audienciasonline.com.br/attachements/5c82b72378b3e14e47219056/1-peticao-inicial-audiencia-civel-conciliacao-10.pdf%20-%20Acessado%20em%2025/05/2020 https://cdn.audienciasonline.com.br/attachements/5c82b72378b3e14e47219056/1-peticao-inicial-audiencia-civel-conciliacao-10.pdf%20-%20Acessado%20em%2025/05/2020
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