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MIOPATIA DE CAPTURA EM ANIMAIS SILVESTRES

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UNIVERSIDADE JOSÉ DO ROSÁRIO VELLANO - UNIFENAS 
CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA 
ANA BEATRIZ DOS SANTOS QUEIROZ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MIOPATIA DE CAPTURA EM ANIMAIS SILVESTRES 
 
 
 
 
Atividade avaliativa referente à disciplina de 
Manejo de animais silvestres no curso de 
Medicina Veterinária da Universidade José 
do Rosário Vellano – UNIFENAS – Sob 
orientação da Professora: Poliana Silva 
Beker dos Reis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Alfenas-MG 
2020 
INTRODUÇÃO 
 
A miopatia de captura (MC) é uma síndrome produzida no processo de 
contenção, manuseio e transporte de animais selvagens, em que o estresse 
envolvido é a principal causa. Altos níveis de estresse em um animal selvagem 
podem gerar uma série de alterações fisiológicas como, o uso do metabolismo 
anaeróbio produzindo grande quantidade de ácido lático ocasionando o seu 
acúmulo, severa acidose metabólica, necrose muscular secundária. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A miopatia de captura é uma patologia não infecciosa que ocorre em animais 
selvagens quando eles são capturado. Existem espécies mais suscetíveis a sofrer 
essa patologia do que outras, sendo o MC mais frequente em aves e pequenos 
artiodáctilos, muito raros em primatas e carnívoros. Essa patologia está intimamente 
ligada ao estresse que ocorre no momento da captura. 
Os fatores estressores são divididos em somáticos, psicológicos e 
comportamentais. Os estressores somáticos ocorrem durante a contenção dos 
animais e são numerosos, sendo o mais importantes, a restrição física, ruídos 
estranhos, estímulos visuais, estímulos olfativos, até estímulos relacionados ao 
paladar daqueles animais que tendem a morder qualquer objeto que seja colocado 
escopo. Os estressores psicológicos têm maior incidência em espécies mais altas, 
como primatas e até o homem, embora também sejam importantes durante o 
cativeiro e a restrição em muitos outros animais, a ansiedade, agressividade e 
frustração são os principais. Os estressores comportamentais são intimamente 
relacionado ao confinamento de animais em cativeiro. 
Por outro lado, a miopatia de captura vem como um obstáculo ao manuseio 
seguro de espécies da fauna selvagem, pois o grande desafio associado ao manejo 
no momento de contenção é o desenvolvimento de técnicas que deixa o animal com 
o mínimo de estresse e risco de mortalidade, já que a captura de animais selvagens, 
é uma prática comum. 
A forma de contenção nos animais, necessita-se de práticas de manejo, 
sendo um dos principais problemas que levam o animal ao estresse. Determinadas 
contenções no animal pode acarretar o estresse aguda ou alguma reação do 
organismo como forma de alarme. 
 Quando o estímulo é muito intenso ou e prolongado o equilíbrio de 
homeostasia acaba, afetando várias funções fisiológicas, promovendo efeitos 
negativos no crescimento, metabolismo, circulação, reprodução e resposta 
imunológica. 
 
Patogenia 
A patogenia da miopatia de captura envolve duas teorias inter-relacionadas: a 
alteração do pH e a hipóxia tecidual, levando fibras musculares à morte e libera 
potássio, mioglobina e lactato, substâncias que fazem um importante papel na 
gênese da miopatia. O potássio age na musculatura cardíaca produzindo fibrilação, 
e a hiperpotassemia seria a morte por insuficiência cardíaca. A hiperglobulinemia, 
com o excesso toxicidade da mioglobina, leva a necrose tubular aguda que por sua 
vez induz a insuficiência renal aguda. As principais alterações laboratoriais são 
acidose, elevação da creatinina fosfoquinase e de desidrogenase láctica, sendo 
menos frequente a hiperpotassemia. Uma das formas de diagnóstico da miopatia é 
a medição de lactato desidrogenase sérica (LDH), por ser um importante marcador 
de lesão muscular. 
A LDH é uma enzima presente em vários tecidos, em especial no músculo 
esquelético, músculo cardíaco, fígado e eritrócitos, mas também nos rins, osso e 
pulmões. O uso em excesso do metabolismo anaeróbico faz com que o piruvato 
sofra redução para produzir lactato, utilizando o NADH produzido na fase oxidativa. 
Ocorre nos eritrócitos, onde não possui mitocôndrias e no músculo esquelético 
durante exercício prolongado. 
 O aumento de LDH pode ser por lesões musculares e deficiência de vitamina 
E, selênio e mioglobinúria. É uma enzima que se apresenta como um bom indicador 
de lesão muscular, porém utiliza-se em conjunto com CK e AST para monitorar a 
intensidade de exercícios. A principal forma de tratamento para a miopatia de 
captura é a prevenção. 
 
Sinais Clínicos 
 
Os sinais clínicos da miopatia de captura podem aparecer em algumas horas 
ou até semanas após a captura do animal devido à dor, rigidez, função inadequada 
de alguns músculos em seguida de paresia, paralisia total e prostração. Outro ponto 
é a respiração difícil e taquicardia sinais esses comuns em casos de miopatia, com 
também a mioglobinúria é um achado de sintomas. Ademais, certos animais morrem 
por insuficiência cardíaca aguda em um mês após a captura sem mostrar sinais 
clínicos. 
 
 
Há quatro fases de extrema importância em miopatia por captura: 
 
● Hiperagudo: Ocorre a morte do animal em poucos minutos por insuficiência 
cardíaca. 
● Aguda: Fase menos grave, pois pode acontecer ruptura muscular e o animal 
ficar em pé, mas com sintomas de ataxia, sendo que a morte acontece após 
24 ou 48 horas. 
● Subaguda: Possui baixa gravidade, com uma acidose causada pelo dano 
muscular e renal. Os animais acometidos caem, com o pescoço dobrado para 
trás. Assim, a morte ocorre em pouco dias. 
● Crônica: Os animais sobrevivem vários dias ou meses até morrerem de 
ataque cardíaco. 
 
Existem outras quatro síndromes clínicas nessa patologia: 
 
● Choque por captura (corresponde à fase hiperaguda) 
● Mioglobinúria atáxica (fase subaguda) 
● Quebra muscular (fase aguda) 
● Atraso magro (fase crônica) 
 
Algumas lesões são descritas como necrose do músculo esquelético, 
congestão renal, hemorragia e congestão das glândulas supra-renais. Em visão 
histológica, observa-se que as lesões incluem necrose na musculatura esquelética e 
lesões miocárdicas focais, necrose tubular aguda e subaguda dos rins e áreas de 
necrose e congestão no córtex adrenal. 
A necrose ocorre principalmente nos músculos estriados. Em suma, consiste 
na coagulação de proteínas de sarcoplasma. Em visão microscópica, as fibras 
musculares às vezes estão inchadas e homogênea. Nos cortes musculares, é 
notável perda de estrias transversais nas fibras menos lesadas e quebra de fibras 
com áreas de degeneração, necrose e infiltração de neutrófilos. Também, ocorre 
sangramento intenso entre feixes de fibras musculares, além áreas com proliferação 
de núcleos celulares. 
 
Tratamento e controle 
 
A principal forma de tratamento para a miopatia de captura é a prevenção. 
Evitar procedimentos de contenção em que o animal sofra estresse, tais: realizar 
imobilização do animal com um grupo reduzido e capacitado, evitar captura nos 
períodos mais quentes e úmidos, transporte adequado, monitoramento constante da 
temperatura corpórea do animal para prontas intervenções em caso de hipertermia. 
 
Fatores que ajudam a minimizar os efeitos da miopatia por captura são: 
 
● Captura dos animais deve ser feita durante o dia e em boas condições 
ambientais. 
● Se pego em um dia quente, pulverizar o animal com água fresca na pele. 
● Monitorar a temperatura corporal do animal durante a contenção. Use os 
meios necessários para evitar hipertermia. 
● A administração de vitamina E e selênio no momento da captura não 
prejudica, mas nem resolve o problema de uma avitaminose por essa causa, 
se armadilhas forem usadas com iscas, administrar esses componentes 
neles mais se o animal preso nele permanecer por um longo tempo. É 
sugerido o uso de antimicrobianos para evitar infecções secundárias duranteo estresse. 
● Os animais da mesma espécie devem ser separados por categoria, machos 
solteiros, fêmeas com seus filhotes. juntos. 
● Durante viagens longas, o veículo deve parar e administrar comida e água 
aos animais de acordo com seus requerimentos. 
● Ao chegar ao destino, coloque os animais em recintos separados e não os 
misture com residentes antigos até uma nova aclimatação. 
 
Os primeiros procedimentos para que o tratamento seja bom, é o controle do 
choque e da hipertermia, para isso existem alguns procedimentos essenciais: 
 
● Ventilação adequada, pois pode ser um problema de contenção física se 
cordas forem usadas; 
● Controle o sangramento excessivo, caso ocorra; 
● A fluidoterapia é usada para restaurar a pressão sanguínea e o volume 
sanguíneo; 
● Corrija o desequilíbrio da base ácida e os níveis de energia; 
 
 
CONCLUSÃO 
 
A miopatia de captura tem uma grande importância em animais silvestres. O 
conhecimento verdadeiro sobre esse tema, pode assegurar o bem estar e a 
qualidade de vida dos animais, além do mais pode ajudar a esclarecer certos 
impactos biológicos e psicológicos, sendo gerados pelo estresse. Também, o 
tratamento desta enfermidade se reserva ao manejo, em que a grande importância 
são as técnicas de captura e contenção sejam efetuadas pelos profissionais, o que 
visa de forma efetiva a diminuição dos efeitos causados pela miopatia de captura 
em animais silvestres e outras determinadas espécies ameaçadas de extinção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
CASTELLANOS, Hiram Fernández; Miopatía por Captura. Revisão de Literatura; 
Revista do Parque Zoológico Nacional de Cuba, Nº 24. pág: 15 á 18; 2011. Disponível 
em: <http://revista.cubazoo.cu/archive/ediciones-anteriores/24-2011/CubaZOO_No24-2011 
ARTICULO%20RESE%C3%91A.pdf>. Acesso: 08/06/2020. 
 
OLIVEIRA, Deborah Rodrigues; POLLINI, Caroline L. Nunes; Miopatia por 
estresse em um cervídeo atendido no hospital veterinário da fundação Jardim 
Zoológico de Brasília. Relato de Caso - Núcleo interdisciplinar de pesquisa. 
Disponível em: <http://unidesc.web2445.uni5.net/anais_simposio/arquivos_up/ 
documentos/artigos/703c0ed2585a580763aefe24b6884e81.pdf>. 
Acesso: 08/06/2020. 
 
 
 
 
 
http://revista.cubazoo.cu/archive/ediciones-anteriores/24-2011/CubaZOO_No24-2011ARTICULO%20RESE%C3%91A.pdf
http://revista.cubazoo.cu/archive/ediciones-anteriores/24-2011/CubaZOO_No24-2011ARTICULO%20RESE%C3%91A.pdf
http://revista.cubazoo.cu/archive/ediciones-anteriores/24-2011/CubaZOO_No24-2011ARTICULO%20RESE%C3%91A.pdf
http://revista.cubazoo.cu/archive/ediciones-anteriores/24-2011/CubaZOO_No24-2011ARTICULO%20RESE%C3%91A.pdf
http://revista.cubazoo.cu/archive/ediciones-anteriores/24-2011/CubaZOO_No24-2011ARTICULO%20RESE%C3%91A.pdf
http://unidesc.web2445.uni5.net/anais_simposio/arquivos_up/documentos/artigos/703c0ed2585a580763aefe24b6884e81.pdf
http://unidesc.web2445.uni5.net/anais_simposio/arquivos_up/documentos/artigos/703c0ed2585a580763aefe24b6884e81.pdf

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