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Atividade de Imunologia Veterinária - Caso clinico - Cão

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Atividade de Imunologia Veterinária - Caso clinico - Cão 
Sinais clínicos: febre (talvez dois dias), letargia, emaciação muscular, perda 
de apetite, pouco depressivo, não responde muito a estímulos, diarreia e 
vomito 
Suspeita: Infecção bacteriana 
Exames: Hemograma: leucocitose com neutrofilia, Velocidade de 
hemossedimentação aumentada, PCR aumentada (infecção bacteriana 
recente, na viral a PCR não aumenta) e Albumina normal 
 
1- Associe os Sinais clínicos à resposta imune inata, informando como esses 
sinais são gerados. 
Com a invasão microbiana os macrófagos são estimulados produzindo IL-1, 
a IL- 6 e o TNF-α que alteram a temperatura corporal, induzindo o 
hipotálamo a produzir prostaglandinas, que fazem o termostato do corpo 
reajustar a temperatura em níveis mais elevados. A IL-1 leva à liberação de 
moléculas indutoras do sono no cérebro. O aumento da letargia pode reduzir 
as demandas energéticas do animal, aumentar a eficiência dos mecanismos 
de defesa e de reparo. A IL-1 também suprime os centros do apetite no 
cérebro e induz a perda de apetite associada. A emaciação muscular é 
resultado do aumentando do catabolismo de proteínas e a liberação de 
aminoácidos. Apesar de isto acabar levando à perda muscular, os 
aminoácidos são disponibilizados para a produção de anticorpos e citocinas. 
2- Explique porque o médico veterinário suspeitou de infecção bacteriana 
com base nos sinais clínicos e solicitou esses exames 
Os sinais clínicos junto à febre são sinais de uma resposta imunológica. Estas 
alterações indicam mudanças nas prioridades do corpo que ocorre durante o 
combate aos invasores. A febre é uma resposta típica durante uma infecção, 
melhorando componentes da resposta imunológica. Através dos exames 
seria possível identificar a bactéria e qual o grau da infecção. 
3- No terceiro momento o médico veterinário suspeita de sepse em função 
do quadro clínico de piora do animal e dos novos exames laboratoriais. 
Pede-se: a) o que é sepse? 
Resposta inflamatória sistêmica a um agente infeccioso, é caracterizado por 
colapso vascular, coagulação intravascular disseminada e distúrbios 
metabólicos. 
 b) como ela é provocada 
É desencadeada por uma resposta inflamatória sistêmica acentuada diante de 
uma infecção, na maior parte das vezes causada por bactérias. 
 c) qual o componente bacteriano capaz de provocar esta resposta 
A parede celular bacteriana, como LPS liberado de bactérias Gram-negativas 
ou pelo ácido lipoteitoico liberado de bactérias Gram-positivas. 
d) descreva como o componente bacteriano atua sobre as células provocando 
o quadro de Síndrome da resposta inflamatória 
Pela sinalização do TLR induzida pelo LPS ou ácido lipoteitoico, levando à 
produção de TNF e outras citocinas. A síntese não controlada e intensa de 
HMGB1 (proteína de alta mobilidade, box 1), secretada por macrófagos que 
foram ativados e se liga aos TLRs para manter e prolongar a inflamação, 
induz a secreção de citocinas inflamatórias. Esta vasta e excessiva produção 
de citocinas provoca acidose grave, febre, liberação tissular de lactato, queda 
descontrolada da pressão arterial, elevação da concentração plasmática de 
catecolaminas e, por fim, lesões hepáticas, renais e pulmonares e à morte. 
e) Que citocinas são responsáveis por esse quadro e como elas atuam. 
A IL-1, 6 e TNF-α, induzem a elevação da temperatura corporal (febre). 
4- Comente sobre a bactéria Pseudomonas. Quais suas características e como 
elas podem induzir ao quadro de sepse. 
É uma bactéria Gram-negativa, através da endotoxina (LPS) que induz o 
macrófago a secretar citocinas, como TNF alfa, que vai induzir a 
potencialização da atividade pró-coagulante endotelial, a coagulação 
intravascular e uma trombose capilar, ocasionando um dano endotelial. Se 
for severa, a infecção induz ao choque séptico.

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