Buscar

FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA E A FENOMENOLOGIA DE EDMUND HUSSERL

Prévia do material em texto

FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA E A FENOMENOLOGIA DE EDMUND 
HUSSERL 
 
A filosofia contemporânea teve seu surgimento no final do século XVIII, 
período da Revolução Francesa caracterizada por sua crise política e social, começando 
a se formar no momento de transição entre a modernidade e a contemporaneidade, com 
destaque da Escola de Frankfurt com sua grande crítica a interdiplina das escolas, 
também se destacando a industria cultural responsável pela macificação através da 
mídia e da propaganda. 
A tranformação da filosofia na comtemporaneidade se passa pela história e 
progresso onda a filosofia experimentou grande otimismo no uso da razão, no intuíto de 
o ser humano encontrar a felicidade, através do auto conhecimento e o conhecimento da 
realidade. 
Após a afirmação de Hegel (1770-1831) de que a história é a realidade e que 
para ele a razão, a verdade e os seres humanos são essenciais e necessariamente 
históricos (CHAUI, 2016), proporcionou a concepção do progresso no aperfeiçoamento 
desde o ser humano às técnicas de conhecimento. Onde este otimismo de progresso foi 
aderido a bandeira no Brasil, escrito: Ordem e Progresso. 
Contudo, no século XX o otimismo científico-tecnológico passou a ser 
desconfiado pela filosofia por conta de diversos acntecimentos que colocaram em xeque 
a ideia de progresso, como as guerras mundiais, genocídio, totalitarismo stalinista, as 
ditaduras na América Latina, entre outros. 
Passando assim a filosofia contemporânea por uma restruturação da filosofia, 
procurando correntes filosóficas que respondessem ou proporcionassem estudar, pensar 
inicialmente através da teoria crítica da Escola de Frankfurt, industria da cultura e a 
grande presença de Karl Max sobre as questões da sociedade, até a estruturação das 
filosofias contemporâneas como existencialismo, materialismo, racionalismo, 
subjetividade, e a fenomenologia. 
Segundo LIMA (2014) “designa-se fenomenologia um amplo movimento 
científico e espiritual, extraordinariamente variado e ramificado, ainda hoje vivo, 
remetendo sempre a Edmund Husserl”. 
A fenomenologia foi formulada por Edmund Husserl (1859-1938) no início do 
século XX, e esse termo significa o estudo dos fenômenos, sendo conceituado 
fenômeno aquilo que aparece aos sentidos e à consciência, aquilo que é revelado, uma 
 
aparição de algo como é. A fenomenologia comprrende o mundo como um fenômeno a 
ser revelado, como exemplo os achados históricos, são objetos não revelados a 
consciência, o mundo é vista como uma presença analienável que proporciona 
reencontrar o contato ingênuo com o mundo. 
Sendo assim, a consciência é sempre a consciência de algo nunca do vazio, ao 
direcionar a consciência a um objeto e buscar nele as suas principais funções, o que o 
identifica como aquilo, a consciência possui um grande papel nisso, é a responsável por 
dar sentido às coisas, aos fenômenos. Além disso, ao direcionar a consciecia para algo, 
essa mesma consciência torna o algo de sí, gerando uma consciência unida do ser e do 
objeto, diferentemente do racionalismo que direcionar ao ser o papel de dar sentido ao 
objeto, na fenomenologia para haver a consciência do ser, o objeto deve se manifestar 
ao ser, gerando uma consciência única. 
Na fenomenologia a consciência é considerada como um ato intencional, ou seja, 
para direcionar a consciência a um objeto antes mesmo houve o desejo de conhecer, 
então o conhecimento é um ato intencional, existe um desejo que o move em direção 
das coisas. Sendo que a consciência também sofre influência da temporalidade, cada 
tempo tem uma consciência e essa consciência é mutável. 
Uma característica da fenomenologia para Husserl é a suspensão 
fenomenológica que se trata da retirada de julgamentos e a tentativa de uma descrição 
direta da experiência do modo como ela é, sem interferência da ciência, matemática, 
química e sociologia. Sendo o encontro com as coisas mesmas. 
“Dentre as correntes mais influentes da filosofia do século XX, a fenomenologia 
aparece como uma das mais importantes. Inúmeros filósofos se valeram do método 
fenomenológico como fundamento para pensar e elaborar suas filosofias” (LIMA,2014). 
Com isso, a fenomenologia é vista como um método de investigação que foi 
usado por filósofos como Max Scheler, Heidegger, Sartre, Merleau-Ponty, Lévinas para 
o desenvolvimento de suas filosofias à luz da fenomenologia de Husserl. 
Além de influênciar filósofos, possuiu impacto importante na conformação do 
existencialismo, pois a a filosofia de Husserl a consciência não é uma realidade 
essencial ou substancial, mas um movimento que se realiza na direção das coisas, pois é 
a consciência de algo. Proporcionando para o existencialismo a base da cosciência em 
suas refleões, a consciência de sí e da existência humana. 
Sendo o existencialismo fazendo parte de uma tradição filosófica que coloca em 
reflexão a existência individual, a liberdade e as escolhas pessoais. 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
LIMA, Antonio Balbino Marçal. ENSAIOS SOBRE FENOMENOLOGIA. EDITUS, 
Ilhéus, BA, v. 1, p. 9-14, 2014. Disponível em: 
http://www.uesc.br/editora/livrosdigitais2019/ensaio_%20sobre_fenomenologia.pdf. 
Acesso em: 4 fev. 2020. 
 
CHAUI, Marilena de Souza. A transformação da filosofia na contemporaneidade. In: 
CHAUI, Marilena de Souza. Iniciação à Filosofia. 3. ed. São Paulo: Ática, 2016. v. 
único, cap. 6, p. 68-80. ISBN 9788508180554.

Continue navegando