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portfólio - crônica sobre brincadeiras

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Crônica: As brincadeiras de três gerações diferentes.
Tudo na vida muda e passa por transformações no decorrer dos anos, assim também acontece com os jogos e brincadeiras que acabaram se modificando nas diferentes gerações. Recentemente tive uma experiência maravilhosa onde por meio de entrevistas com pessoas de idades diferentes pude conhecer e vivenciar um pouco desse processo e perceber essas transformações, entrevistei primeiro dois idosos, depois dois adultos e por fim duas crianças.
As pessoas idosas que entrevistei confidenciaram para mim que suas brincadeiras estavam sempre relacionadas com exercícios físicos, como pira pega e pira alta, e que eles mesmos construíam seus brinquedos com latas vazias de leite ninho, criando as roladeiras, amarrando fios nas latas, e com espigas de milho, fazendo bonecas. E em certo momento um dos entrevistados disse “naquele tempo a gente tinha que usar muito nossa criatividade”, eu notei a alegria nos olhos dessa pessoa que falava de maneira contagiante de suas invenções com latas e pedaços velhos de madeiras, “era o melhor carro do mundo” disse ele.
Com as pessoas adultas pude notar as semelhanças e também as diferenças em relação às brincadeiras dos idosos, semelhanças quando disseram que as recreações envolviam muitas atividades físicas, porém as eram mais elaboradas como as queimadas e o jogo das bandeirinhas que diferente da pira pega possuíam muitas regras. Quanto às diferenças percebi que muitas brincadeiras dos adultos entrevistados envolviam a escrita como é o caso da adedonha, também conhecida como jogo das palavras, nesse jogo os participantes, em um tempo determinado, devem indicar numa folha de papel um nome próprio, de animal, cor, cidade, cantor, país, entre outros, tudo com uma letra inicial escolhida através de sorteio prévio entre os participantes.
Já com as crianças as brincadeiras mudaram bastante, apesar de conhecerem a pira pega e a pira alta, suas brincadeiras favoritas envolvem pouca atividade física e seus brinquedos de um modo geral são comprados em lojas a exemplo temos bonecas, carros, jogos e etc. Tudo já vem pronto e não exigem tanta criatividade por parte das crianças que vão brincar, mas a grande preferencia dos pequenos são os jogos eletrônicos, como citaram as crianças “quero de presente esse ano um celular ou tablet”. Esses jogos apesar de prometerem exercitar a mente das crianças, em minha singela opinião, têm levado muitas delas ao sedentarismo. Isso acontece quando não é colocado limite para o tempo em que a criança deve passar em frente a um jogo eletrônico.
Ver as transformações entre as brincadeiras e jogos dessas três gerações fez com que eu chegasse à conclusão que seria muito positivo que tais saberes fossem compartilhados e eu poderia até sugerir que os idosos ensinassem as crianças a usar a criatividade para criar seus próprios brinquedos, os adultos poderiam ensinar aos idosos suas brincadeiras que envolviam a escrita e as crianças poderiam compartilhar de seus conhecimentos eletrônicos com os adultos. Dessa forma todos sairiam ganhando e crescendo de maneira geral tanto intelectual quanto física. Aqui fiz apenas sugestões o importante mesmo é que os conhecimentos sejam compartilhados e que a cultura de cada época seja valorizada.

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