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O papel do Advogado na Constituição Federal de 1988

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Luca Ferro Medeiros dos Santos, Mat.: 2018770282
14/06/2021
	
	
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Luca Ferro Medeiros dos Santos
Matrícula: 20187770282
Ética Profissional
O Advogado na Constituição Brasileira de 1988
Rio de Janeiro
2021
O ADVOGADO NA CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA DE 1988
No dia 5 de Outubro de 1988, o Brasil obteve um dos seus mais importantes marcos na sua história. Após vinte e um anos em um regime militar, enfim a democracia estava se exacerbando através do implemento da que foi cunhada como a Constituição Cidadã por Ulysses Guimarães, a Constituição Federal vigente de 1988 até os dias de hoje. Devido ao passado recente que precedia a ainda jovem Nova República, marcado por ditadura, tortura e autoritarismo, foi necessário um cuidado meticuloso ao desenvolver o que seria o novo aparelho legal que regeria o período de redemocratização, sendo necessários vinte meses de debates intensos até que o texto que se tornou a Constituição de 88 pudesse ser promulgado. Buscando privilegiar a liberdade em razão do período de Golpe Militar, então, surgiram diversos mecanismos dentro da Constituição cujo intuito era de alguma forma frear ou limitar o poder do Estado de maneira que este não abusasse dele, garantindo a democracia. O principal destes é o advogado.
A Carta Magna inova ao reconhecer o advogado como uma das figuras centrais e indispensáveis à manutenção não apenas da administração pública como do Poder Judiciário como um todo. Isso se dá, principalmente, devido ao valor que um advogado pleno deve buscar, que é sempre agir em razão da justiça. Através do advogado é a forma que o povo irá garantir seus direitos constitucionais, traduzindo e viabilizando o que dita a Constituição. Surge, então, a necessidade da figura do advogado, o que outrossim gera a função social do mesmo em meio à sociedade. O Texto Constitucional vigente entende este fato e, em razão disso, elenca em seu art. 133 a importância do advogado na seguinte disposição:
“Art. 133. O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei.”
Vale ressaltar que tal reconhecimento vem listado no Capítulo IV da Constituição Federal que trata justamente sobre as funções que são essenciais à justiça. Dessa forma, através do reconhecimento do advogado como indispensável para a administração pública na Constituição Federal de 1988, o advogado passa a ter uma responsabilidade não apenas para consigo e seu ofício, como também para todos aqueles que compõem a parcela popular alienada de seus direitos. 
Ao seguir a carreira jurídica, então, um advogado deve agir sempre em razão dos valores pregados pela Constituição Federal e buscar trazer a justiça para o máximo de pessoas possíveis, sendo, essencialmente, uma ponte entre o conhecimento dos direitos e deveres que a população possui e o povo em si. O advogado facilita o acesso à justiça, o advogado mantém a administração pública em cheque e, acima de tudo, o advogado deve sempre almejar a justiça, pois este é de importância imprescindível à sociedade como um todo e uma sociedade sem justiça não é, em sua essência, democrática.
Bibliografia
FERNANDES, Ruan dos Santos. A Função Social do Advogado na Constituição de 1988. Disponível em:<https://conteudojuridico.com.br/consulta/Artigos/27524/a-funcao-social-do-advogado-na-constituicao-de-1988>. Acesso em: 08 ago 2021.
LEMKE, Wilson Coimbra. O papel do Advogado nos 30 anos de Constituição. Disponível em:<https://www.migalhas.com.br/depeso/285406/o-papel-do-advogado-nos-30-anos-da-constituicao>. Acesso em: 08 ago 2021.
Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso em: 08 ago 2021.

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