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www.prattein.com.br prattein@prattein.com.br 1 CONSULTORIA EM EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO SOCIAL O CONCEITO DE TERCEIRO SETOR 1 Fábio Ribas Jr.2 O crescimento do chamado terceiro setor traz uma oportunidade para a participação das organizações não-governamentais e das empresas socialmente responsáveis em ações voltadas ao desenvolvimento do país. Porém, para que formule uma adequada compreensão das potencialidades atuais do terceiro setor é preciso compreender o sentido de sua evolução na sociedade brasileira. A tradição das doações de caridade remonta, no Brasil, ao início do período colonial, com a criação de uma grande quantidade de obras filantrópicas de caráter religioso. Até hoje é possível sentir a influência dessa tradição em práticas de doação e assistência, largamente denunciadas pela crítica sociológica como tendentes a lidar apenas com os efeitos perversos, e não com as causas, de uma estrutura da qual elas mesmas fariam parte. No tempo de transição em que vivemos, o emergente terceiro setor parece possibilitar uma abordagem renovada de velhos e não resolvidos problemas da sociedade. Nele renascem práticas sociais solidárias que objetivam fortalecer a autonomia das comunidades e capacitá-las para resolver seus próprios problemas, diferentemente das práticas assistencialistas que inibem iniciativas de auto-ajuda, lidam apenas com os efeitos perversos das desigualdades sociais, e não com as suas causas, e acabam ajudando a reproduzir a condição subalterna dos grupos sociais desprotegidos. Expressando os limites tanto do Estado quanto do mercado na promoção do bem comum, o conceito de terceiro setor renova a significação da esfera pública, através de iniciativas privadas que, à diferença do setor privado empresarial, não são guiadas pelo lucro, ou de iniciativas com fins públicos que não são conduzidas pelo setor estatal, mas por cidadãos e organizações da sociedade civil. Trata-se de um setor independente, mas profundamente interessado nos problemas sociais; crescentemente organizado e tendente à profissionalização; assentado no associativismo e na dimensão voluntária do comportamento das pessoas; caracterizado pela defesa de causas e valores; inspirado pelos princípios da solidariedade e da participação na construção da cidadania democrática. Se os recursos que utiliza são privados, os bens e serviços que deve gerar são públicos, não podendo ser apropriados privadamente. Dizer que suas finalidades são públicas 1 Este artigo é uma síntese de textos produzidos pelo autor para as publicações: “Programa Vale Cidadania: uma estratégia para o fortalecimento do terceiro setor no Vale do Aço” (Fundação Acesita, s/d) e “Mulheres voluntárias: experiências empreendedoras no terceiro setor (Editora Prêmio, 2002)”. Permite-se a reprodução ou uso deste artigo, desde que citada a fonte. 2 Diretor Executivo da Prattein – Consultoria em Educação e Desenvolvimento Social. www.prattein.com.br prattein@prattein.com.br 2 CONSULTORIA EM EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO SOCIAL significa também assumir que não se limitam à esfera de competência da burocracia estatal, e que a vida pública resulta da atividade dos cidadãos. Do ponto de vista organizacional, o terceiro setor brasileiro envolve um grande número de entidades sociais e filantrópicas (que começam a se constituir desde o período colonial com traços predominantemente assistencialistas) e organizações não-governamentais (que começam a emergir a partir da década de 60, focalizando preferencialmente a defesa de direitos de populações oprimidas ou excluídas), às quais vem-se agregando um número crescente de fundações e institutos sem fins lucrativos, criados na última década por empresas privadas. Constituído por essas novas organizações e pela modernização da forma de agir das antigas entidades sociais, o terceiro setor poderá impulsionar o desenvolvimento social na medida em que puder oferecer alternativas às formas tradicionais de exercício do poder na condução das políticas públicas e promover a participação efetiva da cidadania na condução dos assuntos de interesse coletivo. Projetos do terceiro setor podem alargar o conceito de espaço público, sem procurar substituir o Estado em suas atribuições básicas. Tampouco pode o terceiro setor subordinar-se a interesses mercadológicos, sob a simples justificativa de reforço à filantropia. Ao fazer interface com o poder público e com as empresas privadas, o terceiro setor assume o papel essencial de promover sinergias. Para ele, a empresa privada é parceira fundamental, não apenas no aspecto financeiro, mas em sua qualidade de centro de competências gerenciais e tecnológicas que podem ser mobilizadas e transferidas para atividades sem fins lucrativos voltadas ao desenvolvimento da comunidade. A ação e os resultados de projetos do terceiro setor não devem ser avaliados principalmente por critérios quantitativos de capacidade de atendimento, mas, sobretudo, pela capacidade que possam apresentar de gerar know-how na área de práticas sociais solidárias, que possa ser disseminado, multiplicado, adaptado, reinventado em contextos diversos. O conceito de trabalho voluntário Embora o interesse pelo voluntariado tenha ressurgido de forma renovada no Brasil no final da década de 90, a presença dessa prática em nossa cultura é muito antiga. Nas décadas que sucederam o período pós-guerras, a caridade foi criticada como auxílio material que reproduzia a condição servil de quem a recebia. Para a visão crítica ela estabelecia a “sociedade do assistencialismo”, na qual a proteção das elites traria como decorrência a submissão das massas empobrecidas. Historicamente marcado por práticas de natureza privada e de caráter assistencialista, nos anos recentes o trabalho voluntário vem experimentando um processo conceitual e prático de transformação. www.prattein.com.br prattein@prattein.com.br 3 CONSULTORIA EM EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO SOCIAL O voluntariado tradicional era caracterizado essencialmente pela boa vontade ou pela caridade de fundo religioso. Suas ações destinavam-se basicamente a apoiar indivíduos necessitados e, na maioria dos casos, não transcendiam a perspectiva de remediar a pobreza. Sem perder essas motivações clássicas, o voluntariado social que emerge nos dias atuais busca articular competência técnica e compromisso com o fortalecimento da cidadania, o que o aproxima do conceito de trabalho como ação intencional voltada à mudança social (opondo-se, assim, ao conceito de trabalho como atividade estritamente determinada por fatores econômicos ou movida por interesses individualistas). Na conjuntura atual, a idéia da caridade parece resgatar aspectos fundamentais de seu significado original, que lhe conferem o sentido da solidariedade – a preocupação com o outro para além das retribuições pessoais imediatas. Com isto, o trabalho voluntário pode definir-se mais claramente como uma ação de caráter público, voltada à melhoria da qualidade de vida da comunidade. Este “novo voluntariado” se expressa, hoje, como um renascimento da participação das pessoas na vida social, após décadas marcadas por fenômenos como o consumismo, o individualismo e o desinteresse pela política partidária. Aparentemente, apresenta-se como uma forma de participação direta e pouco organizada. Sentindo a insuficiência do governo e dos partidos políticos para a solução de problemas sociais, muitas pessoas começam a procurar canais próprios para a prática da solidariedade. Vai-se formando, assim, um novo segmento de voluntários de variados perfis, que passa a atuar em organizações do terceiro setor, hospitais, escolas ou diretamente nas comunidades pobres, prestando assistência direta a pessoas necessitadas ou defendendo variadas causas sociais. Os próximos tempos dirão em que medida o novo voluntariado poderá ir além do engajamento filantrópico pontual e fragmentário e criar novas relações e instituições sociais que constituam fundamento significativo parao desenvolvimento social do país. O voluntariado é hoje um tema em aberto e uma prática em (re)construção, que certamente admite variadas interpretações. Com certeza, à medida que a tendência de sua evolução for ficando mais nítida, estudos acadêmicos buscarão dar contornos conceituais mais definidos ao tema. E entre os aspectos que precisarão ser melhor compreendidos certamente está a capacidade crescente que o voluntariado vem demonstrando para mobilizar o entusiasmo de setores crescentes da população, das entidades sociais, das empresas e do próprio governo. A profissionalização do terceiro setor e a necessidade um novo modelo de gestão social A sociedade brasileira vive um momento de mudanças e rearticulações nos papéis que o Estado, a iniciativa privada e a sociedade civil organizada desempenham no desenvolvimento social. www.prattein.com.br prattein@prattein.com.br 4 CONSULTORIA EM EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO SOCIAL O Estado tende cada vez menos a atuar como provedor único de serviços públicos e gradualmente passa a valorizar a ação em sintonia com os demais segmentos da sociedade. A forma centralizada e burocrática de definir e implementar políticas sociais começa a ceder espaço a uma estratégia baseada na articulação de parcerias intersetoriais, originadas na sociedade civil. Até pouco tempo, a realização de parcerias com o Estado em projetos sociais era vista com certa descrença pelas organizações do terceiro setor e pelas empresas privadas engajadas em ações comunitárias. Nos últimos anos essa visão vem sendo substituída pelo entendimento de que a formação de parcerias responsáveis entre o setor privado e o setor público pode viabilizar programas sociais de alcance mais amplo e contribuir para a própria modernização do Estado brasileiro. As empresas privadas vêm demonstrando um crescente interesse pela participação mais ativa e responsável na área social. Pesquisas realizadas mostram um avanço na consciência social do empresariado e revelam o crescimento das iniciativas de utilização dos talentos, competências e tecnologias das empresas para a solução de problemas sociais.1 A discussão sobre a função social da empresa privada ressurge, neste momento da vida brasileira, menos marcada por visões ideológicas e renovada por exigências de racionalidade e equilíbrio sistêmico do processo de globalização. Hoje, a prática da cidadania empresarial se desliga gradualmente da matriz filantrópica que a envolveu no passado e passa a ganhar um significado ampliado de busca de integração entre mercado e cidadania, desenvolvimento econômico e justiça social, que urge no presente. Por seu turno, o terceiro setor brasileiro está em crescimento e seus múltiplos significados e potenciais vão sendo descobertos por cidadãos e organizações em busca de uma participação social mais efetiva. As ONGs e entidades assistenciais estão sendo valorizadas hoje como organizações portadoras de valores fundamentais para a sociedade, passando a receber atenção crescente dos setores público e privado. A concretização deste processo de mudança depende da existência de um terceiro setor estruturado e fortalecido. O desenvolvimento do terceiro setor não é apenas mais um tema da moda, mas uma condição efetiva de mudança social e de criação, na sociedade brasileira, de um novo espaço público capaz de fortalecer a democracia e de beneficiar as populações mais desfavorecidas. O cenário atual favorece e solicita o desenvolvimento de um novo paradigma de gestão social, no qual as organizações do terceiro setor deverão desempenhar importante papel. Há hoje um 1 A Prattein realizou pesquisas sobre este tema para a FIESP (Responsabilidade social empresarial: panorama e perspectivas na indústria paulista), FIRJAN (Iniciativa privada e responsabilidade social: uma pesquisa sobre as ações das empresas do Estado do Rio de Janeiro nas áreas de recursos humanos, apoio à comunidade e responsabilidade ambiental) e FIEMG (Empresas e responsabilidade social: um estudo sobre as ações sociais realizadas pelo setor privado em minas gerais). Informações e acesso aos relatórios completos podem ser encontrados no endereço: www.prattein.com.br. www.prattein.com.br prattein@prattein.com.br 5 CONSULTORIA EM EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO SOCIAL consenso quanto ao fato de que, para desempenhar tal papel, as próprias entidades do terceiro setor necessitam mudar no sentido de alcançar uma maior profissionalização de suas atividades. A profissionalização das entidades sociais deve ser entendida em múltiplas dimensões: aprimoramento da qualidade dos seus programas de atendimento; maior capacidade de buscar parcerias e recursos para promover a sua sustentabilidade; aprimoramento de sua competência administrativa e de sua estrutura organizacional. A busca de profissionalização pressupõe uma autocrítica dos aspectos restritivos da cultura assistencialista na qual grande parte das entidades sociais foi formada, mas também um reconhecimento de qualidades próprias, desenvolvidas no decorrer desta mesma formação, que lhes permitem desempenhar um papel essencial na promoção do desenvolvimento social: vínculos de confiabilidade com comunidades locais, agilidade no atendimento às necessidades dos grupos de baixa renda, aptidão para prestar serviços em escala humana, capacidade para mobilizar o apoio e a participação popular para a implementação de mudanças sociais necessárias. Em tempos de mudanças, o contato das entidades sociais com outras culturas de gestão organizacional (tanto do setor empresarial quanto do setor público) pode possibilitar a articulação entre conceitos como técnica e carisma, voluntarismo e profissionalismo, e estimular o desenvolvimento de novos princípios e metodologias de ação social. Capacitação das organizações do terceiro setor Um diagnóstico ainda disseminado sobre as deficiências do terceiro setor brasileiro aponta para a sua falta de profissionalização, entendida esta, sobretudo, como ausência de tecnologias de planejamento e gestão empresarial. Nessa linha de raciocínio, a capacitação direcionada às entidades sociais deveria focalizá-las como organizações essencialmente semelhantes a quaisquer empresas, cuja eficiência e eficácia dependeria da assimilação e correta utilização de conceitos e práticas de gestão baseados no pensamento estratégico e na lógica de mercado. Esta visão tem o mérito de apontar lacunas de competência no setor social e de colocá-lo frente a um desafio de modernização. As entidades sociais necessitam, efetivamente, incorporar novos conceitos e ferramentas que as ajudem a aprimorar a qualidade do seu trabalho, a comunicar-se com maior eficácia com todos os seus públicos e a ganhar maior autonomia e capacidade de sustentação. Porém, nenhuma modernização será bem-sucedida sob a base de uma incompreensão ou desvalorização da cultura e dos potenciais próprios do mundo não-lucrativo. Implantado de forma unilateral ou pouco refletida, um programa de profissionalização baseado em paradigmas de gestão empresarial pode ser percebido pelos atores do mundo não-lucrativo como uma inversão entre meios e fins, uma proposta que subordina valores filantrópicos ou propósitos de mudança social a critérios instrumentais de gerenciamento. O trabalho de capacitação não pode ser bem-sucedido se for baseado no pressuposto de que as entidades sociais são vazias de um saber que estaria inteiramente contido em um outro pólo, www.prattein.com.br prattein@prattein.com.br 6 CONSULTORIA EM EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO SOCIAL supostamente modernizador. Processos de capacitação assim orientados não enraízam e não produzem resultados duradouros. Por outro lado, é preciso que a incorporação de novas práticas de gestão pelas organizações sem fins lucrativos não traga como resultado simplesmente um aumento de eficiência sem um correspondente aumento de relevância da ação social. Trata-se, pois, de buscar uma articulação construtiva entre os novos paradigmas do mundoempresarial e os valores e potencialidades das entidades sociais, que traga uma efetiva inovação na área de gestão social. Um trabalho consistente de capacitação das organizações do terceiro setor deve ser planejado a partir da hipótese da possibilidade de uma integração criativa entre as culturas organizacionais do setor não-lucrativo e do setor empresarial. A busca de interfaces entre esses dois campos traz ganhos de aprendizagem e resultados práticos para as entidades sociais, embora nem sempre seja fácil ir além da simples justaposição de esforços e chegar ao desenvolvimento de uma linguagem comum, capaz de promover explorar adequadamente as interfaces citadas. É preciso procurar convergências que favoreçam a construção de novos saberes, sem desconsiderar as diferenças de ponto de vista e a tensão crítica existente em situações tais como a tentativa de aplicação da noção de planejamento estratégico (típica do mundo empresarial) ao processo de planejamento de organizações sociais (mais afeitas a um conceito humanístico de assistência); ou a tentativa de aplicação de um sistema de avaliação por resultados (próprio de organizações que competem no mercado) a um trabalho eminentemente baseado na qualidade do contato humano (próprio de entidades assistenciais centradas na interação cotidiana com seus beneficiários). Quanto maior for a consciência das diferenças entre estes modelos de ação, maior será a possibilidade de uma assimilação refletida de novos conceitos (que evite o modismo e a banalização de idéias) e de uma articulação criativa entre pontos de vista diferentes. Como afirma João Clemente de Souza Neto1: “Precisamos descobrir a vocação das entidades assistenciais para o terceiro milênio. Segundo minha percepção e vivência, elas terão um duplo papel: ajudar as pessoas que estão excluídas da sociedade a serem incluídas e recuperar a ética da solidariedade como um instrumento poderosíssimo para evitar que a humanidade se destrua e acabe com o planeta. Diria eu, de uma maneira otimista, mas sem perder a dimensão realista, que as entidades assistenciais são portadoras de uma reserva de solidariedade. Para cumprirem essa dupla missão elas devem deixar de ser pedintes, de fazer coisas pobres para os pobres. Devem, isto sim, criar uma rede de solidariedade por meio de parcerias com o Estado, com empresários e com outros segmentos da sociedade, para consolidação de um trabalho em que o carisma e a técnica ajudem na construção da cidadania. Não podemos pensar hoje num trabalho social que não integre o carisma e a profissionalização. Não se faz um trabalho social sem paixão. Mas temos que profissionalizá-lo para que possa gerar resultados objetivos. Cada trabalho social tem 1 Consultor da Prattein. www.prattein.com.br prattein@prattein.com.br 7 CONSULTORIA EM EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO SOCIAL que pensar a cidade como um todo, pois o pobre não é propriedade de um setor público, de uma entidade social ou de uma empresa. A situação de pobreza em que ele vive é uma responsabilidade de todos, isto é, do Estado, das empresas, do município, dos órgãos públicos, das entidades e de todas as pessoas que praticam a justiça. Erradicar ou reduzir a pobreza não é tarefa de um único segmento, mas de toda a sociedade. É por isso que a assistência, hoje, deixou de ser objeto de favores, para ser concebida como direito. Esta concepção requer a formação de redes de solidariedade em que todos possam participar e que favoreçam a escolha das prioridades sociais, uma vez que não existem recursos suficientes para atender a todas as demandas”. Entende-se, assim, que a profissionalização do terceiro setor pode resultar da fecundação entre experiências diferentes de gestão e trabalho, capaz de gerar inovações e novas perspectivas para todos os envolvidos. Trata-se de um duplo movimento, que expressa uma tendência atual do desenvolvimento das organizações: por um lado, as entidades sociais sem fins lucrativos começam a se aproximar das empresas privadas e a tentar assimilar a racionalidade técnica e instrumental subjacente às suas práticas de gestão; por outro lado, empresas privadas estão gradualmente incorporando valores de responsabilidade social e, como as entidades sem fins lucrativos e as ONGs, buscando transformar-se em organizações que aprendem a interagir de modo mais solidário e equilibrado com o ambiente físico e social. Nesse processo, cada um dos agentes suspende temporariamente sua cultura prévia e, colocando-se no ponto de vista do outro, reconhece nele aquilo que lhe falta. Abre-se aí a possibilidade de articulação entre técnica e carisma, profissionalismo e voluntarismo, e de invenção de novas formas de trabalho social.
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