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SISTEMA ARTICULAR · Articulações são conjuntos de partes moles ou duras que servem como meio de união entre os ossos. · Podem ser fibrosas, cartilaginosas ou sinoviais; nas duas primeiras, a movimentação é restrita, já a sinovial apresenta movimentação ampla e líquido sinovial; · Articulações imóveis são chamadas de sinartroses (compreendem quase todas as articulações fibrosas); Articulações levemente móveis são chamadas de anfiartrose (grande parte das cartilaginosas – sínfises (fibrosa) e sincondroses(hialina) - e algumas fibrosas); Articulações sinoviais são diartroses (móveis); · Peças ósseas intimamente ligadas são articulações contínuas e peças ósseas ligadas com a presença de uma cavidade articular são articulações contínguas; · ARTICULAÇÕES FIBROSAS: Com pouca ou nenhuma mobilidade; · Suturas: entre ossos do crânio (sinartrose) Funículos ou fontanelas: membranas fibrosas (rescém-nascidos); Tem-se as fontanelas anterior, posterior, anterolateral e posterolateral, sendo a anterior a que mais demora para se fechar (entre 18 e 24 meses) e a anterolateral a que fecha mais rápido (em até 3 meses). Tipos de suturas: Planas (internasal); Escamosas (parietotemporal); Serrátil (frontomaxilar); Denticulada (interparietal); Esquindelese (esfenovomeriana). · Sindesmose: articulação com amplo espaço preenchido por tec. Fibroso entre os ossos (Anfiartrose); são contínuas. Ex: articulações radioulnar e tibiofibular. · Gonfoses: articulação fibrosa onde um pino ajusta-se a um soquete. Ex: dentes nos alvéolos. É uma sinartrose. · ARTICULAÇÕES CARTILAGINOSAS: · Sincondroses: cartilagem hialina; articulações cartilaginosas primárias (temporárias – ossificação endocondral); pouca ou nenhuma mobilidade (sinartrose); Ex: esfenocipital, esfenoetimoidal, costoesternal 1 e entre a epífise e diáfise de ossos longos. · Sínfises: dispostas na linha mediana do corpo; articulações secundárias (não sofrem ossificação); sinartrose. Ex: articulações manúbrioesternal, xiloesternal e intervertebral central. · ARTICULAÇÕES SINOVIAIS: · Existe uma cavidade articular entre os ossos cheia de líquido sinovial e envolvida pela cápsula articular; · São livremente móveis e permitem movimentos variados (diartrose); · Cavidade articular: espaço articular propriamente dito, quanto maior, mais móvel; · Cápsula articular: envolve a cavidade e fixa os ossos; formada pela membrana fibrosa+membrana sinovial; · Membrana sinovial: interna, produz o líquido sinovial; · Líquido sinovial: lubrifica a articulação e nutre a cartilagem articular; secretado pela membrana sinovial; · Cartilagem articular (hialina): cobre a substância compacta das superfícies articulares; avascular e sem inervação; mais espessa em articulações sujeitas a maiores atritos; · Superfícies articulares: ósseas; · Ligamentos: cordões fibrosos que unem os ossos em pontos estratégicos para fixar a articulação e evitar movimentos indesejáveis. Podem ser capsulares (lig. na própria cápsula), extracapsulares ou intracapsulares; · Discos e meniscos: formações fibrocartilaginosas acessórias que servem como armotecedores, permitem o melhor encaixe das faces articulares e distribuem lubrificante sinovial pelas faces articulares. Ex: nas articulações do joelho, ATM e esternoclavicular; · Lábios articulares: é um rebordo anular fibrocartilaginoso fixado a margem de superfícies articulares côncavas que servem para aumentar a área de contato entre a cavidade e a superfície articular. Ex: lábio glenoidal da escápula e do acetábulo no osso do quadril; · Bolsas sinoviais: sacos fibrosos fechados revestidos internamente por membrana sinovial. Estão entre: pele e osso, mm. e ossos, tendões e ossos, ligg. e ossos. São denominadas de acordo com a sua localização (subcutânea, submuscular,...) e reduzem o atrito entre as paredes adjacentes da articulação, ou seja, amortecem as pressões; · Bainha sinovial dos tendões: bolsas tubulares alongadas com líq. sinovial que reduzem o atrito (facilitam o deslizamento) entre tendões que entram em contato com outros tendões, ossos ou ligg. Possui 2 camadas: 1 de membrana sinovial (reveste o túnel ósseo ou fibroso) e 1 camada que reveste a superfície do tendão; Classificação das articulações sinoviais: · Simples: 2 ossos. Ex: art. do ombro; · Compostas: 3 ou + ossos. Ex: art. do cotovelo; · Complexas: a cavidade articular está parcial ou totalmente dividida por um disco ou menisco. Ex: ATM e art. do joelho; Classificação funcional das articulações sinoviais: · Aaxial: não pode realizar movimentos em torno de nenhum eixo, ou seja, sem movimento angular, apenas movimentam-se por deslizamento (art. acromioclavicular e sacroilíaca); · Monoaxial:. Gira em torno de 1 eixo, que é o latero-lateral (apenas flexão e extensão), art. ulmeroulnar e atlantoaxial central. · Biaxial: giram em torno de 2 eixos, que são o latero-lateral e o anteroposterior (flexão e extensão, abdução e adução), art. condilares e radiocarpais. · Triaxial: giram em torno dos 3 eixos (flexão e extensão, abdução e adução, rotação e circundação), art. esferoides. Classificação morfológica das articulações sinoviais: · De acordo com a morfologia das faces que se articulam; · Plana: aaxial, faces articulares planas ou quase planas e permitem movimentos de deslizamento com pouca amplitude de movimento (art. sacroilíaca, intercárpica, intermetacárpica, carpometacárpica, acromioclavicular); · Tricóide (pivô): monoaxial, as superfícies articulares são formadas pelo processo redondo de um osso + anel formado parcialmente por outro osso e um lig. (art. radioulnar proxmal e alantoaxial central); · Bicondilar ou condilar: biaxais, superfícies articulares elípticas (côncavas e convexas). ATM, art. do joelho, radiocárpica e metacarpofalângica; · Selar: biaxiais, as faces articulares opostas têm formato de sela, são côncavas em um eixo e convexas em outro (art. do osso trapézio e o 1º metacarpo); · Esferóide: triaxial, as faces articulares são segmentos de esfera que se encaixam em um receptáculo oco (encaixe bola-soquete), art. do ombro (glenoumeral) e do quadril; · Gínglimo (dobradiça): monoaxial, art. do cotovelo e interfalangianas. Tipos de movimentos das articulações sinoviais: · Eixos dos movimentos são linhas imaginárias que atravessam os planos do corpo perpendicularmente para possibilitar movimentos; · Eixo latero-lateral (horizontal): permite movimentos de extensão e flexão; · Eixo Anteroposterior (sagital): permite movimentos de abdução e adução; · Eixo longitudinal (crânio-caudal): rotação lateral e rotação medial (perpendicular ao plano transversal). · Flexão: movimento em que há diminuição do ângulo entre ossos ou partes do corpo (geralmente refere-se em movimentações anteriores); · Extensão: aumento do ângulo entre ossos ou partes do corpo (geralmente refre-se a movimentos em direções posteriores); · Exceção: art. do joelho (rota 180º em relação a demais articulações e, por isso, a flexão é posterior e a extensão é anterior); · Flexão dorsal ou dorsiflexão: flexão na articulação do tornozelo (subir numa ladeira); · Flexão plantar: curvar os dedos dos pés em relação ao solo (ponta de pé); · Abdução: movimento de afastamento do plano mediano (abrir os braços); · Adução: mov. de aprox. do plano mediano (fechar os braços); · Rotação: giro em torno de um eixo longitudinal; · Circundação: movimento circular feitos por art. do ombro e quadril (associação de flexão, abdução, extensão e adução); · Pronação: giro da extremidade distal do rádio através da face anterior da ulna + giro da extremidade proximal do rádio em torno do seu próprio eixo longitudinal (palma da mão virada para o dorso); · Supinação: é o oposto da pronação, o rádio gira lateralmente e “descruza” em relação à ulna (mão em posição anatômica); · Oposição: a polpa do dedão (polegar) encosta na polpa do dedo mínimo (mindinho), movimento de pinça (abotoar a camisa); · Reposição: Retorno do polegar da oposição para sai posição anatômica; · Eversão: movimento de afastamentoda planta do pé (gira lateral – levanta a parte do lado do mindinho); · Inversão: aprox. a planta do pé do plano mediano (gira medialmente – lavanta a parte do lado do dedão); · Protrusão: movimentação para a frente (da mandíbula, dos lábios, da escápula); · Retrusão: movimento posterior (da mandíbula, do lábio, da escápula); · Elevação: levantamento ou deslocamento de uma parte pra cima (elevação dos ombros, da pálpebra superior ao abrir o olho e fechamento da boca – oclusão da mandíbula); · Depressão: rebaixamento ou deslocamento para baixo (rebaixamento dos ombros, da pálpebra superior ao fechar o olho e abertura da boca). · ESTABILIDADE DAS ARTICULAÇÕES: · Depende de 3 fatores: 1. Da forma, do tamanho e do arranjo das faces articulares: não interferem (articulações esferoide e do cotovelo); interferem (articulações acromioclavicular e calcaneocubóide); 2. Dos ligg.: quanto mais ligg. e quanto mais espessos eles forem, mais estável será articulação (art. do joelho); 3. Do tônus: quanto maior o tônus, mais estável a articulação (m. bíceps braquial + m. braquial + musculatura extensora e flexora da mão); · No geral, tem-se: · VASCULARIZAÇÃO E INERVAÇÃO DAS ARTICULAÇÕES: · Irrigação: Aa. articulares originadas nos vasos ao redor da articulação; · Drenagem: Vv. e vasos linfáticos que acompanham as Aa. Articulares; · Inervação: nn. distribuídos pela cápsula articular e ligg. (fibras sensitivas e autônomas para dor e propriocepção).
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