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1- SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA- SEP 2

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SISTEMA 
ELÉTRICO DE 
POTÊNCIA
“SEP”
Prof. Gênova
15 de março de 2021
SISTEMA ELÉTRICO DE 
POTÊNCIA- SEP
UHE DE LUIZ GONZAGA - CHESF
Sistema Elétrico de Potência
13,8kV – PA-I-II-III-Apolônio Sales
16kV- Luiz Gonzaga
18kV – PA-IV, Xingo
/ 230 ou 500kV
Complexo de UHEs Chesf no Rio São Francisco
Bobinas 
de 
armadura
Bobinas de 
campo
Sistema Elétrico de Potência
1. Definição clássica de SEP:
Um Sistema Elétrico de Potência é constituído em 3 
(três) segmentos básicos principais:
– As usinas geradoras
– as Linhas de Transmissão
– e os Sistemas de Distribuição.
*Livro Elementos de Análise de Sistemas de Potência, 
Capitulo1-Fundamentos Gerais;
Definição de SEP de acordo com a NR-10
É o conjunto das instalações e equipamentos destinados 
à geração, transmissão e distribuição de energia elétrica 
até a medição, inclusive. 
O SEP deve ser concebido para atendimento das cargas 
com padrões de qualidade, confiabilidade, 
disponibilidade segurança das pessoas, animais e bens, 
a um menor custo e com foco no meio ambiente.
Continuação de conceito do SEP
Geração, transmissão e distribuição são os
segmentos do SEP que viabilizam a utilização da
energia elétrica de forma segura e confiável, através
dos geradores, transformadores, subestações,
barramentos, linhas de transmissão, redes de
distribuição e os sistemas desenvolvidos (operação,
manutenção, proteção, controle, automação).
Transporte de grandes blocos de 
energia entre as usinas 
geradoras e os centros de 
carga, através das Linhas de 
Transmissão, compondo o SIN –
Sistema Interligado Nacional,.
4 cabos 
por fase
Cabo 
pára-
raios
• DE ACORDO COM O SITE DA ONS-OPERADOR 
NACIONAL DO SISTEMA, DEFINE-SE E APRESENTA 
O SISTEMA INTERLIGADO NACIONAL-SIN
• O sistema de produção e transmissão de energia 
elétrica do Brasil é um sistema hidro-termo-eólico de 
grande porte, com predominância de usinas hidrelétricas 
e com múltiplos proprietários. O Sistema Interligado 
Nacional é constituído por quatro subsistemas: Sul, 
Sudeste/Centro-Oeste, Nordeste e a maior parte da 
região Norte.
A interconexão dos sistemas elétricos, por meio da 
malha de transmissão, propicia a transferência de 
energia entre subsistemas, permite a obtenção de 
ganhos sinérgicos e explora a diversidade entre os 
regimes hidrológicos das bacias. 
A integração dos recursos de geração e transmissão 
permite o atendimento ao mercado com segurança e 
economicidade. A capacidade instalada de geração do 
SIN é composta, principalmente, por usinas hidrelétricas 
distribuídas em dezesseis bacias hidrográficas nas 
diferentes regiões do país (Tocantins, Xingú, Madeira, 
Tapajós, São Francisco, Parnaíba, Rio Grande, 
Paranaíba, Paraguai, Paraná, Tietê, Paranapanema, 
Paraíba do Sul, Iguaçú, Uruguai e Jacui). Nos últimos 
anos, a instalação de usinas eólicas, principalmente nas 
regiões Nordeste e Sul, apresentou um forte crescimento, 
aumentando a importância dessa geração para o 
atendimento do mercado. 
As usinas térmicas, em geral localizadas nas 
proximidades dos principais centros de carga, 
desempenham papel estratégico relevante, pois 
contribuem para a segurança do SIN. Essas usinas são 
“despachadas” em função das condições hidrológicas 
vigentes, permitindo a gestão dos estoques de água 
armazenada nos reservatórios das usinas hidrelétricas, 
para assegurar o atendimento futuro. 
Os sistemas de transmissão integram as diferentes 
fontes de produção de energia e possibilitam o 
suprimento do mercado consumidor.
Fonte: ONS
Informações sobre o SIN
O que é o SIN
MAPAS
LTs em Corrente Contínua (Bipolar):
LT Itaipú/Ibiúna – 600KV(+/-): 790km
LT Araraquara/Porto Velho – 600KV(+/-): 2.400km 
LT Rio Grande/Belo Monte-Xingú – 800KV (+/-):
2.518km(2019)
Usinas Hidrelétricas da área:
UHE Itaipú: 7x700MW+7x700MW=14.000MW
UHE Santo Antônio: 4x69,5MW+8x73,2MW+16x69,5MW+ 
+16x72,3MW=3146MW
UHE Jiraú: 25x75MW+15x75MW=3000MW
UHE Balbina: 5x50MW=250MW;
UHE Belo Monte :18x611,11MW+6x38,55MW=11.231,3MW;
UHE Tucuruí: 12x350MW+11x390MW= 8.490MW
Usinas Hidrelétricas do S.Fco:
UHE 3 Marias: 
6x66MW=396MW
UHE Sobradinho:6x175MW 
=1050MW.
UHE Luiz Gonzaga: 6x250MW 
=1500MW
UHE A.Sales: 
4x100MW=400MW
UHEs PA I-II-III: 1423MW
UHE PA IV: 6x410MW=2460MW
UHE Xingó: 
6x527MW=3.162MW
MLG
QXD
PCD
SBT
FTD
Integração Eletroenergética 
Principais bacias hidrográficas
Detalhes da interligação do sistema norte com o SIN – 2019
Levando a energia de Tucuruí a Macapá e Manáus
Cruzamento da Linha de transmissão sobre o Rio Amazonas com torres de 320m de altura
Torre da LT ancorada no leito do rio (30m de profundidade) sobre 
estacas raízes e blocos de concreto.
• Ver o filme “Atravessando o Amazonas”
• No canal Youtube.
• Construção da linha de transmissão em 500kV 
para interligar a UHE de Tucuruí as cidades de 
Manáus e Macapá, interligando ao SIN. Obra 
executada entre novembro de 2011 e o ano de 
2012.
• Subestação Juruparí com 7 transformadores de 
500/230KV – 1610MW – 7x250MVA
Eólicas não interligadas ao sistema ENEL
Eólicas não interligadas ao sistema ENEL
Enel-Ce
Usinas Eólicas interligadas 
ao sistema elétrico da Enel-Ce
COMO É PRODUZIDA A ENERGIA ELÉTRICA NAS USINAS HIDROELÉTRICAS E OS CAMINHOS ATÉ OS CENTROS 
CONSUMIDORES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
4 
5 
7 
9 
10 
13 
14 
15 
16 
17 18 
19 
20 
21 
22 
6 
11 
12 
1 
3 
IFCE 
Prof. Gênova 
69/13,8KV 
13,8KV/380/220V 
230/69KV 
13,8/230KV 
8 
LEGENDA:
1 Reservatório 12 Leito natural do rio
2 Barragem 13 Transformador elevador
3 Tomada d’água 14 Linha de transmissão (230 ou 500kV)
4 Comporta da tomada d’água 15 Subestação abaixadora
5 Conduto forçado 16 Linha de subtransmissão (69kV)
6 Caracol (caixa espiral) 17 Subestação abaixadora
7 Pré-Distribuidor e Distribuidor 18 Rede de distribuição MT (13,8kV)
8 Turbina hidráulica 19 Transformador de poste
9 Tubo de Sucção e Canal de fuga 20 Rede secundária (BT) (380/220V)
10 Gerador síncrono(rotor-estator-
excitatriz)
21 Medição de energia
11 Comporta do canal de fuga 22 Unidade consumidora-UC
Usina termoelétrica
Aspecto de uma usina nuclear na França
Usina nuclear
Usina Eólica do Mucuripe
2. A IMPORTÂNCIA DO SISTEMA ELÉTRICO
A utilização da energia elétrica no mundo moderno 
continua cada vez mais crescente nas diversas 
aplicações, não obstante as constantes pesquisas e 
utilizações em outras formas de energia. 
O Brasil em suas dimensões continentais, com cerca de 
8,5 milhões de quilômetros quadrados, e mais de 7 mil 
quilômetros de litoral, condições de solo e clima 
favoráveis, possui um dos maiores e melhores 
potenciais energéticos do mundo. 
Se por um lado as reserva de combustíveis fósseis são 
relativamente reduzidas, por outro, os potenciais 
hidráulicos, a irradiação solar, a energia da biomassa e 
a força dos ventos são suficientemente abundantes para 
garantir a autossuficiência energética do país.
Apesar dessa abundância, apenas duas fontes 
energéticas, hidráulica e petróleo, têm sido 
extensivamente aproveitadas. Cerca de 65,2% do 
suprimento de energia elétrica do país tem origem 
hidráulica, 19,70% de origem térmica (gás natural, der. 
Petróleo, carvão e der. e nuclear) e 15,1% nas demais 
formas (Biomassa, solar e eólica). 
Conceitos de Matriz Energética e Matriz Elétrica.
Conceito de Matriz Energética
Matriz energética é uma representação quantitativa de todos 
os recursos energéticos disponíveis (em um determinado 
território, região, país ou continente) para serem utilizados 
nos diversos processos produtivos.
Pode ser comparado com o conceito de TPES=Total Primary 
Energy Suplle, ou Oferta Total de Energia Primária, onde as 
fontes primárias correspondem a:
Fontes Primárias
PetróleoSol
Gás Natural Vento
Carvão Fontes Geotérmicas
Urânio Biomassa
Água
• Análise da Matriz Energética é fundamental para orientar o planejamento do 
setor energético, nos seguintes segmentos:
• Produção,Transporte, Inovação, Manejo, Venda. No Brasil a Matriz 
Energética é representada pelo consumo final por fonte:
F
o
n
te
: 
M
M
E
/E
P
E
(E
m
p
re
s
a
 d
e
 P
e
s
q
u
is
a
 E
n
e
rg
é
ti
c
a
),
 2
0
1
9
, 
b
a
s
e
 2
0
1
8
Fonte 2018 2017
Óleo Diesel 16,7% 18,1%
Eletricidade 18,0% 17,5%
Outras Fontes 17,4% 16,0%
Bagaço de cana 10,8% 11,3%
Gasolina 8,4% 9,6%
Gás Natural 7,7% 7,4%
Lenha 6,6% 6,5%
Etanol 6,4% 5,5%
GLP 3,2% 3,2%
Lixívia 2,7% 2,5%
Óleo combustível 0,8% 1,1%
Querosene 1,3% 1,3%
TOTAL 100% 100%
• Conceito de Matriz Elétrica
• A matriz elétrica representa a quantidade de processos 
produtivos aplicados para geração de energia elétrica:
• No Brasil a Matriz Elétrica é representada pelos seguintes 
itens:
Forma de energia 2018 2017
Hidráulica 66,6% 65,2%
Gás Natural 8,6% 10,6%
Biomassa 8,5% 8,2%
Derivados de Petróleo 2,4% 3,0%
Carvão e derivados 3,2% 3,6%
Nuclear 2,5% 2,5%
Solar 0,5% 0,1%
Eólica 7,6% 6,8%
Total 100% 100%
Apesar da importância dessas fontes, a conjuntura atual do 
setor elétrico brasileiro, com o crescimento da demanda, 
escassez de oferta e restrições financeiras, 
socioeconômicas e ambientais à expansão dos sistemas, 
indica que o suprimento futuro de energia elétrica exigirá 
maior aproveitamento das fontes renováveis.(Já é uma 
realidade, ver gráfico da evolução da eólica).
A produção e o transporte de energia em suas várias 
formas de um lugar a outro, e a conversão desta para 
outras formas mais úteis, até os grandes centros 
consumidores ou mesmo para unidades consumidoras 
mais isoladas no campo, são componentes essenciais que 
fazem parte de um sistema elétrico de potência (SEP).
GWh
3. Qualidade da Energia Elétrica
Quando nos reportamos às condições atuais do 
suprimento e consumo energético do país, verificamos que 
está necessidade de energia elétrica tem exigido cada vez 
mais uma alta qualidade do produto e dos serviços, que 
atualmente são normalizados pela ANEEL através dos 
Procedimentos de Distribuição – PRODIST (Módulo 8)
Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL
Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica no
Sistema Elétrico Nacional – PRODIST
Módulo 8 – Qualidade da Energia Elétrica
1 OBJETIVO
1.1 Estabelecer os procedimentos relativos à qualidade 
da energia elétrica - QEE, abordando a qualidade do 
produto e a qualidade do serviço.
1.2 Para a qualidade do produto,.
QUALIDADE DO PRODUTO: define a terminologia, 
caracteriza os fenômenos e estabelece os indicadores e 
limites ou valores de referência relativos à conformidade 
de tensão em regime permanente e às perturbações na 
forma de onda de tensão; 
Assunto: 
Introdução
Seção: 
8.0
Revisão: 
9
Data de Vigência: 
01/01/2018
Página: 
4 de 84 
Procedimentos de Distribuição
1.3 QUALIDADE DO SERVIÇO: define os conjuntos de 
unidades consumidoras, estabelece as definições, os 
limites e os procedimentos relativos aos indicadores de 
continuidade e dos tempos de atendimento; 
O PRODIST é segmentado em dois pilares (qualidade do 
produto e qualidade dos serviços), que podem ser 
traduzidos como tensões de suprimento adequadas, alta 
continuidade dos serviços e forma de onda sem distorções 
harmônicas ou atenuadas.
I – Qualidade do Produto
II- Qualidade dos Serviços
Qualidade da Energia 
Elétrica
I- Qualidade do Produto
Caracterizam os fenômenos e estabelece os 
parâmetros e valores de referência relativos à 
conformidade de tensão em regime permanente e em 
regime transitório, implicando nas perturbações na 
forma de onda de tensão:
I) Regime permanente
i. Tensão em regime permanente
ii. Fator de Potência
iii. Harmônicos
iv. Desequilíbrio de tensão
v. Flutuação de Tensão
vi. Variação de frequência
II) Regime transitório:
i) Variações de tensão de curta duração (VTCD)
II – Qualidade dos Serviços
Estabelece procedimentos relativos aos indicadores de 
continuidade e dos tempos de atendimento
Estabelece procedimentos relativos à qualidade do 
serviço prestado pelas distribuidoras aos consumidores 
a às distribuidoras acessantes.
1. Indicadores de Continuidade:
São os indicadores operativos DEC e FEC, DIC e FIC
2. Tempos de atendimento:
• Tempo médio de preparação, 
• tempo médio de deslocamento, 
• tempo médio de execução, 
• tempo médio de atendimento de emergência .
I- Qualidade do produto: Regime permanente:
Parâmetros ligados ao valor de tensão:
i. Tensão em regime permanente;
Crítica TR + ∆(Ad.Sup. + Pr.Sup.)
Precária TR + ∆(Ad.Sup.)
Adequada TR (Tensão Nominal)
Precária TR - ∆(Ad. Inf.)
Crítica TR - ∆(Ad.Inf. + Pr.Inf.)
• A tensão de suprimento adequada pode ser aferida através 
das medições em tempo real, desde a geração até os 
pontos de distribuição e consumo, de acordo com valores 
previamente estabelecidos e padronizados pelo órgão 
regulador. A resolução normativa 794/2017 (10ª Revisão) 
da ANELL, com vigência a partir de 01/01/2018, define os 
limites adequados, precários e críticos da tensão de 
fornecimento, nos vários níveis e classes de tensão 
padronizadas, e mantém uma sistemática de 
monitoramento e acompanhamento junto aos distribuidores 
de energia elétrica, de forma que a qualidade do produto 
seja atendida. 
Com o advento e o avanço da eletrônica de potência e dos 
sistemas automatizados, hoje as medições podem ser 
aquizitadas remotamente através da transmissão de dados 
para os centros de controle ou mesmo através da 
instalação de aparelhos digitais com memória de massa 
capazes de registrar um ciclo completo, com uma precisão 
a níveis excelentes e um mínimo de erro.
ii. Fator de Potência
O valor do fator de potência deverá ser calculado a partir 
dos valores registrados das potências ativa (P) e reativa (Q) 
ou das respectivas energias (EA, ER):
P EA
fp = ou fp =
√ P2 + Q2 √ EA2 + ER2
Valores de referência de fp:
Para UCs com tensão < 230kV, fator de potência no ponto 
de conexão deve estar compreendido entre 0,92 e 1,00 
indutivo 
ou 1,00 e 0,92 capacitivo.
0,92 < fpindutivo < 1,0 ou 1,0 > fp capacitivo > 0,92
Para outros valores de tensão seguir o procedimento de 
redes.
iii. Harmônicos - Distorções Harmônicas
A qualidade da energia tem sido alvo de muito interesse e 
discussão nos últimos anos. A forma de onda que representa 
a corrente alternada é a seguinte:
V = Vmáx .sen(ωt), 
onde ω = frequência angular = 2f 
e f = frequência da rede = 60Hz.
A forma de onda dada por esta expressão é denominada de 
forma de onda fundamental ou primeiro harmônico.
O problema de harmônicos em sistemas de potência não é 
de hoje, no entanto devido ao crescente aumento das 
cargas não lineares conectadas ao sistema elétrico, os 
níveis de harmônicos vêm aumentando consideravelmente.
Quando a forma de onda senoidal se apresenta deformada, 
dizemos que esta forma de onda contém harmônicos. Os 
harmônicos são senoídes com frequências múltiplas da 
fundamental (60Hz), que são obtidas matematicamente 
através da Série de Fourier. Veja exemplo a seguir:
Uma forma de onda qualquer, desde que seja periódica, 
pode ser escrita como um somatório de ondas senoidais. 
O 1º termo do somatório corresponde a freqüência 
fundamental (60Hz), e os outros termos correspondem aos 
harmônicos.
Série trigonométrica de Fourier:
f(t)
• Fig. 01 – Onda senoidal fundamental (60Hz) e de 5ª ordem (5x60Hz=300Hz)
Time
0s 10ms 20ms 30ms 40ms 50ms 60ms 70ms
V(Vf:+,Vf:-) V(Vh1:+,Vh1:-)
-150V
-100V
-50V
-0V
50V
100V
150V
• Fig. 01 – Onda senoidal fundamental (60Hz) e de 5ª ordem (5x60Hz=300Hz)
Time
0s10ms 20ms 30ms 40ms 50ms 60ms 70ms
V(Vf:+,Vf:-) V(Vh1:+,Vh1:-)
-150V
-100V
-50V
-0V
50V
100V
150V
• Fig. 02 – Forma de onda resultante com o conteúdo harmônico de 5ª ordem (soma 
da senóide fundamental com a de 5ª ordem)
Time
0s 10ms 20ms 30ms 40ms 50ms 60ms 70ms
V(Vf:+,0)
-150V
-100V
-50V
-0V
50V
100V
150V
• Fig. 02 – Forma de onda resultante com o conteúdo harmônico de 5ª ordem (soma 
da senóide fundamental com a de 5ª ordem)
Time
0s 10ms 20ms 30ms 40ms 50ms 60ms 70ms
V(Vf:+,0)
-150V
-100V
-50V
-0V
50V
100V
150V
Os efeitos das harmônicas na rede elétrica podem ser 
resumidos nos seguintes itens:
3.1- Sobrecarga em banco de capacitores;
3.2- Interferência em sistemas controle/ comunicação;
3.3-Perdas adicionais e aquecimento em motores e 
transformadores (perdas no ferro e no cobre);
3.4- Sobretensões e correntes excessivas devido ao efeito 
da ressonância;
3.5- Operação indevida de relés de proteção;
3.6- Erro em Medições implicando em maior custo;
3.7- Outros.
As distorções harmônicas podem ser atenuadas ou mesmo 
eliminadas através do emprego de filtros de harmônicas, 
ou através do bloqueio no software do relé digital, uma vez 
que se torna praticamente impossível a não utilização de 
aparelhos que provocam o surgimento de distorções na 
onda senoidal ou que possuam fontes chaveadas, tais 
como: lâmpadas fluorescentes compactas, inversores de 
frequência, variadores de velocidade, acionamentos 
tiristorizados, acionamentos em CC ou CA, retificadores, 
drives, conversores eletrônicos de potência, fornos de 
indução e a arco, no-breaks, máquina de solda a arco e 
demais aparelhos que utilizam a tecnologia da eletrônica 
de potência. 
• Na área de subestações foi verificado que quando da 
energização do transformador de potência (corrente de 
inrush) surgem harmônicos de 2ª ordem e quando da 
sobreexcitação (saturação do núcleo), predominam 
harmônicos de 5ª ordem o que poderá operar 
inadequadamente o relé diferencial (87), com o 
desligamento intempestivo do transformador. 
• Para eliminar estas situações é possível inibir as 
harmônicas de 2ª e 5ª ordem nos relés digitais.
Fundamental (1X60Hz)
Time
0s 10ms 20ms 30ms 40ms 50ms 60ms 70ms
V(Vf:+,Vf:-)
-150V
-100V
-50V
-0V
50V
100V
150V
Fundamental (1X60Hz)
Time
0s 10ms 20ms 30ms 40ms 50ms 60ms 70ms
V(Vf:+,Vf:-)
-150V
-100V
-50V
-0V
50V
100V
150V
Fundamental e 2ª Harmônica (2x60Hz)
Time
0s 10ms 20ms 30ms 40ms 50ms 60ms 70ms
V(Vf:+,Vf:-) V(Vh1:+)
-150V
-100V
-50V
-0V
50V
100V
150V
Fundamental e 2ª Harmônica (2x60Hz)
Time
0s 10ms 20ms 30ms 40ms 50ms 60ms 70ms
V(Vf:+,Vf:-) V(Vh1:+)
-150V
-100V
-50V
-0V
50V
100V
150V
 Time
0s 10ms 20ms 30ms 40ms 50ms 60ms 70ms
V(Vf:+,Vf:-) V(Vf:+) V(Vh1:+)
-150V
-100V
-50V
-0V
50V
100V
150V
Fundamental e 2ª Harmônica
Fundamental e 2ª Harmônica
Time
0s 10ms 20ms 30ms 40ms 50ms 60ms 70ms
V(Vf:+,Vf:-) V(Vf:+) V(Vh1:+)
-150V
-100V
-50V
-0V
50V
100V
150V
 Time
0s 10ms 20ms 30ms 40ms 50ms 60ms 70ms
V(Vf:+,0)
-150V
-100V
-50V
-0V
50V
100V
150V
Sinal resultante com componente de 2ª ordem
Sinal resultante com componente de 2ª ordem
Time
0s 10ms 20ms 30ms 40ms 50ms 60ms 70ms
V(Vf:+,0)
-150V
-100V
-50V
-0V
50V
100V
150V
 Time
0s 10ms 20ms 30ms 40ms 50ms 60ms 70ms
V(Vf:+,Vf:-) V(Vh1:+,Vh1:-)
-150V
-100V
-50V
-0V
50V
100V
150V
Fundamental e 5ª Harmônica (5x60Hz)
Fundamental e 5ª Harmônica (5x60Hz)
Time
0s 10ms 20ms 30ms 40ms 50ms 60ms 70ms
V(Vf:+,Vf:-) V(Vh1:+,Vh1:-)
-150V
-100V
-50V
-0V
50V
100V
150V
 Time
0s 10ms 20ms 30ms 40ms 50ms 60ms 70ms
V(Vf:+,Vf:-) V(Vh1:+,Vh1:-) V(Vf:+)
-150V
-100V
-50V
-0V
50V
100V
150V
Superposição da Fundamental e 5ª Harmônica
Superposição da Fundamental e 5ª Harmônica
Time
0s 10ms 20ms 30ms 40ms 50ms 60ms 70ms
V(Vf:+,Vf:-) V(Vh1:+,Vh1:-) V(Vf:+)
-150V
-100V
-50V
-0V
50V
100V
150V
 Time
0s 10ms 20ms 30ms 40ms 50ms 60ms 70ms
V(Vf:+,0)
-150V
-100V
-50V
-0V
50V
100V
150V
Sinal resultante com componente de 5ª ordem
Sinal resultante com componente de 5ª ordem
Time
0s 10ms 20ms 30ms 40ms 50ms 60ms 70ms
V(Vf:+,0)
-150V
-100V
-50V
-0V
50V
100V
150V
 Time
0s 10ms 20ms 30ms 40ms 50ms 60ms 70ms
V(Vf:+,Vf:-) V(Vh1:+,Vh1:-) V(Vh1:-,Vh2:-)
-150V
-100V
-50V
-0V
50V
100V
150V
Fundamental, 2ª e 5ª Harmônica (1x60Hz+2x60Hz+5x60Hz)
Fundamental, 2ª e 5ª Harmônica (1x60Hz+2x60Hz+5x60Hz)
Time
0s 10ms 20ms 30ms 40ms 50ms 60ms 70ms
V(Vf:+,Vf:-) V(Vh1:+,Vh1:-) V(Vh1:-,Vh2:-)
-150V
-100V
-50V
-0V
50V
100V
150V
 Time
0s 10ms 20ms 30ms 40ms 50ms 60ms 70ms
V(Vf:+,0) V(Vf:+,Vf:-) V(Vh1:+,Vh1:-) V(Vh1:-,Vh2:-)
-150V
-100V
-50V
-0V
50V
100V
150V
Fundamental, 2ª e 5ª Harmônica
Fundamental, 2ª e 5ª Harmônica
Time
0s 10ms 20ms 30ms 40ms 50ms 60ms 70ms
V(Vf:+,0) V(Vf:+,Vf:-) V(Vh1:+,Vh1:-) V(Vh1:-,Vh2:-)
-150V
-100V
-50V
-0V
50V
100V
150V
 Time
0s 10ms 20ms 30ms 40ms 50ms 60ms 70ms
V(Vf:+,0)
-150V
-100V
-50V
-0V
50V
100V
150V
Sinal resultante com componentes de 2ª e 5ª ordem
Sinal resultante com componentes de 2ª e 5ª ordem
Time
0s 10ms 20ms 30ms 40ms 50ms 60ms 70ms
V(Vf:+,0)
-150V
-100V
-50V
-0V
50V
100V
150V
iv. Desequilíbrio de tensão
É o fenômeno associado as alterações dos padrões trifásicos 
do sistema de distribuição.
Em um sistema trifásico ideal, as tensões nas três 
fases possuem a mesma amplitude e estão defasadas 
entre si de 120 graus. O desequilíbrio de tensão em 
um sistema elétrico trifásico é uma condição na qual 
as fases apresentam tensão com módulos diferentes 
entre si, ou defasagem angular entre as fases 
diferentes de 120 graus ou, ainda, as duas condições
simultaneamente.
• O desequilíbrio de tensão provoca efeitos no sistema elétrico, 
tais como:
• sobreaquecimentos e redução da vida útil em motores, 
transformadores e cabos, mau funcionamento e falhas dos 
dispositivos de proteção.
• Valores de Referência
• O PRODIST determina que o valor de referência para o 
desequilíbrio de tensão nos barramentos do sistema de 
distribuição, com exceção da baixa tensão, deve ser igual ou 
inferior a 2%. Tal valor deve ser adotado para o planejamento 
do sistema elétrico em termos de qualidade da energia 
elétrica.
• Os Procedimentos de Rede definem os limites para os 
desequilíbrios de tensão. São definidos dois tipos de 
limites:
• limite global dos barramentos igual a 2%;
• limite individual dos pontos de conexão igual a 1,5%.
• O Módulo 8 estabelece que os limites serão estabelecidos 
em resolução específica, após um período experimental de 
coleta de dados.
v. Flutuação de tensão (Flicker ou oscilação)
Variação aleatória, repetitiva ou esporádica do valor eficaz da 
tensão e provoca incômodo visual, fadiga no trabalho devido a 
cintilação luminosa.
• Flutuação de Tensão
• As flutuações de tensão são oscilações provocadas por 
cargas variáveis. O principal efeito destas oscilações de 
tensão são cintilações em sistemas de iluminação, que 
provocam uma sensação desagradável aos olhos humanos 
(Kagan et. al, 2005).
• Cargas industriais que exibem variações contínuas e rápidas 
na magnitude da corrente de carga podem causar variações 
na tensão que são frequentemente referidas como flicker ou 
oscilação.
• Porém, flutuação de tensão é um fenômeno eletromagnético, 
enquanto flicker é o resultado indesejável da flutuação de 
tensão em algumas cargas, principalmente, em sistemas de 
iluminação.
• Tais flutuações são geralmente causadas por cargas industriais 
e manifestam se de diferentes formas, a destacar:
• Flutuações Aleatórias: A principal fonte destas flutuações são 
os fornos a arco, onde as amplitudes das oscilações dependem 
do estado de fusão do material, bem como do nível de curto-
circuito da instalação.
• Flutuações Repetitivas: Dentre as principais fontes geradorasde flutuações são: máquinas de solda, laminadores, elevadores 
de minas e ferrovias.
• Flutuações Esporádicas: Relacionam-se às manobras de 
rede ou de carga.
• Além das magnitudes envolvidas e frequência (60Hz) destas 
variações, quando comparadas à componente fundamental, o 
tempo de permanência destas sobre o sistema é o fator 
primordial para classificá-las entre VTCD e VTLD. No primeiro 
caso, o tempo associado é menor ou igual a três minutos, e em 
consequência deste, para o segundo caso, maior do que três 
minutos.
• Os termos técnicos e suas definições relativas à VTCD 
constantes do Módulo 1 são apresentadas no que segue:
• Afundamento momentâneo de tensão: Evento em que o valor 
eficaz da tensão do sistema se reduz, momentaneamente, para 
valores abaixo de 90% e acima de 10% da tensão nominal de 
operação, durante intervalo superior ou igual a um ciclo 
(1 ciclo=16,67ms) e inferior ou igual a 3 (três) segundos.
• Afundamento temporário de tensão: Evento em que o valor 
eficaz da tensão do sistema se reduz, momentaneamente, para 
valores abaixo de 90% e acima de 10% da tensão nominal de 
operação, durante intervalo superior a 3 (três) segundos e 
inferior a 3 (três) minutos.
vi. Variação de frequência 
Frequência nominal = 60Hz (no Brasil)
O sistema de distribuição e as instalações de geração 
conectadas no sistema elétrico, devem, em condições normais 
de operação e em regime permanente, operarem dentro dos 
limites de frequência situados entre 59,9 Hz e 60,1 Hz.
Havendo necessidade de corte de geração ou de carga para a 
recuperação do equilíbrio carga-geração, durante os distúrbios 
no sistema de distribuição, a frequência:
vi.1. não pode exceder a 66 Hz ou ser inferior a 56,5 Hz em 
condições extremas.
vi.2. Pode permanecer acima de 62 Hz por no máximo 30 
segundos e acima de 63,5 Hz por no máximo 10 segundos;
vi.3. Pode permanecer abaixo de 58,5 Hz por no máximo 10 
segundos e abaixo de 57,5 Hz, por no máximo 5 segundos.
• Hoje com os sistemas interligados a nível nacional, é 
preciso limitar as subfrequências ou sobrefrequências 
quando da ocorrências de grandes impactos para o 
sistema elétrico. 
• Foram então implantados os relés de subfrequência 
(função 81) nas diversas subestações do SIN, sendo 
denominado de ERAC = Esquema regional de alívio de 
carga, que devem atuar, dando trip, junto aos diversos 
disjuntores nos pontos de conexão afetados pela 
anomalia.
Regime Transitório:
i. Variação de tensão de curta duração
São desvios significativos no valor eficaz da tensão em curto 
intervalo de tempo. Exemplo deste fenômeno são os chamados 
afundamentos de tensão.
• Dentre os diversos problemas relacionados à qualidade do 
produto, observam-se os relativos aos níveis de tensão que 
se refletem nas variações de tensão de curta duração (VTCD) 
e variações de tensão de longa duração (VTLD). Vale lembrar 
que afundamento, elevação e interrupção momentânea ou 
temporária de tensão integram os fenômenos referentes à 
classe das VTCD; e subtensão, sobretensão e interrupção 
sustentada são alocadas à classe das VTLD.
• Além das magnitudes envolvidas e frequência (60Hz) 
destas variações, quando comparadas à componente 
fundamental, o tempo de permanência destas sobre o 
sistema é o fator primordial para classificá-las entre 
VTCD e VTLD. No primeiro caso, o tempo associado é 
menor ou igual a três minutos, e em consequência 
deste, para o segundo caso, maior do que três minutos.
Parâmetros ligados a qualidade dos serviços 
i) Continuidade do Serviço
A continuidade do serviço é aferida através dos índices de 
continuidade do sistema, denominados de DEC e FEC, ou 
dos índices de continuidade de cada consumidor, 
denominados de DIC e FIC:
DEC = Duração em horas que cada consumidor do conjunto 
considerado ficou sem energia;
k 
∑ Ca(i) x t(i)
i=1
DEC = 
Cc
FEC = Freqüência em que cada consumidor do conjunto 
considerado sofreu interrupção de energia, ou seja, é o 
número de faltas de energia.
Ambos os índices traduzem o desempenho do sistema 
elétrico, mas quando analisado em detalhes e sob a ótica 
de cada segmento, o DEC pode representar o desempenho 
da operação, enquanto o FEC pode representar o 
desempenho da manutenção.
k 
∑ Ca(i)
i=1
FEC = 
Cc
Onde: 
• Ca(i) = Número de unidades consumidoras interrompidas 
em um evento (i), no período de apuração;
• t(i) = Duração de cada evento (i) no período de apuração;
• i = índice de eventos ocorridos no sistema que provocam 
interrupções em uma ou mais unidades consumidoras;
• k = Número máximo de eventos no período considerado;
• Cc = Número total de unidades consumidoras, do conjunto 
considerado, no final do período de apuração. 
• DIC = Duração em horas, que cada unidade consumidora 
alimentada em baixa tensão, do conjunto considerado, 
sofreu interrupção de energia elétrica.
• FIC = Freqüência em que cada unidade consumidora 
alimentada em baixa tensão, do conjunto considerado, 
sofreu interrupção de energia.
De acordo com o Módulo 8 – Qualidade da Energia Elétrica do PRODIST, 
Revisão 10
(Módulo 8 do PRODIST) – Revisão 10
(Módulo 1 do PRODIST) – Revisão 10
Módulo 1 - Introdução ao PRODIST – Glossário de termos técnicos
II. Tempos de atendimento:
• Tempo médio de preparação, 
• tempo médio de deslocamento, 
• tempo médio de execução, 
• tempo médio de atendimento de emergência .
A operação do sistema de potência é monitorado em tempo 
real através dos centros de controle do sistema (CCS) ou 
centro de controle da operação (COD) que acompanham os 
tempos de preparação, deslocamento e execução das 
turmas de prontidão (manutenção de emergência (196), de 
forma que os indicadores de duração (horas) da falta 
possam ser reduzidos no enfoque deste atendimento.
Os Concessionários que são os responsáveis pela 
distribuição e comercialização da energia elétrica, e que 
não atenderem as metas estabelecidas para os seus 
índices de continuidade, ficam sujeitos a sanções que 
podem ser transformadas em pesadas multas, 
influenciando significativamente na receita financeira do 
conjunto mensurado.
A qualidade de energia, a forma da onda fundamental 
também hoje já pode ser monitorada através de estações 
digitais, instaladas nos próprios consumidores industriais, ou 
mesmo nas subestações supridoras e distribuidoras, com a 
possibilidade do envio de dados remotamente através de 
modem, para os centros de acompanhamento e controle.
Sistema de Potência Adequado
Um sistema de potência bem elaborado corresponde a um 
número significativo de estações geradoras, interligadas 
entre si através de linhas de transmissão em circuitos 
duplos, triplos..., de forma que a energia total produzida 
possa ser utilizada em toda a região coberta pelo sistema 
interligado, daí a vantagem da concepção de um sistema de 
potência forte, bem consolidado e bem estruturado. 
Para que a premissa de se obter uma alta continuidade do 
serviço possa se tornar realidade, é imprescindível a 
adoção de uma política de manutenção preventiva e 
preditiva bem consolidada, e passar a considerar a 
condição de suprimento “n -1”, o que significa dizer, se 
ocorrer a falência de um sistema, o outro terá condições de 
suprir a deficiência de suprimento das cargas 
adequadamente, sem perda da qualidade do produto.
4. Componentes do Sistema Elétrico de Potência por 
Segmento:
Um SEP consiste basicamente em três componentes 
principais: 
Produção de Energia Elétrica (Usinas geradoras), 
transmissão de energia elétrica (Linhas de Transmissão) e 
distribuição de energia elétrica (sistemas de distribuição). 
Mais detalhadamente podemos desmembrar nos seguintes 
segmentos:
 
  
 
 
 
    
 
 
  
 
 
 
  
 
 .....................  
 
   
G 
 As estações geradoras. 
 Os transformadores elevadores das usinas. 
 As Linhas de transmissão. 
 As subestações distribuidoras abaixadoras. 
 Os sistemas de distribuição (Alimentador, RDP, RDS). 
 As unidades de consumo (UCs). 
 
  
 
 
 
     
 
 
  
 
 
 
  
 
 .....................  
 
   
G 
 As estações geradoras. 
 Os transformadores elevadores das usinas. 
 As Linhas de transmissão. 
 As subestações distribuidoras abaixadoras. 
 Os sistemas de distribuição (Alimentador, RDP, RDS). 
 As unidades de consumo (UCs). 
4.1. Produção de Energia Elétrica - Geração
Corresponde a toda forma de geração de energia elétrica, 
dentre as quais destacamos:
- Geração hidroelétrica (UHE(P≥30MW), PCH(30<P<1MW), 
CGH(P≤1MW);
- Geração térmica a óleo diesel;
- Geração térmica a gás natural;
- Geração térmica a carvão vegetal ou mineral;
- Geração por energia eólica;
- Geração por energia solar;
- Geração por energia atômica;
- Geração das usinas maremotrizes e das ondas;
- Geração por energia da biomassa.
- Geração por energia geotérmica
Geração de energia atômica
Usina térmica a gás natural e vapor Usina eólica
Usina térmica a carvão mineral
Usina com painel solar
Usina geotérmica
Usina térmica a óleo diesel
http://www.youtube.com/watch?v=hWcuuQWybWg
Energia das ondas
http://www.youtube.com/watch?v=hWcuuQWybWg
A nível de Brasil a energia de origem hidroelétrica continua 
vantajosa frente as demais formas de geração, pelos 
seguintes aspectos:
-Fonte renovável, não poluente, existência de diversidade e 
disponibilidade de sistemas pluviais aproveitáveis (norte, 
nordeste e sul), energia firme, o Brasil domina a tecnologia, 
rápida partida para obtenção do sincronismo e 
carregamento nominal, a energia primária é praticamente a 
custo zero, alta eficiência (-turbina entre 90 a 94% e 
-gerador entre 95 e 99%).
Desvantagens da geração hidrelétrica:
• Envolve um alto custo na construção civil da usina, alto 
custo dos equipamentos, retorno do investimento é 
relativamente longo, tempo destinado a construção é 
longo, usinas com grandes reservatórios provocam 
grandes áreas inundadas com impacto ambiental na 
fauna e na flora. Por vezes necessita de 
reassentamento de zonas urbanas devido a inundação 
da área pelo reservatório.
• Sistema sujeito a período de estiagens, que reduz o 
volume dos reservatórios e limita a geração, exigindo 
utilizar o sistema interligado;
Quanto as demais formas de geração de energia, são 
consideradas viáveis a sua expansão tendo em vista que 
a política de hoje é economizar a geração hidráulica de 
forma a se preparar melhor para um futuro incerto, onde o 
período de chuvas pode ser úmido ou seco. Hoje a 
energia eólica tem se expandido em grande escala, 
aproveitando a abundância das rajadas dos ventos que 
favorecem o litoral brasileiro e no mundo.
A nível mundial (Alemanha, Espanha, Portugal, ...) as 
fontes alternativas já são uma realidade e contribuem de 
forma significativa na matriz energética, destes países, 
como é o caso da energia eólica.
A energia solar ainda é cara, mas já dá sinais de 
crescimento como forma alternativa de aquecimento de 
água em residências, comércio e indústria. No Ceará 
existe uma aplicação de uma usina solar em Tauá.
A energia da biomassa deve ser ampliada no meio rural 
com a disseminação de biogeradores em fazendas e 
habitações isoladas.
A energia térmica a gás natural é uma excelente 
alternativa de geração de energia, principalmente para 
atender esta política de economizar hoje a energia 
hidráulica, que pode fazer falta amanhã devido ao período 
seco. 
• Visão geral do gerador síncrono de uma UHE
4.2. Transformadores Elevadores das Usinas
São transformadores concebidos em unidades 
monofásicas ou trifásicas e estão localizados próximos as 
unidades geradoras. Como normalmente são de grande 
potência frequentemente são monofásicos ligados em 
banco de forma a aumentar a confiabilidade e flexibilidade 
de manobras no pátio da subestação. 
• Foto do fechamento das bobinas de armadura do gerador síncrono 
em Y, em barramento blindado, na Usina de Luiz Gonzaga.
• Os transformadores são responsáveis pela transferência 
da energia recebida do gerador pelos enrolamentos 
primários, sendo transferida por ação transformadora, 
aos enrolamentos secundários. A geração hidroelétrica, 
por exemplo, a tensão de geração em CA é realizada em 
13,8KV, 16 KV ou 18 KV, é elevada através de bancos de 
transformadores monofásicos para a tensão de 
transmissão trifásica de 230KV ou 500KV.
Banco de transformadores monofásicos na UHE de Luiz Gonzaga com detalhe 
da parede corta fogo
Bucha HO
Banco de transformadores elevadores de 16kV/500kV 
da UHE de Luiz Gonzaga-CHESF
4.3. Linhas de Transmissão
São instalações constituídas de suportes metálicos ou de 
concreto, cujos condutores são apoiados ou ancorados 
nestes suportes e acessórios, através de cadeias de 
isoladores e fazem a interligação elétrica entre a 
Subestação de suprimento e as diversas subestações 
distribuidoras ou abaixadoras. Normalmente as linhas de 
transmissão têm seu caminhamento a grandes distâncias, 
pois são responsáveis pelo transporte do bloco de energia 
dos centros geradores aos centros consumidores. 
Cabo Pára-
Raios
Cabo 
fase
• Com o avanço da tecnologia dos materiais, é tendência mundial 
utilizar o cabo pára-raios das Linhas aéreas de transmissão, do 
tipo OPGW, como meio de comunicação, automação e controle 
entre os centros geradores, de controle e as subestações 
distribuidoras. Pelo menos um dos cabos pára-raios ou cabo fase 
CA, é substituído pelo cabo OPGW ou OPPW, respectivamente.
OPGW=Optical Ground Wire (Cabo pára-raios com núcleo de fibra 
óptica, para instalação em torres de transmissão).
OPPW=Optical Phase Wire (Cabo fase com núcleo de fibra óptica).
4.4. Subestação Distribuidora Abaixadora
São subestações localizadas estrategicamente em locais 
geográficos e de maior concentração de carga, e são 
geralmente abaixadoras de tensão. São responsáveis pela 
interligação entre as linhas de transmissão supridora com os 
centros consumidores, através dos seus equipamentos, 
partes internas da SED e os alimentadores de distribuição, 
que levam o suprimento da energia elétrica para as cidades 
com suas indústrias, comércio, unidades residenciais, 
iluminação pública e demais pontos consumidores.
Semelhante a uma SE supridora, a SED distribuidora é 
constituída dos seguintes elementos básicos:
São constituídas de pórticos e vigas, barramentos de AT 
(138kVou 72,5 kV) e MT (34,5kV ou 15 kV, barramento 
principal e de transferência, transformador de força 
abaixador, transformador de serviço auxiliar, equipamento 
de disjunção e seccionamento, religadores, disjuntores de 
transferência, equipamentos de medição e proteção, banco 
de capacitores, TP. TC, Chave a óleo, pátio da SE, casa de 
comando, sistema de proteção-comando e controle, etc.
SED de distribuição – Barramento de 69kV
SED de distribuição – Barramento de 13,8kV
4.5. Sistemas de Distribuição
Os sistemas de distribuição são os responsáveis pelas 
interligações das SEDs distribuidoras com os centros de 
consumo. Fazem parte do sistema de distribuição, os 
alimentadores e os ramais e sub-ramais de 13,8 KV, que 
constituem a rede primária de distribuição com todos os 
seus componentes tais como: postes, cruzetas, condutores, 
isoladores, ferragens, equipamentos e acessórios, 
transformadores de distribuição, instalações particulares ou 
governamentais, equipamentos de disjunção, proteção e 
manobra, rede secundária, também constituída com todos 
os seus postes de BT, condutores, isoladores, ferragens e 
demais acessórios. 
Como no sistema de transmissão os sistemas de distribuição 
também podem ser concebidos em diversas formas, ou seja: 
sistema radial simples, radial com recurso, sistema em anel 
aberto, sistema em anel fechado. A enel-Ce utiliza nos 
grandes centros consumidores, o sistema radial aberto, ou 
seja, com recurso de encontro entre alimentadores da 
mesma SED ou de SEDs diferentes, em algumas situações 
pode-se verificar o anel aberto e no interior, principalmente 
nas sedes municipais mais importantes, existe o sistema 
radial com recurso, mas predominando o radial simples. Na 
zona rural basicamente o sistema adotado é o radial simples
4.6. Unidades Consumidoras
São todas as cargas residenciais, comerciais, industriais 
ou de órgãos públicos, que são interligadas e supridas 
pelos sistemas de distribuição ou de transmissão de 
energia elétrica da Concessionária.
A nível de regulamentação oficial do poder concedente, 
existem os consumidores com prioridade de 
atendimento no suprimento de energia elétrica, tais 
como hospitais, centros de abastecimento e tratamento 
de água, indústrias de grande porte com regime 
contínuo ou intermitente, indústria com atividade 
especial, torres de comunicação, transmissão de TV e 
rádio, centrais telefônicas dentre outros. 
Sistema de distribuição a partir do alimentador de uma 
subestação distribuidora
t1
t2
t
Relé
Fusível
CBCB
F
Icc
51
Regra básica:
- Falta transitória & Permanente : Isola o menor trecho, no menor tempo
isolador de pino que apresentou um furo, rachaduras e o 
esmalte isolante danificado no seu corpo.
Isolador de pedestal de porcelana apresentando o isolamento 
deteriorado que pode levar a curto-circuito fase-terra
Defeito da rede de distribuição primária 
causada por abalroamento de poste
Curto circuito na saída da rede MT do transformador da SED 
onde o espaçador da RDP foi rompido ;
Afastador isolante para evitar que os condutores se toquem num 
vão da rede de MT durante uma ventania ou devido aos efeitos 
eletrodinâmicos de um curto-circuito
Vandalismo – corrente jogada na rede de MT para provocar um 
curto circuito bifásico ou trifásico
Defensa com anel 
de concreto e 
preenchido com 
areia, instalada em 
ponto crítico da 
rede, para evitar 
que durante um 
abalroamento 
neste poste ocorra 
o seu tombamento 
e provoque um 
curto circuito.
• 10.8 - HABILITAÇÃO,QUALIFICAÇÃO,CAPACITAÇÃO E AUTORIZAÇÃO 
DOS TRABALHADORES.
10.8.1 - É considerado trabalhador qualificado aquele que comprovar 
conclusão de curso específico na área elétrica reconhecido pelo Sistema 
Oficial de Ensino.
10.8.2 - É considerado profissional legalmente habilitado o trabalhador 
previamente qualificado e com registro no competente conselho de classe.
10.8.3 - É considerado trabalhador capacitado aquele que atenda às 
seguintes condições, simultaneamente:
a) receba capacitação sob orientação e responsabilidade de profissional 
habilitado e autorizado;
b) trabalhe sob a responsabilidade de profissional habilitado e autorizado.
PONTOS IMPORTANTES DA NR-10 - NORMA REGULAMENTADORA Nº 10: 
SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE NO 
TEMAS ASSINALADOS A SEGUIR:
10.8.3.1 - A capacitação só terá validade para a empresa que o capacitou e 
nas condições estabelecidas pelo profissional habilitado e autorizado 
responsável pela capacitação.
10.8.4 - São considerados autorizados os trabalhadores qualificados ou 
capacitados e os profissionais habilitados, com anuência formal da 
empresa.
10.8.5 - A empresa deve estabelecer sistema de identificação que permita 
a qualquer tempo conhecer a abrangência da autorização de cada 
trabalhador, conforme o item 10.8.4. (210.079-7/I=1)
10.8.6 - Os trabalhadores autorizados a trabalhar em instalações elétricas 
devem ter essa condição consignada no sistema de registro de empregado 
da empresa. (210.080-0/I=1). Ex. trabalhador cadastrado no sistema de OS 
e documentos de PERMISÃO DE ACESSO (PAC).
PONTOS IMPORTANTES DA NR-10 - NORMA REGULAMENTADORA Nº 10: 
SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE
10.8.7 - Os trabalhadores autorizados a intervir em instalações elétricas 
devem ser submetidos à exame de saúde compatível com as atividades a 
serem desenvolvidas, realizado em conformidade com a NR 7 e registrado 
em seu prontuário médico. (210.081-9/I=3)
10.8.8 - Os trabalhadores autorizados a intervir em instalações elétricas 
devem possuir treinamento específico sobre os riscos decorrentes do 
emprego da energia elétrica e as principais medidas de prevenção de 
acidentes em instalações elétricas, de acordo com o estabelecido no Anexo 
II desta NR. (210.082-7/I=4)
10.8.8.1 - A empresa concederá autorização na forma desta NR aos 
trabalhadores capacitados ou qualificados e aos profissionais habilitados 
que tenham participado com avaliação e aproveitamento satisfatórios dos 
cursos constantes do ANEXO II desta NR. (210.083-5/I=4)
PONTOS IMPORTANTES DA NR-10 - NORMA REGULAMENTADORA Nº 10: 
SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE
10.8.8.2 - Deve ser realizado um treinamento de reciclagem bienal e 
sempre que ocorrer alguma das situações a seguir: (210.084-3/I=2)
a) troca de função ou mudança de empresa; (210.085-1/I=2)
b) retorno de afastamento ao trabalho ou inatividade, por período superior a 
três meses; (210.086-0/I=2)
c) modificações significativas nas instalações elétricas ou troca de 
métodos, processos e organização do trabalho. (210.087-8/I=2)
10.8.8.3 - A carga horária e o conteúdo programático dos treinamentos de 
reciclagem destinados ao atendimento das alíneas "a", "b" e "c" do item 
10.8.8.2 devem atender as necessidades da situação que o motivou. 
(210.088-6/I=1)
PONTOS IMPORTANTES DA NR-10 - NORMA REGULAMENTADORA Nº 10: 
SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE
10.8.8.4 - Os trabalhos em áreas classificadas devem ser precedidos de 
treinamento especifico de acordo com risco envolvido. (210.089-4/I=3)
10.8.9 - Os trabalhadores com atividades não relacionadas às instalações 
elétricas desenvolvidas em zona livre e na vizinhança da zona controlada, 
conforme define esta NR, devem ser instruídos formalmente com 
conhecimentos que permitam identificar e avaliar seus possíveis riscos e adotar 
as precauções cabíveis. (210.090-8/I=2)
PONTOS IMPORTANTES DA NR-10 - NORMA REGULAMENTADORA Nº 10: 
SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE
Distâncias no ar que delimitam radialmente as 
zonas de risco, controlada e livre
Distâncias no ar que delimitam radialmente as zonas de 
risco, controlada e livre com interposição de superfície de 
separação física adequada.
• RESUMO DAS EXIGÊNCIAS DA NR10
• Qualificado = Ter concluído curso no sistema oficial de 
ensino (Certificado)• Habilitado = ser qualificado e ter registro no conselho 
(CREA);
• Capacitado = Receba capacitação sob a orientação e 
responsabilidade de profissional habilitado e autorizado 
e trabalhe sob a responsabilidade de profissional 
habilitado e autorizado.
• Autorizado=trabalhadores qualificados ou capacitados e 
profissionais habilitados, com anuência formal da 
empresa.
• Zona de Risco, Zona Controlada e Zona Livre

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