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www.cers.com.br 1 www.cers.com.br 2 INTRODUÇÃO AO DIREITO ADMINISTRATIVO CONCEITO • Estado • Governo • Administração Pública ELEMENTOS DO ESTADO: POVO - Vínculo/pertencimento do indivíduo a um determinado Estado. TERRITÓRIO - Espaço onde o povo está reunido. GOVERNO SOBERANO - Elemento formador do Estado. PODERES: • Legislativo • Executivo • Judiciário Art. 2º da Constituição Federal: “São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.” FUNÇÕES TÍPICAS E ATÍPICAS 1. (Banca: CESPE Órgão: TRT - 8ª Região (PA e AP) - Analista Judiciário - Área Administrativa) A respeito dos elementos do Estado, assinale a opção correta. A) Povo, território e governo soberano são elementos indissociáveis do Estado. B) O Estado é um ente despersonalizado. C) São elementos do Estado o Poder Legislativo, o Poder Judiciário e o Poder Executivo. D) Os elementos do Estado podem se dividir em presidencialista ou parlamentarista. E) A União, o estado, os municípios e o Distrito Federal são elementos do Estado brasileiro. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA • Sentido formal • Sentido material www.cers.com.br 3 DIREITO ADMINISTRATIVO • Conceito • Ciência da Administração 2. (Banca: CESPE Órgão: TRE-PE - Analista Judiciário - Área Administrativa) O direito administrativo é: A) um ramo estanque do direito, formado e consolidado cientificamente. B) um ramo do direito proximamente relacionado ao direito constitucional e possui interfaces com os direitos processual, penal, tributário, do trabalho, civil e empresarial. C) um sub-ramo do direito público, ao qual está subordinado. D) um conjunto esparso de normas que, por possuir características próprias, deve ser considerado de maneira dissociada das demais regras e princípios. E) um sistema de regras e princípios restritos à regulação interna das relações jurídicas entre agentes públicos e órgãos do Estado. CODIFICAÇÃO DO DIREITO ADMINISTRATIVO FONTES: • Lei • Jurisprudência • Doutrina • Costumes • Princípios gerais do Direito • Tratados Internacionais INTERPRETAÇÃO DO DIREITO ADMINISTRATIVO • Desigualdade jurídica entre a Administração e os administradores; • Presunção de legitimidade dos atos da Administração; • Necessidade de poderes discricionários para a Administração atender ao interesse público; REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO CONCEITO: PRINCÍPIO E REGRA • PRINCÍPIOS EXPRESSOS • PRINCÍPIOS IMPLÍCITOS PRINCÍPIOS EXPRESSOS ART. 37, CAPUT, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL “A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência [..]”. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE ART. 37, CAPUT, DA CF • Só pode fazer o que a lei autoriza www.cers.com.br 4 ART. 5º, II DA CF Art. 5º [...] II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei; PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE • Critérios objetivos nas decisões. Ex: a) Concurso e Licitação b) Vedação ao nepotismo (SV 13-STF) c) Publicidade impessoal (CF, art. 37, § 1º) • SV 13-STF: “A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, [...] para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal.” • CF, Art. 37, § 1º: “A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos”. 3. (Banca: FCC Órgão: TRT - 24ª REGIÃO (MS) - Analista Judiciário - Área Administrativa) Em importante julgamento proferido pelo Supremo Tribunal Federal, foi considerada inconstitucional lei que destinava verbas públicas para o custeio de evento cultural tipicamente privado, sem amparo jurídico- administrativo. Assim, entendeu a Corte Suprema tratar-se de favorecimento a seguimento social determinado, incompatível com o interesse público e com princípios que norteiam a atuação administrativa, especificamente, o princípio da: A) presunção de legitimidade restrita. B) motivação. C) impessoalidade. D) continuidade dos serviços públicos. E) publicidade. PRINCÍPIO DA MORALIDADE ART. 37, CAPUT DA CF/88 ART. 2º, p. único, IV DA LEI 9784/99 [...] IV - atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé. PRINCÍPIO DA MORALIDADE Enseja: • RESPONSABILIZAÇÃO ADMINISTRATIVA (Art. 37, §4 da c/c Lei 8.429/92). • AÇÃO POPULAR PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE • Fundamentos: a) CF, art. 37, caput e § 3º, II b) Art. 5, XIV c) Art. 5, XXXIII d) Lei 12.527 www.cers.com.br 5 • Art. 5, XXXIII: “todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado”; Lei 12.527: “Art. 24 [...] § 1º Os prazos máximos de restrição de acesso à informação, conforme a classificação prevista no caput, vigoram a partir da data de sua produção e são os seguintes: I - ultrassecreta: 25 (vinte e cinco) anos; II - secreta: 15 (quinze) anos; e III - reservada: 5 (cinco) anos.”; • Art. 5, LXXII da Constituição Federal: Conceder-se-á habeas data: a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público; b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo; • Art. 7, da lei 9.507/97 – Anotação. 4. (Banca: FCC Órgão: TRT - 20ª REGIÃO (SE) - Analista Judiciário – Administrativa) Em importante julgamento proferido pelo Supremo Tribunal Federal, considerou a Suprema Corte, em síntese, que no julgamento de impeachment do Presidente da República, todas as votações devem ser abertas, de modo a permitir maior transparência, controle dos representantes e legitimação do processo. Trata-se, especificamente, de observância ao princípio da: A) publicidade. B) proporcionalidade restrita. C) supremacia do interesse privado. D) presunção de legitimidade. E) motivação. PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA • Fundamentos: Art. 37, Caput da CF Lei 9.784/99, art. 2º, parágrafo único, IX. • Art. 41, §1º, III, da CF: São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público. [...] III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa. PRINCÍPIOS IMPLÍCITOS • Supremacia do interesse público • Indisponibilidade do interesse público • Autotutela • Finalidade • Motivação • Segurança jurídica • Igualdade • Proporcionalidade e razoabilidade • Continuidade do serviço público PRINCÍPIO DA AUTOTUTELA ART. 53 DA LEI 9.784/99 A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos. www.cers.com.br 6 SÚMULA 473 – STF: “A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de víciosque os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial”. ANULAÇÃO – Controle de legalidade REVOGAÇÃO – Controle de mérito Art. 49, lei 8.666/93: “A autoridade competente para a aprovação do procedimento somente poderá revogar a licitação por razões de interesse público decorrente de fato superveniente devidamente comprovado, pertinente e suficiente para justificar tal conduta [...]” RAZOABILIDADE/PROPORCIONALIDADE Art. 2º da Lei 9784/99 - A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência. Parágrafo único. Nos processos administrativos serão observados, entre outros, os critérios de: VI - adequação entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público; Decorrência do devido processo legal: Art. 5º inciso LIV da Constituição Federal [...] LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal; • ADEQUAÇÃO • NECESSIDADE • PROPORCIONALIDADE EM SENTIDO ESTRITO 5. (Banca: CESPE Órgão: TRE-PE Analista Judiciário - Área Administrativa) O princípio da razoabilidade: A) se evidencia nos limites do que pode, ou não, ser considerado aceitável, e sua inobservância resulta em vício do ato administrativo. B) incide apenas sobre a função administrativa do Estado. C) é autônomo em relação aos princípios da legalidade e da finalidade. D) comporta significado unívoco, a despeito de sua amplitude, sendo sua observação pelo administrador algo simples. E) pode servir de fundamento para a atuação do Poder Judiciário quanto ao mérito administrativo. 6. (Banca: CESPE Órgão: TRT - 8ª Região (PA e AP) Analista Judiciário - Área Administrativa) A respeito dos princípios da administração pública, assinale a opção correta. A) Decorre do princípio da hierarquia uma série de prerrogativas para a administração, aplicando-se esse princípio, inclusive, às funções legislativa e judicial. B) Decorre do princípio da continuidade do serviço público a possibilidade de preencher, mediante institutos como a delegação e a substituição, as funções públicas temporariamente vagas. C) O princípio do controle ou tutela autoriza a administração a realizar controle dos seus atos, podendo anular os ilegais e revogar os inconvenientes ou inoportunos, independentemente de decisão do Poder Judiciário. D) Dado o princípio da autotutela, a administração exerce controle sobre pessoa jurídica por ela instituída, com o objetivo de garantir a observância de suas finalidades institucionais. E) Em decorrência do princípio da publicidade, a administração pública deve indicar os fundamentos de fato e de direito de suas decisões. www.cers.com.br 7 PODERES ADMINISTRATIVOS • Regime jurídico administrativo • Uso e abuso de poder • Discricionariedade e vinculação • Discricionariedade x Arbitrariedade • Controle judicial 7. (Banca: CONSULPLAN Órgão: TRE-RJ - Analista Judiciário - Área Administrativa) “Poderes Administrativos podem ser conceituados como o conjunto de prerrogativas de direito público que a ordem jurídica confere aos agentes administrativos para o fim de permitir que o Estado alcance seus fins. O poder ____________________ é a prerrogativa concedida aos agentes administrativos de elegerem, entre várias condutas possíveis, a que traduz maior conveniência e oportunidade para o interesse público.” Assinale a alternativa que completa corretamente a afirmativa anterior. A) de polícia B) hierárquico C) discricionário D) regulamentar • Poder Regulamentar • Regulamento Executivo x Autônomo [CF/88] Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: [...] IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução; [CF/88] Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: [...] VI - dispor, mediante decreto, sobre: a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos; [CF/88] Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional: [...] V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa; 8. (Banca: CESPE Órgão: TRE-PE - Analista Judiciário - Área Administrativa) Determinada agência reguladora, atuando em sua esfera de atribuições, editou ato normativo de apurada complexidade técnica com vistas a elucidar conceitos legais e regular determinado segmento de atividades consideradas estratégicas e de interesse público. Nessa situação hipotética, a atuação da agência configurou exercício do poder: A) de polícia. B) regulamentar. C) discricionário. D) disciplinar. E) hierárquico. • Poder Hierárquico (= SUBORDINAÇÃO) • Hierarquia interna (Pessoa Jurídica) • Avocação x Delegação www.cers.com.br 8 [Lei 9.784/99] Art. 11. A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos a que foi atribuída como própria, salvo os casos de delegação e avocação legalmente admitidos. Art. 13. Não podem ser objeto de delegação: I - a edição de atos de caráter normativo; II - a decisão de recursos administrativos; III - as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade. Art. 15. Será permitida, em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente justificados, a avocação temporária de competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior. Lei 9.784/99: Art. 14 [...] § 3o As decisões adotadas por delegação devem mencionar explicitamente esta qualidade e considerar-se-ão editadas pelo delegado. Súmula 510-STF: Praticado o ato por autoridade, no exercício de competência delegada, contra ela cabe o mandado de segurança ou a medida judicial. • Poder Disciplinar (= SANÇÃO) • Vínculo de natureza especial • Contraditório e ampla defesa [CTN] Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interêsse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de intêresse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. • Ciclos/Fases do poder de polícia: a) Ordem b) Consentimento c) Fiscalização d) Sanção • Características do Poder de Polícia: a) Discricionariedade b) Coercibilidade c) Autoexecutoriedade 9. (Banca: FCC Órgão: TRE-RR - Analista Judiciário – Administrativa) Claudio, fiscal do Procon de Roraima, ao receber denúncia anônima acerca de irregularidades em restaurante, comparece ao local e apreende gêneros alimentícios impróprios para o consumo, por estarem deteriorados. A postura adotada concerne a uma das características do poder de polícia, qual seja, A) discricionariedade. B) inexigibilidade. C) consensualidade. D) normatividade. E) autoexecutoriedade. • Prescrição do Poder de Polícia: [Lei 9.873/99] Art. 1o Prescreve em cinco anos a ação punitiva da Administração Pública Federal, direta e indireta, no exercício do poder de polícia, objetivando apurar infração à legislação em vigor, contados da data da prática do ato ou, no caso de infração permanente ou continuada, do dia em que tiver cessado. [...] www.cers.com.br 9 § 1o Incidea prescrição no procedimento administrativo paralisado por mais de três anos, pendente de julgamento ou despacho, cujos autos serão arquivados de ofício ou mediante requerimento da parte interessada, sem prejuízo da apuração da responsabilidade funcional decorrente da paralisação, se for o caso. § 2o Quando o fato objeto da ação punitiva da Administração também constituir crime, a prescrição reger-se-á pelo prazo previsto na lei penal. ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA • Estrutura da Administração Pública • Autoridade x Órgão x Entidade ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA [Lei 9.784/99] Art. 1o, § 2o Para os fins desta Lei, consideram-se: I - órgão - a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e da estrutura da Administração indireta; II - entidade - a unidade de atuação dotada de personalidade jurídica; PRESTAÇÃO DA ATIVIDADE PÚBLICA • Centralização x Descentralização • Concentração x Desconcentração ESPÉCIES DE DESCENTRALIZAÇÃO • OUTORGA • DELEGAÇÃO 10. (Banca: IBFC Órgão: TRE-AM - Analista Judiciário - Área Administrativa) Assinale a alternativa INCORRETA: A) Desconcentração é fenômeno da distribuição interna de plexos de competências decisórias, agrupadas em unidades individualizadas. B) Hierarquia é o vínculo de autoridade que une órgãos e agentes, através de escalões sucessivos numa relação de autoridade de superior a inferior. C) Pela descentralização, embora existam dois entes personalizados, persiste o vínculo hierárquico entre a Administração Central e a pessoa estatal descentralizada. D) A descentralização pressupõe pessoas jurídicas diversas: aquela que originariamente tem a titulação sobre certa atividade e outra que à qual foi atribuído o seu desempenho. DECRETO LEI 200/67 – RECEPCIONADO COMO LEI ORDINÁRIA • Regras aplicadas pela União que se estendem aos outros entes PRINCÍPIOS INERENTES À ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA Decreto lei 200/67: I - Planejamento. II - Coordenação. III - Descentralização. IV - Delegação de Competência. V - Controle. www.cers.com.br 10 ADMINISTRAÇÃO DIRETA • UNIÃO • ESTADO • DISTRITO FEDERAL • MUNICÍPIO ADMINISTRAÇÃO INDIRETA • Autarquias; • Fundações • Empresas Públicas; • Sociedades de Economia Mista. ENTES DA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA CARACTERÍSTICAS GERAIS: • Personalidade Jurídica • Criação - Lei específica - Cria: Autarquias - Autoriza: Demais entes • Finalidade Pública • Controle ENTES DA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA [CF/88] Art. 37 [...] XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação; 11. (Banca: CONSULPLAN Órgão: TRE-MG - Analista Judiciário - Área Administrativa) Acerca da organização da Administração Pública estruturada na Constituição da República de 1988, é correto afirmar que: A) na organização administrativa brasileira, há uma divisão vertical e hierárquica entre os entes federal, distrital, estadual e municipal. B) não obstante ter o chefe do Poder Executivo a direção superior da Administração Pública, somente lei específica pode criar autarquias. C) dentro do sistema federativo criado pela Constituição da República de 1988, União, Estados, Distrito Federal e Municípios são entes dotados de soberania. D) dentro da capacidade de autogoverno, o chefe do Poder Executivo de cada ente pode decidir pela descentralização do poder, através da criação de órgãos públicos. E) os órgãos públicos, criados como mecanismo de desconcentração administrativa, possuem personalidade jurídica própria, apesar de subordinar-se à Administração central. AUTARQUIAS • Decreto-lei 200/67 Art. 5º Para os fins desta lei, considera-se: I - Autarquia - o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para executar atividades típicas da Administração Pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada. • Regime Jurídico • Autarquias Profissionais • Agências Reguladoras www.cers.com.br 11 • Agências Executivas 12. (Banca: CESPE Órgão: TRE-PE - Analista Judiciário - Área Administrativa) As entidades autônomas integrantes da administração indireta que atuam em setores estratégicos da atividade econômica, zelando pelo desempenho das pessoas jurídicas e por sua consonância com os fins almejados pelo interesse público e pelo governo são denominadas: A) agências autárquicas executivas. B) serviços sociais autônomos. C) agências autárquicas reguladoras. D) empresas públicas. E) sociedades de economia mista. FUNDAÇÕES PÚBLICAS • Decreto-lei 200/67 Art. 5º Para os fins desta lei, considera-se: IV - Fundação Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa, para o desenvolvimento de atividades que não exijam execução por órgãos ou entidades de direito público, com autonomia administrativa, patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção, e funcionamento custeado por recursos da União e de outras fontes. • NATUREZA JURÍDICA - Fundações Públicas de Direito Público - Fundações Públicas de Direito Privado EMPRESAS ESTATAIS Lei 200/67 + Art. 3º da Lei 13303/16 Art. 3º Empresa pública é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com criação autorizada por lei e com patrimônio próprio, cujo capital social é integralmente detido pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios. EMPRESAS PUBLICAS X SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA PREVISÃO CONSTITUCIONAL • Constituição Federal: Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei. www.cers.com.br 12 REGIME JURÍDICO DAS EMPRESAS ESTATAIS • Criação e Extinção • Controle • Responsabilidade Civil (Art. 37 §6º DA CF.) • Bens Das Empresas Estatais • Privilégios Processuais • Regime Pessoal • Regime Tributário • Licitações e Contratos 13. (Banca: FCC Órgão: TRT - 4ª REGIÃO (RS) - Analista Judiciário – Administrativa) Considere que uma sociedade de economia mista controlada pela União, que atua na área de processamento de dados, pretenda oferecer seus serviços ao mercado privado, com vistas a ampliar suas receitas para além dos recursos obtidos com a prestação dos serviços à Administração pública. Referida entidade: A) dado o regime de direito público a que se submete, está imune à tributação sobre a prestação dos serviços aos privados. B) sujeita-se ao regime jurídico próprio das empresas privadas inclusive no que diz respeito às obrigações tributárias. C) passará a caracterizar-se como uma empresa com fins lucrativos, perdendo a imunidade tributária. D) perde a prerrogativa de ser contratada pela Administração com dispensa de licitação, caso a atuação caracterize regime de competição no mercado. E) passará do regime de direito público ao de direito privado, mantida, contudo, a obrigatoriedade de observância dos princípios aplicáveis à Administração pública. ÓRGÃO PÚBLICOS Lei 9784/99, art.1º [...] § 2o Para os fins desta Lei, consideram-se: I - órgão - a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e da estrutura da Administração indireta; Criação e extinção de órgãos públicos: Mediante lei. Exceção: Art. 84, VI da Constituição Federal: “Compete privativamente ao Presidente da República: VI - dispor, mediante decreto, sobre: a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinçãode órgãos públicos;” Súmula 525-STJ: “A Câmara de Vereadores não possui personalidade jurídica, apenas personalidade judiciária, somente podendo demandar em juízo para defender os seus direitos institucionais”. CLASSIFICAÇÃO DE ÓRGÃOS • Quanto à hierarquia: a) Independentes; b) Autônomos; c) Superiores; e d) Subalternos. • Quanto à atuação Funcional: a) Singular; b) Colegiado. • Quanto à estrutura: a) Simples; www.cers.com.br 13 b) Compostos. • Quanto às funções: a) Ativos; b) Consultivos; c) De controle; • Quanto à atuação: a) Central; b) Local. 14. (Banca: FCC Órgão: TRT - 16ª REGIÃO (MA) - Analista Judiciário - Área Administrativa) Considere a seguinte assertiva: A Câmara dos Deputados classifica-se, quanto à posição estatal, como órgão independente. Isto porque, dentre outras características, não possui qualquer subordinação hierárquica ou funcional, estando sujeita apenas a controle constitucional. A assertiva em questão está: A) correta, pois trata-se de órgão independente e autônomo, expressões sinônimas quanto à classificação dos órgãos públicos. B) incorreta, pois não se trata de órgão independente e sim autônomo. C) correta, pois trata-se de órgão independente, estando a fundamentação também correta. D) incorreta, pois embora seja órgão independente, ele está sujeito à subordinação hierárquica e funcional. E) incorreta, pois trata-se de órgão autônomo e sujeito à subordinação hierárquica e funcional. 15. (Banca: FCC Órgão: TRE-AP - Analista Judiciário - Área Administrativa) Quanto aos órgãos públicos é INCORRETO afirmar que: A) os órgãos simples ou unitários são dotados de um único centro de competência ou atribuições. B) os órgãos públicos são centros de competência dotados de personalidade jurídica própria, sendo responsáveis exclusivos por suas ações e omissões. C) os Ministérios, na área federal, são considerados órgãos compostos, uma vez que possuem em sua estrutura outros órgãos públicos. D) o Tribunal Superior Eleitoral, de acordo com sua posição na estrutura estatal, é um órgão independente, posto que possui origem constitucional. E) os colegiados são os órgãos que decidem e agem pela manifestação de vontade da maioria de seus membros. ENTIDADES PARAESTATAIS E TERCEIRO SETOR [ESPÉCIES] • ENTIDADES DO SERVIÇO SOCIAL AUTÔNOMO • ENTIDADE DE APOIO • ORGANIZAÇÕES SOCIAIS (OS) • ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL POR INTERESSE PÚBLICO (OSCIP) • ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL (OSC) SERVIÇO SOCIAL AUTÔNOMO (SISTEMA “S”) SESI – SERVIÇO SOCIAL DA INDÚSTRIA SESC – SERVIÇO SOCIAL DO COMÉRCIO SENAI – SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL SENAC – SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM COMERCIAL SENAR – SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL ENTIDADE DE APOIO • Atuam ao lado de hospitais e Universidades • Executam atividades não exclusivas de estado • Constituição: Sob forma de fundações, associações e cooperativas www.cers.com.br 14 ORGANIZAÇÕES SOCIAIS - LEI 9.637/98 Art. 1o O Poder Executivo poderá qualificar como organizações sociais pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, cujas atividades sejam dirigidas ao ensino, à pesquisa científica, ao desenvolvimento tecnológico, à proteção e preservação do meio ambiente, à cultura e à saúde, atendidos aos requisitos previstos nesta Lei. CONTRATO DE GESTÃO OS Art. 5o Para os efeitos desta Lei, entende-se por contrato de gestão o instrumento firmado entre o Poder Público e a entidade qualificada como organização social, com vistas à formação de parceria entre as partes para fomento e execução de atividades relativas às áreas relacionadas no art. 1o. 16. (Banca: FCC Órgão: TRT - 3ª Região (MG) - Analista Judiciário - Área Administrativa) Os contratos de gestão realizados entre a Administração e as denominadas Organizações Sociais: A) não caracterizam convênio administrativo, não se sujeitando, pois, à fiscalização e controle por parte do Tribunal de Contas. B) são sempre passíveis de fiscalização e controle pelo Tribunal de Contas. C) podem ser celebrados com dispensa de licitação, em função de autorização legal específica, não estando sujeitos, nessa hipótese, ao controle e fiscalização pelo Tribunal de Contas. D) sujeitam-se ao controle e fiscalização por parte do Tribunal de Contas, exceto quando tenham por objeto a gestão de serviço público não-exclusivo. E) são equiparados a convênio administrativo, quando celebrados com entidades com finalidade lucrativa, sujeitando-se, apenas em tal hipótese, ao controle e fiscalização por parte do Tribunal de Contas. ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE PÚBLICO (OSCIP) - LEI 9.790/99 Art. 1o Podem qualificar-se como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público as pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos que tenham sido constituídas e se encontrem em funcionamento regular há, no mínimo, 3 (três) anos, desde que os respectivos objetivos sociais e normas estatutárias atendam aos requisitos instituídos por esta Lei. TERMO DE PARCERIA OSCIP Art. 9o Fica instituído o Termo de Parceria, assim considerado o instrumento passível de ser firmado entre o Poder Público e as entidades qualificadas como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público destinado à formação de vínculo de cooperação entre as partes, para o fomento e a execução das atividades de interesse público previstas no art. 3o desta Lei. 17. (Banca: FGV Órgão: TJ-BA - Analista Judiciário - Administração – Reaplicação) A Lei nº 9.790/99 surgiu para disciplinar as entidades que denominou de OSCIP, instituindo-se um novo regime de parceria entre o Poder Público e a iniciativa privada. Essa Lei foi elaborada com o principal objetivo de fortalecer o Terceiro Setor, que constitui hoje uma orientação estratégica em virtude da sua capacidade de: A) definir as cláusulas necessárias do protocolo de intenções, como a denominação, a finalidade, o prazo de duração, a sede, a identificação dos entes da Federação consorciados etc.; B) melhorar a distribuição dos bens ou serviços, através da descentralização territorial, além de garantir qualidade uniforme de um produto ou serviço, com marca e método já experimentados e aprovados; C) qualificar as organizações voltadas para um círculo restrito de sócios ou que estão ou deveriam estar voltadas a outras legislações, como as instituições religiosas ou aquelas voltadas para a disseminação de credos, cultos, práticas e visões devocionais e confessionais; D) gerar projetos, assumir responsabilidades, empreender iniciativas e mobilizar pessoas e recursos necessários ao desenvolvimento social do país; E) formalizar a parceria entre entidade privada e Poder Público através de contrato de gestão, além de exigir a participação de agentes do Poder Público na estrutura da entidade. ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL - LEI 13.019/14 Art. 1º Esta Lei institui normas gerais para as parcerias entre a administração pública e organizações da sociedade civil, em regime de mútua cooperação, para a consecução de finalidades de interesse público e www.cers.com.br 15 recíproco, mediante a execução de atividades ou de projetos previamente estabelecidos em planos de trabalho inseridos em termos de colaboração, em termos de fomento ou em acordos de cooperação. TERMO DE COLABORAÇÃO OSC Art. 2: [...] VII - termo de colaboração: instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias estabelecidas pela administração pública com organizações da sociedade civil para a consecução de finalidades de interesse público e recíproco propostas pela administração pública que envolvam a transferência de recursos financeiros; VIII - termo de fomento: instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias estabelecidas pela administração pública com organizações da sociedade civil para a consecução de finalidades de interesse públicoe recíproco propostas pelas organizações da sociedade civil, que envolvam a transferência de recursos financeiros; VIII-A - acordo de cooperação: instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias estabelecidas pela administração pública com organizações da sociedade civil para a consecução de finalidades de interesse público e recíproco que não envolvam a transferência de recursos financeiros; ATOS ADMINISTRATIVOS FATO: Acontecimento ATO: Manifestação de vontade ATOS JURÍDICOS - Atos que possuem efeitos jurídicos. ATOS ADMINISTRATIVOS X ATOS DA ADMINISTRAÇÃO • Atos Privados • Atos Materiais • Atos Administrativos CONCEITO DE ATO ADMINISTRATIVO ATOS PRATICADOS PELA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA OU POR QUEM LHE FAÇA AS VEZES, NO EXERCÍCIO DA FUNÇÃO PÚBLICA, SOB REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO. ATOS VINCULADOS • Vinculados à lei, não há subjetividade da Administração. ATOS DISCRICIONÁRIOS • Conveniência e oportunidade. A Administração tem a possibilidade de apreciar qual a melhor solução legal diante do caso concreto. REQUISITOS DO ATO ADMINISTRATIVO • Competência • Finalidade • Forma • Motivo • Objeto COMPETÊNCIA (imposição de atuação) • Delegação Lei 9784/99 - Art. 11, 12 e 14, §1º e §2º • Avocação Lei 9784/99 - Art.15 www.cers.com.br 16 FINALIDADE • Genérica • Específica - Tredestinação lícita FORMA EXTERIORIZAÇÃO DO ATO • Solenidade • Instrumentalidade das formas MOTIVO • Razões de fato e de Direito • Motivo x Motivação Lei 9.784/99 Art. 2º “Princípio da motivação” art. 50 “Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos [...]” OBJETO • Lícito • Possível • Determinado 18. (Banca: FGV - Órgão: TJ-AL - Analista Judiciário - Área Judiciária) Pelo princípio da motivação, o Administrador Público deve motivar as suas decisões, expondo os fundamentos de fato e de direito que embasaram a prática daquele ato administrativo. Quando o agente público motiva seu ato mediante declaração de concordância com fundamentos de anteriores pareceres, informações, decisões ou propostas, como parte integrante do ato, de acordo com a jurisprudência e com a Lei Federal nº 9.784/99, sua conduta é: A) ilícita, devendo o ato ser invalidado porque o ordenamento jurídico exige motivação expressa e idônea específica para cada ato administrativo; B) ilícita, devendo o ato ser revogado porque o ordenamento jurídico exige motivação legítima, expressa e idônea para cada ato administrativo; C) ilícita, devendo o ato ser invalidado por ofensa aos princípios da administração pública da legalidade, da transparência e da finalidade; D) lícita, pois é possível a utilização da motivação aliunde dos atos administrativos, quando a motivação do ato remete a de ato anterior que embasa sua edição; E) lícita, pois a exigência de fundamentação não recai no campo da validade do ato administrativo, e sim no de sua eficácia, cabendo sua convalidação, com posterior complementação da motivação. ATRIBUTOS DO ATO ADMINISTRATIVO • Presunção de legitimidade • Exigibilidade • Imperatividade • Tipicidade • (Auto)Executoriedade CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS • Grau de liberdade (vinculados e discricionários) • Formação (simples, complexos ou compostos) • Destinatários (gerais ou individuais) www.cers.com.br 17 • Objeto (atos de império, de expediente ou atos de gestão) • Estrutura (concretos ou abstratos) • Efeitos (constitutivos e declaratórios) • Resultados na esfera jurídica (ampliativos ou restritivos) • Alcance (internos ou externos) ESPÉCIES DE ATOS ADMINISTRATIVOS • Atos Normativos • Atos Ordinatórios • Atos Negociais • Atos Enunciativos • Atos Punitivos ESPÉCIES DE ATOS NORMATIVOS - Regulamento Regulamentos Executivos (art. 5º, II da CF.) Regulamentos Autônomos (art. 84, IV e VI da CF.) - Aviso - Instrução Normativa - Regimento - Deliberações - Resolução ESPÉCIES DE ATOS ORDINATÓRIOS - Portaria - Circular - Ordem e Serviço - Despacho - Memorando - Ofício ESPÉCIES DE ATOS NEGOCIAIS - Autorização Uso de bem público Autorização de Polícia - Permissão - Licença - Admissão - Aprovação - Homologação ESPÉCIES DE ATOS ENUNCIATIVOS - Atestado - Certidão - Apostila ou averbação - Parecer Normativos Técnicos ESPÉCIES DE ATOS PUNITIVOS Aplicação de sanções: - Poder de polícia disciplinar www.cers.com.br 18 - Poder de polícia repressivo 19. (Banca: CESPE Órgão: TRT - 8ª Região (PA e AP) - Analista Judiciário - Área Administrativa) Assinale a opção correta acerca das espécies de ato administrativo. A) Permissão é ato unilateral e discricionário por meio do qual a administração faculta ao particular a execução do serviço público ou a utilização privativa de bem público. B) Autorização é ato unilateral e vinculado por meio do qual a administração faculta ao particular o exercício de uma atividade. C) Aprovação é ato unilateral e vinculado por meio do qual a administração pública reconhece a legalidade de um ato jurídico apenas a posteriori. D) Homologação é ato unilateral e discricionário por meio do qual a administração pública exerce o controle a priori do ato administrativo. E) Licença é ato unilateral e vinculado por meio do qual a administração reconhece ao particular o direito à prestação de um serviço público. FASES DE CONSTITUIÇÃO • Perfeição • Validade • Eficácia EXTINÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS • Natural • Renúncia • Desaparecimento da pessoa ou coisa sobre a qual o ato recai • Retirada - Anulação - Convalidação - Revogação - Cassação - Caducidade - Contraposição ANULAÇÃO E REVOGAÇÃO • Lei 9.784 “Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos”. • Súmula 473-STF: “A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial” • Súmula 346-STF: “A Administração Pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos.” • Lei 9.784 “Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé.”. 20. (Banca: FCC - Órgão: TRT - 24ª REGIÃO (MS) - Analista Judiciário - Área Judiciária) Fabio, servidor público federal e chefe de determinada repartição, concedeu licença a seu subordinado Gilmar, pelo período de um mês, para tratar de interesses particulares. No último dia da licença em curso, Fabio decide revogá-la por razões de conveniência e oportunidade. A propósito dos fatos, é correto afirmar que a revogação: A) não é possível, pois o ato já exauriu seus efeitos. www.cers.com.br 19 B) não é possível, pois apenas o superior de Fabio poderia assim o fazer. C) é possível, em razão da discricionariedade administrativa e da possibilidade de ocorrer com efeitos ex tunc. D) não é possível, pois somente caberia o instituto da revogação se houvesse algum vício no ato administrativo. E) é possível, desde que haja a concordância expressa de Gilmar. 21. (Banca: CESPE Órgão: TRE-PE - Analista Judiciário - Área Judiciária) Um servidor público praticou um ato administrativo para cuja prática ele é incompetente. Tal ato não era de competência exclusiva. Nessa situação, o ato praticado será: A) inexistente. B) irregular. C) válido. D) nulo. E) anulável. CONVALIDAÇÃO DO ATO ADMINISTRATIVO “Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretaremlesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria Administração.”(Lei 9.784/99) 22. (Banca: FCC Órgão: TRT - 11ª Região (AM e RR) - Analista Judiciário – Área Judiciária) Melinda, servidora pública, praticou ato administrativo com vício de competência. Cumpre salientar que a hipótese não trata de competência outorgada com exclusividade pela lei, mas o ato administrativo competia a servidor público diverso. Em razão do ocorrido, determinado particular impugnou expressamente o ato em razão do vício de competência. Nesse caso, o ato: A) não comporta convalidação, pois o vício narrado não admite tal instituto. B) comporta convalidação que, na hipótese, dar-se-á com efeitos ex tunc. C) não comporta convalidação, em razão da impugnação feita pelo particular. D) comporta convalidação que, na hipótese, dar-se-á com efeitos ex nunc. E) comporta exclusivamente a aplicação do instituto da revogação, com efeitos ex tunc. DECADÊNCIA DO ATO ADMINISTRATIVO “Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé.”(Lei 9.784/99) “[...] § 1o No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo de decadência contar-se-á da percepção do primeiro pagamento. § 2o Considera-se exercício do direito de anular qualquer medida de autoridade administrativa que importe impugnação à validade do ato.”(Lei 9.784/99) RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO EVOLUÇÃO HISTÓRICA • Teoria da Irresponsabilidade do Estado • Teorias privatistas a) Teoria dos atos de império de de gestão b) Teoria da culpa civil • Teorias publicistas a) Teoria do risco administrativo b) Teoria da culpa anônima ou culpa do serviço c) Teoria do risco integral www.cers.com.br 20 RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO Art. 37,§ 6º da CF: “As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.” No mesmo sentido: Art. 43 do Código Civil RESPONSABILIDADE OBJETIVA • CONDUTA • DANO • NEXO DE CAUSALIDADE EXCLUDENTES OU ATENUANTES • Caso fortuito • Força maior • Culpa exclusiva da vítima • Culpa de terceiros • Culpa concorrente 23. (Banca: PUC-PR Órgão: TJ-MS - Analista Judiciário - Área Meio) Marcos Repolho, servidor público do Estado de Mato Grosso do Sul, dirigindo o carro oficial, envolve-se em um acidente de trânsito, colidindo com o veículo que era conduzido e de propriedade de Zé das Couves. Infelizmente Marcos Repolho não viu que o sinaleiro estava vermelho e avançou no cruzamento, acertando a lateral do veículo de Zé das Couves. Diante dos conhecimentos de responsabilidade do Estado, assinale a alternativa CORRETA. A) Se a ação de indenização for ajuizada por Zé das Couves diretamente contra Marcos Repolho, o conteúdo da demanda estará vinculado à responsabilidade objetiva. B) Se a ação de indenização for ajuizada por Zé das Couves contra o Estado de Mato Grosso do Sul, o conteúdo da demanda estará vinculado à responsabilidade objetiva. C) Se a ação ajuizada por Zé das Couves contra o Estado de Mato Grosso do Sul for procedente, ele poderá ajuizar ação de regresso contra o servidor Marcos Repolho e o conteúdo dessa demanda estará vinculado à responsabilidade objetiva. D) Se a ação de indenização for ajuizada por Zé das Couves contra o Estado de Mato Grosso do Sul, o conteúdo da demanda estará vinculado à responsabilidade subjetiva. E) O prazo para que Zé das Couves ajuíze ação de indenização contra o Estado de Mato Grosso do Sul é de 04 (quatro) anos. 24. (Banca: CESPE Órgão: TRE-GO - Analista Judiciário - Área Administrativa) Rafael, agente público, chocou o veículo que dirigia, de propriedade do ente ao qual é vinculado, com veículo particular dirigido por Paulo, causando-lhe danos materiais. Acerca dessa situação hipotética, julgue o seguintes item. A responsabilidade da administração pode ser afastada caso fique comprovada a culpa exclusiva de Paulo e pode ser atenuada em caso de culpa concorrente. ( ) CERTO ( ) ERRADO TEORIAS PUBLICISTAS • Teoria do Risco Administrativo • Teoria da Culpa Anônima (ou do Serviço) *Teoria do risco suscitado ou assumido www.cers.com.br 21 • Teoria do Risco Integral 25. (Banca: CESPE Órgão: TRE-ES - Analista Judiciário - Área Administrativa – Específicos) Com referência à responsabilidade civil do Estado, julgue os itens que se seguem. A responsabilidade civil do Estado por condutas omissivas é subjetiva, sendo necessária a comprovação da negligência na atuação estatal, ou seja, a prova da omissão do Estado, em que pese o dever legalmente imposto de agir, além do dano e do nexo causal entre ambos. ( ) CERTO ( ) ERRADO 26. (Banca: CESPE Órgão: TRE-ES - Analista Judiciário - Área Administrativa – Específicos) Com referência à responsabilidade civil do Estado, julgue os itens que se seguem. A responsabilidade civil do Estado no caso de morte de pessoa custodiada é subjetiva. ( ) CERTO ( ) ERRADO RESPONSABILIDADE POR ATOS JURISDICIONAIS E ATOS LEGISLATIVOS QUESTÕES PROCESSUAIS • Prazo prescricional • Ajuizamento da ação em litisconsórcio passivo (teoria da dupla garantia) • Denunciação da lide 27. (Banca: CONSULPLAN Órgão: TRE-RJ - Analista Judiciário - Área Administrativa) “Considere que Marvim, servidor efetivo do Tribunal Regional Eleitoral, no exercício de suas funções na 1ª Zona Eleitoral do Município do Rio de Janeiro, tenha agredido fisicamente um eleitor.” Baseado na teoria da responsabilidade civil do estado, o advogado do eleitor deverá propor ação de indenização contra: A) a União, somente. B) o Estado do Rio de Janeiro, somente. C) o Tribunal Regional Eleitoral e a Zona Eleitoral. D) o Município do Rio de Janeiro e a Zona Eleitoral. CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Decreto Lei 200/1967 Art. 6º, V “As atividades da Administração Federal obedecerão aos seguintes princípios fundamentais: [...] V - Controle Art. 103-B e art. 130-A da Constituição Federal CLASSIFICAÇÃO • Quanto à natureza do órgão controlador a) Controle legislativo b) Administrativo c) Judicial • Quanto à extensão do controle a) Interno b) Externo www.cers.com.br 22 • Quanto ao âmbito de atuação a) Por subordinação b) Por vinculação • Quanto à natureza a) De legalidade b) De mérito • Quanto ao momento de exercício a) Prévio b) Concomitante c) Posterior • Quanto à iniciativa a) Controle de ofício b) Controle provocado CONTROLE ADMINISTRATIVO • Exercício do poder de autotutela • Controle hierárquico x Supervisão ministerial 28. (Banca: CESPE Órgão: TRE-MS - Analista Judiciário - Área Administrativa) Assinale a opção correta com relação aos controles da administração pública. A) O controle judicial dos atos da administração não é apenas de legalidade, mas recai sempre sobre o mérito administrativo. B) O controle por subordinação é o exercido dentro da mesma administração, permitindo-se ao órgão de graduação superior fiscalizar órgão de menor hierarquia. C) Não pode o secretário estadual controlar a legalidade de ação administrativa praticada por autoridade estadual que tenha agido em desconformidade com norma jurídica válida, por ser tal competência privativa do Poder Judiciário. D) O controle administrativo é exercido apenas pelo Poder Executivo e objetiva fiscalizar ou rever condutas internas, sob os aspectos de conveniência e oportunidade para a administração. E) O controle legislativo não pode ser exercido sobre os entes integrantes da administraçãoindireta. CONTROLE LEGISLATIVO • Controle Direto x Tribunal de Contas [CF/88] Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete: [...] Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional: [...] V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa; [CF/88] Art. 71. [...] I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento; [...] § 1º No caso de contrato, o ato de sustação será adotado diretamente pelo Congresso Nacional, que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis. § 2º Se o Congresso Nacional ou o Poder Executivo, no prazo de noventa dias, não efetivar as medidas previstas no parágrafo anterior, o Tribunal decidirá a respeito. www.cers.com.br 23 29. (Banca: FCC Órgão: TRT - 24ª REGIÃO (MS) - Analista Judiciário - Área Administrativa) Considere duas situações hipotéticas: I. o Congresso Nacional decide apurar a legalidade de ato administrativo praticado pelo presidente de autarquia federal; II. o Congresso Nacional anulou ato normativo do Poder Executivo que exorbitou do poder regulamentar. No que concerne ao controle legislativo, especificamente ao controle político exercido pelo Poder Legislativo sobre a Administração pública, A) ambas as hipóteses estão corretas. B) ambas as hipóteses estão incorretas, pois extrapolam os limites do controle legislativo exercido sobre os atos da Administração pública. C) está correta apenas a primeira hipótese; no item II, cabe ao Congresso tão somente sustar atos normativos do Executivo que exorbitem do poder regulamentar. D) está correta apenas a segunda hipótese; no item I, compete exclusivamente ao Congresso Nacional fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer das Casas, os atos do Poder Executivo, não abrangendo, no entanto, a administração indireta. E) ambas as hipóteses estão incorretas, pois foram citadas atribuições exclusivas do Senado Federal no exercício do controle legislativo. 30. (Banca: FCC Órgão: TRE-SP - Analista Judiciário - Área Administrativa) Os atos da Administração pública estão sujeitos a controle externo e interno. O controle exercido pelo Poder Legislativo, com auxílio do Tribunal de Contas, A) dá-se sobre atos e contratos firmados pela Administração pública, não sendo exercido, contudo, antes da celebração dos referidos instrumentos. B) inclui a análise dos editais de licitação publicados, permitindo a modificação da redação daqueles instrumentos, especialmente no que se refere à habilitação, a fim de preservar a igualdade entre os participantes do certame. C) autoriza a suspensão de atos e contratos celebrados pela Administração pública quando, instada a revogá-los ou anulá- los, não o fizer no prazo fixado. D) possibilita a sustação de atos pelo Tribunal de Contas, quando a Administração pública não sanar os vícios indicados pelo mesmo. E) permite a sindicância das licitações realizadas pela Administração direta e indireta, com a anulação de editais e contratos deles decorrentes sempre que houver vício de legalidade insanável. CONTROLE JUDICIAL • Princípio da inafastabilidade de jurisdição: Art. 5 [...] XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito; • Exceções: a) Direito desportivo (art. 217, § 1º) b) Habeas data (Súmula 2-STJ) c) Reclamação contra ato administrativo (Lei 11.417, art. 7º, § 1º) EXEMPLOS DE AÇÕES JUDICIAIS • Mandado de Segurança • Mandado de Injunção • Ação Popular • Ação Civil Pública • Habeas Data • Entre outros... 31. (Banca: FGV Órgão: TJ-PI - Analista Judiciário - Analista Administrativo) Em matéria de controle da Administração Pública, o controle externo dos atos praticados pelo Poder Executivo por parte do Poder Judiciário: A) se restringe à analise da legalidade dos atos, eis que ao Poder Judiciário, em regra, é vedada a análise do mérito dos atos administrativos; www.cers.com.br 24 B) abrange o controle de legalidade e de mérito dos atos administrativos, podendo o Judiciário, em regra, respectivamente, anular os ilegais e revogar os inoportunos ou inconvenientes; C) abrange o controle de legalidade e de mérito dos atos administrativos, podendo o Judiciário, respectivamente, anular os inoportunos ou inconvenientes e revogar os ilegais; D) se restringe à analise do mérito dos atos, eis que ao Poder Judiciário, em regra, é vedada a análise da legalidade formal dos atos administrativos; E) é o mais amplo possível, cabendo ao Judiciário, em última instância, analisar o acerto da discricionariedade administrativa e da legalidade formal dos atos, em respeito ao princípio da inafastabilidade do controle jurisdicional. LICITAÇÃO E CONTRATOS LICITAÇÃO • CONCEITO: Art. 37, XXI, da CRFB: Ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações. Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos. • COMPETÊNCIA PARA LEGISLAR CF/88: Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: [...] XXVII - Normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, § 1°, III; NORMAS SOBRE LICITAÇÃO E CONTRATOS • Lei 8.666/93 • Decreto 7.892 (SRP) • Lei 10.520/02 • Decreto 10.024/19 (Pregão) • Lei 8.987/95 • Lei 11.079/04 • Lei 12.231/10 • Decreto 6.170/2007 • Portaria Interministerial nº 507, de 24 de Novembro de 2011 OBJETIVOS E PRINCÍPIOS Art. 3o A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos. www.cers.com.br 25 TIPOS DE LICITAÇÃO Art. 45. O julgamento das propostas será objetivo, devendo a Comissão de licitação ou o responsável pelo convite realizá-lo em conformidade com os tipos de licitação, os critérios previamente estabelecidos no ato convocatório e de acordo com os fatores exclusivamente nele referidos, de maneira a possibilitar sua aferição pelos licitantes e pelos órgãos de controle. § 1o Para os efeitos deste artigo, constituem tipos de licitação, exceto na modalidade concurso: [...] I - a de menor preço - quando o critério de seleção da proposta mais vantajosa para a Administração determinar que será vencedor o licitante que apresentar a proposta de acordo com as especificações do edital ou convite e ofertar o menor preço; II - a de melhor técnica; III - a de técnica e preço. IV – a de maior lance ou oferta – nos casos de alienação de bens ou concessão de direito real de uso. Art. 46. Os tipos de licitação "melhor técnica" ou "técnica e preço" serão utilizados exclusivamentepara serviços de natureza predominantemente intelectual, em especial na elaboração de projetos, cálculos, fiscalização, supervisão e gerenciamento e de engenharia consultiva em geral e, em particular, para a elaboração de estudos técnicos preliminares e projetos básicos e executivos, ressalvado o disposto no § 4o do artigo anterior. CASOS DE EMPATE Art. 3º [...] § 2o Em igualdade de condições, como critério de desempate, será assegurada preferência, sucessivamente, aos bens e serviços: I – Revogado; II - produzidos no País; III - produzidos ou prestados por empresas brasileiras. IV - produzidos ou prestados por empresas que invistam em pesquisa e no desenvolvimento de tecnologia no País. V - produzidos ou prestados por empresas que comprovem cumprimento de reserva de cargos prevista em lei para pessoa com deficiência ou para reabilitado da Previdência Social e que atendam às regras de acessibilidade previstas na legislação. Art. 45 [...] § 2o No caso de empate entre duas ou mais propostas, e após obedecido o disposto no § 2o do art. 3o desta Lei, a classificação se fará, obrigatoriamente, por sorteio, em ato público, para o qual todos os licitantes serão convocados, vedado qualquer outro processo. Art. 44. Nas licitações será assegurada, como critério de desempate, preferência de contratação para as microempresas e empresas de pequeno porte. www.cers.com.br 26 § 1o Entende-se por empate aquelas situações em que as propostas apresentadas pelas microempresas e empresas de pequeno porte sejam iguais ou até 10% (dez por cento) superiores à proposta mais bem classificada. § 1o Entende-se por empate aquelas situações em que as propostas apresentadas pelas microempresas e empresas de pequeno porte sejam iguais ou até 10% (dez por cento) superiores à proposta mais bem classificada. § 2o Na modalidade de pregão, o intervalo percentual estabelecido no § 1o deste artigo será de até 5% (cinco por cento) superior ao melhor preço. Art. 45. Para efeito do disposto no art. 44 desta Lei Complementar, ocorrendo o empate, proceder-se-á da seguinte forma: I - a microempresa ou empresa de pequeno porte mais bem classificada poderá apresentar proposta de preço inferior àquela considerada vencedora do certame, situação em que será adjudicado em seu favor o objeto licitado; OBRIGAÇÃO DE LICITAR Art. 1o Esta Lei estabelece normas gerais sobre licitações e contratos administrativos pertinentes a obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações e locações no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Parágrafo único. Subordinam-se ao regime desta Lei, além dos órgãos da administração direta, os fundos especiais, as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios. OBRIGATORIEDADE DE LICITAÇÃO • EMPRESAS ESTATAIS: art. 173, 1º, III da CF – criação de uma lei específica para reger a licitação dessas empresas. Lei 13.303/16 – Trata do Estatuto das empresas estatais, inclusive, regulamentando novo procedimento licitatório para essas entidades. • CONSELHOS DE CLASSES • CONVÊNIOS INTERVALO MÍNIMO Art. 21, [...] §2º O prazo mínimo até o recebimento das propostas ou da realização do evento será: I - quarenta e cinco dias para: a) concurso; b) concorrência, quando o contrato a ser celebrado contemplar o regime de empreitada integral ou quando a licitação for do tipo "melhor técnica" ou "técnica e preço“ II - trinta dias para: a) concorrência, nos casos não especificados na alínea "b" do inciso anterior; b) tomada de preços, quando a licitação for do tipo "melhor técnica" ou "técnica e preço"; Art. 21, §2º [...] III - quinze dias para a tomada de preços, nos casos não especificados na alínea "b" do inciso anterior, ou leilão; IV - cinco dias úteis para convite. *PREGÃO: 8 dias úteis COMISSÃO Art. 51. A habilitação preliminar, a inscrição em registro cadastral, a sua alteração ou cancelamento, e as propostas serão processadas e julgadas por comissão permanente ou especial de, no mínimo, 3 (três) membros, sendo pelo menos 2 (dois) deles servidores qualificados pertencentes aos quadros permanentes dos órgãos da Administração responsáveis pela licitação. www.cers.com.br 27 [...] § 1o No caso de convite, a Comissão de licitação, excepcionalmente, nas pequenas unidades administrativas e em face da exigüidade de pessoal disponível, poderá ser substituída por servidor formalmente designado pela autoridade competente. [...] § 3o Os membros das Comissões de licitação responderão solidariamente por todos os atos praticados pela Comissão, salvo se posição individual divergente estiver devidamente fundamentada e registrada em ata lavrada na reunião em que tiver sido tomada a decisão. § 4o A investidura dos membros das Comissões permanentes não excederá a 1 (um) ano, vedada a recondução da totalidade de seus membros para a mesma comissão no período subseqüente. § 5o No caso de concurso, o julgamento será feito por uma comissão especial integrada por pessoas de reputação ilibada e reconhecido conhecimento da matéria em exame, servidores públicos ou não. *Leilão (Decreto 21.981): Leiloeiro **Pregão (Lei 10.520): Pregoeiro MODALIDADES LICITATÓRIAS • Concorrência • Tomada De Preços • Convite • Concurso • Leilão • Pregão Definidas em razão do valor do contrato: • Concorrência • Tomada De Preços • Convite Definidas em razão do objeto a ser contratado: • Concurso • Leilão • Pregão CONCORRÊNCIA Art. 22 [...] § 1o Concorrência é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital para execução de seu objeto. CRITÉRIOS: VALOR E NATUREZA DO OBJETO • VALORES ALTOS (Lei 8.666, art. 23) Obras e serviços de engenharia acima de R$3.300.000,00. Bens e serviços, não incluso engenharia, acima de R$1.430.000,00. • NATUREZA DO OBJETO Independentemente do valor do negócio, a concorrência se faz necessária na celebração de determinados contratos, em razão da importância conferida a essas avenças. Vejamos: - Alienação ou aquisição de imóveis pela Administração Pública - Contrato de concessão de serviço público - Concessão de direito real de uso - Contratos de obra celebrados por meio de empreitada integral - Licitação Internacional Art. 23 [...] § 3o A concorrência é a modalidade de licitação cabível, qualquer que seja o valor de seu objeto, tanto na compra ou alienação de bens imóveis, ressalvado o disposto no art. 19, como nas concessões de direito real de uso e nas licitações internacionais, admitindo-se neste último caso, observados os limites deste artigo, a www.cers.com.br 28 tomada de preços, quando o órgão ou entidade dispuser de cadastro internacional de fornecedores ou o convite, quando não houver fornecedor do bem ou serviço no País. TOMADA DE PREÇOS Art. 22 [...] § 2o Tomada de preços é a modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação. CRITÉRIOS: VALOR • VALORES INTERMEDIÁRIOS Obras e serviços de engenharia acima até R$ 3.300.000,00. Bens e serviços, não incluso engenharia, até R$ 1.430.000,00. CONVITE Art. 23 [...] § 3o Convite é a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de 3 (três) pela unidade administrativa, a qual afixará, em local apropriado, cópia do instrumento convocatório eo estenderá aos demais cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com antecedência de até 24 (vinte e quatro) horas da apresentação das propostas. [...] § 6o Na hipótese do § 3o deste artigo, existindo na praça mais de 3 (três) possíveis interessados, a cada novo convite, realizado para objeto idêntico ou assemelhado, é obrigatório o convite a, no mínimo, mais um interessado, enquanto existirem cadastrados não convidados nas últimas licitações. CRITÉRIOS: VALOR • VALORES BAIXOS Obras e serviços de engenharia acima até R$ 330.000,00. Bens e serviços, não incluso engenharia, até R$ 176.000,00. VEDAÇÃO AO FRACIONAMENTO P/ FRAUDE Art. 23 [...] § 5o É vedada a utilização da modalidade "convite" ou "tomada de preços", conforme o caso, para parcelas de uma mesma obra ou serviço, ou ainda para obras e serviços da mesma natureza e no mesmo local que possam ser realizadas conjunta e concomitantemente, sempre que o somatório de seus valores caracterizar o caso de "tomada de preços" ou "concorrência", respectivamente, nos termos deste artigo, exceto para as parcelas de natureza específica que possam ser executadas por pessoas ou empresas de especialidade diversa daquela do executor da obra ou serviço. DIFERENCIAÇÃO NOS CONSÓRCIOS Art. 23 [...] § 8o No caso de consórcios públicos, aplicar-se-á o dobro dos valores mencionados no caput deste artigo quando formado por até 3 (três) entes da Federação, e o triplo, quando formado por maior número. www.cers.com.br 29 CONCURSO Art. 23 [...] § 4o Concurso é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores, conforme critérios constantes de edital publicado na imprensa oficial com antecedência mínima de 45 (quarenta e cinco) dias. CRITÉRIOS: OBJETO • Trabalho técnico, científico ou artístico • Ex: art. 13 da Lei 8.666 LEILÃO Art. 23 [...] § 5o Leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens móveis inservíveis para a administração ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados, ou para a alienação de bens imóveis prevista no art. 19, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação. CRITÉRIOS: OBJETO • Alienação de bens imóveis adquiridos por decisão judicial ou dação em pagamento (art. 19) • Alienação de bens móveis inservíveis, apreendidos e penhorados pelo Poder Público • Alienação de bens móveis do acervo da Administração Público desafetados que não ultrapassam R$ 1.430.000,00, PREGÃO (LEI 10.520) Art. 1º Para aquisição de bens e serviços comuns, poderá ser adotada a licitação na modalidade de pregão, que será regida por esta Lei. Parágrafo único. Consideram-se bens e serviços comuns, para os fins e efeitos deste artigo, aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações usuais no mercado. ASPECTOS DO PREGÃO • Comissão (art. 3º, IV) • Tipo de licitação menor preço (art. 4º, X) • Pregão eletrônico (Art. 2º, § 1º) • Intervalo mínimo de 8 dias úteis (art. 4º, V) • Inversão das fases de habilitação e julgamento (art. 4º, VII ao XVIII) • Lances sucessivos (art. 4º, VIII) • Inversão das fases de adjudicação e homologação (art. 4º, XXI) • Recurso administrativo único (art. 4º, XVIII) • Penalidade específica (art. 7º) • Prazo de validade da proposta (art. 6º) • Ausência de garantia (art. 5º, I) PROCEDIMENTO LICITATÓRIO (Algumas regras) • FASE INTERNA DA LICITAÇÃO: ➢ Exposição de motivos da contratação, ➢ Declaração de adequação orçamentária (LC 101/00), ➢ Projeto básico ➢ Audiência pública ➢ Elaboração do Edital e da minuta de contrato ➢ Aprovação pela consultoria jurídica; ➢ Etc, www.cers.com.br 30 Lei 8.666 Art. 39. Sempre que o valor estimado para uma licitação ou para um conjunto de licitações simultâneas ou sucessivas for superior a 100 (cem) vezes o limite previsto no art. 23, inciso I, alínea "c" desta Lei, o processo licitatório será iniciado, obrigatoriamente, com uma audiência pública concedida pela autoridade responsável com antecedência mínima de 15 (quinze) dias úteis da data prevista para a publicação do edital, e divulgada, com a antecedência mínima de 10 (dez) dias úteis de sua realização, pelos mesmos meios previstos para a publicidade da licitação, à qual terão acesso e direito a todas as informações pertinentes e a se manifestar todos os interessados. • FASE EXTERNA DA LICITAÇÃO: ➢ Instrumento convocatório ➢ Habilitação ➢ Classificação ➢ Homologação ➢ Adjudicação Lei 8.666 Art. 41 [...] § 1o Qualquer cidadão é parte legítima para impugnar edital de licitação por irregularidade na aplicação desta Lei, devendo protocolar o pedido até 5 (cinco) dias úteis antes da data fixada para a abertura dos envelopes de habilitação, devendo a Administração julgar e responder à impugnação em até 3 (três) dias úteis, sem prejuízo da faculdade prevista no § 1o do art. 113. § 2o Decairá do direito de impugnar os termos do edital de licitação perante a administração o licitante que não o fizer até o segundo dia útil que anteceder a abertura dos envelopes de habilitação em concorrência, a abertura dos envelopes com as propostas em convite, tomada de preços ou concurso, ou a realização de leilão, as falhas ou irregularidades que viciariam esse edital, hipótese em que tal comunicação não terá efeito de recurso. § 3o A impugnação feita tempestivamente pelo licitante não o impedirá de participar do processo licitatório até o trânsito em julgado da decisão a ela pertinente. Art. 49. A autoridade competente para a aprovação do procedimento somente poderá revogar a licitação por razões de interesse público decorrente de fato superveniente devidamente comprovado, pertinente e suficiente para justificar tal conduta, devendo anulá-la por ilegalidade, de ofício ou por provocação de terceiros, mediante parecer escrito e devidamente fundamentado. SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇOS Lei 8.666 Art. 15. As compras, sempre que possível, deverão: [...] II - ser processadas através de sistema de registro de preços; [...] § 1o O registro de preços será precedido de ampla pesquisa de mercado. § 2o Os preços registrados serão publicados trimestralmente para orientação da Administração, na imprensa oficial. § 3o O sistema de registro de preços será regulamentado por decreto, atendidas as peculiaridades regionais, observadas as seguintes condições: I - seleção feita mediante concorrência; II - estipulação prévia do sistema de controle e atualização dos preços registrados; III - validade do registro não superior a um ano. [...] § 4o A existência de preços registrados não obriga a Administração a firmar as contratações que deles poderão advir, ficando-lhe facultada a utilização de outros meios, respeitada a legislação relativa às licitações, sendo assegurado ao beneficiário do registro preferência em igualdade de condições. INEXIGIBILIDADE E DISPENSA DISPENSA x INEXIGIBILIDADE LEI 8.666 “Art. 24. É dispensável a licitação: [...]” www.cers.com.br 31 “Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial:” HIPÓTESES DE DISPENSA • Em razão do valor • Situações excepcionais • Em razão do objeto a ser contratado • Em razão da pessoa a ser contratada BENEFÍCIO EM RAZÃO DO VALOR Art. 24 [...] § 1. Os percentuais referidos nos incisos I e II do caput deste artigo serão 20% (vinte por cento) para compras, obras e serviços contratados por consórcios públicos, sociedade de economia mista, empresa pública e por autarquia ou fundação qualificadas, na forma da lei, como Agências Executivas. (Incluído pela Lei nº 12.715, de 2012) DISPENSA PARA EMPRESAS ESTATAISArt. 29, da Lei 13.303/16. É dispensável a realização de licitação por empresas públicas e sociedades de economia mista: I - para obras e serviços de engenharia de valor até R$ 100.000,00 (cem mil reais), desde que não se refiram a parcelas de uma mesma obra ou serviço ou ainda a obras e serviços de mesma natureza e no mesmo local que possam ser realizadas conjunta e concomitantemente; II - para outros serviços e compras de valor até R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) e para alienações, nos casos previstos nesta Lei, desde que não se refiram a parcelas de um mesmo serviço, compra ou alienação de maior vulto que possa ser realizado de uma só vez; HIPÓTESES DE INEXIGIBILIDADE Lei 8.666 Art. 24 [...] I - para aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros que só possam ser fornecidos por produtor, empresa ou representante comercial exclusivo, vedada a preferência de marca, devendo a comprovação de exclusividade ser feita através de atestado fornecido pelo órgão de registro do comércio do local em que se realizaria a licitação ou a obra ou o serviço, pelo Sindicato, Federação ou Confederação Patronal, ou, ainda, pelas entidades equivalentes; II - para a contratação de serviços técnicos enumerados no art. 13 desta Lei, de natureza singular, com profissionais ou empresas de notória especialização, vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade e divulgação; III - para contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou através de empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública. LICITAÇÃO DISPENSADA OU PROIBIDA Art. 17. A alienação de bens da Administração Pública, subordinada à existência de interesse público devidamente justificado, será precedida de avaliação e obedecerá às seguintes normas: [...] I - quando imóveis, dependerá de autorização legislativa para órgãos da administração direta e entidades autárquicas e fundacionais, e, para todos, inclusive as entidades paraestatais, dependerá de avaliação prévia e de licitação na modalidade de concorrência, dispensada esta nos seguintes casos II - quando móveis, dependerá de avaliação prévia e de licitação, dispensada esta nos seguintes casos: PROCEDIMENTO P/ CONTRATAÇÃO DIRETA Art. 26. As dispensas previstas nos §§ 2o e 4o do art. 17 e no inciso III e seguintes do art. 24, as situações de inexigibilidade referidas no art. 25, necessariamente justificadas, e o retardamento previsto no final do parágrafo único do art. 8o desta Lei deverão ser comunicados, dentro de 3 (três) dias, à autoridade superior, para ratificação e publicação na imprensa oficial, no prazo de 5 (cinco) dias, como condição para a eficácia dos atos. [...] Parágrafo único: Parágrafo único. O processo de dispensa, de inexigibilidade ou de retardamento, previsto neste artigo, será instruído, no que couber, com os seguintes elementos: www.cers.com.br 32 I - caracterização da situação emergencial, calamitosa ou de grave e iminente risco à segurança pública que justifique a dispensa, quando for o caso; II - razão da escolha do fornecedor ou executante; III - justificativa do preço. IV - documento de aprovação dos projetos de pesquisa aos quais os bens serão alocados. SERVIÇOS PÚBLICOS ELEMENTOS CONSTITUTIVOS • ELEMENTO SUBJETIVO Incumbência do Estado para prestação direta ou indireta do serviço público • ELEMENTO FORMAL Aplicação do regime jurídico administrativo • ELEMENTO MATERIAL Atividade de interesse público FORMAS DE PRESTAÇÃO Art. 175 da Constituição Federal: “Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.” • CONCESSÃO PERMISSÃO E AUTORIZAÇÃO FORMAS DE PRESTAÇÃO • OUTORGA – descentralização do serviço público (por lei a entidades da Administração indireta) • DELEGAÇÃO – descentralização por colaboração (por lei ou por contrato) • SERVIÇOS PÚBLICOS EXCLUSIVOS - NÃO DELEGÁVEIS: Art. 21, X, da CF: “Compete à União: manter o serviço postal e o correio aéreo nacional;” - EXCLUSIVOS DELEGÁVEIS: Art. 21, XI, da CF: “Compete à União: explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços de telecomunicações, nos termos da lei, que disporá sobre a organização dos serviços, a criação de um órgão regulador e outros aspectos institucionais;” - DE DELEGAÇÃO OBRIGATÓRIA: Art. 223 da CF “Compete ao Poder Executivo outorgar e renovar concessão, permissão e autorização para o serviço de radiodifusão sonora e de sons e imagens, observado o princípio da complementaridade dos sistemas privado, público e estatal.” - NÃO EXCLUSIVOS DE ESTADO: saúde, educação e previdência. (serviços impróprios) 32. (Banca: FCC Órgão: TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Analista Judiciário - Área Administrativa) Considerando a tripartição de poderes consagrada na Constituição da República de 1988, à função executiva incumbem as atividades prestacionais de interesse público, que são aquelas que visam ao atendimento do interesse coletivo, fornecendo disponibilidades e utilidades aos cidadãos para que estes alcancem o bem-estar. Essas atividades: A) são qualificadas como serviços públicos, quando previstas em lei, e desde que prestadas diretamente pelo Poder Público. www.cers.com.br 33 B) devem ser qualificadas como serviços públicos independentemente de previsão legal, e podem ter sua titularidade delegada a particulares, pois não importa o regime jurídico de sua prestação. C) podem ser delegadas a pessoas jurídicas de direito público, de forma a garantir que o regime jurídico de execução seja sempre público, independentemente da titularidade do serviço público. D) materiais previstas em lei, podem ter sua execução delegada a particulares sem que percam a natureza de serviço público, vedada a transferência da titularidade. E) devem ser prestadas em regime de gratuidade ou subsidiadas, posto que impera o princípio da modicidade tarifária para os serviços públicos. PRINCÍPIOS | SERVIÇOS PÚBLICOS • Modicidade das tarifas • Atualidade (adaptabilidade ou mutabilidade) • Cortesia • Economicidade • Generalidade (universalidade) • Submissão a controle • Continuidade • Isonomia PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE • Direito de greve (Entendimento do STF) • Inadimplemento do usuário Lei 8.987: Art. 6º [...] § 3o Não se caracteriza como descontinuidade do serviço a sua interrupção em situação de emergência ou após prévio aviso, quando: I - motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações; e, II - por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da coletividade. • Exceção do contrato não cumprido (Lei 8.666, art. 78, XV) • Ocupação temporária de bens (Lei 8.666, art. 58, V) CLASSIFICAÇÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS • Serviços uti singuli e uti universi *Compulsórios e facultativos • Serviços próprios e impróprios • Serviços administrativos, industriais (ou comerciais) e sociais CONCESSÃO LEI 8987/95 Art. 2o Para os fins do disposto nesta Lei, considera-se: [...] II - concessão de serviço público: a delegação de sua prestação, feita pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado; CONCESSÃO • SIMPLES • CONCESSÃO PRECEDIDA DE OBRA Poder concedente: Art. 2º [...] I - poder concedente: a União, o Estado, o Distrito Federal ou o Município, em cuja competência se encontre o serviço público, precedido ou não da execução de obra pública, objeto de concessão ou permissão; www.cers.com.br 34 Excepcionalmente: ANATEL e ANEEL (Lei 9.427/96 art. 3º, inciso II), bem como os consórcios públicos (Lei 11.107/05). • Concessionária • Usuário do serviço LICITAÇÃO
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