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Contabilidade Básica - CONTEÚDOS - AULAS DE 6 e 7

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CURSO: Ciências Contábeis e Administração��DISCIPLINA: Contabilidade Básica��PROFESSOR: Marcos Vinícius Kucera (Mst)��
AULA 6
Conceito, função e contabilização das Contas Retificadoras – Depreciação, Amortização, Exaustão e Duplicatas Descontadas – Provisões.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Compreender e categorizar as contas retificadoras, especialmente a depreciação, amortização e exaustão, bem como descontos de duplicatas.
Compreender e elaborar as provisões.
Construir o balanço patrimonial incluindo as contas retificadoras.
INTRODUÇÃO DA AULA
As contas retificadoras e as provisões compõem importantes instrumentos de representação do princípio do conservadorismo e da objetividade na sintaxe da contabilidade. Nesta aula serão estudadas as contas retificadoras e as provisões, sua interpretação e a sua influência no patrimônio das organizações.
DESENVOLVIMENTO
Para os efeitos contábeis, as contas retificadoras, conforme o próprio nome indica, são redutoras do ativo ou Passivo a que estão vinculadas. Assim, por exemplo, a entidade que possui um determinado saldo em Duplicatas a Receber ou Clientes e necessitar de recursos financeiros por um determinado tempo para a realização de sua atividade, esta necessidade pode levá-la recorrer ao sistema bancário para antecipação dos recursos que só viriam no futuro com o vencimento das duplicatas a receber e o pagamento efetuado pelos devedores. Neste caso, a empresa poderá realizar operações de desconto dos títulos de sua posse para obtenção destes recursos, nesta operação o valor descontado irá retificar o saldo contido em Clientes ou Duplicatas a Receber. São as seguintes rubricas retificadoras típicas da Contabilidade distribuídas entre Ativo e Passivo em seus respectivos grupos:
	ATIVO
	PASSIVO
	DEPRECIAÇÃO (Não Circulante Imobilizado)
	CAPITAL A INTEGRALIZAR (Patrimônio Líquido)
	AMORTIZAÇÃO (Não Circulante Investimentos ou Intangível)
	PREJUÍZOS ACUMULADOS (Patrimônio Líquido)
	EXAUSTÃO (Ativo Não Circulante Imobilizado)
	AJUSTE A VALOR PRESENTE (Exigível)
	DUPLICATAS DESCONTADAS (Ativo Circulante ou Não Circulante Realizável a LP)
	
	OUTROS TÍTULOS DESCONTADOS (Ativo Circulante ou Não Circulante Realizável a LP)
	
	PROVISÃO PARA CRÉDITOS DE LIQUIDAÇÃO DUVIDOSA (Ativo Circulante ou NC Realizável a LP)
	
	DESÁGIO (Não Circulante Investimentos)
	
	PROVISÃO PARA REDUÇÃO AO VALOR DE MERCADO (Ativo Circulante)
	
	AJUSTES A VALOR PRESENTE (Ativo Circulante, Investimentos ou Realizável a LP)
	
	FATURAMENTO PARA ENTREGA FUTURA (Ativo Circulante)
	
	PROVISÃO PARA PERDAS (Ativo Circulante, Realizável a LP, Investimentos ou Intangível)
	
Veremos para o atual estágio de conhecimento os seguintes itens: Depreciação, Amortização, Exaustão, Duplicatas Descontadas e algumas provisões.
DEPRECIAÇÃO
Fenômeno contábil que expressa a perda de valor dos ativos imobilizados. Conceitua-se como a perda de valor dos bens imobilizados no negócio sujeitos a desgastes ou perda de utilidade por uso, ação da natureza e obsolecência (envelhecimento). O valor de entrada do bem a ser depreciado, deduzido do seu valor residual (valor de venda) após a vida útil estimada, sendo este valor reduzido linearmente em função do tempo, a partir da data da entrada em efetivo funcionamento, conforme as taxas fixadas abaixo em função da vida útil dos itens abaixo discriminados pela Secretaria da Receita Federal. A depreciação de um ativo começa quando o item está em condições de operar na forma pretendida pela administração, e cessa quando o ativo é baixado ou transferido do imobilizado.
Móveis e Utensílios – 10% ao ano – vida útil de 10 anos;
Equipamentos de Informática – 20% ao ano – vida útil de 5 anos;
Tratores – 25% ao ano – 4 anos;
Prédios – 4% ao ano – vida útil de 25 anos;
Veículos – 20% ao ano – vida útil de 5 anos;
Instalações – 10% ao ano – vida útil de 10 anos;
Máquinas e Equipamentos – 10% ao ano – vida útil de 10 anos.
O encargo da depreciação poderá ser computado como custo ou despesa operacional, conforme o caso. A depreciação dos bens utilizados na produção será custo, enquanto a depreciação dos demais bens não utilizados na atividade produtiva como despesa operacional. O lançamento característico da depreciação é: Despesas (ou Custo) de Depreciação contra Depreciação Acumulada. A conta devedora é de resultado e representa o encargo econômico suportado pela entidade. A conta credora retifica o bem do ativo sujeito a depreciação, que integra o Balanço Patrimonial, sendo demonstrada juntamente com a conta do bem que ela retifica, em subtração a seu saldo. 
O valor da depreciação acumulada não poderá ultrapassar o custo de aquisição do bem a que se refere corrigido monetariamente. O mesmo se aplica à amortização e à exaustão. 
Os encargos de depreciação dos bens do ativo imobilizado que tenham ocorrido durante a fase pré-operacional serão escriturados no ativo diferido para posterior amortização, no prazo mínimo de cinco anos e máximo de dez anos. 
Não é admitido o registro de quota de depreciação em relação aos seguintes bens: 
terrenos, salvo em relação aos melhoramentos e construções; 
prédios e construções não alugados nem utilizados por seu proprietário na produção de seus rendimentos ou imóveis destinados à venda; 
bens que normalmente aumentam de valor com o tempo, como obras de arte ou antiguidades; 
bens em relação aos quais seja registrada quota de exaustão. 
Exemplo: Supondo-se que a Cia Comercial Aprendiz tenha iniciado suas atividades em 01/01/X8, e que, ao longo do ano, as depreciações foram reconhecidas contabilmente pelo período de 1 ano às taxas da SRF acima teremos (se o período de apuração fosse mensal bastaria dividir a taxa anual por 12) no Balanço de 31-12-X9:
	ÍTEM DO BALANÇO
	CÁLCULO
	RESULTADO
	Máquinas e Equipamentos
	200 x 0,10
	20
	Móveis e Utensílios
	230 x 0,10
	23
	Computadores
	150 x 0,20
	30
	Imóveis (Prédios)
	400 x 0,04
	16
	
	TOTAL
	89
	
Depreciação Acumulada
	
	RESULTADO
Despesas com Depreciação 
	
	
89
	
	
 89
	
	BALANÇO PATRIMONIAL
Cia. Comercial Aprendiz – 31-12-X9
	ATIVO
	PASSIVO
	Circulante
	
	Circulante
	
	Caixa
	100
	Duplicatas a Pagar
	370
	Bancos C/ Movimento
	750
	Salários a Pagar
	130
	Mercadorias
	120
	
	
	
	
	
	
	Não Circulante
	
	Não Circulante
	
	REALIZÁVEL A L.P.
	
	EXIGÍVEL DE LP
	
	Empréstimos concedidos
	50
	Financiamentos a LP
	230
	IMOBILIZADO
	
	Emprést. Ban. de LP
	500
	Máquinas e Equipamentos
	230
	
	
	Móveis e Utensílios
	200
	Patrimônio Líquido
	
	Computadores
	150
	Capital Social
	1000
	Prédios
	400
	Capital a Integralizar
	0
	Depreciação acumulada
	(89)
	Prejuízos acumulados
	(219)
	INTANGÍVEL
	
	
	
	Marcas e Patentes
	100
	
	
	TOTAL
	2.011
	TOTAL
	2.011
Obs: Esta empresa hipotética ainda não realizou receitas daí continuar apresentando prejuízo. 
EXAUSTÃO
Apresenta a mesma conceituação da depreciação só que aplicável à bens ou direitos cujo objeto seja exploração extrativista de riquezas, como: florestas, minas, plantações estáticas (cuja colheita não depende do plantio). O prazo de exaustão não é regulado em legislação, entretanto, normalmente por estimativa do tempo em que o bem irá beneficiar a organização. Por exemplo: se uma entidade possui uma propriedade ativada, a ser explorada por extração mineral pelo período estimado de 20 anos, sua exaustão será de 5% ao ano. Caso tenha sido adquirida por R$300.000, sua exaustão anual será de R$15.000 ao ano, contabilizada da seguinte forma:
 
	
Exaustão Acumulada
	
	RESULTADO
Despesas com Exaustão 
	
	
15.000
	
	
15.000
	
AMORTIZAÇÃO	
Consiste na "recuperação contábil" do capital aplicado na aquisição de direitos, cuja existência ou exercício tenha duração limitada, cuja utilização tenha o prazo limitado, por expectativa, por lei ou contrato, e dos custos, encargos ou despesas, registrados no Ativo Intangível ou em Investimentos (ágio), que contribuirão para a formação do resultado de mais de um período de apuração. A diferença em relação à Depreciação,a Amortização consiste na recuperação contábil do valor investido:  
Do capital aplicado na aquisição de direitos classificados no ativo intangível, cuja existência ou exercício tenha duração limitada ou cuja utilização pelo contribuinte tenha o prazo limitado por lei ou contrato; e
Dos custos, encargos ou despesas, registrados no ativo intangível, que contribuirão para a formação do resultado de mais de um período de apuração.
A principal distinção entre esses dois encargos é que, enquanto a depreciação incide sobre os bens físicos de propriedade do próprio contribuinte e com vida útil estimada, a amortização relaciona-se com a diminuição de valor dos direitos com prazo limitado ou capacidade de geração de resultados limitada. 
Período de apuração anual: a quota de amortização dedutível em cada período de apuração será determinada pela aplicação da taxa anual de amortização sobre o valor original do capital aplicado.
Período de apuração inferior a 12 meses: se a amortização tiver início ou terminar no curso do período de apuração anual, ou se este tiver duração inferior a doze meses, a taxa anual será ajustada proporcionalmente ao período de amortização, quando for o caso.
NOTA:
A taxa anual de amortização será fixada tendo em vista o número de anos restantes de existência do direito e o número de períodos de apuração em que deverão ser usufruídos os benefícios decorrentes das despesas registradas no ativo diferido.
Poderá ser amortizado o capital aplicado na aquisição de direitos cuja existência ou exercício tenha duração limitada, ou de bens, cuja utilização pelo contribuinte tenha o prazo legal ou contratualmente limitado, tais como:
Patentes de invenção, fórmulas e processos de fabricação, direitos autorais, licenças, autorizações ou concessões; 
Investimento em bens que devem reverter ao concedente, ao fim do prazo da concessão, sem indenização; 
Custo de aquisição, prorrogação ou modificação de contratos e direitos de qualquer natureza, inclusive de exploração de fundo de comércio; 
NOTAS:
O prazo de amortização dos valores relativos aos itens de "a" até "e" não poderá ser inferior a 5 (cinco) anos.
Somente será considerada como dedutível a amortização de direitos intrinsecamente relacionados com a geração de resultados ou comercialização dos bens e serviços.
As despesas operacionais relativas aos dispêndios com pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica de produtos podem ser deduzidas contabilmente no período de apuração da realização dos dispêndios, isto é não serão mais objeto de amortização.
Exemplo: Supondo-se que a Cia Comercial Aprendiz tenha iniciado suas atividades em 01/01/X8, e que a amortização de Marcas e Patentes, com vida útil prevista para 5 anos, tenha sido reconhecida contabilmente pelo período de 1 ano (se o período de apuração fosse mensal bastaria dividir a taxa anual por 12 no Balanço de 31-12-X9:
	
Amortização Acumulada
	
	RESULTADO
Despesas com Amortização 
	
	
 20 
	
	
 20 
	
	BALANÇO PATRIMONIAL
Cia. Comercial Aprendiz – 31-12-X9
	ATIVO
	PASSIVO
	Circulante
	
	Circulante
	
	Caixa
	100
	Duplicatas a Pagar
	370
	Bancos C/ Movimento
	750
	Salários a Pagar
	130
	Mercadorias
	120
	
	
	
	
	
	
	Não Circulante
	
	Não Circulante
	
	REALIZÁVEL A L.P.
	
	EXIGÍVEL DE LP
	
	Empréstimos concedidos
	50
	Financiamentos a LP
	230
	IMOBILIZADO
	
	Emprést. Ban. de LP
	500
	Máquinas e Equipamentos
	230
	
	
	Móveis e Utensílios
	200
	Patrimônio Líquido
	
	Computadores
	150
	Capital Social
	1000
	Prédios
	400
	Capital a Integralizar
	0
	Depreciação acumulada
	(89)
	Prejuízos acumulados
	(239)
	INTANGÍVEL
	
	
	
	Marcas e Patentes
	100
	
	
	Amortização Acumulada
	(20)
	
	
	TOTAL
	1.991
	TOTAL
	1.991
Obs: Esta empresa hipotética ainda não realizou receitas daí continuar apresentando prejuízo. 
DESCONTO DE DUPLICATAS
É uma operação financeira em que uma entidade entrega determinados títulos chamados Duplicatas (títulos originados da venda faturada, com vencimento do valor de face em data futura) para o banco e este lhe antecipa o valor em conta corrente, cobrando juros pela antecipação do capital. Embora a propriedade do título negociado seja transferida para a instituição financeira que efetuou o desconto, a entidade beneficiada com o desconto é a responsável pela adimplência do pagamento e no caso de não liquidação pelo devedor do título, a instituição financeira que antecipou o capital debita da conta corrente do beneficiado o valor de face do título não liquidado.
 
TRATAMENTO CONTÁBIL DO DESCONTO
 
O valor de face das Duplicatas Descontadas é registrado numa conta redutora do Ativo Circulante, logo após a conta “Duplicatas a Receber ou Clientes”. Esta conta tem é retificadora, tendo portanto, saldo credor. A conta "Duplicatas Descontadas" apresenta a seguinte função na operação de desconto:
 
É creditada, pelo valor de face dos títulos e a sua contra-partida é a Conta Bancos Conta Movimento que recebe o depósito, no momento em que é efetuada a operação de desconto e a instituição financeira deposita na conta corrente da empresa o saldo remanescente após o desconto dos juros. Os juros complementam o lançamento a crédito de Bancos Conta Movimento com contrapartida de Despesas Financeiras;
Pelo registro do desconto creditado em conta:
 	
D - Banco C/Movimento (Ativo Circulante)
C – Duplicatas Descontadas (Ativo Circulante)
 
Pelo registro do débito bancário, relativo a juros e encargos sobre a operação:
 
D – Despesas Financeiras (Resultado)
C - Bancos Conta Movimento  (Ativo Circulante)
Quando da liquidação da duplicata descontada pelo cliente:
 
D - Duplicatas Descontadas (Ativo Circulante) 
C - Duplicatas a Receber  (Ativo Circulante)
É debitada no momento da liquidação do título pelo devedor ou quando a instituição financeira leva a débito em conta corrente da empresa por falta de pagamento por parte do devedor.
 
Na hipótese do cliente não ter liquidado a duplicata e o banco debitar o respectivo valor na conta da empresa, então o lançamento será:
 
D - Duplicatas Descontadas (Ativo Circulante)
C - Banco C/Movimento (Ativo Circulante)
 Exemplo: Suponha que uma entidade possuísse na sua carteira de Clientes o saldo de Duplicatas no Valor de R$80.000 vencíveis em 60 dias. Por problemas de fluxo de caixa o Gerente Financeiro resolveu descontar no Banco A 40% dos títulos disponíveis à taxa de 2% ao mês em regime de juros simples. A operação foi realizada e o saldo foi depositado na Conta Bancária da Empresa que possuía saldo de R$6.000.
Valor a ser descontado: 0,40 x 80.000 = 32.000
Cálculo dos Juros: 0,02 x 2 meses x 32.000 = 1.280
	
Bancos Conta Movimento
	
	RESULTADO
Despesas Financeiras 
	(SI) 6.000
 32.000
	
 1.280
	
	
 1.280 
	
	 (SD) 36.720
	
	
	
Clientes
	
	
Duplicatas Descontadas
	 (SI) 80.000
	 
	
	 
	 32.000 
No Balanço ficará:
	ATIVO
	PASSIVO
	Circulante
	
	Circulante
	
	Bancos C/ Movimento
	36.720
	
	
	Clientes 
	80.000
	
	
	Duplicatas Descontadas
	(32.000)
	
	
	
	
	
	
Caso o Cliente devedor da duplicata integralize a obrigação na data, teremos:
	
Clientes
	
	
Duplicatas Descontadas
	(SI) 80.000 
	32.000 (baixa)
	
	(baixa) 32.000
	 32.000 (SI)
	(SD) 48.000
	
	
	
	 0
	ATIVO
	PASSIVO
	Circulante
	
	Circulante
	
	Bancos C/ Movimento
	36.720
	
	
	Clientes 
	48.000
	
	
	
	
	
	
Caso o Cliente devedor não pague na data, teremos:
	
Bancos Conta Movimento
	
	
Duplicatas Descontadas
	(SI) 36.720 
	 32.000 (Baixa)
	
	(Baixa) 32.000
	 32.000 (SI)
	ATIVO
	PASSIVO
	Circulante
	
	Circulante
	
	Bancos C/ Movimento
	4.720
	
	
	Clientes 
	80.000
	
	
	
	
	
	
PROVISÕES
Provisionar significa guardar algo para o futuro. Para os efeitos Contábeis e Fiscais as Provisões têm um significado genérico reconhecendo determinados eventos que não representam desembolso imediato, mas que afetam o resultado da entidade, pois causaram desembolsos futuros. Sãodecorrentes dos Princípios do Conservadorismo e da Competência dos Exercícios, reconhecendo eventos que pertencem ao exercício social, que não causam real movimentação financeira, mas que geram alterações redutoras no Ativo ou aumentativas no Passivo. Exemplo: os salários a serem pagos no próximo mês devem pertencer ao mês corrente em que se vai apurar o balanço, assim deve ser provisionado e reconhecido no resultado do mês corrente para efetivo pagamento no mês subseqüente. 
Exemplo: Suponha que no mês de março a folha de pagamento do pessoal administrativo totalizou R$12.500. Este passivo deve estar presente no mês de março e por isso o resultado de março será afetado com esta despesa ou custo de produção, pois a ele pertence:
	PASSIVO
Salários a Pagar 
	
	RESULTADO
Grupo de Despesas Administrativas
Despesas com salários 
	
	12.500
	
	12.500
	
 
Provisões de Férias e 13º Salário
 
As provisões para férias de empregados constituídas devem estar suportadas pelos cálculos efetuados no departamento responsável pela folha de pagamento. A provisão para o 13º salário, normalmente, não deverá apresentar saldo no balanço de 31 de dezembro, exceto no tocante a complementações devidas a funcionários que percebam salário variável.
Provisões para Contingências Fiscais
 
Essas provisões não têm a sua dedutibilidade admitida pela legislação fiscal, mas, tecnicamente, poderá ser necessária a sua constituição sempre que a empresa possua uma informação razoável sobre a possibilidade de não ter os argumentos que motivaram a contestação de exigências fiscais reconhecidos no processo administrativo ou judicial.
 
Provisões para Contingências Trabalhistas
 
Assim como a provisão para contingências fiscais, tais provisões não têm a sua dedutibilidade admitida pela legislação fiscal. Porém, devido ao princípio do conservadorismo, poderá ser necessária a constituição de valores que constituem risco de desembolso para cumprir exigências judiciais trabalhistas.
 
Provisão para Perdas Prováveis em Investimentos
 
Os investimentos podem estar sujeitos á perdas, totais ou parciais, decorrentes de eventos como falência ou concordata de uma empresa investida, desvalorização permanente de quotas ou ações, abandono de projetos de investimentos já concretizados, etc. Essa provisão deixou de ser dedutível para efeitos fiscais desde 01.01.1996 (Lei nº 9.249/95).
 
Provisão para crédito de liquidação duvidosa - PCLD (antes conhecida como PDD – Provisão para Devedores Duvidosos)
Utilizada para ajuste nas expectativas de riscos de inadimplência decorrente das vendas a prazo ou faturadas. Todos os possíveis prejuízos futuros deles decorrentes devem ser contabilizados no exercício em que foram observados. O maior problema é como saber quando uma conta a receber torna-se incobrável e como determinar o valor do prejuízo que a empresa terá. Nenhuma entidade pode prever que um cliente não terá condições futuras de liquidar suas obrigações, portanto, por precaução (conservadorismo), deve-se fazer os ajustes nos direitos decorrentes das vendas a prazo.
Provisão para a Redução de Ativos ao Valor de Mercado
 
A Lei das S/A estabelece que o valor contábil dos ativos deve ser comparado com o seu valor de mercado, devendo permanecer registrado o menor deles. Isto inclui, inclusive, os estoques de mercadorias, títulos e valores mobiliários e outros bens e direitos que possam ser avaliados por seu valor de mercado. Essa provisão também deixou de ser dedutível, para fins fiscais, conforme o art. 13, inciso I da Lei nº 9.249/95. 
 
Provisão para Perda de Estoques de Livros 
A Lei 10.753/2003, em seu artigo 8 (alterado pela Lei 10.833/2003), permite às pessoas jurídicas e as que lhes são equiparadas pela legislação do imposto sobre a renda que exerçam as atividades de editor, distribuidor e de livreiro, a constituição de provisão para perda de estoques. Esta provisão será calculada no último dia de cada período de apuração do imposto sobre a renda e da contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL), correspondente a 1/3 (um terço) do valor do estoque existente naquela data.
SÍNTESE DA AULA
Nesta aula foram tratadas as contas retificadoras, em especial o cálculo e o tratamento contábil da depreciação, da exaustão, da amortização, de duplicatas descontadas e das principais provisões, bem como a elaboração dos respectivos Balanços e seus reflexos no resultado.
EXERCÍCIOS
Pode-se afirmar que o conceito de depreciação abrange:
A compensação de investimentos em ativos de qualquer natureza por determinação legal;
O reconhecimento da perda de valor dos bens imobilizados por desgaste, ação da natureza ou obsolecência;
É apenas um artifício contábil para compensar perdas em investimentos tangíveis;
É um fenômeno contábil para liquidar investimentos no ativo imobilizado e intangível.
Nos três conceitos de amortização, depreciação e exaustão, pode-se afirmar que:
São fluxos de caixa efetivados pela organização ao longo dos exercícios;
Não são fluxos de caixa efetivos, tratando-se de um artifício contábil para apurar a redução de ativos;
Trata-se de um artifício contábil que reduz os fluxos financeiros da organização;
Reduzem o resultado contábil da organização, portanto influenciando no seu resultado financeiro.
Tecnicamente qual a diferença entre depreciação e exaustão?
A depreciação é incide sobre qualquer ativo não-circulante desde que se desgaste com o tempo e a amortização incide sobre bens específicos; 
A depreciação é envolve somente os bens e direitos intangíveis, enquanto a amortização incide sobre qualquer bem ou direito;
A depreciação tem maior significado, pois possui maior valor financeiro enquanto a amortização é composta por valores menores;
A depreciação incide sobre os bens corpóreos de propriedade da entidade e a amortização é a diminuição de valor de direitos.
São características das provisões?
Reconhecimento por competência e afetam o resultado;
Não afetam o resultado e geram desembolso;
Não geram desembolso e são reconhecidos por regime de caixa;
Reconhecimento por competência e geram desembolso.
O que se entende por desconto de duplicatas?
É uma operação financeira que não produz efeito contábil para entidade;
É uma operação financeira de troca de títulos por outros títulos bancários;
É uma operação financeira de troca títulos por recursos financeiros;
É uma operação financeira que altera a data do vencimento da título. 
O não pagamento de uma duplicata descontada pelo devedor acarreta na entidade que efetuou o desconto:
Somente os juros cobrados são descontados da conta da conta bancária;
O valor de face da duplicata é descontado da conta bancária da entidade;
É iniciado o processo de cobrança e não há efeito financeiro para entidade;
É descontado da conta do devedor o valor de face mais os juros incorridos.
AULA 7
Operações com mercadorias, inventários periódico e permanente e critérios de avaliação de estoques.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Conceituar as operações com mercadoria, apuração do resultado e do Balanço Patrimonial.
Elaboração de inventários periódico e permanente.
Registro das operações com mercadorias utilizando os critérios definidos.
INTRODUÇÃO DA AULA
Nas atividades das empresas comerciais as mercadorias representam o seu principal objeto de troca, como parte do objeto social do empreendimento. Nesta aula serão tratadas as operações com mercadorias, inventários, critérios de avaliação de estoques e apuração do Resultado do Exercício, levantamento dos saldos das contas do razão e conseqüente preparação do Balanço e DRE pelas técnicas de inventário periódico e permanente.
DESENVOLVIMENTO
OPERAÇÕES COM MERCADORIAS
As mercadorias compõem a razão principal da existência das empresas comerciais. Seu controle e mensuração são aspectos tão relevantes para a contabilidade que existem dois métodos de inventários, a saber:
Inventário Periódico – consiste em uma sistemática simplificada de apuração do Custo de Obtençãodas mercadorias. Não exige a prática de controles muito acurados. É periódico porque os produtos adquiridos e vendidos são levantados no final de um período. Por este sistema a determinação dos Custos das Mercadorias Vendidas, mensal, bimestral, trimestral, semestral ou anual, são calculados no final de cada período, para apuração do Resultado Com Mercadorias. É autorizado pela legislação, por isto é muito utilizado por empresas de pequeno e médio porte. Sua simplicidade facilita a apuração dos Custos de um período contábil, sem, no entanto, evidenciar o custo unitário de obtenção de cada produto comercializado. O regulamento do Imposto de renda não admite esta sistemática de apuração para indústrias. Sua obtenção processa-se da seguinte forma:
CMV = EI + Compras – EF
CMV = Custo das Mercadorias Vendidas 
EI = Estoques Inicial
C = Compras
EF = Estoque Final
Exemplo: Considere o Balanço da Cia Comercial Aprendiz abaixo:
 
	BALANÇO PATRIMONIAL
Cia. Comercial Aprendiz – 31-12-X8
	ATIVO
	PASSIVO
	Circulante
	
	Circulante
	
	Caixa
	100
	Duplicatas a Pagar
	370
	Bancos C/ Movimento
	750
	Salários a Pagar
	130
	Mercadorias
	120
	Não Circulante
	
	
	
	EXIGÍVEL DE LP
	
	Não Circulante
	
	Financiamentos a LP
	230
	REALIZÁVEL A L.P.
	
	Emprést. Ban. de LP
	500
	Empréstimos concedidos
	50
	
	
	IMOBILIZADO
	
	
	
	Máquinas e Equipamentos
	230
	Patrimônio Líquido
	
	Móveis e Utensílios
	200
	Capital Social
	1000
	Computadores
	150
	Capital a Integralizar
	0
	Prédios
	400
	Prejuízos acumulados
	(239)
	Depreciação acumulada
	(89)
	
	
	INTANGÍVEL
	
	
	
	Marcas e Patentes
	100
	
	
	Amortização Acumulada
	(20)
	
	
	TOTAL
	1.991
	TOTAL
	1.991
Durante o ano de X9 ela realizou os seguintes eventos com mercadorias:
Compra de Mercadorias no valor de R$240, à vista, pagamento em cheque;
Compra de Mercadorias no valor de R$360, faturado;
Venda de Mercadorias por R$430, faturada;
Venda de Mercadorias por R$550, faturada;
Venda de Mercadorias por R$360, faturada;
O inventário das Mercadorias remanescentes no final do período foi de R$110.
Com base nos dados acima podemos obter o resultado com mercadorias da seguinte forma:
EI = ao valor do estoque no início do período, ou seja, R$120, obtido no balanço do fim do período;
Compras = total de compras efetuadas no período, ou seja, R$600;
EF = Registrado efetuado a débito do Estoque Inicial, ou seja R$110;
As vendas foram contabilizadas;
CMV = 120 + 600 – 110 = 610.
	 ATIVO
Estoque Inicial 
	
	PASSIVO
Duplicatas a Pagar ou Fornecedores 
	(SI) 120
 (8) 600
	
610 (7)
	
	
 
	 370 (SI)
 360 (2)
	 (6) 110
	
	
	
	 730 (SF)
	ATIVO
Bancos Conta Movimento
	
	RESULTADO
Custo das Mercadorias Vendidas 
	(SI) 750 
	 240 (1)
	
	 (7) 610 
	 610 (*)
	(SF) 510
	
	
	0
	 
	ATIVO
Clientes ou 
Duplicatas a Receber
	
	RESULTADO
Receita de Vendas
	(3) 430
(4) 550
(5) 360
	
	
	
	430 (3)
550 (4)
360 (5)
	 (SF)1.340
	
	
	 (*) 1.340
	 1.340 
	ATIVO
Compras de Mercadorias
	
	 240
360
	
 600 (8)
	
	 (SF) 0
	
	
O Resultado (Lucro ou Prejuízo) é obtido pela confrontação das Receitas com o CMV, ou seja R$1340 – R$610 = R$730 
	RESULTADO COM MERCADORIAS
	
	PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Lucros ou Prejuízos Acumulados 
	(*) 610
	 1340 (*)
	
	239
	 730 (*)
	 (*) 730
	 730 
	
	
	 491 SF)
(*) Encerramento das contas de resultado e apuração do lucro ou prejuízo.
(SI) Saldo Inicial.
(SF) Saldo Final.
As contas de resultado e a de compras foram encerradas e o Balanço ficará:
	BALANÇO PATRIMONIAL
Cia. Comercial Aprendiz – 31-12-X9
	ATIVO
	PASSIVO
	Circulante
	
	Circulante
	
	Caixa
	100
	Duplicatas a Pagar
	730
	Bancos C/ Movimento
	510
	Salários a Pagar
	130
	Mercadorias
	110
	
	
	Duplicatas a Receber
	1340
	
	
	Não Circulante
	
	Não Circulante
	
	REALIZÁVEL A L.P.
	
	EXIGÍVEL DE LP
	
	Empréstimos concedidos
	50
	Financiamentos a LP
	230
	IMOBILIZADO
	
	Emprést. Ban. De LP
	500
	Máquinas e Equipamentos
	230
	
	
	Móveis e Utensílios
	200
	
	
	Computadores
	150
	
	
	Prédios
	400
	Patrimônio Líquido
	
	Depreciação acumulada
	(89)
	Capital Social
	1000
	INTANGÍVEL
	
	Lucros ou Prejuízos Acm
	491
	Marcas e Patentes
	100
	
	
	Amortização Acumulada
	(20)
	
	
	TOTAL
	3081
	TOTAL
	3081
INVENTÁRIO PERMANENTE 
É o inventário utilizado em modelos gerenciais de organizações que necessitam manter controle permanente de seus estoques, como as indústrias que obrigatoriamente por determinação legal do Regulamento do Imposto de Renda têm que adotar este tipo de inventário. Os registros são realizados sistemática e imediatamente ao fato ocorrido, no caso as entradas e saídas dos estoques, utilizando um dos cinco critérios de avaliação dos valores destas movimentações:
Preço Específico - muito utilizado para mercadorias de fácil identificação de custo, como por exemplo o automóvel. São atribuídos valores padronizados para atribuição do Custo das Vendas, independentemente do valor real de entrada no estoque. Este procedimento obriga a adoção de critérios de ajuste a valor de mercado. 
PEPS - Primeiro a Entrar é o Primeiro a Sair (ou FIFO – First in First Out) – critério que consiste na alocação do Custos das Vendas com base nos estoques mais antigos. É admitido para fins fiscais no Brasil. Em economia de inflacionária aumenta o Lucro auferido nas vendas devido à redução dos custos destas vendas, portanto gerando maiores impostos incidentes sobre os lucros auferidos. 
UEPS – Último a Entrar Primeiro a Sair (ou LIFO – Last in First Out) - não é admitido pela legislação fiscal no Brasil. Consiste em obter o Custo das Vendas pelos valores mais recentes dos estoques. Em regime inflacionário aumenta o Custo das Vendas, por alocar os estoques mais recentes que possuem valores mais elevados em função da inflação, logo reduzindo o lucro e consequentemente os impostos incidentes sobre eles, daí a proibição pela legislação fiscal. 
Custo Médio Ponderado Móvel – muito utilizado no país por se tratar de um critério de fácil aplicabilidade e permitido pelo Fisco. Considera como custo das mercadorias a média ponderada da última entrada com o estoque remanescente, logo, o estoque também será mensurado pela média.
SOLUÇÃO DO EXERCÍCIO (INVENTÁRIO PERMANENTE) UTILIZANDO O CRITÉRIO PEPS
Considere o Balanço da Cia Comercial Aprendiz abaixo:
 
	BALANÇO PATRIMONIAL
Cia. Comercial Aprendiz – 31-12-X8
	ATIVO
	PASSIVO
	Circulante
	
	Circulante
	
	Caixa
	100
	Duplicatas a Pagar
	370
	Bancos C/ Movimento
	750
	Salários a Pagar
	130
	Mercadorias (12 unidades)
	120
	Não Circulante
	
	
	
	EXIGÍVEL DE LP
	
	Não Circulante
	
	Financiamentos a LP
	230
	REALIZÁVEL A L.P.
	
	Emprést. Ban. De LP
	500
	Empréstimos concedidos
	50
	
	
	IMOBILIZADO
	
	
	
	Máquinas e Equipamentos
	230
	Patrimônio Líquido
	
	Móveis e Utensílios
	200
	Capital Social
	1000
	Computadores
	150
	Capital a Integralizar
	0
	Prédios
	400
	Prejuízos acumulados
	(239)
	Depreciação acumulada
	(89)
	
	
	INTANGÍVEL
	
	
	
	Marcas e Patentes
	100
	
	
	Amortização Acumulada
	(20)
	
	
	TOTAL
	1991
	TOTAL
	1991
Durante o ano de 2009 ela realizou os seguintes eventos com mercadorias:
Compra de 30 unidades de Mercadorias no valor de R$240, à vista, pagamento em cheque;
Compra de 40 unidades de Mercadorias no valor de R$360, faturado;
Venda de 20 unidades de Mercadorias por R$430, faturada;
Venda de 25 unidades de Mercadorias por R$550, faturada;
Venda de 18 unidades de Mercadorias por R$360, faturada;
OBS: Não há necessidade de levantamento do inventário final, pois o controle é permanentemente realizado. Entretanto, há necessidade de se conhecer os quantitativos das mercadorias movimentadas. 
Com base nos dados acima podemos contabilizar as operações com mercadorias, pelo critério PEPS da seguinte forma:
	 ATIVO
Estoque de Mercadorias 
	
	PASSIVO
Duplicatas a Pagar ou Fornecedores 
	 (SI) 120
 240
 360
	 184 (3)
 203 (4)
 162(5)
	
	
 
	 370 (SI)
 360 (2)
	 (SF) 171
	
	
	
	 730 (SF)
	ATIVO
Bancos Conta Movimento
	
	ATIVO
Clientes ou 
Duplicatas a Receber
	 (SI) 750 
	240 (1) 
	
	(3) 430
(4) 550
(5) 360
	 
	 (SF) 510
	
	 
	 (SF)1.340
	 
Apuração do CMV será da seguinte forma, contabilizando primeiro os estoques mais antigos:
 20 unidades = (12 x R$10) + (8 x R$8) = R$184
 25 unidades = (22 x R$8) + (3 x R$9) = R$203
 18 unidades = (18 x R$9) = R$162
	MOVIMENTAÇÃO DO ESTOQUE (PEPS)
	
EVTO
 
	
HIST.
 
	ENTRADA
	SAÍDA
	SALDO FINAL
	
	
	QUANT.
	$/un
	TOTAL ($)
	QUANT.
	$/un
	TOTAL ($)
	QUANT.
	$
	EI
	 -
	-
	- 
	 -
	 - 
	- 
	 - 
	12 
	120,00
	1
	C/AV
	 30
	 8,00
	 240,00
	-
	-
	-
	42
	 360,00 
	2
	C/FAT 
	 40
	 9,00
	 360,00
	-
	-
	 -  
	82
	720,00 
	3
	 V/FAT
	- 
	-
	- 
	 20 
	 12 x $10
 8 x $8
	 184,00
	62
	536,00 
	4
	 V/FAT
	-
	- 
	- 
	 25 
	 22 x $8
3 x $9
	203,00 
	37
	 333,00
	5
	V/FAT
	-
	-
	-
	18
	18 x $9
	162,00
	19
	171,00
As mercadorias vendidas são contabilizadas, baixando os estoques das mercadorias vendidas e entregues, contra custo das mercadorias vendidas.
As receitas são apuradas pelo valor das vendas, contra duplicatas a receber, pois todas as vendas foram a prazo. 
	RESULTADO
Receita de Vendas
	
	RESULTADO
Custo das Mercadorias Vendidas 
	
	 430 (3)
 550 (4)
 360 (5)
	
	(3) 184
(4) 203
(5) 162
	 
	(*) 1340
	 1.340
	
	 (SF) 549
	 549 (*)
As vendas geraram lucro bruto no valor de R$1340 – R$549 = R$791, 
No final do período as contas de resultado são encerradas contra o resultado com mercadorias e esta será transferida para lucros ou prejuízos acumulados, conforme abaixo:
	RESULTADO COM MERCADORIAS
	
	PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Lucros ou Prejuízos Acumulados 
	(*) 549
	 1340 (*)
	
	239
	 791 (*)
	 (*) 791
	 791 
	
	
	 552 (SF)
(*) Encerramento das contas de resultado e apuração do lucro ou prejuízo.
(SI) Saldo Inicial.
(SF) Saldo Final.
 
	BALANÇO PATRIMONIAL
Cia. Comercial Aprendiz – 31-12-X9
	ATIVO
	PASSIVO
	Circulante
	
	Circulante
	
	Caixa
	100
	Duplicatas a Pagar
	730
	Bancos C/ Movimento
	510
	Salários a Pagar
	130
	Mercadorias (19 unidades)
	171
	
	
	Duplicatas a Receber
	1.340
	
	
	Não Circulante
	
	Não Circulante
	
	REALIZÁVEL A L.P.
	
	EXIGÍVEL DE LP
	
	Empréstimos concedidos
	50
	Financiamentos a LP
	230
	IMOBILIZADO
	
	Empréstimos Bancários L.P.
	500
	Máquinas e Equipamentos
	230
	
	
	Móveis e Utensílios
	200
	
	
	Computadores
	150
	
	
	Prédios
	400
	Patrimônio Líquido
	
	Depreciação acumulada
	(89)
	Capital Social
	1.000
	INTANGÍVEL
	
	Lucros ou Prejuízos Acm
	552
	Marcas e Patentes
	100
	
	
	Amortização Acumulada
	(20)
	
	
	TOTAL
	3.142
	TOTAL
	3.142
SOLUÇÃO DO EXERCÍCIO (INVENTÁRIO PERMANENTE), UTILIZANDO O CRITÉRIO CMPM
Considere o Balanço da Cia Comercial Aprendiz abaixo:
 
	BALANÇO PATRIMONIAL
Cia. Comercial Aprendiz – 31-12-X8
	ATIVO
	PASSIVO
	Circulante
	
	Circulante
	
	Caixa
	100
	Duplicatas a Pagar
	370
	Bancos C/ Movimento
	750
	Salários a Pagar
	130
	Mercadorias (12 unidades)
	120
	Não Circulante
	
	
	
	EXIGÍVEL DE LP
	
	Não Circulante
	
	Financiamentos a LP
	230
	REALIZÁVEL A L.P.
	
	Emprést. Ban. De LP
	500
	Empréstimos concedidos
	50
	
	
	IMOBILIZADO
	
	
	
	Máquinas e Equipamentos
	230
	Patrimônio Líquido
	
	Móveis e Utensílios
	200
	Capital Social
	1000
	Computadores
	150
	Capital a Integralizar
	0
	Prédios
	400
	Prejuízos acumulados
	(239)
	Depreciação acumulada
	(89)
	
	
	INTANGÍVEL
	
	
	
	Marcas e Patentes
	100
	
	
	Amortização Acumulada
	(20)
	
	
	TOTAL
	1991
	TOTAL
	1991
Durante o ano de 2009 ela realizou os seguintes eventos com mercadorias:
Compra de 30 unidades de Mercadorias no valor de R$240, à vista, pagamento em cheque;
Compra de 40 unidades de Mercadorias no valor de R$360, faturado;
Venda de 20 unidades de Mercadorias por R$430, faturada;
Venda de 25 unidades de Mercadorias por R$550, faturada;
Venda de 18 unidades de Mercadorias por R$360, faturada;
OBS: Não há necessidade de levantamento do inventário final, pois o controle é permanentemente realizado. Entretanto, há necessidade de se conhecer os quantitativos das mercadorias movimentadas. 
Pelo critério CMPM, todas as vezes que há compra de mercadorias, com um custo de obtenção diferente dos anteriores, um novo custo unitário de mercadorias é calculado. Assim, o custo unitário do estoque inicial era de R$10 por unidade (12 x R$10 = R$120).
A primeira compra terá um custo unitário de: (R$120 + R$240)/(12 + 30)= R$8,5714 por unidade. 
A segunda terá um custo unitário de (R$360 + R$360)/(42 + 40) = R$8,7805.
Ressalta-se que as vendas ocorreram após as compras, logo o custo unitário a ser utilizado no cálculo do CMV será R$8,7805. 
Com base nos dados acima podemos contabilizar as operações com mercadorias, pelo critério CMPM da seguinte forma:
	 ATIVO
Estoque de Mercadorias 
	
	PASSIVO
Duplicatas a Pagar ou Fornecedores 
	(SI) 120
 240
 360
	 175,61 (3)
 219,51 (4)
 158,05 (5)
	
	
 
	 370 (SI)
 360 (2)
	 (SF) 166,83
	 
	
	
	 730 (SF)
	ATIVO
Bancos Conta Movimento
	
	ATIVO
Clientes ou 
Duplicatas a Receber
	(SI) 750 
	240 (1) 
	
	(3) 430
(4) 550
(5) 360
	 
	 510
	
	 
	 1.340
	 
Apuração do CMV será da seguinte forma, contabilizando primeiro os estoques mais antigos:
(3) 20 unidades x R$8,7805 = R$175,61
(4) 25 unidades x R$8,7805 = R$219,51
(5) 18 unidades x R$8,7805 = R$158,05
As mercadorias vendidas são contabilizadas, baixando os estoques das mercadorias vendidas e entregues, contra custo das mercadorias vendidas.
As receitas são apuradas pelo valor das vendas, contra duplicatas a receber, pois todas as vendas foram a prazo. 
	RESULTADO
Receita de Vendas
	
	RESULTADO
Custo das Mercadorias Vendidas 
	
	 430 (3)
 550 (4)
 360 (5)
	
	 175,61 (3)
 219,51 (4)
 158,05 (5)
	 
	(*) 1340
	 1340
	
	 553,17
	 553,17 (*)
As vendas geraram lucro bruto no valor de R$1340 – R$553,17 = R$790,83, 
No final do período as contas de resultado são encerradas contra o resultado com mercadorias e esta será transferida para lucros ou prejuízos acumulados, conforme abaixo:
	RESULTADO COM MERCADORIAS
	
	PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Lucros ou Prejuízos Acumulados 
	(*) 553,17
	 1340 (*)
	
	239
	 786,83 (*)
	 (*) 786,83
	 786,83 
	
	
	 547,83 (SF)
(*) Encerramento das contas de resultado e apuração do lucro ou prejuízo.
(SI) Saldo Inicial.
(SF) Saldo Final.
 
	MOVIMENTAÇÃO DO ESTOQUE (CMPM)
	EVTO
	HIST.
	ENTRADA
	SAÍDA
	SALDO FINAL
	
	
	QUANT
	$/un
	TOTAL
	QUANT
	CMP($)
	TOTAL
	QUANT
	CMP($)
	$
	EI
	-
	-
	-
	-
	-
	-
	-
	12
	10,00
	120,00
	1
	C/AV
	30
	8,00
	240,00
	-
	-
	-
	42
	8,5714
	360,00
	2
	C/FAT
	40
	9,00
	360,00
	-
	-
	-
	82
	8,7805
	720,00
	3
	V/FAT
	-
	-
	-
	20
	8,7805
	175,61
	62
	
	544,39
	4
	V/FAT
	-
	-
	-
	25
	8,7805
	219,51
	37
	
	324,88
	5
	V/FAT
	-
	-
	-
	18
	8,7805
	158,05
	19
	
	166,83
	BALANÇO PATRIMONIAL
Cia. Comercial Aprendiz – 31-12-X9
	ATIVO
	PASSIVO
	Circulante
	
	Circulante
	
	Caixa
	100,00
	Duplicatas a Pagar
	730,00
	Bancos C/ Movimento
	510,00
	Salários a Pagar
	130,00
	Mercadorias
	166,83
	
	
	Duplicatas a Receber
	1340,00
	
	
	Não Circulante
	
	Não Circulante
	
	REALIZÁVEL A L.P.
	
	EXIGÍVEL DE LP
	
	Empréstimos concedidos
	50,00
	Financiamentos a LP
	230,00
	IMOBILIZADO
	
	Emprést. Ban. De LP
	500,00
	Máquinas e Equipamentos
	230
	
	
	Móveis e Utensílios
	200,00
	
	
	Computadores
	150,00
	Patrimônio Líquido
	
	Prédios
	400,00
	Capital Social
	1000,00
	Depreciação acumulada
	(89,00)
	Lucros ou Prejuízos Acum.
	547,83
	INTANGÍVEL
	
	
	
	Marcas e Patentes
	100,00
	
	
	Amortização Acumulada
	(20,00)
	
	
	TOTAL
	3137,83
	TOTAL
	3137,83
SÍNTESE DA AULA
Nesta aula foi estudada a apuração do resultado com mercadorias por meio dos inventários periódico e permanente, neste último, vimos a adoção dos principaiscritérios de avaliação de estoques (PEPS e CMPM). Foram efetuados os registros no livro razão (por meio dos lançamentos no razonete ou conta T) das operações de compra e venda mercadorias com apuração dos estoques, quando, também, foi apurado o balanço patrimonial.
EXERCÍCIOS
São características do inventário periódico:
Apuração e escrituração dos eventos com mercadorias imediatamente à sua ocorrência;
Apuração e escrituração dos eventos com mercadorias, de forma simplificada, no final do exercício de apuração. 
Exige práticas mais acuradas de controle dos estoques;
É autorizado pela legislação, para qualquer tipo de organização.
São características do inventário permanente:
Só é autorizado pela legislação, para micro e pequenas empresas.
Apuração e escrituração dos eventos com mercadorias imediatamente a sua ocorrência, ao longo do exercício de apuração;
Exige prática de inventário final para controle dos estoques;
Apuração e escrituração dos eventos com mercadorias, de forma simplificada, no final de cada exercício de apuração;
É característica do critério de avaliação do custo médio:
Este critério deve ser utilizado na apuração por inventário periódico;
Exige a prática do inventário final ao fim de cada exercício;
Os estoques mais antigos são contabilizados prioritariamente no momento da venda;
A cada entrada (compra) de mercadorias com custo diferente, um novo custo unitário deve ser apurado.
É característica do critério de avaliação PEPS (primeiro a entrar primeiro a sair):
Este critério é mais adequado para ser utilizado economia inflacionária;
Não é admitido como critério de avaliação pela legislação fiscal;
O custo dos estoques mais antigos são contabilizados primeiramente no momento da venda;
É obtido pela média dos custos de mercadorias com valores diferentes.
É característica do critério de avaliação de estoques por preço específico:
Obriga a adoção de procedimentos de ajuste ao valor de mercado;
É mais adequado quando há dificuldades de identificar valores de reposição dos estoques no mercado;
Não é admitido como critério de avaliação pela legislação comercial e fiscal;
É uma sistemática de difícil controle do custo dos estoques.
 
Dentre as principais diferenças entre os inventários periódico e permanente, pode-se citar:
O CMV no periódico é apurado pela diferença entre os estoques no início período e compras, adicionando-se a este resultado o estoque remanescente no final do período, enquanto no permanente o valor é obtido diretamente dos registros das compras;
O CMV no permanente é apurado pela soma dos estoques no início do período e compras, duduzindo-se deste resultado o estoque remanescente no final do período, enquanto no periódico este valor é obtido diretamente dos registros das compras;
O CMV no periódico é apurado pela soma dos estoques no início do período e compras, duduzindo-se deste resultado o estoque remanescente no final do período, enquanto, no permanente, este valor é obtido diretamente dos registros das compras;
O CMV no periódico e no permanente é apurado de forma quase idêntica com a diferença que, no permanente, é necessário o levantamento do inventário final do período para apuração das vendas.
Correlacione as colunas com relação à metodologia de obtenção das informações para apuração do resultado nos procedimentos de inventário periódico:
Estoque Inicial de Mercadorias; ( ) Estoques iniciais + compras – estoque final; 
Compras do mês; ( ) Inventário de mercadorias no final do período;
Custo das Mercadorias Vendidas; ( ) Notas fiscais de Vendas;
Receitas de Vendas de Mercadorias; ( ) Notas fiscais de compras; 
Lucro Bruto do Período; ( ) Receita Líquida de vendas – Custo das vendas;
Receita Líquida de Vendas; ( ) Conta patrimonial de estoques de produtos;
Estoque final de mercadorias. ( ) Receita Total – Deduções da Receita;
# FIM DAS AULAS DE 6 e 7 #
Atenção:
Contabilmente a depreciação acumulada tem a mesma natureza de provisão, portanto credora. Por isso, é retificadora do ativo.
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