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ATIVIDADE ESTUDO DE CASO 2

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#ESTUDO DE CASO#
Como visto em nosso estudo de caso, várias crises afetaram os EUA, citamos as de 1929 e a de 2008. No Brasil mesmo, muito se fala em uma tal bolha imobiliária gerada a partir do “boom” do crédito para aquisição de imóveis, veja o trecho abaixo:
“Toda bolha, independentemente do setor em que ela se forma, tem uma causa: aumento da oferta monetária, principalmente quando este aumento se dá pela redução constante da taxa básica de juros. (Detalhe técnico: a oferta monetária pode aumentar - como de fato aumenta - sem que haja modificação na taxa básica de juros, mas esse detalhe não é importante para esse artigo).
Peguemos como base o ano de 2003, que foi quando a taxa SELIC atingiu o maior valor do governo Lula. 
Em março daquele ano, ela estava em 26,5%. Em julho de 2009, ela já estava em 8,75%, permanecendo nesse nível desde então. Uma queda total de 67%. 
Como consequência, a base monetária e os agregados monetários M1, M2 e M3 se expandiram em ritmo veloz. De maio de 2003 até o final de janeiro deste ano, a base monetária aumentou 136%; o M1, 160%; o M2, 203%; e o M3, 213%.
Traduzindo: em menos de 7 anos, tanto a base monetária quanto o M1 (papel-moeda em circulação + depósitos à vista) mais do que dobraram. O M2 e M3 triplicaram. 
Não é à toa que cédulas de 100 reais - antes raras e sempre recebidas com suspeitas por qualquer vendedor - tornaram-se comuns, e a cédula de 1 real já até foi retirada de circulação. Você ainda considera Henrique Meirelles o "guardião da moeda"?
Quando há essa expansão monetária, grande parte do dinheiro é direcionada para aqueles setores que, dependendo do cenário econômico, são os que mais prometem retornos. No Brasil, o dinheiro foi maciçamente para a bolsa de valores e para o setor imobiliário.
Em 2003, por exemplo, o índice Ibovespa chegou a bater na mínima de 9.994,80 em 26 de fevereiro. Desde então ele passou a subir continuamente até atingir o recorde de 73.516,81 no dia 20 de maio de 2008. Ou seja: em 5 anos, as principais ações negociadas na Bovespa valorizaram 635%. (Hoje, após a turbulência do final de 2008, o índice está nos 66 mil). 
Mas o mercado financeiro é um setor diariamente noticiado. Por ser constantemente observado, ninguém estranha suas variações, que são típicas. E quando há uma valorização constante das ações, todo mundo acha ótimo e acaba entrando no jogo. Já o mercado imobiliário só é notado quando os preços dos imóveis começam a atingir níveis que todos sabem ser infundados. Enquanto isso não ocorre, ele raramente desperta a atenção nacional. Mas os sinais sempre estiveram muito claros.
Essa tabela do Banco Central mostra que, dentre todos os empregos do setor privado - indústria de transformação, comércio, serviços e construção civil -, foi exatamente o setor da construção civil que apresentou a maior expansão no emprego. De dezembro de 2003 a dezembro de 2009, o emprego formal no setor cresceu 70%. (Para se ter uma ideia, o emprego na indústria de transformação cresceu 28% e o emprego total cresceu 34%). Aqueles que mexem indiretamente com o setor, como fabricantes e fornecedores de materiais de construção, também vivenciaram ótimos momentos. Pergunte a alguém que trabalha com venda de materiais de construção o que ele tem achado do mercado recentemente.
Enfim, quando tudo isso ocorre, é sinal de que a bolha já está bem inflada. E, assim como qualquer glóbulo de ar, quanto mais inflada ela estiver, maior será a intensidade do estouro quando este acontecer.”
Disponível em: < https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=611&ac=56191>
Pensando nos riscos gerados pela obtenção de crédito, pergunta-se:
Antes de recorrer à concessão de crédito para empresas, o que o empresário precisa analisar?

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