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INTRODUÇÃO_seminario eutanasia

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INTRODUÇÃO 
SLIDE 1 - Definicao
Segundo José Goldim, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, o termo "eutanásia" vem do grego e significa "boa morte". Criado por Francis Bacon, somente em 1623, em sua obra "Historia vitae et mortis", como sendo o "tratamento adequado às doenças incuráveis". De maneira geral, entende-se por eutanásia quando uma pessoa causa deliberadamente a morte de outra que está mais fraca, debilitada ou em sofrimento. 
SLIDE 2 - Breve histórico da eutanásia 
Porém o ato de eutanásia nao surgiu apenas com Francis Bacon, muito antes disso, diversos povos como os celtas, por exemplo, tinham por hábito que os filhos matassem os seus pais quando estes estivessem velhos e doentes. Na índia os doentes incuráveis eram levados à beira do rio Ganges, onde tinham as suas narinas e a boca obstruídas com o barro e atirados na água para morrerem. A própria Bíblia evoca a eutanásia no segundo livro de Samuel, de acordo com Goldim. 
SLIDE 3 - Linha do tempo da história da eutanásia da Grécia Antiga até o século XXI 
Na Grécia antiga, alguns filósofos como Platao, Sócrates e Epicuro defendiam a ideia de que o sofrimento causado por um doenca dolorosa e incurável justificavam a eutanásia. Em contra partida, Aristóteles, Pitágoras e Hipócrates, ao contrário, condenavam-na. A tradição hipocrática tem acarretado que os médicos e outros profissionais de saúde se dediquem a proteger e preservar a vida. No juramento de Hipócrates que os formandos de medicina juram em sua colação de grau consta: "Eu não darei qualquer droga fatal a uma pessoa, se me for solicitado, nem sugerirei o uso de qualquer uma deste tipo" (Admiraal P, 1996). Desta forma a escola hipocrática já era contra a eutanásia.
No século XIX, os teólogos Larrag e Claret, no seu livro "Prontuários de Teologia Moral", utilizaram o termo eutanásia para caracterizar a "morte em estado de graca". 
Em 1895, na então Prússia, quando durante a discussão do seu plano nacional de saúde, foi proposto que o Estado deveria prover os meios para a realização de eutanásia em pessoas que se tornaram incompetentes para solicitá-la. Esta proposta buscava justificar a eliminação de deficientes, pacientes terminais e portadores de doenças consideradas indesejáveis. Nestes casos, a eutanásia era, na realidade, um instrumento de "higienização social", com a finalidade de buscar a perfeição ou o aprimoramento de uma "raça", nada tendo a ver com compaixão, piedade ou direito para terminar com a própria vida, fato descrito por Goldim.
Em outubro de 1939 foi iniciado o programa nazista de eutanásia, sob o código "Aktion T 4". O objetivo inicial era eliminar as pessoas que tinham uma "vida que não merecia ser vivida". Este programa materializa a proposta teórica da "higienização social" (Berenbaum, M. 2018). 
Goldim descreve que a Igreja Católica, em 1956, posicionou-se de forma contrária a eutanásia por ser contra a "lei de Deus". O Papa Pio XII, numa carta aos médicos em 1957, aceitou a possibilidade de que a vida possa ser encurtada como efeito secundário a utilização de drogas para diminuir o sofrimento de pacientes com dores insuportáveis, por exemplo. Desta forma, utilizando o princípio do duplo efeito, a intenção é diminuir a dor, porém o efeito sem vínculo causal, pode ser a morte do paciente. Em 1980, o Vaticano divulgou uma Declaração sobre Eutanásia, onde existe a proposta do duplo efeito e a da descontinuação de tratamento considerado fútil.
A Associação Mundial de Medicina, desde 1987, na Declaração de Madrid, considera a eutanásia como sendo um procedimento eticamente inadequado, segundo Goldim.
Em 1991, o papa Joao Paulo II enviou uma carta a seus bispos reiterando a sua posicao contrária ao aborto e eutanásia, destacando a vigilancia que as universidades e hospitais católicos deveriam exercer na discussao desses temas. 
Portanto, pode-se perceber que a eutanásia teve apoiadores e oposicionistas ao longo da história, como ainda observamos em 2021. 
REFERENCIAS 
 BERENBAUM, Michael. T4 Euthanasia Program. 6. ed. Londres: Britannica, 2018. Disponível em: <https://www.britannica.com/event/T4-Program>. Acesso em: 25 de março de 2021. 
GOLDIM, José Roberto. Eutanásia, 2004. Porto Alegre: Revista UFRGS,2004. Disponível em:  <https://www.ufrgs.br/bioetica/eutanasi.htm>.  Acesso em: 25 de março de 2021. 
ADMIRAAL, Peter. Euthanasia and assisted suicide. In: Thomasma DC, Kushner T. Birth to death. Cambridge: Cambridge, 1996:210. Disponível em: <https://link.springer.com/chapter/10.1007%2F978-1-4020-6496-8_11> . Acesso em: 25 de março de 2021.

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