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Apostila Módulo II - Libras

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 2 
2 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
Animais......................................................................................................................................03 
Palavras relacionadas a animais...............................................................................................16 
Utensílios...................................................................................................................................17 
Vestuário...................................................................................................................................18 
Alimentos..................................................................................................................................20 
Bebidas.....................................................................................................................................23 
Sentimentos..............................................................................................................................24 
Casa..........................................................................................................................................25 
Meio Ambiente..........................................................................................................................29 
Profissões.................................................................................................................................30 
Lugares.....................................................................................................................................33 
Transporte.................................................................................................................................36 
Meio de Comunicação..............................................................................................................38 
VERBOS...................................................................................................................................40 
CONCORDÂNCIA....................................................................................................................41 
PRONOMES.............................................................................................................................48 
ADJETIVOS..............................................................................................................................49 
VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS..................................................................................................52 
ESTRUTURA GRAMATICAL...................................................................................................54 
LIBRAS PARA CRIANÇAS......................................................................................................55 
LÚDICO NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM....................................................................56 
O lúdico e a formação do educando.........................................................................................56 
Educação Infantil e os jogos.....................................................................................................57 
O lúdico na Educação Infantil....................................................................................................59 
O lúdico e o pedagógico............................................................................................................60 
O brincar no desenvolvimento da criança surda.......................................................................62 
PEDAGOGIA............................................................................................................................62 
VLIBRAS..................................................................................................................................65 
Funcionalidades do VLibras......................................................................................................66 
Referências...............................................................................................................................71 
 
 
 
 
 
 3 
3 
Animais: 
 
 
 
ABELHA ÁGUIA 
 
ALCE ARANHA 
 
ARARA AVE 
 
 4 
4 
 
 
AVESTRUZ BALEIA 
 
 
BARATA BEIJA-FLOR 
 
 
BESOURO BEZERRO 
 
 
BICHO PREGUIÇA BODE 
 
 
 5 
5 
 
 
BORBOLETA BÚFALO 
 
 
BURRO CABRA 
 
 
CACHORRO CAMARÃO 
 
 
CAMELO CANGURU 
 
 
 6 
6 
 
 
CAPIVARA CARANGUEJO 
 
CARNEIRO CASCAVEL 
 
 
CASTOR CAVALO 
 
CAVALO MARINHO CIGARRA 
 
 
 7 
7 
 
 
COBRA COELHO 
 
 
CORUJA DINOSSAURO 
 
 
ELEFANTE ESCORPIÃO 
 
 
ESQUILO ESTRELA DO MAR 
 
 
 8 
8 
 
FOCA FORMIGA 
 
GAIVOTA GALINHA 
 
GALO GAMBÁ 
 
 
GANSO GATO 
 
 
 9 
9 
 
GAVIÃO GIRAFA 
 
GOLFINHO HIENA 
 
HIPOPÓTAMO INSETO 
 
 
JACARÉ JAVALI 
 
 
 10 
10 
 
 
JIBÓIA LAGARTIXA 
 
 
LAGOSTA LEÃO 
 
LESMA LHAMA 
 
LOBO LULA 
 
 
 11 
11 
 
 
MACACO MICO 
 
 
MORCEGO (1) MORCEGO (2) 
 
 
MOSCA ONÇA 
 
 
OVELHA PAPAGAIO 
 
 
 12 
12 
 
 
PATO PAVÃO 
 
 
PEIXE PELICANO 
 
 
PERIQUITO PERNILONGO 
 
 
PERU PINGUIM 
 
 
 13 
13 
 
 
POLVO POMBA 
 
 
PORCO (1) PORCO (2) 
 
 
PORCO ESPINHO PULGA 
 
 
RÃ RAPOSA 
 
 
 14 
14 
 
RATO RINOCERONTE 
 
SAPO SIRI 
 
 
TAMANDUÁ TARTARUGA 
 
 
TATU TIGRE 
 
 
 15 
15 
 
 
TUBARÃO TUCANO 
 
URSO URSO PANDA 
 
URUBU VACA 
 
 
VEADO ZEBRA 
 
 
 16 
16 
Palavras relacionadas a animais 
 
 
CAUDA CHIFRE 
 
 
CISCAR COURO 
 
 
LATIR MORDER 
 
 
MUGIR 
 
 
 
 
 17 
17 
Utensílios: 
 
 
 
 
 18 
18 
Vestuário: 
 
 
 
 19 
19 
 
 
 20 
20 
Alimentos: 
 
 
 
 
 21 
21 
 
 
 
 
 
 22 
22 
 
 
 
 
 23 
23 
 
 
 24 
24 
Bebidas: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 25 
25 
Sentimentos: 
 
 
 
 26 
26 
Casa 
 
 
 
 
 
https://4.bp.blogspot.com/-87ju9CH-qSY/V-n3nqXs3LI/AAAAAAABE68/2RfjTDFeuj45Q3CjqXH1bEApvfTo4D-0gCLcB/s1600/objetos%2Bde%2Bcasa%2Bem%2BLibras%2B%252824%2529.JPG
https://4.bp.blogspot.com/-87ju9CH-qSY/V-n3nqXs3LI/AAAAAAABE68/2RfjTDFeuj45Q3CjqXH1bEApvfTo4D-0gCLcB/s1600/objetos%2Bde%2Bcasa%2Bem%2BLibras%2B%252824%2529.JPG
 
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 29 
29 
 
 
 
 
 
 30 
30 
Meio-ambiente 
 
 
 
 
 31 
31 
Profissões: 
 
 
 
 32 
32 
 
 33 
33 
 
 34 
34 
 
 
 
Lugares 
 
 
 35 
35 
 
 
 
 
 36 
36 
 
 
Transportes: 
 
 
 37 
37 
 
 
 
 
 
 38 
38 
 
 
Meios de comunicação: 
 
 
 
 
 39 
39 
 
 
 
 40 
40 
 
 
VERBOS 
 
Verbos simples e verbos com concordância em Libras 
Uma máxima frequentemente associada às línguas de sinais é a de que essas línguas são 
sistemas espaço gestuais (ou espaço visuais). Essa afirmativa capta o fato de que essas 
línguas se estruturam quadridimensionalmente: além do fluxo temporal de produção dos sinais 
(ou seja, a ordem em que os sinais são produzidos), têm-se os eixos X, Y e Z do espaço de 
sinalização. Isso quer dizer que, para podermos produzir ou compreender um enunciado 
sinalizado, precisamos levar em consideração não apenas o sinal que está sendo produzido, 
mas também em que local do espaço esse sinal está sendo produzido. O espaço é, assim, 
explorado nas línguas sinalizadas para expressar diferentes relações gramaticais. 
Nas línguas de sinais, cada nominal pode ser associado a uma localização específica no 
espaço de sinalização de diferentes maneiras. A primeira delas é a apontação (pointing), em 
que o sinalizador aponta para um local específico no espaço antes ou depois de produzir o 
nominal. Há ainda a possibilidadede essa associação se dar por meio da direção do olhar ou 
ainda ao se realizar o sinal naquele ponto específico. 
É preciso, entretanto, esclarecer que o estabelecimento desses referentes não se dá de 
maneira aleatória. As línguas de sinais 
apresentam uma sistematização em que 
é considerado: (i) a pessoa do discurso e 
(ii) se o referente se encontra presente 
ou não no momento da enunciação. A 
primeira distinção refere-se à pessoa do 
discurso. A literatura acerca do assunto 
assume que a maioria das línguas de 
sinais faz uma distinção entre 1ª pessoa 
e não-1ª pessoa. Assim, ao se fazer 
referência à 1ª pessoa, aponta-se 
 
 41 
41 
diretamente para o peito do sinalizador. Já as outras pessoas do discurso são associadas a 
pontos distintos do espaço. Ao definir o ponto em que será estabelecido o referente, as 
línguas de sinais ainda fazem a distinção se esse referente encontra-se presente no momento 
da enunciação ou não. 
Caso o referente esteja presente, aponta-se diretamente para o local que o referente ocupa no 
espaço, ou seja, para a sua posição real. Uma vez que a 2ª pessoa sempre se encontra 
presente fisicamente no momento da enunciação (modalidade oral), esta é sempre referida no 
espaço imediatamente à frente do falante. O fato de haver essa regularidade na forma em que 
se faz referência à 2ª pessoa levou alguns autores a discutirem se as línguas de sinais fazem 
ou não, na verdade, distinção entre 1ª pessoa, 2ª pessoa e 3ª pessoa. Entretanto, essa 
posição teórica ainda é bastante debatida na literatura 
 
CONCORDÂNCIA 
 
A concordância nas línguas de sinais acontece quando a localização e/ou a direção do verbo 
é determinada pela localização espacial dos argumentos. Em outras palavras, o local em que 
o verbo é sinalizado é alterado para que este coincida com a localização dos argumentos que 
concordam com o verbo. 
Por exemplo, tem-se o sinal de ajudar que é um verbo que apresenta concordância com o 
sujeito e o objeto da sentença. Assim, se temos “João” e “Maria” como argumentos do verbo 
ajudar e João são associados a um ponto no espaço e Maria a outro ponto, o verbo ajudar irá 
realizar uma trajetória de tal forma que o ponto inicial do verbo será o mesmo ponto em que foi 
estabelecido o sujeito João, e o ponto final do verbo será o mesmo em que foi estabelecido o 
objeto Maria. Para indicar essa trajetória do verbo, assinalam-se índices subscritos juntos ao 
verbo que coincidem com os índices utilizados em cada nominal que concorda com o verbo. 
Dessa forma, o índice utilizado à esquerda do verbo indica o ponto inicial da trajetória 
realizada por aquele verbo, e o índice à direita indica o ponto final dessa mesma trajetória. A 
transcrição da sentença discutida anteriormente é dada em: 
Em primeiro lugar, é preciso destacar que os diferentes padrões de concordância encontrados 
nas línguas de sinais estão relacionados aos diferentes tipos de verbos. 
Os chamados verbos simples não apresentam nenhuma marca morfológica de concordância. 
Alguns exemplos são dados a seguir 
a). Maria, gostar, João = „A Maria gosta do João.‟ 
 
b). João, dormir c-e-d-o todo^dia. = „João dorme cedo todos os dias.‟ 
 
c). ontem, eu, sentir, bem não. = „Ontem eu não me senti bem./Ontem eu não estava me 
sentindo bem.‟ 
 
 42 
42 
 
O segundo grupo de verbos, os verbos com concordância, pode ser divido em três subgrupos: 
verbos com concordância única, verbos com concordância dupla regular e verbos com 
concordância dupla reversa. 
Os verbos com concordância única possuem um slot (abertura) para concordância, ou seja, 
apresentam concordância apenas com um único argumento da sentença. Além disso, esses 
verbos concordam sempre com o objeto sintático, conforme os exemplos abaixo: 
 
a) Maria, abandonar, filho = „A Maria abandonou o filho.‟ 
 
b) você, acariciar, cachorro = „Você acariciou o cachorro.‟ 
 
c) eu, consertar, carro = „Eu consertei o carro.‟ 
 
Em outras palavras, o que se observa é 
que a concordância com o objeto é 
sempre obrigatória, enquanto a 
concordância com o sujeito é opcional, 
podendo ser omitida. Essa primazia do 
objeto fica clara ao observamos os 
verbos com concordância única: uma vez 
que o verbo possui apenas um slot de 
concordância, apenas a concordância 
com o objeto será realizada 
morfologicamente. Já os verbos com 
concordância dupla regular são aqueles que apresentam dois slots para a concordância, ou 
seja, concordam com dois argumentos da sentença, em uma configuração sujeito-verbo-
objeto. 
 
 
 
 43 
43 
 
 
 
 44 
44 
 
 45 
45 
 
 46 
46 
 
 
 47 
47 
 
 
 
 
 48 
48 
 
 
PRONOMES 
 
Pronomes 
Pronome é a classe de palavras que substitui o substantivo (nome). Tem a finalidade de 
indicar a pessoa do discurso ou situar no tempo e espaço, sem utilizar o seu nome. Veja agora 
os pronomes em Libras: 
 
 
 49 
49 
 
ADJETIVOS 
 
 
 50 
50 
VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS 
 
Na maioria do mundo, há, pelo menos, uma língua de sinais usada amplamente na 
comunidade surda de cada país, diferente daquela da língua falada utilizada na mesma área 
geográfica. Isto se dá porque essas línguas são independentes das línguas orais, pois foram 
produzidas dentro das comunidades surdas. 
A Língua de Sinais Americana (ASL) é diferente da Língua de Sinais Britânica (BSL), que 
difere, por sua vez, da Língua de Sinais Francesa (LSF). Exemplo: 
 
NOME 
 ASL LIBRAS 
 
 
Além disso, dentro de um mesmo país há as variações regionais. 
A LIBRAS apresenta dialetos regionais, salientando assim, o seu caráter de língua natural. 
 
Variação Regional: representa as variações de sinais de uma região para outra, no mesmo 
país. Exemplo: 
VERDE 
 Rio de Janeiro São Paulo Curitiba 
 
 
 
 51 
51 
MAS 
 Rio de Janeiro São Paulo Curitiba 
 
Variação Social: refere-se à variações na configuração das mãos e/ou no movimento, não 
modificando o sentido do sinal. Exemplo: 
 
AJUDAR 
 
 
CONVERSAR 
 
 52 
52 
AVIÃO 
 
SEMANA 
 
Mudanças Históricas: com o passar do tempo, um sinal pode sofrer alterações decorrentes 
dos costumes da geração que o utiliza. Exemplo: 
AZUL 
 1º 2º 3º 
 
 
 
 53 
53 
BRANCO 
 1º 2º 3º 
 
 
ÁRVORE 
LIBRAS - representa o tronco usando o antebraço e a mão aberta, as folhas em movimento. 
LSC (Língua de Sinais Chinesa) - representa apenas o tronco da árvore com as duas mãos (o 
dedo indicador e polegar ficam abertos e curvos). 
 
 
 
CASA 
 LIBRAS ASL 
 
 54 
54 
ESTRUTURA GRAMATICAL 
 
Aspectos estruturais 
A LIBRAS tem sua estrutura gramatical organizada a partir de alguns parâmetros que 
estruturam sua formação nos diferentes níveis linguísticos. Três são seus parâmetros 
principais ou maiores: a Configuração da(s) mão(s)-(CM), o Movimento - (M) e o Ponto de 
Articulação - (PA); e outros três constituem seus parâmetros menores: Região de Contato, 
Orientação da(s) mão(s) e Disposição da(s) mão(s). 
 
Parâmetros principais 
Os parâmetros principais são : 
a) configuração da mão (CM) 
b) ponto de articulação (PA) 
c) movimento (M) 
 
VELHO 
 
 
55 
55 
LIBRAS PARA CRIANÇAS 
 
O ensino da Língua Brasileira de Sinais (Libras) na escola, além de ser uma 
educação inclusiva, é responsável pela formação de alunos surdos no país, 
criando novas possibilidades para essas crianças. 
No entanto, embora a inclusão social e acessibilidade sejam assuntos 
pautados na atualidade, nota-se que a comunidade surdaenfrenta muitas 
dificuldades no que diz respeito a comunicação e educação. 
Muito se fala sobre a importância da aprendizagem de uma segunda língua na 
infância, mas raramente vemos a Língua de Sinais sendo utilizada como uma 
opção para crianças ouvintes. 
 
O ensino de Libras para crianças ouvintes e surdas 
Precisamos falar de inclusão nos primeiros anos de vida. Para isso, é preciso 
trazer para as crianças a realidade de quem tem deficiência, assim podemos 
sensibilizá-las para as diferenças. 
 
Há um crescente número de estudos internacionais que revelam as vantagens 
especiais do aprendizado de Línguas de Sinais por pessoas sem deficiência 
auditiva. Para Marilyn Daniels, a Língua de Sinais é um fator significante no 
desenvolvimento cognitivo, melhorando as habilidades de atenção das 
crianças, a discriminação visual e a memória espacial. 
Ao ensinar a Língua Brasileira de Sinais para crianças, pretendemos oferecer a 
elas não somente as vantagens e os benefícios comprovados em pesquisas 
internacionais, mas de promover a Libras, de aprender sobre a cultura surda e, 
sobretudo, a possibilidade de poder se comunicar com seus pares diferentes 
valorizando a diversidade desde a Educação Infantil. 
 
 
56 
56 
LÚDICO NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM 
 
A educação tem a finalidade de formar os educandos e prepará-los para atuar 
em sociedade, buscar seus sonhos e se realizarem como seres humanos 
ativos no mundo contemporâneo. Portanto, seu papel vai além do simples ato 
de ensinar. Para tanto, o repertório do(a) professor(a) deve ser diversificado, 
para que possa atuar com toda a diversidade de pensamento, cultura, valores e 
saberes que os educandos trazem consigo, pois cada criança é um universo 
particular, com suas dificuldades, limitações, possíveis problemas de todas as 
ordens e potencialidades que podem ser exploradas e estimuladas para o seu 
pleno desenvolvimento . 
Quando essa diversidade de educandos inclui surdos, a escola deve estar 
preparada para realizar todo o processo de inclusão para seu pleno 
desenvolvimento e integração na comunidade escolar, além de atuar 
conjuntamente com os professores para que ocorra a formação desse 
educando em sua língua materna: a Libras. 
Portanto, a escola e os professores devem estar preparados para atuar no 
ensino da Libras tanto como primeira língua (L1) para a criança surda como 
segunda língua (L2) para crianças ouvintes. Portanto, diversificar sua 
metodologia de ensino se faz necessário, e o lúdico vem como um caminho 
para ser adaptado e utilizado pelo corpo docente. 
 
O lúdico e a formação do educando 
Lúdico pode promover atividades voluntárias dos participantes, leva ao 
envolvimento de todos, de forma a desenvolver a sociabilidade, a autonomia e 
estímulo à cognição, pelas tarefas, desafios ou obstáculos a serem vencidos no 
seu desenvolvimento. A ludicidade está presente na condição humana, sendo 
um fenômeno universal da humanidade, em todas as sociedades e culturas, 
em diversas etapas da vida, 
principalmente na infância. 
É no brincar que se promove a 
condição humana e a preparação 
para a vida adulta; brincar é uma 
concepção analisada pelas 
diversas áreas das ciências 
humanas. 
 
 
57 
57 
Quadro 1: Conceitos de brincar nas esferas do saber humano. 
Filosófico “O brincar é abordado como um mecanismo para contrapor à 
racionalidade. A emoção deverá estar junto à ação humana 
tanto quanto a razão”. 
Sociológico “O brincar tem sido visto como a forma mais pura da inserção 
da criança na sociedade. Brincando, a criança vai assimilando 
crenças, costumes, regras, leis e hábitos do em que vive”. 
Psicológico “O brincar está presente em todo o desenvolvimento da 
criança nas diferentes formas de modificação de seu 
comportamento”. 
Pedagógico “O brincar tem-se revelado uma estratégia poderosa para a 
criança aprender”. 
Fonte: Dallabona e Mendes (2004, p. 4). 
 
Educação Infantil e os jogos 
É indiscutível que, ao longo da história, a educação tem despertado o interesse 
pelos problemas relacionados ao fato de como educar. É coerente que a 
aprendizagem aconteça de forma alegre, dinâmica e que a criança tenha 
desejo de buscá-la. A ludicidade faz com que a criança aprenda de forma 
espontânea, pois os exemplos dos jogos didáticos não podem ser visto apenas 
como passatempo ou distração, nele deve haver objetivos concretos que 
colaborem para o desenvolvimento e a aprendizagem da criança. 
Dessa forma, torna-se primordial que as brincadeiras e os jogos sejam 
utilizados no procedimento pedagógico, de modo que os conteúdos a serem 
ministrados possam ser atrelados às formas lúdicas de trabalho. Isso porque, 
segundo Oliveira (1993), Vygotsky trouxe a visão de que a relação do homem 
com o mundo é uma relação direta, porém mediada por ferramentas auxiliares 
na atividade humana. 
Durante o processo de ensino pela ludicidade, temos o envolvimento tanto do 
professor como dos alunos, de forma mútua. Há uma interação intrínseca que 
normalmente não acontece pela pedagogia convencional, pois se quebram, no 
momento do brincar para a aprendizagem, todas as formalidades impostas pelo 
ensino escolar, e ambos – professor e alunos – passam a atuar conjuntamente 
na construção do processo de aprendizagem, brincar é viver na concepção da 
 
 
58 
58 
criança. Toda criança brinca, gosta de brincar e se sente bem quando o faz. Do 
ponto de vista pedagógico, brincar tem se revelado uma estratégia poderosa 
para a criança aprender. 
Entretanto, a brincadeira pode ser vista como um meio de aprendizagem, uma 
vez que nesse divertimento, no custo que se tem em praticá-lo, haja 
aprendizagem tanto para o que deve trazer à sua vida como para o seu 
divertimento. Deve-se levar em consideração que o brincar deve ser 
direcionado de forma segura, para que se alcancem os objetivos necessários, 
os quais devem ajudar nas habilidades cognitivas, motoras e linguísticas. 
Se conduzidas de forma correta, as atividades lúdicas podem contribuir para a 
melhoria do ensino na Educação Infantil, pois definem valores, visão de mundo, 
um olhar crítico, o que 
favorece a criança a 
conceituar seus próprios 
valores e opiniões sobre 
tudo aquilo que a rodeia, 
sejam conhecimentos 
acadêmicos, seja 
convivência social no meio 
em que está inserida. 
A criança, pela sua 
natureza criativa, faz com 
aquilo que tem na mão 
diversos tipos de brinquedos, principalmente as que pertencem a famílias com 
pouco poder aquisitivo; logo, “não importa o tipo, o material a função, a cor, a 
forma, o tamanho nem origem. A criança é capaz de descobri-los no próprio 
corpo” Com os processos acentuados de urbanização e modernização das 
cidades e as mudanças de hábitos que ocorrem ao longo do tempo, o brincar 
sofreu várias mudanças no decorrer dos séculos. 
A educação contemporânea passa por um momento de transformação, em que 
a aprendizagem deve ocorrer de forma prazerosa, estimulando as múltiplas 
áreas psicocognitivas 
A atividade docente através do lúdico permite que a criança aprenda de forma 
alegre, espontânea e envolvente, favorecendo a interação com os demais 
alunos, estimulando as suas aptidões motoras, a concentração, o raciocínio 
rápido e a criatividade. Os jogos favorecem o domínio das habilidades de 
comunicação, nas suas várias formas, facilitando a autoexpressão. Encorajam 
 
 
59 
59 
o desenvolvimento intelectual por meio do exercício da atenção, e também pelo 
uso progressivo de processos mentais mais complexos, como comparação e 
discriminação; e pelo estimulo à imaginação. Todas as vontades e desejos das 
crianças são possíveis de serem realizados por meio do uso da imaginação, 
que a criança faz através do jogo. 
A metodologia lúdica também favorece a aquisição da Libras, tendo em vista 
que essa língua necessita da percepção do meio que envolve o educando para 
uma aprendizagem real e contextualizada.Com isso, o jogo e o próprio brincar 
estimulam a necessidade do visual, do gesto, do contato direto com o objeto. 
Para que a ação do lúdico contribua na aquisição da Libras, é preciso que se 
tenha a consciência de sua contribuição legítima para a criança, já que essa 
língua, conforme já foi do, precisa para ser adquirida, do real/concreto e do 
visual. o brincar tem papel muito acentuado na construção do pensamento na 
criança e, sendo assim, contribui de maneira significativa para sua formação 
cognitiva. 
 
O lúdico na Educação Infantil 
O estudo de Dohme (2003, p. 79), ao tratar dos jogos como ação lúdica, 
considera-os como 
importantes instrumentos 
para o desenvolvimento de 
crianças e jovens. Longe de 
servir apenas como fonte de 
diversão, eles propiciam 
situações que podem ser 
exploradas de diversas 
maneiras educativas. 
Portanto, o jogo para a 
criança constitui um fim, ela 
participa com o objetivo de obter prazer. Para os adultos que desejam usar o 
jogo com objetivos educacionais, ele serve como meio, ou seja, um veículo 
capaz de levar até a criança uma mensagem educacional. Assim, a tarefa do 
adulto é escolher o jogo adequado para transmitir a mensagem desejada para 
fomentar o processo de ensino-aprendizagem (Dohme, 2003). 
Para Benjamin (2002), por meio do jogo induzem-se as crianças desde cedo a 
aprender os principais costumes inerentes ao ser humano (cultura, hábitos, 
comportamentos etc.). Os jogos e as brincadeiras são muito importantes para o 
 
 
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desenvolvimento infantil, já que fazem parte do seu cotidiano desde o início de 
suas vidas. O mesmo autor ainda que o jogo é a origem de todo hábito, e, 
mesmo que a educação ocorra de maneira mais rígida, o jogo sempre 
persistirá em ter sua incidência. O jogo possibilita incutir nas crianças o senso 
de responsabilidade e, principalmente, o dos seus limites. 
Por outro lado, não havendo o jogo, o brinquedo tem similaridades no 
desenvolvimento da criança. Ele, por ser um suporte da brincadeira, precisa e 
pode ser também o suporte para a imaginação e a criatividade, necessitando 
apenas de orientação para que as crianças o tornem um momento singular em 
suas vidas, prazeroso e educativo. Assim, segundo Velasco das mãos das 
crianças poderão sair “pipas, cata-ventos, carrinhos, bonecas, marionetes, 
pernas de pau e tantos outros que constituem um importante acervo da cultura 
popular”. 
O brinquedo é, antes de mais nada, uma das principais ou mesmo a principal 
atividade da criança. Com isto, Vygotsky destaca o caráter central do brinquedo 
na vida da criança, subsumindo 
e indo além das funções de 
exercício funcional, de seu valor 
expressivo, de seu caráter 
elaborativo etc. [...] O brinquedo 
que interessa, para se ponderar 
o desenvolvimento da criança 
em termos de sua apropriação 
dos instrumentos da cultura, é 
um brinquedo regulado mais ou 
menos ostensivamente pela própria cultura. 
Tanto com o jogo como com o brinquedo, a criança é estimulada a adquirir 
confiança para se relacionar com as pessoas à sua volta e se expressar quanto 
aos seus sentimentos, o que pode indiscutivelmente contribuir para a 
socialização e a integração das crianças surdas com as ouvintes de forma bem 
natural. 
 
O lúdico e o pedagógico 
Ao tratar de tal temática, tem-se que adentrar sua concepção pedagógica. A 
palavra lúdico vem do latim ludus, que significa brincar, conforme se pode 
verificar no Dicionário da Língua Portuguesa (Nascentes, 1998, p. 387). Por 
sua vez, estão incluídos nesse brincar os jogos, brinquedos, enfim, todas as 
 
 
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atividades que se caracterizam pelo prazer, criatividade e espontaneidade. 
Essas atividades, consequentemente, devem possibilitar a produção do 
conhecimento: “As atividades lúdicas podem permitir o desabrochar da 
afetividade. O ambiente descontraído, a atividade prazerosa, a oportunidade de 
conhecer e valorizar o próximo tendem a criar um clima de compreensão e de 
amor” 
Essa afetividade da pela 
autora é estimulada pela 
vivência estabelecida entre o 
educador e a criança; a 
ludicidade servirá de ponte 
para influenciar esse vínculo. 
Por esse motivo, faz-se 
necessário o resgate do 
brincar, principalmente nas 
diferentes metodologias 
utilizadas em sala de aula pelo 
professor, propiciando às 
crianças o verdadeiro prazer 
no aprender. 
No entanto, o que se constata é que as crianças se encontram privadas de tais 
direitos, por estarem sobrecarregadas de obrigações. Em muitas escolas, as 
aulas são repletas de autoritarismo, assegurando apenas a transmissão de 
informações repassadas mecanicamente. Assim sendo, a criança passa a não 
ter direito de expressar suas idéias. 
É válido ressaltar que a escola tem o papel fundamental de garantir um espaço 
onde todos são tratados sem distinção, com direitos iguais, para que seja 
resgatada a infância de cada criança, pois, se enfrentam tantas dificuldades, é 
preciso que a escola contribua para que a infância dessas crianças seja 
permeada de sonhos e alegrias, assegurando-lhes o direito que é seu, de 
brincar por brincar (inato) e do brincar pedagógico (adquirido). O convívio com 
a fantasia proporcionado pelas atividades lúdicas leva a criança a construir 
uma cultura própria, que vem a ser o produto da interpretação das propostas 
culturais fornecidas pela sociedade de adultos. 
 
 
 
 
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O brincar no desenvolvimento da criança surda 
Atualmente, a Educação de Surdos está entrelaçada com o bilinguismo, em 
que tanto a Libras como o português devem ser ensinados de modo que o 
ouvinte também obtenha as duas línguas, de modo que a Libras seja para o 
surdo a L1 e o português a L2, ocorrendo o contrário para os ouvintes. Sobre 
esse aspecto, as vantagens de estruturar uma língua dessa forma, quando se 
faz por emprego de seus usuários naturais; como a Libras é uma língua visual, 
o brincar ajuda na sua aquisição de forma mais efetiva, tanto para os ouvintes 
como para os surdos, uma vez que essa abordagem metodológica traz a 
compreensão do meio em que estão inseridos e de tudo que os cerca. 
Ainda há resistência da utilização do lúdico como meio didático-pedagógico de 
elevar o processo de ensino-aprendizagem, pela demanda de um planejamento 
mais elaborado, da necessidade de levantamento bibliográfico ou de busca 
etnográfica na comunidade de origem dos educandos e da importância do(a) 
professor(a) não só nesta etapa pedagógica como também na sua aplicação, 
desenvolvimento e finalização juntamente com o educando (Córdula, 2013b; 
Córdula et al., 2016; Córdula; Nascimento, 2017). Os profissionais que 
trabalham nessa área devem ter consciência da importância dos jogos e dos 
brinquedos para a aquisição da língua e de outras habilidades a serem 
desenvolvidas pelas crianças. 
Deve-se estimular atividades lúdicas como meio pedagógico que, junto com 
outras atividades, como as artísticas e musicais, ajudam a enriquecer a 
personalidade criadora, necessária para enfrentar os desafios na vida. Para 
qualquer aprendizagem, tão importante como adquirir é sentir os 
conhecimentos. 
 
PEDAGOGIA 
 
A surdez interfere no desempenho acadêmico do aluno; ele torna-se limitado, 
mas tem seu sistema cognitivo preservado; isto significa que com estímulos 
adequados o aluno conseguirá aprender todas as informações que a escola 
pode oferecer tanto na leitura como na escrita. 
No ambiente escolar, o surdo faz uso de duas línguas: a sua Língua Materna 
(Libras) e a Língua Portuguesa, que fica sendo a sua segunda língua, em se 
tratando do Brasil. Por intermédio do professor, os conhecimentos necessários 
para que aconteça a aprendizagem de fato são transmitidos ao surdo. E muitas 
salas de aulas com portadores de surdez têm números de alunos reduzidos, 
 
 
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permitindo o contato com os ouvintes, sem interferência na aprendizagem. 
Além de contar com o intérprete que realizaum trabalho individualizado com o 
surdo, seguindo as informações estabelecidas pelos professores. 
Os problemas atualmente encontrados pelos surdos tiveram uma atenção 
especial no decreto de Salamanca, feito na Espanha. Este decreto foi 
construído na Conferência Mundial sobre necessidades Educativas 
Especiais em Salamanca, em 1994, realizada pela UNESCO. Um dos objetivos 
principais desta conferência foi adotar uma lei de inclusão tornando necessário 
que as escolas e os profissionais se adéquem a um novo sistema de ensino. 
Enquanto as escolas se adaptam a este sistema, os pais ficam preocupados 
com o rendimento escolar de seus filhos, pois não basta só colocar um 
intérprete e a inclusão já está feita, 
é importante que a escola ampare 
legalmente o aluno e os 
professores. É necessário que os 
professores sejam capacitados e os 
alunos tenham materiais 
específicos e/ou adaptados. 
A relação dos pais com os 
professores acontece na 
expectativa dos pais depositarem 
no professor a confiança de que seu filho, aluno surdo, prossiga e progrida 
tanto na vida acadêmica como na vida social, e que tenha uma vida satisfatória 
se comunicando num grupo sabendo expressar sentimentos, ideias e opiniões. 
Visando atender a lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002, regulamentada pelo 
Decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005, que prevê a inclusão do ensino 
da Libras em todos os cursos de formação de profissionais em Educação 
Especial, Fonoaudiologia e de Magistério, acredita-se que cada vez mais em 
nossa sociedade existam profissionais capacitados a orientar a comunidade 
surda, já que a criança surda precisa participar de vivências coletivas, sociais e 
culturais na família, na comunidade e também na escola. Assim, com o passar 
dos anos, ela terá um conceito de vida melhor, saberá também identificar e 
valorizar diversas formas de convívio social e tomar decisões cabíveis e 
coerentes. 
De acordo com o World Federation of the Deaf (Federação Mundial de 
Surdos), 70 milhões de pessoas no mundo são surdas. Segundo o censo 
2012 do IBGE, somente no Brasil 9,7 milhões de cidadãos, ou cerca de 
 
 
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5% da população, se declaram deficientes auditivos. São pessoas que 
enfrentam diariamente a barreira da linguagem, que têm dificuldade de se 
colocar no mercado de trabalho, nas universidades e até de se comunicar com 
amigos e familiares. 
Contudo, este cenário está sendo aos poucos transformado através da 
tecnologia. Já existem diversas alternativas que buscam integrar estas pessoas 
à sociedade. 
 
Hand Talk 
Ganhador do prêmio World Summit Award Mobile, das Nações Unidas, em 
2013, o programa transforma imagens e textos em linguagem de sinais, 
incluindo os surdos que não são alfabetizados em português nas atividades 
cotidianas. 
 
O assistente pessoal pode ser utilizado através de um aplicativo de celular, 
capaz de traduzir mensagens de texto e até cartazes na rua, basta o usuário 
tirar uma foto para que o software varra a imagem atrás dos caracteres e a 
traduza para a Língua Brasileira de Sinais (Libras). O assistente também pode 
ser instalado em um computador e aplicado em diversos sites. 
 
 
 
 
 
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ProDeaf 
 
O diferencial deste sistema é transformar pequenas frases faladas em 
linguagem de sinais, facilitando a comunicação do falante com o surdo. O 
aplicativo para mobile possui um dicionário com diversas expressões e frases 
simples, e assim como o seu concorrente, também é capaz de transformar 
texto em sinais. Além do aplicativo, a empresa possui outras soluções, como o 
WebLibras, que transforma o conteúdo de sites em linguagem de sinais, com 
um sistema de dados que reúne mais de 3.700 sinais. 
 
VLIBRAS 
 
O que é o VLibras? 
Desenvolvido em uma parceria entre o Ministério do Planejamento, 
Desenvolvimento e Gestão (MP) por meio da Secretaria de Tecnologia da 
Informação (STI), em conjunto com a Universidade Federal da Paraíba (UFPB), 
o VLibras é uma Suíte que abrange um conjunto de ferramentas 
computacionais de código aberto, responsável por traduzir conteúdos digitais 
(texto, áudio e vídeo) para a Língua Brasileira de Sinais – Libras, tornando 
computadores, dispositivos móveis e plataformas Web mais acessíveis para 
pessoas surdas. 
Com enfoque no conteúdo de plataformas digitais, o VLibras pode ser uma 
alternativa para a interpretação de informações que estão em língua 
 
 
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portuguesa para a Libras, oferecendo à comunidade surda mais uma 
possibilidade de transpor as barreiras de acessibilidade no acesso a 
informações. 
 
Funcionalidades do VLibras 
Algumas funcionalidades da ferramenta incluem: 
 A interpretação de textos selecionados em língua portuguesa para 
Libras; 
 O ajuste da velocidade de interpretação de acordo com a necessidade 
do usuário; 
 O ajuste do tamanho da janela de exibição do intérprete na tela; 
 A escolha entre a exibição ou não da legenda em português durante a 
interpretação de conteúdos. 
 
O VLibras está disponível na versão para computadores/desktops com 
sistemas operacionais Windows e Linux, versão mobile para dispositivos com 
Android e IOS, como extensão de navegador para Chrome, Firefox e Safari e, 
ainda, como WidGet (o player do VLibras pode ser instalado diretamente no 
site). 
Se você deseja instalar essa ferramenta no seu computador, acesse o Manual 
de Instalação do VLibras para Windows ou o Manual de Instalação do VLibras 
para Linux. Caso deseje instalar o aplicativo para smartphone, baixe o VLibras 
para Android ou VLibras para IOS. 
 
Como utilizar o VLibras no Google Chrome 
Para instalar a ferramenta no seu Google Chrome, acesse a página da 
extensão VLibras para Chrome e clique em “Usar no Chrome” e em seguida 
“Adicionar extensão”. 
 
 
 
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Após esse procedimento, o VLibras estará disponível na barra de extensões do 
seu navegador. 
 
Para utilizar a ferramenta em uma página da web, basta selecionar uma 
palavra, frase ou parágrafo que está em língua portuguesa, clicar com o botão 
direito e escolher a opção “Traduzir… para LIBRAS”. 
 
 
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Após ter escolhido essa opção, uma janela com o avatar do VLibras iniciará a 
interpretação do texto em Libras. Alguns termos técnicos, nomes próprios, 
nomes de locais ou outros substantivos poderão ser soletrados (datilologia) 
pelo avatar que desconhece o sinal para o termo, em virtude de expressões 
muito específicas ou regionalismos. 
 
 
O VLibras, através da barra de ferramentas em sua parte inferior central, 
permite reproduzir novamente a interpretação, ajustar a velocidade da 
reprodução, habilitar ou desabilitar legenda e também acessar um dicionário 
com inúmeras palavras que podem ser interpretadas. 
 
 
Embora a ferramenta esteja configurada para interpretar o texto em Libras, 
tendo marcado como configuração padrão o dicionário de sinais do Brasil, uma 
 
 
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possibilidade bem interessante disponibilizada é poder configurar a ferramenta 
de acordo com o estado brasileiro que o usuário reside. Para isso basta clicar 
no menu “Configurações”, opção “Regionalismo” e escolher o estado brasileiro 
desejado. 
 
 
 
 
 
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A utilização de ferramentas como o VLibras é considerada uma alternativa que 
pode auxiliar os surdos a obterem informações com mais facilidade no meio 
digital. No entanto, é importante esclarecer que esses recursos não são 
substitutivos, mas sim complementares aos profissionais especializados na 
área e outras estratégias de acessibilidade utilizadas para a comunidade surda. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS 
Carpovilla Digital 
Cidadão PG 
Direito de Ouvir 
Educação Pública 
Libras 
Libras na 
Matemática 
Puc Goiás 
Trabalhando com 
Surdos 
Vlibras

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