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Potencial de Ação

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Potencial de Ação 1
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Potencial de Ação
Potencial de repouso
É o potencial da membrana plasmática no momento em que a célula não possui 
estímulos nervosos ativos
Em neurônios, esse pontecial é de aproximadamente -65 mV
Como esse potencial é mantido?
A origem e manutenção do potencial de 
repouso depende, majoritariamente, do 
ion potássio K+
Para tanto, três mecanismos importantes 
entram em cena:
✏ Sabe-se que o meio 
extracelular é mais rico em íon 
sódio Na+, enquanto o meio 
intracelular é mais rico em íon 
potássio K+
Bomba de Na+/K+: transporta os íons contra seu gradiente de concentração; 
promove a saída de 3 íons Na+ e a entrada de 2 íons K+, originando um potencial 
negativo
Potencial de Ação 2
Permeabilidade do K+: a membrana plasmática possui canais para livre 
passagem do potássio, que segue seu gradiente de concentração, saindo da célula 
e permanecendo um potencial negativo no meio intracelular
💭 Normalmente, o íon potássio existe ligado a ânions, como proteínas e 
fosfatos; portanto, sua saída da célula deixa para trás ânions livres 
carregados negativamente
Permeabilidade do Na+: em menor escala, a membrana plasmática também 
possui canais de livre passagem para o sódio, que entra na célula agregando carga 
positiva, compensando um pouco do potencial negativo gerado pelos outros dois 
fatores
A diferença das cargas elétricas geradas por esses mecanismos iônicos é o que origina 
e mantém o potencial de repouso em valor médio de -65 mV
Potencial graduado
É o potencial que pertuba o estado de repouso da membrana, porém não o suficiente 
para iniciar um potencial de ação
Existem dois tipos de potencial graduado:
PIPS (Potencial Inibitório Pós-Sináptico): é um estímulo que torna o neurônio 
menos propenso a iniciar um potencial de ação, através da hiperpolarização
PEPS (Potencial Excitatório Pós-Sináptico): é o estímulo que torna o neurônio mais 
próximo de seu limiar de ação, mais propenso ao início de um potencial de ação, 
através da despolarização
Somação temporal
A junção progressiva de estímulos nervosos vindo de um mesmo neurônio é capaz de 
atingir o limiar excitatório, dando origem ao potencial de ação por somação temporal
Potencial de Ação 3
Somação espacial
Da mesma forma, a junção progressiva de estímulos nervosos vindos de diversos 
neurônios também é capaz de atingir o limiar excitatório e originar um potencial de 
ação, processo chamado de somação espacial
Potencial de ação
É o estímulo nervoso forte o suficiente para inverter a polaridade da membrana 
plasmática temporariamente
O potencial de ação inicia a partir de um limiar excitatório de -55 mV, que ocorre no 
cone axônico (ou zona de disparo), e seguirá linearmente até as terminações axônicas
Potencial de Ação 4
Como ocorre o potencial de ação?
A partir de suficiente estímulo por PEPS, o potencial de membrana do cone axônico se 
torna -55 mV, o que abre canais de sódio voltagem-dependentes, permitindo o influxo 
massivo de sódio no interior da membrana, o que causa a onda de despolarização ao 
longo do axônio através do potencial de +30 mV
O novo potencial de +30 mV fecha os canais de sódio voltagem-dependentes; 
entretanto, essa voltagem abre canais de potássio voltagem-dependentes, ocorrendo a 
saída de potássio do meio intracelular de modo que a voltagem diminua 
gradativamente, causando a repolarização de volta ao potencial de repouso, de volta a 
-55 mV
Potencial de Ação 5
Sabe-se que os canais de potássio fecham-se mais lentamente, sendo formada 
portanto uma hiperpolarização na membrana, de modo que o potencial da membrana 
se torna de -90 mV
E qual o resultado do potencial de ação?
Quando a onda de despolarização finalmente atinge os terminais axônicos (ou botões 
sinápticos), a carga positiva intracelular abre canais de cálcio voltagem-dependentes, 
permitindo o influxo de íons cálcio
Os íons cálcio tem a capacidade de unir as vesículas sinápticas à membrana 
plasmática, resultando na exocitose dos neurotransmissores
Potencial de Ação 6
Período refratário
É o período em que o neurônio é incapaz 
de transmitir um novo pontecial de ação 
logo após ter sido estimulado
Existem dois períodos refratários:
Período refratário absoluto: no 
período de pico de despolarização 
(+30 mV) até sua repolarização (-55 
mV), os canais de sódio encontram-
se completamente inativados, sendo 
impossível uma nova despolarização
Periodo refratário relativo: referente ao período de hiperpolarização, quando o 
potencial de membrana encontra-se ainda mais negativo do que o normal, sendo 
mais difícil iniciar uma nova despolarização

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