Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
23/08/2021 Correção https://www.desafionotamaxima.com.br/mock_exams/89862835/correct_exam?locale=pt-BR 5/10 1 2 3 4 1 // (ID 1272999) PORTUGUÊS > VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS 181 SEGUNDOS 50 PONTOS Diante de uma placa escrita COLÉGIO é provável que um pernambucano, lendo-a em voz alta, diga CÒlégio, que um carioca diga CUlégio, que um paulistano diga CÔlégio. Ao pensar em quem poderia ou não estar certo, deve-se lembrar que todos estão corretos. O que acontece é que em toda língua do mundo existe um fenômeno chamado variação, isto é, nenhuma língua é falada do mesmo jeito em todos os lugares, assim como nem todas as pessoas falam a própria língua de modo idêntico, ainda mais quando pensamos na extensão territorial do Brasil. BAGNO, M. Preconceitos linguístico: o que é, como se faz. São Paulo: Loyola, 2007 Considerando essas informações acerca das variações linguísticas da língua portuguesa, assinale a opção correta. No sul do País, a fruta do conde chama pinha. Em Curitiba, as pessoas chamam a salsicha de vina. Bergamota é a forma que se chama a laranja no sul do país. O nome jerimum é o sinônimo com origem europeia da abóbora. Mandioca e batata-baroa são sinônimos. Resolução da questão Veja abaixo o comentário da questão: Clique aqui para escrever o gabarito da questão... Comentário da sua resposta: Colocamos abaixo uma breve explicação sobre a alternativa que você marcou errada: 23/08/2021 Correção https://www.desafionotamaxima.com.br/mock_exams/89862835/correct_exam?locale=pt-BR 6/10 Enviar para revisão Esta alternativa está correta. O termo Vina trata-se de uma variação da palavra em alemão, Wienwurst. Historicamente, a região sul do Brasil teve grande representatividade de alemães em sua colonização. 2 // (ID 1273684) PORTUGUÊS > VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS 261 SEGUNDOS 50 PONTOS Leia o fragmento do artigo “Regionalismos que aprendi aqui”, apresentado a seguir para responder a questão. O famoso “tomar de conta” Aqui eu também encontrei essa expressão que não se usa pouco. É mais ou menos assim: “Fulano chegou aqui na festa e ‘tomou de conta’”. Essa nem no Dicionário Informal eu achei. Signi�ca a mesma coisa que “tomar conta”, que é cuidar ou invadir. (...) Aliás, não consigo explicar a inclusão dessa preposição no meio de tomar conta. Não tenho uma hipótese para isso ainda. Carece de melhor olhada. Isso me lembrou um programa policial de tevê em que se falava sempre que um carro roubado foi “tomado de assalto”. A expressão “tomar de assalto” não signi�ca levar algo de outrem, mas é um termo militar que quer dizer “invadir algo de surpresa”. Mais uma confusão, né? Gente de fora de Brasília e de Goiás também vão estranhar essas novidades. Disponível em: <http://www.jornaldebrasilia.com.br/mandando-a-letra/regionalismos-que-aprendi- aqui/>. Acesso em: 17 abr. 2019. Tendo por base o texto lido e as características da oralidade e da escrita em língua portuguesa, analise as seguintes a�rmativas: I. A inclusão da preposição “de” nas expressões “tomar de conta” e “tomar de assalto” é uma forma que os brasileiros encontraram de empregar na oralidade expressões que se usa normalmente na escrita. II. A inclusão da preposição “de” na expressão “tomar conta” transforma uma expressão oral usada por todo falante do português em uma expressão regional usada especi�camente pelos habitantes de Brasília e Goiás. III. A expressão “tomar de assalto” já é comum na oralidade para os falantes de português no Brasil, mas, ao ser empregada em Brasília e Goiás com um sentido diferente do inicial, ela se transforma em uma expressão regional. IV. As expressões “tomar conta” e “tomar de assalto”, comuns no uso oral da língua portuguesa, deverão ser substituídas por “cuidar ou invadir” e “invadir algo de surpresa” em um texto escrito. V. O uso que os habitantes de Brasília e Goiás fazem das expressões “tomar de conta” e “tomar de assalto” expressa seu desconhecimento acerca das regras re regem a oralidade e a escrita em língua portuguesa. Considerando o contexto apresentado, é correto APENAS o que se a�rma em: 23/08/2021 Correção https://www.desafionotamaxima.com.br/mock_exams/89862835/correct_exam?locale=pt-BR 7/10 II, III, IV e V. III, IV e V. I, II e III. I, II, III e IV. II, III e IV. Resolução da questão Veja abaixo o comentário da questão: Resposta correta: II, III e IV. I. A inclusão da preposição “de” nas expressões “tomar de conta” e “tomar de assalto” é uma forma que os brasileiros encontraram de empregar na oralidade expressões que se usa normalmente na escrita. INCORRETO, pois, mesmo sem a preposição, a expressão “tomar conta” é usual na oralidade e não na escrita. Da mesma forma, “tomar de assalto” é uma expressão oral, e não aparece sem a preposição. II. A inclusão da preposição “de” na expressão “tomar conta” transforma uma expressão oral usada por todo falante do português em uma expressão regional usada especi�camente pelos habitantes de Brasília e Goiás. CORRETO. III. A expressão “tomar de assalto” já é comum na oralidade para os falantes de português no Brasil, mas, ao ser empregada em Brasília e Goiás com um sentido diferente do inicial, ela se transforma em uma expressão regional. CORRETO. IV. As expressões “tomar conta” e “tomar de assalto”, comuns no uso oral da língua portuguesa, deverão ser substituídas por “cuidar ou invadir” e “invadir algo de surpresa” em um texto escrito. CORRETO. V. O uso que os habitantes de Brasília e Goiás fazem das expressões “tomar de conta” e “tomar de assalto” expressa seu desconhecimento acerca das regras formais que regem a oralidade e a escrita em língua portuguesa. INCORRETO, não se trata de conhecer ou desconhecer as regras de uso formal da oralidade ou da escrita, mas de um uso informal que se faz dessas expressões nessas regiões. Um brasiliense ou um goiano, mesmo fazendo uso dessas expressões em contextos informais, pode conhecer as regras de formalidade da língua e saber empregá-las em contextos em que são necessárias. Comentário da sua resposta: 23/08/2021 Correção https://www.desafionotamaxima.com.br/mock_exams/89862835/correct_exam?locale=pt-BR 8/10 Enviar para revisão Colocamos abaixo uma breve explicação sobre a alternativa que você marcou errada: Clique aqui para escrever porque a alternativa C é incorreta (se aplicável)... 3 // (ID 1273728) PORTUGUÊS > VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS 309 SEGUNDOS 50 PONTOS (Adaptado do ENADE, 2008) Quanto aos estigmas e pré-conceitos linguísticos, vários estudiosos contemporâneos julgam que a forma como observamos o “errado” traz implicações para o ensino de língua. Leia a seguinte passagem: Apresentei a uma turma de EJA (Educação de jovens e adultos) a família do fa, fe, �, fo, fu. De posse desses fragmentos, pedi-lhes que formassem palavras, combinando-os de forma a encontrar nomes de pessoas ou objetos com signi�cação conhecida. Surgiram: Fada, faca, �lho, e, em meio à grande alegria de pela primeira vez escrever algo, uma das mulheres me exibiu triunfante a palavra for�. Então, solicitei para que lesse para todos. Sem nenhum constrangimento, anunciou: “For� serve para o fogo do fogão.” O uso de “for�” em lugar de fósforo não deve ser considerado desconhecimento da língua, porque: esse uso revela a gramática interna da aluna. é um erro da gramática normativa. a língua é um sistema homogêneo. a aluna falou errado. esse uso revela a gramática que foi ensinada errada. 23/08/2021 Correção https://www.desafionotamaxima.com.br/mock_exams/89862835/correct_exam?locale=pt-BR 9/10 Enviar para revisão Resolução da questão Veja abaixo o comentário da questão: Alternativa Correta: porque esse uso revela a gramática interna da aluna. Não há erro linguístico, porque a língua não é sistema homogêneo, que não admite variação (Lista 2, p. 5). Todas as pessoas constroem frases corretamente, através dos mecanismos internalizados que regem sua modalidade de língua. Comentário da sua resposta: Colocamos abaixo uma breveexplicação sobre a alternativa que você marcou errada: Clique aqui para escrever porque a alternativa C é incorreta (se aplicável)... 4 // (ID 1272981) PORTUGUÊS > VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS 610 SEGUNDOS 50 PONTOS Leia o poema a seguir: Vício na fala - Oswald de Andrade Para dizerem milho dizem mio Para melhor dizem mió Para pior pió Para telha dizem teia Para telhado dizem teiado E vão fazendo telhados O caráter dinâmico de qualquer linguagem é validado através de suas variações linguísticas, em que insere no idioma um pouco da história e cultura da população que o fala. Essas variações podem ser diferenciadas não apenas por seu vocabulário, mas também com mudanças na gramática, na fonologia e na versi�cação. É importante destacar que essas variações no português não constituem erro. Elas são consequências dos hábitos históricos, culturais, religiosos, políticos e artísticos, que acentuam a riqueza de vocabulário e de pronúncia. Neste contexto, Oswald de Andrade apresenta a linguagem de uma porcentagem de brasileiros que não compartilham do cotidiano linguístico da maioria da população. Dentro do poema Vício na fala, podemos observar as palavras “mio”, “mió”, “pió”, “teia” e “teiado” representando um tipo de variação linguística. 23/08/2021 Correção https://www.desafionotamaxima.com.br/mock_exams/89862835/correct_exam?locale=pt-BR 10/10 Assinale a alternativa que apresenta palavras com essas mesmas variações apresentadas no poema de Oswald de Andrade. Enviar para revisão “Se o amor fosse crime... seria casual, fortuito ou de “força maior”, nunca seria omisso. Ninguém ama por negligência. Ninguém ama por imperícia” (Anderson Sant'Anna - Teoria do Amor). “Que grande espanto é cuidar; Como se sustém o mundo. Quam perto está de pasmar; Quem às cousas vê o fundo” (Garcia de Resende – Sentença). “Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e eram todas mimosas e muito prendadas” (Carlos Drummond de Andrade – Antigamente). “Uma mala de garupa e uma bombacha e me desse; Queria boinas e alpargatas e um cachorro companheiro” (Chitãozinho e Xororó – Guri) “Voote menino, o que, que é isso, p'ra onde tu vai assim abestado! Com esse aperriamento todo... (Antônio Montes – Lorota) Resolução da questão Veja abaixo o comentário da questão: A alternativa com o trecho extraído do poema de Anderson Sant'Anna está correta, pois está diretamente ligada aos grupos sociais de uma maneira geral e também ao grau de instrução de uma determinada pessoa. Podemos citar como exemplo dessa variação linguística as gírias, os jargões e o linguajar caipira. É uma variação social e pertence a um grupo especí�co de pessoas. O poema de Oswald de Andrade apresenta palavras caipiras, que denota uma população com pouca instrução. Já o poema de Anderson Sant'Anna apresenta diversos jargões pro�ssionais de advogados e juízes. Comentário da sua resposta: Colocamos abaixo uma breve explicação sobre a alternativa que você marcou errada: Correta.
Compartilhar